sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O BRASIL ANEDÓTICO LXI



CACHIMBO, FUMO E FOGO
Anais de Câmara dos Deputados, 1873.
O Visconde de Barbacena havia conseguido do governo privilégio para exploração das minas do Tubarão, no Rio Grande do Sul. Atendido, pediu vantagens para uma estrada de ferro, e a concessão dos terrenos marginais. Em seguida requereu garantia de juros para o capital empregado. E era discutindo mais uma regalia requerida por esse titular, que Rodrigo Silva bradava na Câmara, na sessão de 14 de julho de 1873:
- S. Excia. quer mais, muito mais. A princípio, pediu o cachimbo, deram-lhe o cachimbo; veio depois, pediu o fumo, deram-lhe o fumo.
E entre a hilaridade da Câmara:
- E agora aparece para exigir o fogo!
DINHEIRO E NOBREZA
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 135.
Tendo se verificado um roubo vultoso no Tesouro Público, no Império, foram levar a notícia do fato ao Marquês de Maricá, acentuando que o crime havia sido praticado por uns miseráveis.
- Miseráveis!... Miseráveis!... Miseráveis, não, meu caro amigo! - exclamou o velho filósofo.
E em uma das suas sentenças de momento:
- O roubo de milhões enobrece os ladrões!
CASA PARA ALUGAR
Anais da Câmara dos Deputados, 1873.
Sessão de 12 de julho de 1873 da Câmara dos Deputados, no Império. Discute-se projeto relativo à reforma da Guarda Nacional, apresentado pelo governo. Araújo Lima, na tribuna, ataca a passividade da Câmara, anulada pela vontade do Ministério.
E exclama, no meio da sua oração:
- Votai, senhores, esta lei; pouco falta para se inscrever na frente deste edifício o dístico: Casa para alugar!
LATIM FULMINANTE
Ernesto Matoso - "Coisas do meu tempo", pág. 239.
Era Lafayette Rodrigues Pereira ministro, quando, um dia, orando no Senado em resposta a uma interpelação, notou que o senador Diogo Velho procurava confundi-lo com apartes insistentes, uns sobre os outros. Perdendo a paciência Lafayette interrompeu a sua oração, e, voltando-se para o adversário, olhando-o de frente, deixou cair, uma a uma, estas palavras de uma frase de Aulo Pérsio:
- Pueris, sacer est locus, extra migite.
Que significam:
- "O lugar é sagrado, menino; vá urinar lá fora!"
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).

Defesa de Dissertação em Saúde Pública (UECE) de Breitner Chaves




Aconteceu na manhã de ontem (30/1/14), na Universidade Estadual do Ceará, a defesa de Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPSAC) da Universidade Estadual do Ceará.
A banca examinadora, composta pelos Profs. Drs. Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Paula Frassinetti Castelo Branco Camurça Fernandes e Thereza Maria Magalhães Moreira, aprovou a Dissertação “ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E GERENCIAIS DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA DE FORTALEZA EM 2011 E 2012, apresentada pelo mestrando e nosso orientado BREITNER GOMES CHAVES.
Com essa conclusão, completamos 37 (trinta e sete) orientados de mestrado.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor do PPSAC

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ACORDA, ALICE: vai ter copa e não vai ter hospital!



Por Ricardo Alcântara (*)
Alice gosta de viajar através do espelho. Lá, uma floresta mágica de boas notícias abranda os temores de seus dias e renovar seu ânimo com novas promessas de um nunca alcançado horizonte de coisas belas e sublimes. Pobre Alice!
Alice foi a pé ao novo Centro de Eventos e adorou, apesar do look ‘arquibancada de circo’ da nova passarela. Teve seu encantamento abalado, no entanto, ao saber que, entre balas e festins, o colosso fora erguido na 7ª cidade mais violenta do mundo.
Ela também desfez-se em lágrimas ao assistir o civismo performático de uma sessão da Comissão da Verdade, mas, em desalento, leu relatório da ONU onde a tortura recebe carimbo de ‘problema crônico’ no país, inclusive contra menores.
De repente, viu-se em um shopping center onde, contagiada pelo que imaginou ser a eclosão de um novo tipo de contestação juvenil, logo teve o entusiasmo contrariado: era só um rolezinho de desocupados, apesar da ira dos policiais.
Ela também viu emergir ao horizonte o perfil impávido de um novo líder, mas logo se deu conta: era apenas o Eunício Oliveira, lobo sagaz do mercado eleitoral, erguendo as patas sobre uma nova presa: pobre Alice, pobre Ceará!
Alice sempre sonhou em morar numa cidade que tem metrô. Adora metrô! E aguarda, já desencantada, que as primeiras linhas de Fortaleza saiam de uma fase experimental de uso que já dura dois anos. Alice não entende tanta demora!
Alice vislumbra Neymar campeão do mundo e eleito o melhor do planeta, mas anda desapontada: descobriu que seu ídolo, ao ser transferido para Barcelona, enroscou-se ligeiramente com seu paizão numa lavagem de 38 milhões de euros.
E por falar em Copa, Alice também acreditou que o evento faria uma revolução de mobilidade em Fortaleza, mas agora lhe contam que somente as vias no entorno da Arena Castelão estarão prontas... e nem serão usadas durante a competição!
(*) Jornalista e escritor. Publicado In: Pauta Livre.
Pauta Livre é cão sem dono. Se gostou, passe adiante.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

AMOR À VIDA: especialistas apontam oito erros médicos da novela das 9



Os tratamentos de câncer, lúpus e até mesmo a fertilização in vitro apresentaram erros ao serem retratados na novela

Por Nathalie Ayres
Desde maio de 2013, alguns dos assuntos que mais têm caído na boca dos brasileiros são doenças. Tudo por causa da novela Amor à Vida, escrita por Walcyr Carrasco e exibida na Rede Globo no horário das 21h. A trama se passa em grande parte do tempo dentro de um hospital em São Paulo, o San Magno, e grande parte dos personagens são médicos, enfermeiros ou mesmo executivos dessa instituição.
E com tantas cenas passadas dentro do ambiente hospitalar, diversas questões de saúde foram citadas, como lúpus, câncer, aids, cegueira, adoção de dietas não saudáveis, entre outros... Porém, muitas vezes em nome do enredo, algumas informações a respeito de doenças acabam não retratando fielmente a realidade, ou passando uma impressão errônea. Por isso, separamos alguns deslizes e até mesmo erros médicos mostrados na novela.

O lúpus da Paulinha

A personagem Paulinha (Klara Castanho) foi diagnosticada com lúpus, doença autoimune que ataca pele, as articulações, os rins, o cérebro e outros órgãos, normalmente a doença é caracterizada por manchas na pele e dores e edemas nas articulações. Quando ela foi diagnosticada, o quadro estava descontrolado e ela logo teve que fazer um transplante de fígado. Porém, de acordo com a reumatologista Ieda Laurindo, do Hospital das Clínicas, um transplante não seria necessário. "O lúpus acomete o fígado com certa frequência (cerca de 20 a 50% dos casos), mas de forma subclínica, ou seja, aparecem alterações nos exames do fígado, apenas nas enzimas que ele produz, mas o paciente não apresenta sintomas", explica a especialista. "Não há na literatura médica casos de transplante de fígado devido ao lúpus, apenas um caso de uma criança, que tinha também uma hepatite autoimune associada, o que justifica o procedimento", conclui a reumatologista.

 

O autismo da Linda

A personagem Linda (Bruna Linzmeyer) tem sido importante para mostrar na novela como o autista pode ter possibilidades como qualquer outra pessoa. O problema é que a novela não levou em consideração que existem graus de autismo, e a personagem não parece se encaixar em muitos deles. "Ao que parece, o grau de habilidade de lidar com situações e linguagem da personagem muda conforme as cenas: em algumas ela parece ter um desenvolvimento muito atrasado, em outras parece mais avançado e, depois ela volta a ficar como antes. Não é assim que um autista se desenvolve", avalia a psicóloga Ana Arantes, mestre em Educação Especial e doutora em Comportamento e Cognição.
Pelo histórico da personagem, que nunca foi à escola e também foi educada rigidamente pela mãe, sem oportunidades de se desenvolver, seria muito difícil ela de repente se desenvolver e progredir. "Poderia-se dizer que Linda, partindo de um estágio de autismo moderado-grave, rapidamente queimou etapas chegando ao final da novela como autista leve, algo que é ilusório", comenta a psiquiatra Evelyn Vinocur, pós-graduada em pediatria e especialista em psiquiatria clínica.
No geral, é importante que o autista seja diagnosticado o mais cedo possível, para que com o tratamento adequado ele seja estimulado de forma correta, de acordo com o grau de seu quadro, e possa ser inserido na sociedade. "O cuidado é multidisciplinar, e envolve desde psicólogos e psiquiatras até fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas", considera a psicóloga Ana. Com isso, o autista pode frequentar a escola, aprender coisas novas e conviver com outras pessoas.
Outra questão que a novela polemizou foi a questão de relacionamentos para autistas, já que Linda está vivendo uma história de amor com o advogado Rafael (Rainer Cadete). Quem tem grau leve de autismo pode sim lidar bem com a sexualidade e romance. Porém não é possível determinar o grau de Linda, tudo indica que ela tenha um grau severo de autismo, e isso inviabilizaria qualquer chance de um romance acontecer.

Fertilização in vitro de Niko, Eron e Amarilys

O casal gay Niko (Thiago Fragoso) e Eron (Marcelo Anthony), sonhava em ter um filho. Eles decidiram fazer uma fertilização in vitro, mas alguém precisava gestar a criança. Niko então chamou sua amiga de infância Amarilys (Danielle Winits) para ser a barriga solidária. O problema é que as leis para esse tipo procedimento são muito rígidas. "O útero de substituição ou 'barriga solidária' é autorizado para parentes de até quarto grau, e em situações que não há tal parente, é obrigatória uma autorização ao Conselho Regional de Medicina (CRM)", expõe o ginecologista e obstetra Alfonso Massaguer, especialista em reprodução humana. De acordo com a resolução CFM Nº 2013/2013, podem gestar a criança apenas a mãe, irmãs, tias, avós ou primas de um dos membros do casal. E, ao que parece, não houve nenhuma espera de notificação ao CRM antes de Amarilys receber o primeiro óvulo.
Outro erro grave feito na novela foi o uso dos óvulos de Amarilys, mas isso realmente foi feito ilegalmente pela personagem, em parceria com o médico. "É estabelecido que se usem óvulos de uma doadora anônima, para não haver brigas sobre a maternidade ao fim do processo", ensina Massaguer. O que realmente aconteceu na novela, já que Amarilys quis alegar que o filho era dela.

Linfoma de Hodgkin da Nicole

Logo no inicio da trama, a personagem Nicole (Marina Ruy Barbosa) começou a apresentar manchas na pele e a se tratar com um oncologista. A aposta dos telespectadores foi de que ela tivesse um câncer de pele, mas ela foi diagnosticada com linfoma de Hodgkin, tumor que se localiza nos glânglios linfáticos, como os presentes no pescoço. É raro, mas o problema pode sim se manifestar na pele. "Mas para atingir a pele com manchas, teria que ser um fase bem avançada do tumor", pondera o oncologista clínico Vladimir Cordeiro de Lima, do AC Camargo Cancer Center. Na vida real, antes de chegar nessa fase o paciente já teria mostrado outros sinais clássicos da doença que iriam inclusive permitir o diagnóstico precoce. "O normal é o paciente apresentar sintomas mais comuns como o inchaço do glânglios linfático em 70% dos casos, e pode ter também perda de peso, sudorese excessiva, febre persistente, fadiga, entre outros sintomas", explica o oncologista.
Mas a parte mais grave foi o prognóstico do médico de que Nicole teria pouco mais do que seis meses de vida, passando uma ideia errônea sobre as chances de cura desse tipo de câncer. O linfoma de Hodgkin é considerado um dos tipos mais curáveis de câncer, principalmente se for diagnosticado e tratado a tempo. Diferentemente de outros tipos de câncer, a doença de Hodgkin muitas vezes pode ser curada mesmo em estágios mais avançados. "O linfoma de Hodgkin tem agressividade intermediária, pois se desenvolve rapidamente, mas seu prognóstico na maioria dos casos é favorável: a taxa de cura é muito alta", considera o especialista. Porém, não foi isso que ocorreu com a personagem, já que ela faleceu em decorrência do tumor algum tempo depois do diagnóstico.

Tratamento de choque aplicado em Paloma

Em meio às reviravoltas do enredo, a personagem Paloma (Paolla Oliveira) foi internada pelo próprio irmão Félix (Matheus Solano) em uma clínica psiquiátrica considerada mais radical. Ela foi falsamente diagnosticada, e a médica responsável pela instituição lhe receitou tratamento com choques elétricos, extremamente dolorosos (a cena foi marcada pelos gritos da personagem). De acordo com o psiquiatra Hewdy Lobo, diretor do Vida Mental, isso não retrata a realidade desse tipo de tratamento, chamado de eletroconvulsoterapia. "Quando possui indicação para ser realizado, esse procedimento ocorre em centro cirúrgico com a presença tanto do médico anestesista quanto do médico psiquiatra, que realiza a eletroconvulsoterapia", explica o especialista.
Normalmente ela é usada em pacientes que não podem usar medicamentos, como idosos em depressão grave, gestantes com problemas psíquicos, pacientes com psicoses... Também pode ser uma indicação quando a medicação não está trazendo resultados, e o paciente tem risco de suicídio, agressão ou desnutrição. "Jamais esta é uma conduta punitiva e sim médica, quando não há possibilidade de uso de medicações", ressalta. "Além disso, uma instituição de saúde que aplica choques elétricos aliados a doses de medicamentos cavalares da forma que foi aplicado à personagem certamente está indo contra a conduta médica adequada e atuando de forma criminosa", destaca o psiquiatra Hewdy Lobo. Na novela, nem a clínica nem os médicos receberam qualquer tipo de penalidade por atuar da forma que foi mostrado.

Câncer de mama da Silvia

A personagem Silvia (Carol Castro) foi diagnosticada com um câncer de mama, e encaminhada diretamente para uma mastectomia, ou seja, a retirada completa da mama. Até aí, um procedimento normal, dado que essa avaliação sempre depende do tamanho da mama e do tumor. Porém, após a cirurgia, nenhum outro tratamento foi feito. "Na maioria dos casos é preciso fazer um ou mais desses três tratamentos: quimioterapia, radioterapia ou hormonioterapia", explica o oncologista clínico Vladimir Cordeiro de Lima, do AC Camargo Cancer Center. De acordo com o médico, algumas pacientes podem não precisar de nenhum desses tratamentos, mas é muito raro. Porém, na trama não foi mostrado se a personagem foi analisada quanto a isso.

O diabetes do César

O personagem César (Antônio Fagundes) ficou cego por algum tipo de intoxicação, e ao fazer um check-up para descobrirem a causa, foi diagnosticado um aumento na sua glicemia. Logo, ele foi diagnosticado com diabetes tipo 2, apesar de a causa não ter ficado exatamente clara. Por várias vezes, foi debatido por alguns capítulos pelo personagem Lutero (Ary Fontoura) e a Paloma, respectivamente cirurgião e pediatra, o envio de um médico para aplicar insulina no paciente. Por fim, o médico foi enviado, mas acabou administrando um medicamento por injeção.
A novela começou tendo um deslize inicial, logo corrigido, pois a primeira opção para o tratamento do diabetes tipo 2 não é a insulina. Para contextualizar melhor, existem dois tipos de diabetes: o tipo 1 ocorre porque o pâncreas não produz insulina, por isso é necessário repor o hormônio, e o mais comum é que a pessoa desenvolva o problema até os 20 anos. "Já na maior parte dos diabéticos tipo 2 há apenas uma resistência a ação da insulina. Por isso, geralmente o tratamento do diabetes tipo 2 é iniciado com antidiabéticos orais", descreve a endocrinologista Denise Ludovico, da ADJ Diabetes Brasil. Além disso, nesse processo nenhum endocrinologista foi consultado.

Parto da Luana (esposa do Bruno)

Dessa vez, o deslize foi justificado pelo enredo. No primeiro capítulo Luana (Gabriela Duarte), morreu no parto, em decorrência de eclampsia - quando ocorrem convulsões antes ou durante o parto, precedidas por sintomas como hipertensão arterial, durante a gravidez. A gestante já havia sido diagnosticada com a hipertensão ao longo da gravidez, mas sua obstetra Glauce (Leona Cavalli), não tinha consigo um cardiologista na equipe. "É importante uma equipe de retaguarda, pois se alguma complicação ocorrer, é importante termos uma UTI e equipe médica completa para atender esta gestante. Isto vale para qualquer mulher em pré-natal de alto risco", considera o ginecologista e obstetra Alfonso Massaguer, especialista em reprodução humana. Porém, a intenção da médica era justamente que Luana morresse no parto, pois ela estava apaixonada pelo marido da grávida, Bruno (Malvino Salvador). O segredo foi revelado ao longo da novela.
Fonte: Uol Notícias, 27/1/14.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

OS IDIOTAS & O PODER




Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
07.08.13
Os idiotas, ao final de sua jornada na terra, não agradecem a Deus, ou a Belzebu, ou a qualquer outra entidade, por terem vivido, porém se desculpam perante Elas, por terem, apenas, passado pela vida. E, o mais triste de tudo é que, quando partem para sempre, possuem, somente, para apresentar como curriculum vitae, um somatório dos anos vividos. Portanto, considero a idade como a mais imbecil das virtudes, senão, a mais parva delas.
A expressão “a antiguidade é um posto” representa um dos maiores absurdos. Conheço gênios, santos, imbecis, gente boa, ou ruim, de todas ou quaisquer qualidades ou idades.
Devemos atinar para o sexo, ainda, em casos de idiotice ou estupidez. As idiotas, eu ressalvo, nunca são tão idiotas como se crê por aí: os idiotas, é que o são. Na mulher, a idiotice se desculpa, quando se em conta a juventude e a beleza: passa a ser afrodisíaca. Vale consultar Lolita, um livro publicado em 1955, do escritor russo-americano Vladimir Nabokov, que fez um grande sucesso. Ele serviu de enredo para dois filmes e, ademais, batizou duas gírias de naturezas sexuais: as lolitas e as ninfetas, significando, ambas, meninas menores de idade, ou pubescentes, sexualmente atraentes e/ou precoces. E permaneceu como estereótipo de menina adolescente, hiperdesenvolvida, sexualmente, e sedutora.
Não acredito em certos ditos populares, a exemplo do que diz que a idade (ou antiguidade) é uma patente (um posto). Antigamente, as pessoas conheciam bem o seu lugar. Não reclamavam. Não falavam. Reconheciam o seu espaço, sendo as primeiras a se autoproclamarem idiotas. Sabiam que o mal era inato e, desde criança, ficavam conformadas até a morte, quietas em seus cantos. Aguardavam o recebimento de ordens, inclusive, para mudar uma cadeira do lugar. Humildes, prudentes, sempre dispostas a obedecer às solicitações de quem fosse mais inteligente. Tudo corria sem problemas e sem maiores reivindicações.
A partir do século XIX, surgiu Karl Marx (1818-1883), para acordar os idiotas. O despotismo da maioria ganhou corpo, passando-se a reivindicar certos direitos: sociais, culturais e econômicos. Sabendo-se, maioria, passou, depois, a mandar.
Aconteceu, então, a pior das coisas para a humanidade, pior mesmo que a bomba atômica: a entrega do poder para os idiotas, agora, idiotas globais. Estes, quando não concordamos com eles, exterminam os demais, sem a menor piedade. De qualquer maneira, um idiota pobre não deixa de ser um idiota, como um idiota rico, também. A questão é que o poder, além de prestigioso, é afrodisíaco. Sendo assim, o que podemos fazer para combater a idiotice crônica que assola as multidões?
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

CRIPTAS E MUSEU DO FUNERAL EM VIENA



Criptas e museu do funeral compõem passeio diferente em Viena

Eduardo Vessoni,
Do UOL, em Viena *
Na capital da Áustria, a vida segue em grande estilo. Cavalos arreados deslizam solenes pelas ruas estreitas de Viena; jardins imperiais ficam cheios de visitantes em dias de sol exagerado e praias do rio Danúbio se transformam em atração inesperada nos meses de verão.
Mas em meio àquele labirinto de edifícios declarados patrimônios da humanidade, o viajante encontra uma cidade com uma certa queda pelo mundo funerário. E a população local não faz nenhuma questão de esconder seu fascínio pelo assunto.
No roteiro mórbido estão catacumbas com caveiras centenárias, criptas imperiais que expõem caixões como obra de arte e até um museu dedicado aos rituais funerários.
Caixão do Sitzsarg, o Museu do Funeral, em Viena, para enterrar o morto sentado.

O Museu do Funeral (Bestattungs Museum), considerado o primeiro em seu gênero em todo o mundo, é sem dúvida um dos endereços mais inusitados de toda a Viena funérea. O acervo com mil objetos abriga caixões reutilizáveis, peças feitas para mortos enterrados sentados, urnas de porcelana e até um sino salva-vidas.
Uma das curiosidades deste espaço dedicado ao ritual de sepultamento é o caixão econômico criado a partir do decreto do imperador Joseph II, em 1784. A ideia, simples e absurda, obrigava a reutilização do caixão após o funeral, cujo fundo falso se abria para que o corpo do recém-falecido, enrolado em um saco, fosse jogado direto em uma sepultura. A ideia da peça reutilizável não pegou, sobretudo entre os familiares que se despediam do morto, e o imperador teve que voltar atrás, revogando seu (avarento) decreto.
O acervo segue com peças inusitadas como o sino salva-vidas que, na primeira metade do século 19, era anexado ao corpo do defunto. Mais do que questões religiosas, o tal objeto foi a maneira encontrada de se ter certeza de que o falecido realmente tinha passado dessa para uma melhor. Caso a pessoa não estivesse de fato morta, o movimento de seu corpo acionaria o tal sino, avisando o coveiro pela corda presa a seu apartamento.
O desespero de ser enterrado vivo fez com que pessoas chegassem a pedir, antecipadamente, que, após sua morte, fossem esfaqueadas no coração com um estilete cuja lâmina media 19 centímetros. O tal objeto de “assassinato pós-morte” também se encontra em exposição no museu.
Outra peça que beira a surrealidade, literalmente, é o Sitzsarg, um caixão criado pelo curador do museu, Wittigo Keller, em que o defunto seria enterrado... sentado. Não é à toa que a obra, feita uma única vez para fins artísticos, tenha sido inspirada no surrealismo do artista belga René Magritte.
Fotos de rituais funerários celebrados no início do século passado e urnas feitas de cobre, mármore, madeira e até com porcelana Augarten são algumas das peças que também fazem a alegria dos mórbidos viajantes que visitam o local.
Durante séculos, os vienenses se preocuparam em enterrar seus mortos o mais próximo possível de sua residência, por este motivo é comum encontrar cemitérios subterrâneos em áreas centrais de Viena como as catacumbas da catedral de St. Stephen ('Stephansdom', em alemão) e o cemitério ao ar livre da Schottenstift ('Abadia dos Escoceses', em português).
No entanto, aqueles hábitos fúnebres seriam cancelados quando o imperador Joseph II os proibiu por questões de saúde pública, sobretudo no que se referia a epidemias. É dessa época a origem de um dos atrativos mais impactantes da Viena debaixo da terra. Conhecido como Cripta Imperial (Kaisergruft, em alemão), este salão nos subterrâneos da Igreja dos Capuchinos guarda os restos mortais dos membros da dinastia dos Habsburgo e expõe seus caixões de metal com contornos detalhistas em uma espécie de corredor mórbido onde as peças ganham valores artísticos e as figuras decorativas parecem saltar dos caixões.
  
Vista de uma das salas da cripta da Michaelerkirche, igreja de Viena que guarda 210 caixões.

Desde 1633, imperadores, imperatrizes, reis e rainhas repousam nesse ambiente com quase 400 anos de história da Áustria, totalizando 149 corpos de personagens com sangue Habsburgo, os antigos monarcas austríacos.
A regra imperial era macabra, mas uma cruel realidade. Por mais de 200 anos, entre 1654 e 1878, os restos mortais dos Habsburgs eram enterrados em três lugares diferentes. O coração era colocado em urnas de prata na 'Cripta do Coração', na Augustinerkirche; os intestinos em urnas de cobre nas catacumbas da Catedral de St. Stephen; e as partes sobrantes eram embalsamadas antes de serem enviadas para a Cripta Imperial.
Criada a partir de um decreto assinado pelo imperador Ferdinand III, a Cripta Imperial guarda obras como o impressionante sarcófago duplo de Maria Teresa da Áustria e seu marido, o imperador Francisco I; e os caixões da bela imperatriz Sissi e de seu esposo, Francisco José I.
Já a cripta da Michaelerkirche ('Igreja de São Miguel', em português), inaugurada no século 16, abriga não só os restos mortais da nobreza austríaca como também de pessoas da classe média da época. Seus 210 caixões, cujo mais antigo é de 1589, possuem corpos em perfeito estado de conservação, muitos dos quais com as joias e roupas utilizadas no dia do velório.
Suas 19 criptas formam um cenográfico labirinto decorado com caixões abertos com múmias expostas, ladeiras de ossos e crânios, pequenas urnas com restos mortais de crianças e antigas correntes penduradas nas paredes.

Desde 1633, imperadores, imperatrizes, reis e rainhas repousam nesse ambiente com quase 400 anos de história da Áustria, totalizando 149 corpos de personagens com sangue Habsburgo, os antigos monarcas austríacos.
A regra imperial era macabra, mas uma cruel realidade. Por mais de 200 anos, entre 1654 e 1878, os restos mortais dos Habsburgs eram enterrados em três lugares diferentes. O coração era colocado em urnas de prata na 'Cripta do Coração', na Augustinerkirche; os intestinos em urnas de cobre nas catacumbas da Catedral de St. Stephen; e as partes sobrantes eram embalsamadas antes de serem enviadas para a Cripta Imperial.
Criada a partir de um decreto assinado pelo imperador Ferdinand III, a Cripta Imperial guarda obras como o impressionante sarcófago duplo de Maria Teresa da Áustria e seu marido, o imperador Francisco I; e os caixões da bela imperatriz Sissi e de seu esposo, Francisco José I.
Já a cripta da Michaelerkirche ('Igreja de São Miguel', em português), inaugurada no século 16, abriga não só os restos mortais da nobreza austríaca como também de pessoas da classe média da época. Seus 210 caixões, cujo mais antigo é de 1589, possuem corpos em perfeito estado de conservação, muitos dos quais com as joias e roupas utilizadas no dia do velório.
Suas 19 criptas formam um cenográfico labirinto decorado com caixões abertos com múmias expostas, ladeiras de ossos e crânios, pequenas urnas com restos mortais de crianças e antigas correntes penduradas nas paredes.

Mais do que uma atração para visitantes menos sensíveis, o local é um impressionante registro histórico do ritual funerário da Áustria ao longo dos últimos séculos. Naqueles corredores gelados e pouco iluminados estão os caixões do poeta italiano Pietro Metastasio, a maior e mais imponente de todas as peças expostas; e um pesado caixão de 600 kg com detalhes barrocos.
Assim como a capital francesa, Viena também conta com cemitérios que ganharam status de atração turística e arquitetônica. O Cemitério Central de Viena ('Zentralfriedhof', em alemão) é considerado um dos maiores da Europa e já foi chamado pelo artista André Heller de “afrodisíaco para necrófilos”.
Criado em 1870 pelos paisagistas Karl Jonas Mylius e Alfred Friedrich Bluntschli, o local chegou a ser destruído durante ataques na Segunda Guerra Mundial, onde doze mil sepulturas foram totalmente destruídas. Atualmente, seus 330 mil jazigos guardam os restos mortais de três milhões de pessoas, em uma área de 2,4 km² de extensão. No cemitério estão os corpos dos compositores Johannes Brahms, Johann Strauss, Ludwig van Beethoven, Franz Schubert e um memorial dedicado a Wolfgang Amadeus Mozart.
Certa vez, Helmut Qualtinger, ator austríaco também enterrado no local, afirmou que, “em Viena, você tem que morrer primeiro antes de celebrar a sua vida. Mas depois disso, você vive muito tempo".
É por estas e outras que, em Viena, a morte parece cair tão bem.
* O jornalista Eduardo Vessoni viajou a convite do Vienna Tourist Board
 

domingo, 26 de janeiro de 2014

PERCEPÇÃO POR GÊNERO






Chargista: Não definido.
Fonte: Circulando por e-mail (internet).

BLACK BLOC



- Filho, eu descobri essas coisas no seu armário…
- Qual é o problema de ter uma máscara do anônimos e um taco de beisebol?
- Você usa isso?
- Não… quer dizer, às vezes…
- É que estou precisando. Será que você me empresta?
- Precisando? Pra quê?
- É que eu li as coisas que você andou escrevendo na internet…
- Você andou lendo o meu face?
- Qual é o problema? Não é público?
- É… mas…
- Pois é, eu li o que você escreveu e …
- Pai, eu sei que você não gostou do que eu escrevi lá, mas… eu não vou discutir, são as minhas ideias. Eu sou anarquista e…
- Não. Eu achei legal. Você me convenceu.
- Convenci? De quê?
- Tá tudo errado mesmo… eu li o que você escreveu e concordo. Agora eu sou anarquista também, que nem você…
- Você o quê? Pai… que história é essa?
- É, você fez a minha cabeça. tem que quebrar tudo mesmo! Agora eu sou Old Black Bloc!
- Pai, você não pode… você é diretor de uma empresa enorme e…
- Não sou mais não. Larguei o meu emprego. Mandei o meu chefe tomar no .... Mandei todo mundo lá tomar no .....
- Pai, você não pode largar o seu emprego. Você está há 30 anos lá…
- Posso sim! Aliás, tô juntando uma galera pra ir lá quebrar tudo.
- Quebrar tudo onde?
- No meu trabalho! Vamos quebrar tudo ! Abaixo a opressão! Abaixo tudo!
- Você não pode fazer isso, pai…
- Posso sim! É só você me emprestar a máscara e o taco de beisebol. E aí, você vem comigo?
- Não… acho melhor não…
- É melhor você vir porque agora que eu larguei tudo, a gente vai ter que sair desse apartamento…
- Sair daqui? E a gente vai morar aonde?
- Sei lá! Vamos acampar em frente a uma empresa capitalista qualquer e exigir o fim do capitalismo!
- Pai, você não pode fazer isso! Não pode abandonar tudo!
- Tô indo! Fui!
- Peraí, pai! Pai! E minha mesada? E onde eu vou morar? E meu computador? Volta aqui! Volta aqui, pai!!! Voooltaaaaa!
Fonte: Internet (circulando por e-mail).
Nota do Blog: Essa criativa estória circula, infelizmente, sem autoria definida.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Missa da Sociedade Médica São Lucas - SMSL – Jan/2014



A Diretoria da SMSL convida seus Diretores, Conselheiros e Associados, bem como a comunidade católica, para participarem da CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA do mês de JANEIRO/2014, que será realizada no dia 25/Janeiro/2014, às 18h30, na Igreja de Nossa Senhora das Graças, localizada no Hospital Geral do Exército de Fortaleza, situado na Avenida Desembargador Moreira, 1.500 - Aldeota.

MARCELO GURGEL TOMA POSSE NO INSTITUTO DO CEARÁ



 
Marcelo Gurgel, tendo ao lado a esposa Fátima Bastos, recebe dos sócios efetivos Dep. Fed. Mauro Benevides e Presidente Ednilo Soárez o diploma e o colar de novo sócio do Instituto do Ceará.
Ontem, dia 23 de janeiro de 2014, em sessão solene na sede do Instituto do Ceará, o nosso colega sobramista Marcelo Gurgel tomou posse como sócio efetivo do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará.
Parabéns ao caro colega por tão auspicioso título.
Fonte: Blog da Sobrames-Ceará, postado em 24 de janeiro de 2014.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Dr. Marcelo Gurgel toma posse como sócio efetivo no Instituto do Ceará



O Dr. Marcelo Gurgel, especialista em saúde pública, tomou posse como sócio efetivo eleito do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) em cerimônia solene realizada nesta última quinta-feira (23/01).
O Instituto do Ceará é uma instituição de estudos de caráter científico sobre diversos temas. Foi fundado em 1887, na cidade de Fortaleza e publica anualmente uma revista em formato de livro com o resultado de suas pesquisas. Os sócios são vitalícios num total de 40 membros.
A Associação Médica Cearense parabeniza o Dr. Marcelo por mais esta conquista.
Fonte: Boletim Online AMC N° 263, de 23 de janeiro de 2014

STF decide a favor de homem que furtou 5 livros de biblioteca no Ceará



Fernando Rodrigues
Divulgado em: 05/11/2013
Réu tentava levar para casa os livros sob a roupa, foi flagrado e ficou 5 dias preso
STF considerou o “princípio da insignificância pelo baixo valor dos livros e por terem sido todos recuperados”
O Supremo Tribunal Federal determinou hoje (5.nov.2013) o encerramento de ação penal movida contra um técnico de processamento de dados que respondia pelo furto, em 12 de maio de 2006, de 5 livros da biblioteca da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Aldo Fermon Costa foi flagrado ao sair da biblioteca portando os livros sob a roupa. Encaminhado à Polícia Federal, permaneceu preso por 5 dias. O caso, simplório, demorou 7 anos para ser concluído e teve que mobilizar a mais alta Corte do país, que deveria se ater apenas a temas jurídicos mais relevantes.
A tramitação do processo revela um país disfuncional. O juiz de primeira instância já havia rejeitado a denúncia, destacando a recuperação dos livros e o gasto desnecessário de tempo e recursos que o processo acarretaria para a máquina judiciária. “Não vamos mais estender esse caso, não precisa. Em termos de zelo pela nossa instituição, em termos de vantagem social, de acesso, de modernização, seria um desserviço gastar energia seguindo todo aquele cansado roteiro”, afirmou o magistrado da 12a Vara Federal de Fortaleza, ainda no início do processo.
O Ministério Público Federal, porém, ficou insatisfeito. Recorreu e levou o caso ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que aceitou a denúncia e deu prosseguimento à ação contra Aldo Costa. A Defensoria Pública, que defendeu Aldo, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, mas a Corte manteve a ação penal. Até que o caso chegou finalmente ao Supremo.
A ministra Rosa Weber, relatora do processo, aplicou o princípio da insignificância pelo baixo valor dos livros e por terem sido todos recuperados, sem prejuízo ao acervo da biblioteca. Em sua decisão, Rosa Weber afirmou o óbvio: a conduta foi minimamente ofensiva, sem risco social, e não justificava a movimentação de todo o sistema judiciário.
Em tempo: os livros que Aldo Costa tentou levar da biblioteca eram: “A nova mídia”, “Estudos interdisciplinares”, “A fome com a vontade de comer”, “Pensamento comunicacional latino americano” e “Convite à Filosofia”.
Fonte: http://www.uol.com.br/ fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Presidente do CORECON-CE na solenidade de posse do Instituto do Ceará



O presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará, Henrique Marinho, estará presente hoje, às 19h, na solenidade de posse dos sócios efetivos eleitos do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico). Tomarão posse o economista Marcelo Gurgel Carlos da Silva e José Reginaldo Lima Verde Leal, que na ocasião serão saudados pelo sócio efetivo Osmar Maia Diógenes.

Sobre o economista Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (1977), graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Ceará (1986), mestrado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (1982), doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (1990) e pós-doutorado em Economia da Saúde na Universidade de Barcelona.