Um grupo de amigos de 40 anos discutia para escolher o restaurante onde iriam jantar.
Finalmente, decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque as empregadas usavam mini-saias e blusas muito decotadas.
10 anos mais tarde, aos 50 anos, o grupo reuniu-se novamente e, mais uma vez, os amigos discutiram para escolher o restaurante.
Decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque a comida era muito boa e havia uma ótima seleção de vinhos.
10 anos mais tarde, aos 60 anos, o grupo reuniu-se novamente e, mais uma vez, eles discutiram para escolher o restaurante.
Finalmente, decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque ali podiam comer em paz e sossego e havia sala de fumantes.
10 anos mais tarde, aos 70 anos, o grupo reuniu-se novamente e, mais uma vez, discutiram para escolher o restaurante.
Decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque lá havia uma rampa para cadeiras de rodas e até um pequeno elevador.
10 anos mais tarde, aos 80 anos, o grupo reuniu-se novamente e, mais uma vez, discutiram para escolher o restaurante.
Finalmente, decidiram-se pelo Restaurante Tropical.
Todos acharam que era uma grande ideia porque nunca tinham ido lá.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
domingo, 28 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
FOBIAS E SUAS DEFINIÇÕES I
O que é fobia?
Fobia é o medo irracional ou incontrolável de situações, objetos e tipos de objetos. É caracterizada por um estado de angústia e ansiedade impossível de ser dominado.
Só porque você não consegue pronunciar ou não sabe o que significa, não quer dizer que você não esteja sofrendo de uma dessas condições.
Aqui vai uma lista de 10 fobias e suas definições:
1. Ablutofobia: Medo irracional de lavar roupa ou tomar banho
2. Acrofobia: Medo irracional de altura
3. Agorafobia: Medo de se achar sozinho em espaços abertos, de multidões, de atravessar locais públicos ou de sair de um lugar seguro
4. Ailurofobia (Elurofobia): Medo de gatos
5. Alectorofobia: Medo de frangos
6. Antropofobia: Medo de pessoas
7. Anuptafobia: Medo de ficar solteiro
8. Aracnofobia: Medo de aranhas
9. Atiquifobia: Medo do fracasso
10. Autofobia: Medo de si mesmo ou de ficar sozinho
Por Editores da Publications International Ltd. - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Fobia é o medo irracional ou incontrolável de situações, objetos e tipos de objetos. É caracterizada por um estado de angústia e ansiedade impossível de ser dominado.
Só porque você não consegue pronunciar ou não sabe o que significa, não quer dizer que você não esteja sofrendo de uma dessas condições.
Aqui vai uma lista de 10 fobias e suas definições:
1. Ablutofobia: Medo irracional de lavar roupa ou tomar banho
2. Acrofobia: Medo irracional de altura
3. Agorafobia: Medo de se achar sozinho em espaços abertos, de multidões, de atravessar locais públicos ou de sair de um lugar seguro
4. Ailurofobia (Elurofobia): Medo de gatos
5. Alectorofobia: Medo de frangos
6. Antropofobia: Medo de pessoas
7. Anuptafobia: Medo de ficar solteiro
8. Aracnofobia: Medo de aranhas
9. Atiquifobia: Medo do fracasso
10. Autofobia: Medo de si mesmo ou de ficar sozinho
Por Editores da Publications International Ltd. - traduzido por HowStuffWorks Brasil
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
ESTALEIRO X ESTALAGENS NO TITANZINHO
O assunto dominante na mídia cearense, nas semanas precedentes aos festejos mominos, foi a instalação de um estaleiro privado, na Praia do Titanzinho, notícia que certamente voltará, a plena carga, após a trégua do Carnaval, passando a ocupar os espaços da comunicação local. Com relação a esse investimento, o governo do estado tem empenhado todas as suas fichas, causando surpresa a objeção da nossa alcaidessa, normalmente submissa aos ditames do Sr. Governador.
O cerne da polêmica reside, principalmente, na localização escolhida, uma praia reduto de surfistas, situada no bairro Serviluz, em Fortaleza. Arautos de diferentes facções, com distinta extração técnica ou política, movidos mais pela paixão do que pela razão, alinham-se, contra ou a favor do local cogitado para o empreendimento, assacando-lhe as desvantagens ou vantagens locacionais, respectivamente, enquanto adeptos de uma terceira via optam pelo simples e radical banimento da empreitada do litoral alencarino, alegando os prováveis efeitos devastadores que essa indústria naval acarretaria ao ambiente.
É inusitado, todavia, que os argumentos em jogo não tenham sido canalizados para uma demonstração mais cabal, do tipo análise de custo-benefício, complementada por simulações de análise de sensibilidade, cobrindo um longo prazo. Se é que isso foi providenciado, é lamentável não ter chegado ao conhecimento público.
Para encerrar essa pândega, o é melhor é pensar que, por enquanto, para o Titanzinho, seria mais prudente instalar estalagens, transformando parte dos seus moradores em estalajadeiros, pulverizando assim benefícios em prol de uma enorme diversidade de agentes econômicos, transmutados em microempresários, mais devotados ao eco-turismo, ao invés de serviçais da forja de Vulcano, produtores de escudos contra Titãs.
Não custa lembrar que ali é o paraíso dos surfistas residentes em suas imediações, de lá tendo saído Tita Tavares, uma atleta de renome internacional que maravilha o mundo com suas acrobacias em cima de uma prancha.
Quanto ao estaleiro, jocosamente, seria conveniente transferi-lo para Sobral, implantando-o às margens do rio Acaraú, apostando no vaticínio de uma cassandra, autora de uma suposta profecia, que circulou aqui, há uns três anos, advertindo que um avassalador tsunami varreria o litoral cearense, fazendo de Fortaleza uma nova Atlântida, uma cidade submersa, e convertendo a Princesa do Norte em cidade litorânea, guindando-a ao “status” de nova capital do Ceará.
Nessa ocasião, assegurando o bom humor futurístico, e, naturalmente, não turístico, ao cabo de alguns pares de anos, quando o desastre natural se consumar, o estaleiro recém-construído estaria postado à beira-mar, de onde escoaria, para singrar os sete mares, as oito embarcações nele produzidas, por encomenda da Transpetro, e, quem sabe, compondo uma série batizada de Titanic I, II, III .... e por aí vai.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Economista da Saúde
O cerne da polêmica reside, principalmente, na localização escolhida, uma praia reduto de surfistas, situada no bairro Serviluz, em Fortaleza. Arautos de diferentes facções, com distinta extração técnica ou política, movidos mais pela paixão do que pela razão, alinham-se, contra ou a favor do local cogitado para o empreendimento, assacando-lhe as desvantagens ou vantagens locacionais, respectivamente, enquanto adeptos de uma terceira via optam pelo simples e radical banimento da empreitada do litoral alencarino, alegando os prováveis efeitos devastadores que essa indústria naval acarretaria ao ambiente.
É inusitado, todavia, que os argumentos em jogo não tenham sido canalizados para uma demonstração mais cabal, do tipo análise de custo-benefício, complementada por simulações de análise de sensibilidade, cobrindo um longo prazo. Se é que isso foi providenciado, é lamentável não ter chegado ao conhecimento público.
Para encerrar essa pândega, o é melhor é pensar que, por enquanto, para o Titanzinho, seria mais prudente instalar estalagens, transformando parte dos seus moradores em estalajadeiros, pulverizando assim benefícios em prol de uma enorme diversidade de agentes econômicos, transmutados em microempresários, mais devotados ao eco-turismo, ao invés de serviçais da forja de Vulcano, produtores de escudos contra Titãs.
Não custa lembrar que ali é o paraíso dos surfistas residentes em suas imediações, de lá tendo saído Tita Tavares, uma atleta de renome internacional que maravilha o mundo com suas acrobacias em cima de uma prancha.
Quanto ao estaleiro, jocosamente, seria conveniente transferi-lo para Sobral, implantando-o às margens do rio Acaraú, apostando no vaticínio de uma cassandra, autora de uma suposta profecia, que circulou aqui, há uns três anos, advertindo que um avassalador tsunami varreria o litoral cearense, fazendo de Fortaleza uma nova Atlântida, uma cidade submersa, e convertendo a Princesa do Norte em cidade litorânea, guindando-a ao “status” de nova capital do Ceará.
Nessa ocasião, assegurando o bom humor futurístico, e, naturalmente, não turístico, ao cabo de alguns pares de anos, quando o desastre natural se consumar, o estaleiro recém-construído estaria postado à beira-mar, de onde escoaria, para singrar os sete mares, as oito embarcações nele produzidas, por encomenda da Transpetro, e, quem sabe, compondo uma série batizada de Titanic I, II, III .... e por aí vai.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Economista da Saúde
domingo, 21 de fevereiro de 2010
ORIGEM DAS EXPRESSÕES II
DAR COM OS BURROS N'ÁGUA:
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.
GUARDAR A SETE CHAVES:
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado.
OK:
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam pras bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 Killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.
GUARDAR A SETE CHAVES:
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado.
OK:
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam pras bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 Killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
sábado, 20 de fevereiro de 2010
FREI LAURO SCHWARTE: um apóstolo da juventude
Frei Lauro Schwarte, nascido João, em Drolshagen, na Alemanha, em 04/12/1935, era filho de Paul e Klara Schwarte. Em 03/05/1959, entrou para a Ordem Franciscana (OFM). No ano seguinte, 1960, fez a primeira profissão religiosa, sendo então encaminhado ao Convento Nossa Senhora das Neves, em Olinda-PE. A Profissão Solene ocorreu em 1963 e já em 08/12/1964 recebeu o diaconato.
Em 03/11/1965 foi ordenado Sacerdote, em Salvador, tendo ali escrito, em 1966, em parceria com Frei Boaventura Goldstein e Frei Vito Carneiro, o livro “Cristo Amigo”, contendo reflexões e orações apropriadas aos jovens.
Em 1967, Frei Lauro veio transferido para Fortaleza-CE, onde passou a trabalhar como vigário cooperador, na Paróquia de Nossa Senhora das Dores. Entre os anos de 1967 e 1975, desenvolveu ele intenso trabalho com jovens paroquianos, moradores do Bairro Otávio Bonfim e adjacências, revelando-se um apóstolo da juventude. Durante os nove anos de sua vivência em Fortaleza, Frei Lauro revolucionou os conceitos paroquiais da Igreja de Nossa Senhora das Dores.
Sua primeira iniciativa aqui, foi trazer os jovens para dentro da igreja, tal como faz o pastor com o seu rebanho, conduzindo-o ao aprisco. Sem pressa, mas com muita determinação, Frei Lauro começou a formar adolescentes, preparando-os para enfrentar a vida que corria lá fora. Alimentou-os com conhecimentos e fortificou-os na fé. Imprimiu no caráter de cada um deles, uma marca pessoal de ética e cidadania. Fez com que absorvessem valores morais e os exercitassem no cotidiano. Estimulou a convivência harmoniosa entre os jovens e, através dos jogos e brincadeiras, procurou desenvolver neles o espírito de competição, de uma forma absolutamente salutar. Estimulava os estudos, criando condições concretas, que levaram ao ensino superior um grande contingente de adolescentes de baixa renda.
Ao ser transferido para o Convento de Santo Antônio em Aracaju-SE, em 1975, passou a trabalhar como guardião e pároco, tendo permanecido ali, até 1985, deixando como marcas da sua passagem a forte personalidade e o espírito de dinamismo de que era possuidor.
De Sergipe foi transferido para Campina Grande-PB, a fim de ser o vigário da Paróquia de São Francisco, vindo a assumir as funções de Guardião do Convento. Durante os 14 anos em que permaneceu em Campina Grande, deu continuidade à sua ação pastoral, sempre, olhando, com preferência, para os jovens que tanto o admiravam por suas convicções religiosas e por seu exemplo de fraternidade.
Em 03/11/1999, quando se encontrava de férias, na Alemanha, sucumbiu a uma enfermidade que minava o seu organismo desde algum tempo, sendo os seus restos mortais sepultados no convento de Bardel em seu país de origem.
Em vida, Frei Lauro recebeu os títulos de “Cidadão Soteropolitano”, pelo trabalho desenvolvido junto aos escoteiros da Bahia, de “Cidadão Campinense” e foi distinguido com a Medalha de Honra, concedida pelo Clube dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Campina Grande; também foi honrado com o nome de uma escola de formação técnica e profissional em Campina Grande, por ele criada.
Postumamente, foi reverenciado com a denominação de uma rua em Campina Grande e de uma escola pública estadual, no Bairro Otávio Bonfim, em Fortaleza. A sua vida está descrita no livro “Frei Lauro Schwarte e os Anos Iluminados do Otávio Bonfim”, organizado por Marcelo Gurgel e Elsie Studart, cuja orelha é assinada pelo Cardeal Aloísio Lorscheider, falecido às vésperas do Natal de 2007, e, como Frei Lauro, também franciscano, ofm.
Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado In: Força viva, 15 (152): 6, 2010. (Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Fortaleza-Ceará).
Em 03/11/1965 foi ordenado Sacerdote, em Salvador, tendo ali escrito, em 1966, em parceria com Frei Boaventura Goldstein e Frei Vito Carneiro, o livro “Cristo Amigo”, contendo reflexões e orações apropriadas aos jovens.
Em 1967, Frei Lauro veio transferido para Fortaleza-CE, onde passou a trabalhar como vigário cooperador, na Paróquia de Nossa Senhora das Dores. Entre os anos de 1967 e 1975, desenvolveu ele intenso trabalho com jovens paroquianos, moradores do Bairro Otávio Bonfim e adjacências, revelando-se um apóstolo da juventude. Durante os nove anos de sua vivência em Fortaleza, Frei Lauro revolucionou os conceitos paroquiais da Igreja de Nossa Senhora das Dores.
Sua primeira iniciativa aqui, foi trazer os jovens para dentro da igreja, tal como faz o pastor com o seu rebanho, conduzindo-o ao aprisco. Sem pressa, mas com muita determinação, Frei Lauro começou a formar adolescentes, preparando-os para enfrentar a vida que corria lá fora. Alimentou-os com conhecimentos e fortificou-os na fé. Imprimiu no caráter de cada um deles, uma marca pessoal de ética e cidadania. Fez com que absorvessem valores morais e os exercitassem no cotidiano. Estimulou a convivência harmoniosa entre os jovens e, através dos jogos e brincadeiras, procurou desenvolver neles o espírito de competição, de uma forma absolutamente salutar. Estimulava os estudos, criando condições concretas, que levaram ao ensino superior um grande contingente de adolescentes de baixa renda.
Ao ser transferido para o Convento de Santo Antônio em Aracaju-SE, em 1975, passou a trabalhar como guardião e pároco, tendo permanecido ali, até 1985, deixando como marcas da sua passagem a forte personalidade e o espírito de dinamismo de que era possuidor.
De Sergipe foi transferido para Campina Grande-PB, a fim de ser o vigário da Paróquia de São Francisco, vindo a assumir as funções de Guardião do Convento. Durante os 14 anos em que permaneceu em Campina Grande, deu continuidade à sua ação pastoral, sempre, olhando, com preferência, para os jovens que tanto o admiravam por suas convicções religiosas e por seu exemplo de fraternidade.
Em 03/11/1999, quando se encontrava de férias, na Alemanha, sucumbiu a uma enfermidade que minava o seu organismo desde algum tempo, sendo os seus restos mortais sepultados no convento de Bardel em seu país de origem.
Em vida, Frei Lauro recebeu os títulos de “Cidadão Soteropolitano”, pelo trabalho desenvolvido junto aos escoteiros da Bahia, de “Cidadão Campinense” e foi distinguido com a Medalha de Honra, concedida pelo Clube dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Campina Grande; também foi honrado com o nome de uma escola de formação técnica e profissional em Campina Grande, por ele criada.
Postumamente, foi reverenciado com a denominação de uma rua em Campina Grande e de uma escola pública estadual, no Bairro Otávio Bonfim, em Fortaleza. A sua vida está descrita no livro “Frei Lauro Schwarte e os Anos Iluminados do Otávio Bonfim”, organizado por Marcelo Gurgel e Elsie Studart, cuja orelha é assinada pelo Cardeal Aloísio Lorscheider, falecido às vésperas do Natal de 2007, e, como Frei Lauro, também franciscano, ofm.
Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado In: Força viva, 15 (152): 6, 2010. (Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Fortaleza-Ceará).
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
O QUE ELES DISSERAM VI
PODER
"Renunciando, eu impeço a mim mesmo."
Richard Nixon, presidente americano, em 1974, ao anunciar que deixava o governo depois do escândalo Watergate
"Diga ao presidente para não vir com conversa. Para dar ordens dentro dos Associados, tem de assumir nossa folha de pagamento."
Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, respondendo a recado do presidente Castello Branco, que pedia o fim da publicação de manifestações contrárias a seu governo nos jornais do grupo
"Não me deixem só! Eu preciso de vocês."
Fernando Collor, presidente do Brasil entre 1990 e 1992, em um pronunciamento feito durante o processo de impeachment
"Quero que me esqueçam."
João Baptista Figueiredo, presidente do Brasil entre 1979 e 1985, no final de seu governo
Fonte: Internet (circulando por e-mail). Editado por Maria Rita Alonso e Rosana Tonetti.
"Renunciando, eu impeço a mim mesmo."
Richard Nixon, presidente americano, em 1974, ao anunciar que deixava o governo depois do escândalo Watergate
"Diga ao presidente para não vir com conversa. Para dar ordens dentro dos Associados, tem de assumir nossa folha de pagamento."
Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, respondendo a recado do presidente Castello Branco, que pedia o fim da publicação de manifestações contrárias a seu governo nos jornais do grupo
"Não me deixem só! Eu preciso de vocês."
Fernando Collor, presidente do Brasil entre 1990 e 1992, em um pronunciamento feito durante o processo de impeachment
"Quero que me esqueçam."
João Baptista Figueiredo, presidente do Brasil entre 1979 e 1985, no final de seu governo
Fonte: Internet (circulando por e-mail). Editado por Maria Rita Alonso e Rosana Tonetti.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
O BRASIL ANEDÓTICO XII
NEGRO FUGIDO
Tobias Monteiro - "O Jornal", 5 de dezembro de 1925
Conduzido, com a família imperial, para o cais Faroux, afim de embarcar na lancha que o devia levar para bordo do Parnaiba, o imperador Pedro II não deixava de protestar:
- Não embarco; não embarco a esta hora!
E ao braço do Conde d'Eu, que o puxava docemente:
- Não embarco a esta hora, como negro fugido!
REGIMES NOVOS, HOMENS NOVOS
Alfredo Pujol - Discurso na Academia Brasileira de Letras
Fiel ao imperador exilado, de quem se fizera amigo, e cujas nobres qualidades sempre engrandeceu, o conselheiro Lafayette absteve-se de qualquer solidariedade com o novo regime. Tendo-lhe alguém perguntado por que não intervinha na organização das novas instituições, objetou:
- Regimes novos requerem a direção de homens novos. Veja o exemplo do conselheiro Saraiva, o chefe liberal de maior prestígio no segundo império... Foi deputado à constituinte republicana. Apresentou uma infinidade de emendas ao projeto de constituição, e viu-as quase todas, senão todas, rejeitadas pelos cadetes da República!
A SOBERANA DO MUNDO
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 111
Com a dissolução da Assembléia Constituinte de 1823, foram presos diversos deputados, e, entre eles, Antônio Carlos. Recebida a ordem de prisão, marchou o brilhante parlamentar à frente dos oficiais. Ao passar, porém, junto a unia das peças de artilharia postadas em frente ao edifício da Câmara deteve-se, respeitoso.
- Obedeço à soberana do mundo! - disse, numa continência.
E passou adiante, sorrindo.
A LISONJA
Narrado por Lauro Müller
Desde o seu aparecimento na política nacional, patenteou João Pinheiro as suas altas virtudes de homem de Estado. Eleito presidente de Minas, Lauro Müller, seu amigo íntimo, chamou-lhe a atenção para os perigos da bajulação.
- Toma cuidado com os bajuladores, João. Eles são os nossos maiores inimigos. Não te atordoes com a lisonja!
Ao fim de alguns meses, encontraram-se os dois amigos em Belo-Horizonte, onde João Pinheiro era louvado e "engrossado", como possível sucessor de Afonso Pena.
- Então, como vão os bajuladores? Tem sido muito incensado?
- Ah, meu velho, - respondeu o republicano mineiro, - que gente intolerável!... que coisa indigna, a lisonja...
E em voz baixa, rindo:
- Mas, deixe estar, "seu" Lauro, que é bom como o diabo!...
PALAVRA DE IMPERADOR
Henrique Marinho - "O Teatro Brasileiro", pág. 53
Fernando de Almeida, empresário teatral, havia mandado vir da Europa uma companhia dramática, que aqui chegou em 1829, no dia mesmo em que falecia esse empresário. Abandonada a companhia, os artistas lastimavam-se por toda parte, como um rebanho que tivesse perdido o pastor. E era um desses atores que se queixava, quando ouviu, de repente:
- E não estou eu aqui?
Era Pedro I, o qual, nesse mesmo dia, nomeou uma comissão para dirigir oficialmente a companhia.
AS LEIS
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 78.
D. José da Cunha Azeredo Coutinho, bispo de Pernambuco, falecido em 1821, foi um dos prelados mais ilustres que o Brasil tem possuído. Certo dia, falava-se sobre leis.
- As leis, meu filho... - fez o sacerdote.
E definiu:
- As leis são teias de aranha que servem para apanhar insetos, mas que se deixam romper pela pressão de qualquer corpo mais pesado!
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)
Tobias Monteiro - "O Jornal", 5 de dezembro de 1925
Conduzido, com a família imperial, para o cais Faroux, afim de embarcar na lancha que o devia levar para bordo do Parnaiba, o imperador Pedro II não deixava de protestar:
- Não embarco; não embarco a esta hora!
E ao braço do Conde d'Eu, que o puxava docemente:
- Não embarco a esta hora, como negro fugido!
REGIMES NOVOS, HOMENS NOVOS
Alfredo Pujol - Discurso na Academia Brasileira de Letras
Fiel ao imperador exilado, de quem se fizera amigo, e cujas nobres qualidades sempre engrandeceu, o conselheiro Lafayette absteve-se de qualquer solidariedade com o novo regime. Tendo-lhe alguém perguntado por que não intervinha na organização das novas instituições, objetou:
- Regimes novos requerem a direção de homens novos. Veja o exemplo do conselheiro Saraiva, o chefe liberal de maior prestígio no segundo império... Foi deputado à constituinte republicana. Apresentou uma infinidade de emendas ao projeto de constituição, e viu-as quase todas, senão todas, rejeitadas pelos cadetes da República!
A SOBERANA DO MUNDO
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 111
Com a dissolução da Assembléia Constituinte de 1823, foram presos diversos deputados, e, entre eles, Antônio Carlos. Recebida a ordem de prisão, marchou o brilhante parlamentar à frente dos oficiais. Ao passar, porém, junto a unia das peças de artilharia postadas em frente ao edifício da Câmara deteve-se, respeitoso.
- Obedeço à soberana do mundo! - disse, numa continência.
E passou adiante, sorrindo.
A LISONJA
Narrado por Lauro Müller
Desde o seu aparecimento na política nacional, patenteou João Pinheiro as suas altas virtudes de homem de Estado. Eleito presidente de Minas, Lauro Müller, seu amigo íntimo, chamou-lhe a atenção para os perigos da bajulação.
- Toma cuidado com os bajuladores, João. Eles são os nossos maiores inimigos. Não te atordoes com a lisonja!
Ao fim de alguns meses, encontraram-se os dois amigos em Belo-Horizonte, onde João Pinheiro era louvado e "engrossado", como possível sucessor de Afonso Pena.
- Então, como vão os bajuladores? Tem sido muito incensado?
- Ah, meu velho, - respondeu o republicano mineiro, - que gente intolerável!... que coisa indigna, a lisonja...
E em voz baixa, rindo:
- Mas, deixe estar, "seu" Lauro, que é bom como o diabo!...
PALAVRA DE IMPERADOR
Henrique Marinho - "O Teatro Brasileiro", pág. 53
Fernando de Almeida, empresário teatral, havia mandado vir da Europa uma companhia dramática, que aqui chegou em 1829, no dia mesmo em que falecia esse empresário. Abandonada a companhia, os artistas lastimavam-se por toda parte, como um rebanho que tivesse perdido o pastor. E era um desses atores que se queixava, quando ouviu, de repente:
- E não estou eu aqui?
Era Pedro I, o qual, nesse mesmo dia, nomeou uma comissão para dirigir oficialmente a companhia.
AS LEIS
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 78.
D. José da Cunha Azeredo Coutinho, bispo de Pernambuco, falecido em 1821, foi um dos prelados mais ilustres que o Brasil tem possuído. Certo dia, falava-se sobre leis.
- As leis, meu filho... - fez o sacerdote.
E definiu:
- As leis são teias de aranha que servem para apanhar insetos, mas que se deixam romper pela pressão de qualquer corpo mais pesado!
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSO ESPANHOL DE ECONOMIA DA SAÚDE
Na “XXIX Jornadas de Economía de la Salud”, da Asociación de Economía de la Salud – AES, que se realizou em Málaga - Espanha, no período de 16 a 19 de junho de 2009, na condição de Coordenador dos Cursos de Especialização em Economia da Saúde, e de professor de Economia da Saúde do Mestrado Acadêmico em Saúde Pública da Universidade Estadual do Ceará – UECE e do Doutorado em Saúde Coletiva (Associação Ampla - UFC/UECE), tivemos participação ativa, apresentando duas Comunicações Orais, intituladas:
1) “Revenues and spending related to selected surgical procedures performed for the Unified National Health System (SUS) at an oncology service in Brazil”; e
2) “Cost of hospital infections acquired postoperatively by pediatric heart surgery patients at a neonatal intensive care unit in Fortaleza, Brazil”.
Foram também apresentados e discutidos três Posters nossos, sob os títulos:
1) “Treatment of prostate cancer at an oncology service in Fortaleza (Ceará, Brazil): costs and quality of life ”;
2) “Cost of antibiotics administered postoperatively to pediatric heart surgery patients at a neonatal intensive care unit in Northeastern Brazil”; e
3) “Evolución de los gastos municipales con salud en el estado de Ceará (Brasil): un panorama por microregión de salud por aplicación de la Enmienda Constitucional nº 29, indice socioeconómico (ISE) y gasto per capita, en el periodo de 2000 a 2007”.
Os trabalhos, resultantes de pesquisas realizadas sob o patrocínio do Projeto Economia da Saúde, que tem a UECE, como instituição acadêmica parceira, contaram com a autoria de vários pesquisadores cearenses.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva é professor titular da Uece
Fonte: http://www.corecon-ce.org.br/ Postado 11/01/2010.
1) “Revenues and spending related to selected surgical procedures performed for the Unified National Health System (SUS) at an oncology service in Brazil”; e
2) “Cost of hospital infections acquired postoperatively by pediatric heart surgery patients at a neonatal intensive care unit in Fortaleza, Brazil”.
Foram também apresentados e discutidos três Posters nossos, sob os títulos:
1) “Treatment of prostate cancer at an oncology service in Fortaleza (Ceará, Brazil): costs and quality of life ”;
2) “Cost of antibiotics administered postoperatively to pediatric heart surgery patients at a neonatal intensive care unit in Northeastern Brazil”; e
3) “Evolución de los gastos municipales con salud en el estado de Ceará (Brasil): un panorama por microregión de salud por aplicación de la Enmienda Constitucional nº 29, indice socioeconómico (ISE) y gasto per capita, en el periodo de 2000 a 2007”.
Os trabalhos, resultantes de pesquisas realizadas sob o patrocínio do Projeto Economia da Saúde, que tem a UECE, como instituição acadêmica parceira, contaram com a autoria de vários pesquisadores cearenses.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva é professor titular da Uece
Fonte: http://www.corecon-ce.org.br/ Postado 11/01/2010.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
PRAÇA ROGÉRIO FRÓES: do abandono à recuperação
Para muitos, é gratificante morar nas vizinhanças de uma praça, um recinto público, aberto, arejado e acessível a qualquer cidadão. Na nossa situação particular, essa alegria era posta de lado, até pouco tempo, devido ao abandono em que se via mergulhada a Praça Rogério Fróes, vítima do desleixo do poder público municipal, sem nada fazer para reparar os danos provocados pela ação do tempo e também praticados pelo vandalismo humano.
A praça de que se fala foi concluída há cerca de dez anos, na gestão do Prefeito Juraci Magalhães, seguindo um cuidadoso projeto urbanístico, com o natural esmero de manter as frondosas árvores nela fincadas, muitas das quais frutíferas. O logradouro foi “contemplado” com passeios pavimentados em pedras portuguesas, uma polêmica marca de piso da administração anterior, sendo ainda provido de quadra de esportes e parque infantil, além de vários bancos de madeira, de diferentes tamanhos, com suporte em ferro forjado, distribuídos em pontos mais sombreados.
A degradação praticada pela mão humana, na Praça Rogério Fróes, nunca foi causada pelos residentes em suas imediações, mas por pessoas procedentes de outras zonas de Fortaleza, que não satisfeitas em pegar do chão os pomos maduros, ofertados pela mãe natureza, ficavam a sacar as pedras portuguesas, para arremessá-las nas copas das árvores, com o objetivo de derrubar os frutos ainda imaturos; e note-se que até traves e cercas de arame da quadra esportiva haviam sido surrupiados por larápios da pior espécie, deixando os furos imensos nos enferrujados alambrados. À luz do dia, “amigos do alheio” conseguiram carregar, para local ignorado, a maior parte dos bancos originais; os brinquedos do parque infantil, tão festejados pela meninada, foram também alcançados por esse espírito destruidor, deles sobrando apenas, boas lembranças.
A atuação do poder público, nesse espaço aberto aos munícipes, restringia-se a uma eventual e esporádica capinação, com efeitos dissipados ao curso de uma semana, tempo suficiente para que o mato e outras ervas daninhas voltassem a crescer, reassumindo os seus domínios, como que a demarcar a predominância dessa vegetação. As grandes árvores não recebiam o menor cuidado, exceto pela intervenção, de quando em vez, da Coelce, cujos agentes podavam os galhos pendidos na fiação elétrica. Aliás, foi por conta mesmo da ação do tempo, associada com a omissão pública, que algumas das maiores árvores tombaram, tendo a PMF, após notificação, comparecido ao local para completar o processo de derrubada de mangueiras, cajueiros e coqueiros, sem repor, posteriormente, o que fora perdido.
Para não dizer que o caos era definitivo, apenas subsistia, na parte central da praça, um Oratório da Mãe Rainha, erguido, há mais ou menos seis anos, pelos católicos do Setor V, da Paróquia de São Vicente de Paulo, destinado à feitura de orações comunitárias, dando a impressão de que ainda havia ali uma réstia de esperança, capaz de inibir assaltos e a tomada de posse do logradouro por marginais, já que o policiamento na área, de responsabilidade estadual, era inexistente, o mesmo acontecendo com a vigilância patrimonial, tutelada pelo município.
Com relação aos agravos a esse espaço tão bucólico, privilegiado pela própria natureza, com o milagre da vida vegetal, várias foram as tentativas dos moradores de suas cercanias, no intuito de sensibilizar as autoridades municipais, para os problemas que vinham se acumulando e que na verdade, dependiam só de uma decisão política para serem sanados.
As palavras não foram lançadas ao vento. As queixas foram escutadas, e o gestor Rogério Pinheiro, atento aos clamores dos suplicantes, envidou todos os esforços para garantir, mais do que uma mera recuperação, uma verdadeira reforma da praça, o que foi concretizada no correr de 2008, tornando-se ele o grande artífice da tão almejada obra. Já na fase de conclusão, os moradores se articularam em seguidas reuniões, culminando esse monumental trabalho de mobilização, na fundação da Associação dos Amigos e Moradores da Praça Rogério Fróes – a “Amoramigos” – cuja primeira diretoria foi empossada, após escrutínio, em dezembro de 2008. Esteio desde a primeira hora, o Dr. Monteiro, sócio-diretor do Hospital São Carlos, desdobrou-se em ofertar condições de infraestrutura para o funcionamento da dita associação. Dezenas de moradores, individualmente, concordaram em pagar taxas para manutenção da praça e os condomínios residenciais das proximidades, oficializaram uma taxa coletiva em suas despesas mensais, o que prova que os demandantes levam o mérito de não só terem exposto a ferida, mas de agirem no sentido de curá-la.
A praça, não é nenhuma novidade, é um bem público, disponível a qualquer cidadão, pouco importando se ele resida ou não nas suas vizinhanças; tanto é assim que ganhou notoriedade nos versos do poeta baiano Antônio de Castro Alves: “a praça é de todos, como o céu é do condor”. Hoje em dia, já não se fala desse modo, posto que o espaço azul perdeu o domínio para os aviões, grandes e pequenos.
É sempre bom rememorar, Senhora Prefeita, que a área verde, da cobertura vegetal da praça, encravada no bairro Dionísio Torres, gera externalidades positivas, como contenção de águas pluviais, diminuição da temperatura ambiente, emissão de ar mais respirável, responsáveis pelo ingresso de benefícios, em um alargado raio de ação, a todos os indivíduos que transitam pelos quatros grandes corredores de atividade econômica, expressos nas avenidas Pontes Vieira, Antônio Sales, Desembargador Moreira e Virgílio Távora, independentemente da procedência ou da residência das pessoas.
Nesses tempos de agora, quando tanto se fala de meio-ambiente, quando se discute em Copenhague os efeitos das mudanças no clima, em parte atreladas ao efeito estufa, só merece louvor o empenho de quantos se bateram e se batem pela preservação dos ambientes públicos, a exemplo da Praça Rogério Fróes, que ora está sendo cuidada pelos que se usufruem do vento que lá circula, livremente, do som melodioso dos pássaros que lá fazem morada, dos frutos que caem das árvores, com a maior naturalidade, do passeio sobre pedras portuguesas, todo recuperado, a permitir boas caminhadas, artérias oxigenadas e menores problemas para o coração.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista em Fortaleza
* Publicado In: Jornal O Povo. Fortaleza, 13 de fevereiro de 2010. Jornal do Leitor. p.3.
A praça de que se fala foi concluída há cerca de dez anos, na gestão do Prefeito Juraci Magalhães, seguindo um cuidadoso projeto urbanístico, com o natural esmero de manter as frondosas árvores nela fincadas, muitas das quais frutíferas. O logradouro foi “contemplado” com passeios pavimentados em pedras portuguesas, uma polêmica marca de piso da administração anterior, sendo ainda provido de quadra de esportes e parque infantil, além de vários bancos de madeira, de diferentes tamanhos, com suporte em ferro forjado, distribuídos em pontos mais sombreados.
A degradação praticada pela mão humana, na Praça Rogério Fróes, nunca foi causada pelos residentes em suas imediações, mas por pessoas procedentes de outras zonas de Fortaleza, que não satisfeitas em pegar do chão os pomos maduros, ofertados pela mãe natureza, ficavam a sacar as pedras portuguesas, para arremessá-las nas copas das árvores, com o objetivo de derrubar os frutos ainda imaturos; e note-se que até traves e cercas de arame da quadra esportiva haviam sido surrupiados por larápios da pior espécie, deixando os furos imensos nos enferrujados alambrados. À luz do dia, “amigos do alheio” conseguiram carregar, para local ignorado, a maior parte dos bancos originais; os brinquedos do parque infantil, tão festejados pela meninada, foram também alcançados por esse espírito destruidor, deles sobrando apenas, boas lembranças.
A atuação do poder público, nesse espaço aberto aos munícipes, restringia-se a uma eventual e esporádica capinação, com efeitos dissipados ao curso de uma semana, tempo suficiente para que o mato e outras ervas daninhas voltassem a crescer, reassumindo os seus domínios, como que a demarcar a predominância dessa vegetação. As grandes árvores não recebiam o menor cuidado, exceto pela intervenção, de quando em vez, da Coelce, cujos agentes podavam os galhos pendidos na fiação elétrica. Aliás, foi por conta mesmo da ação do tempo, associada com a omissão pública, que algumas das maiores árvores tombaram, tendo a PMF, após notificação, comparecido ao local para completar o processo de derrubada de mangueiras, cajueiros e coqueiros, sem repor, posteriormente, o que fora perdido.
Para não dizer que o caos era definitivo, apenas subsistia, na parte central da praça, um Oratório da Mãe Rainha, erguido, há mais ou menos seis anos, pelos católicos do Setor V, da Paróquia de São Vicente de Paulo, destinado à feitura de orações comunitárias, dando a impressão de que ainda havia ali uma réstia de esperança, capaz de inibir assaltos e a tomada de posse do logradouro por marginais, já que o policiamento na área, de responsabilidade estadual, era inexistente, o mesmo acontecendo com a vigilância patrimonial, tutelada pelo município.
Com relação aos agravos a esse espaço tão bucólico, privilegiado pela própria natureza, com o milagre da vida vegetal, várias foram as tentativas dos moradores de suas cercanias, no intuito de sensibilizar as autoridades municipais, para os problemas que vinham se acumulando e que na verdade, dependiam só de uma decisão política para serem sanados.
As palavras não foram lançadas ao vento. As queixas foram escutadas, e o gestor Rogério Pinheiro, atento aos clamores dos suplicantes, envidou todos os esforços para garantir, mais do que uma mera recuperação, uma verdadeira reforma da praça, o que foi concretizada no correr de 2008, tornando-se ele o grande artífice da tão almejada obra. Já na fase de conclusão, os moradores se articularam em seguidas reuniões, culminando esse monumental trabalho de mobilização, na fundação da Associação dos Amigos e Moradores da Praça Rogério Fróes – a “Amoramigos” – cuja primeira diretoria foi empossada, após escrutínio, em dezembro de 2008. Esteio desde a primeira hora, o Dr. Monteiro, sócio-diretor do Hospital São Carlos, desdobrou-se em ofertar condições de infraestrutura para o funcionamento da dita associação. Dezenas de moradores, individualmente, concordaram em pagar taxas para manutenção da praça e os condomínios residenciais das proximidades, oficializaram uma taxa coletiva em suas despesas mensais, o que prova que os demandantes levam o mérito de não só terem exposto a ferida, mas de agirem no sentido de curá-la.
A praça, não é nenhuma novidade, é um bem público, disponível a qualquer cidadão, pouco importando se ele resida ou não nas suas vizinhanças; tanto é assim que ganhou notoriedade nos versos do poeta baiano Antônio de Castro Alves: “a praça é de todos, como o céu é do condor”. Hoje em dia, já não se fala desse modo, posto que o espaço azul perdeu o domínio para os aviões, grandes e pequenos.
É sempre bom rememorar, Senhora Prefeita, que a área verde, da cobertura vegetal da praça, encravada no bairro Dionísio Torres, gera externalidades positivas, como contenção de águas pluviais, diminuição da temperatura ambiente, emissão de ar mais respirável, responsáveis pelo ingresso de benefícios, em um alargado raio de ação, a todos os indivíduos que transitam pelos quatros grandes corredores de atividade econômica, expressos nas avenidas Pontes Vieira, Antônio Sales, Desembargador Moreira e Virgílio Távora, independentemente da procedência ou da residência das pessoas.
Nesses tempos de agora, quando tanto se fala de meio-ambiente, quando se discute em Copenhague os efeitos das mudanças no clima, em parte atreladas ao efeito estufa, só merece louvor o empenho de quantos se bateram e se batem pela preservação dos ambientes públicos, a exemplo da Praça Rogério Fróes, que ora está sendo cuidada pelos que se usufruem do vento que lá circula, livremente, do som melodioso dos pássaros que lá fazem morada, dos frutos que caem das árvores, com a maior naturalidade, do passeio sobre pedras portuguesas, todo recuperado, a permitir boas caminhadas, artérias oxigenadas e menores problemas para o coração.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico e economista em Fortaleza
* Publicado In: Jornal O Povo. Fortaleza, 13 de fevereiro de 2010. Jornal do Leitor. p.3.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
A ATIVIDADE CIENTIFICA DA MEDICINA DA UFC NOS ANOS SETENTA
Quando a nossa turma ingressou na Universidade Federal do Ceará (UFC), em janeiro de 1972, a atividade científica dessa instituição ainda não estava consolidada e era pouco disseminada em muitos setores acadêmicos ou cursos, não divergindo, nesse tocante, do que acontecia na maioria das universidades nordestinas, naquele período.
No campus do Porangabuçu, onde se concentravam os cursos da área de saúde da UFC e funcionavam o Hospital das Clínicas, posteriormente denominado Hospital Universitário Walter Cantídio, e a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, a pesquisa científica era esparsa, assistemática e exercida por alguns valorosos docentes, dentre os mais vocacionados para as funções de pesquisador, a exemplo de: Antônio Lacerda Machado, Dalgimar Beserra de Menezes, Joaquim Eduardo de Alencar, José Murilo de Carvalho Martins, Manassés Claudino Fonteles e Paulo Marcelo Martins Rodrigues, que foram dignificados, pela Turma de Medicina 1977.2, com a “Homenagem ao Espírito Científico”. Não havia pós-graduação stricto sensu e os cursos de especialização eram eventuais, de acordo com a oportunidade da oferta.
A ausência de programas de Mestrado e de Doutorado, direcionados ao curso de Medicina, e, ainda, a falta de incentivos para que os professores pudessem prosperar na carreira docente, concorriam para manter a pesquisa médica em baixos patamares científicos, salvo por honrosas exceções daqueles que ousavam desbravar a seara da ciência, insistindo em pesquisar e em publicar, quando não, sujeitando-se a prestar concursos de livre-docência, ou para a cátedra.
Era natural que a carência de uma estrutura de pós-graduação na Medicina, de então, resultasse na incipiência da produção científica, com reflexo direto no despertar de vocações ou de interesse para a pesquisa entre os acadêmicos, que, invariavelmente, estavam sobrecarregados com os estudos disciplinares e divididos em estágios extracurriculares, na incessante busca de auferir uma prática médica que facilitasse a futura inserção profissional.
As monitorias eram em número restrito, bem como inexistiam programas de iniciação científica, com bolsas concedidas pela própria UFC, nos moldes do PIBIC, ou patrocinadas por instituição local de fomento à pesquisa; cabiam ao CNPq, anteriormente intitulado Conselho Nacional de Pesquisas, as raríssimas concessões de bolsas de iniciação científica, na dependência da apresentação de um bom projeto de pesquisa, ancorado em um consistente currículo do orientador. Alguns professores esforçavam-se, todavia, para obter em instituições locais, públicas ou privadas, incluindo fundações, apoio financeiro que pudesse ser convertido em ajuda de custo a estudantes que se prestavam a auxiliá-los na feitura de pesquisas.
Como a Residência Médica não era um imperativo maior, para o exercício da Medicina, e o acesso a essa modalidade de treinamento, sequer valorizava a produção científica do candidato, não havia sido enraizada entre os estudantes, a busca do preenchimento desse requisito, tampouco existiam motivação ou determinação capazes de gerar a publicação de artigos científicos. No entanto, a realização anual dos Encontros Científicos de Estudantes de Medicina (ECEM) mobilizava os alunos para angariar fundos necessários à participação nesses eventos, incluindo despesas de viagem, e preparo de trabalhos, por vezes submetidos a uma jornada prévia, de feição cearense, denominada Jornada Científica de Estudantes de Medicina (JOCEME) como “avant-première” da apresentação posterior, em âmbito nacional.
Nossa turma, a dos graduados de dezembro de 1977, esteve bem representada nos ECEM-Brasil, e em outros congressos médicos, com a exposição de temas-livres, por vários dos nossos colegas, que, individual ou coletivamente, levaram trabalhos elaborados no Ceará, ombreando-se aos dos acadêmicos das demais escolas médicas do país. A lamentar, expia-se aqui a falta de artigos publicados em periódicos científicos, bem de acordo com o padrão daquele tempo.
É oportuno ressaltar que somente na segunda metade da década de 1970, ocorreram duas iniciativas propulsoras e irradiadoras da pesquisa médica na UFC; a primeira referente à criação do Mestrado em Farmacologia, sob a liderança do Prof. Dr. Manassés Claudino Fonteles, e a segunda, alusiva à implantação do Núcleo de Medicina Tropical, capitaneado pelo Prof. Dr. Joaquim Eduardo de Alencar, no bojo do Acordo de Cooperação Técnica da UFC com a Universidade de Paris.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico graduado pela UFC em 1977
* Publicado In: Revista Histórias da Saúde. Novembro a dezembro de 2009 – ano XI, n. 21, p.12.
No campus do Porangabuçu, onde se concentravam os cursos da área de saúde da UFC e funcionavam o Hospital das Clínicas, posteriormente denominado Hospital Universitário Walter Cantídio, e a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, a pesquisa científica era esparsa, assistemática e exercida por alguns valorosos docentes, dentre os mais vocacionados para as funções de pesquisador, a exemplo de: Antônio Lacerda Machado, Dalgimar Beserra de Menezes, Joaquim Eduardo de Alencar, José Murilo de Carvalho Martins, Manassés Claudino Fonteles e Paulo Marcelo Martins Rodrigues, que foram dignificados, pela Turma de Medicina 1977.2, com a “Homenagem ao Espírito Científico”. Não havia pós-graduação stricto sensu e os cursos de especialização eram eventuais, de acordo com a oportunidade da oferta.
A ausência de programas de Mestrado e de Doutorado, direcionados ao curso de Medicina, e, ainda, a falta de incentivos para que os professores pudessem prosperar na carreira docente, concorriam para manter a pesquisa médica em baixos patamares científicos, salvo por honrosas exceções daqueles que ousavam desbravar a seara da ciência, insistindo em pesquisar e em publicar, quando não, sujeitando-se a prestar concursos de livre-docência, ou para a cátedra.
Era natural que a carência de uma estrutura de pós-graduação na Medicina, de então, resultasse na incipiência da produção científica, com reflexo direto no despertar de vocações ou de interesse para a pesquisa entre os acadêmicos, que, invariavelmente, estavam sobrecarregados com os estudos disciplinares e divididos em estágios extracurriculares, na incessante busca de auferir uma prática médica que facilitasse a futura inserção profissional.
As monitorias eram em número restrito, bem como inexistiam programas de iniciação científica, com bolsas concedidas pela própria UFC, nos moldes do PIBIC, ou patrocinadas por instituição local de fomento à pesquisa; cabiam ao CNPq, anteriormente intitulado Conselho Nacional de Pesquisas, as raríssimas concessões de bolsas de iniciação científica, na dependência da apresentação de um bom projeto de pesquisa, ancorado em um consistente currículo do orientador. Alguns professores esforçavam-se, todavia, para obter em instituições locais, públicas ou privadas, incluindo fundações, apoio financeiro que pudesse ser convertido em ajuda de custo a estudantes que se prestavam a auxiliá-los na feitura de pesquisas.
Como a Residência Médica não era um imperativo maior, para o exercício da Medicina, e o acesso a essa modalidade de treinamento, sequer valorizava a produção científica do candidato, não havia sido enraizada entre os estudantes, a busca do preenchimento desse requisito, tampouco existiam motivação ou determinação capazes de gerar a publicação de artigos científicos. No entanto, a realização anual dos Encontros Científicos de Estudantes de Medicina (ECEM) mobilizava os alunos para angariar fundos necessários à participação nesses eventos, incluindo despesas de viagem, e preparo de trabalhos, por vezes submetidos a uma jornada prévia, de feição cearense, denominada Jornada Científica de Estudantes de Medicina (JOCEME) como “avant-première” da apresentação posterior, em âmbito nacional.
Nossa turma, a dos graduados de dezembro de 1977, esteve bem representada nos ECEM-Brasil, e em outros congressos médicos, com a exposição de temas-livres, por vários dos nossos colegas, que, individual ou coletivamente, levaram trabalhos elaborados no Ceará, ombreando-se aos dos acadêmicos das demais escolas médicas do país. A lamentar, expia-se aqui a falta de artigos publicados em periódicos científicos, bem de acordo com o padrão daquele tempo.
É oportuno ressaltar que somente na segunda metade da década de 1970, ocorreram duas iniciativas propulsoras e irradiadoras da pesquisa médica na UFC; a primeira referente à criação do Mestrado em Farmacologia, sob a liderança do Prof. Dr. Manassés Claudino Fonteles, e a segunda, alusiva à implantação do Núcleo de Medicina Tropical, capitaneado pelo Prof. Dr. Joaquim Eduardo de Alencar, no bojo do Acordo de Cooperação Técnica da UFC com a Universidade de Paris.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico graduado pela UFC em 1977
* Publicado In: Revista Histórias da Saúde. Novembro a dezembro de 2009 – ano XI, n. 21, p.12.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
SOBRE A VÍRGULA
Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis...
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
(Associação Brasileira de Imprensa).
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis...
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
DÚVIDAS DE ADVOGADAS LOURAS I
1 – Quem é canhoto pode prestar vestibular para Direito?
2 – Levar a secretária eletrônica para a cama é assédio sexual?
3 – Com a nova Lei Ambiental, afogar o ganso passou a ser crime?
4 – Dizer que gato preto dá azar é preconceito racial?
5 – Cabe Recurso Adesivo no absorvente da mulher ativa?
6 – Quantos quilos por dia emagrece um casal que optou pelo Regime Parcial?
7 – Qual a capital do estado civil?
8 – Pessoas de má fé são aquelas que não acreditam em Deus?
9 – Tem algum direito a mulher em trabalho de parto sem carteira assinada?
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
2 – Levar a secretária eletrônica para a cama é assédio sexual?
3 – Com a nova Lei Ambiental, afogar o ganso passou a ser crime?
4 – Dizer que gato preto dá azar é preconceito racial?
5 – Cabe Recurso Adesivo no absorvente da mulher ativa?
6 – Quantos quilos por dia emagrece um casal que optou pelo Regime Parcial?
7 – Qual a capital do estado civil?
8 – Pessoas de má fé são aquelas que não acreditam em Deus?
9 – Tem algum direito a mulher em trabalho de parto sem carteira assinada?
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
domingo, 7 de fevereiro de 2010
LAVANDERIA NA VARANDA
Tenho sido favorável às decisões do Governo do Ceará. O Centro de Convenções me sugere um excelente investimento para a cidade, além de estar bem localizado, e de ser um projeto de arquitetura e paisagismo belíssimo. Até mesmo o polemizado aquário na Praia de Iracema, onde nasci, conta com a minha simpatia. Como nosso maior urbanista, Lucio Costa, compreendo o ponto de vista dos que entendem que a cidade prescinde de símbolos, e seja despojada de qualquer vislumbre de grandeza, em favor de uma plenitude administrativa. Mas, como ele, acredito que, "imanente ou transcendente, há uma intrínseca grandeza no homem e na sua obra, ainda quando aparente a sua negação". A ideia do aquário é perfeita para uma cidade como Fortaleza, que tem no mar uma de suas marcas mais fortes e bonitas. O mar é o monumento nato de Fortaleza. A orla é a maior riqueza do Ceará, pertence ao seu povo, e deve ser cuidada com minúcia e rigor, dentro de concepções inovadoras, ecológicas e sustentáveis.
Claro, os governos precisam cumprir as metas sociais e cuidar de Fortaleza, tanto com a presença universal da administração, como em campanhas educativas para se criar espírito público e desvelo pela cidade, por parte de seus moradores. Mas é correto não esquecer a valorização de Fortaleza frente aos seus habitantes e a sua situação no mapa urbano mundial. O desafio da transformação tem preço, ela é arriscada, precisa ser feita com a maior sensibilidade, mas a sua alternativa é a desesperança, o isolamento e a estagnação. Vemos a experiência de Bilbao, pequena cidade espanhola que tomou expressão internacional a partir da construção de um museu em arquitetura ousada. Vemos o caso de Niterói, com a edificação de um pequenino museu sobre pedra, na orla, de extraordinária presença na cidade, que se tornou mais atraente e valiosa. E, bem pertinho, vemos a proposta amena e benéfica do Parque do Cocó. É até mesmo uma questão de autoestima, tema dos mais candentes por aqui.
Também concordo com a criação de um estaleiro, fonte de riquezas, de trabalho, e outros bens econômicos. Mas a localização do estaleiro em plena orla urbana, num dos pontos mais belos, é incompreensível. Parece-me a mesma atitude de alguém que possui um fabuloso apartamento, com vista para o mar, e resolve instalar a área de serviços na varanda. Basta um passeio pela orla de Santos, ou de Vitória, para constatarmos a destruição de uma possibilidade racional, humana, o desprezo pelo que vale e significa a paisagem na alma de uma cidade. Não apenas a paisagem, mas o preço da degradação urbana que se forma em torno dessas indústrias. Coisas do passado. Nenhuma administração pode se permitir mais esses equívocos. Basta passear pela orla do Rio, pela Barra, pela Lagoa, para ver o oposto, calçadas, jardins, playgrounds, bosques, quiosques, ciclovias... Barcelona, Londres, Paris, Sidney, Manaus, Belém, Boa Vista...
O estaleiro na orla urbana renega o próprio aquário construído para a ocupação de área nobre, em favor da cidade e da população, do mesmo modo como foi feito o belíssimo Dragão do Mar, que, sozinho, numa ilha entre abandonos, perde sua simbologia e força. O grande símbolo dessa ocupação das áreas nobres pelo interesse elevado, pela população, é uma guinada contra a utilização desses espaços como zona de deleite subalterno ou de violência consentida. A cidade, como diz Lucio Costa, é um ato deliberado de posse, de um gesto desbravador. O que se poderia esperar era o contrário, a retirada do porto de Mucuripe para local mais adequado, com todos os seus guindastes, contêineres, caminhões, óleo e fumaça, e que a orla prosseguisse em sua função.
Ali a aptidão é, juntamente com o Titanzinho, ser uma área de beleza e valores naturais, como é o aterro do Flamengo no Rio, artisticamente arborizada, com quadras para atividades esportivas, de brincadeiras infantis, celeiro de tartarugas e golfinhos, praia para pescaria e surfe, calçadas para passeios, lazer e reconforto para os moradores de Serviluz, escolas esportivas, o que está ditado pela sua ocupação espontânea.
Todo esse esforço, pago pela população e empreendido pelo poder público, deve tornar Fortaleza uma cidade moderna e corajosa, não mais uma capital de província, nem uma serva do interesse econômico, mas a tradução da ideia de prestígio e dignidade, associada à noção de coisa pública, acompanhando as preocupações do nosso tempo e as necessidades e sonhos de nosso povo.
Ana Miranda
* Crônica publicada In: O Povo, de 05/02/10. Caderno Vida & Arte. p.6.
Nota do Blog: Texto lúcido, construído com sensibilidade e racionalidade, e digno de ser reproduzido em outros meios de divulgação. A comparação ectópica, usada por Ana Miranda, que fundamenta o título da crônica-protesto, foi divinal.
Claro, os governos precisam cumprir as metas sociais e cuidar de Fortaleza, tanto com a presença universal da administração, como em campanhas educativas para se criar espírito público e desvelo pela cidade, por parte de seus moradores. Mas é correto não esquecer a valorização de Fortaleza frente aos seus habitantes e a sua situação no mapa urbano mundial. O desafio da transformação tem preço, ela é arriscada, precisa ser feita com a maior sensibilidade, mas a sua alternativa é a desesperança, o isolamento e a estagnação. Vemos a experiência de Bilbao, pequena cidade espanhola que tomou expressão internacional a partir da construção de um museu em arquitetura ousada. Vemos o caso de Niterói, com a edificação de um pequenino museu sobre pedra, na orla, de extraordinária presença na cidade, que se tornou mais atraente e valiosa. E, bem pertinho, vemos a proposta amena e benéfica do Parque do Cocó. É até mesmo uma questão de autoestima, tema dos mais candentes por aqui.
Também concordo com a criação de um estaleiro, fonte de riquezas, de trabalho, e outros bens econômicos. Mas a localização do estaleiro em plena orla urbana, num dos pontos mais belos, é incompreensível. Parece-me a mesma atitude de alguém que possui um fabuloso apartamento, com vista para o mar, e resolve instalar a área de serviços na varanda. Basta um passeio pela orla de Santos, ou de Vitória, para constatarmos a destruição de uma possibilidade racional, humana, o desprezo pelo que vale e significa a paisagem na alma de uma cidade. Não apenas a paisagem, mas o preço da degradação urbana que se forma em torno dessas indústrias. Coisas do passado. Nenhuma administração pode se permitir mais esses equívocos. Basta passear pela orla do Rio, pela Barra, pela Lagoa, para ver o oposto, calçadas, jardins, playgrounds, bosques, quiosques, ciclovias... Barcelona, Londres, Paris, Sidney, Manaus, Belém, Boa Vista...
O estaleiro na orla urbana renega o próprio aquário construído para a ocupação de área nobre, em favor da cidade e da população, do mesmo modo como foi feito o belíssimo Dragão do Mar, que, sozinho, numa ilha entre abandonos, perde sua simbologia e força. O grande símbolo dessa ocupação das áreas nobres pelo interesse elevado, pela população, é uma guinada contra a utilização desses espaços como zona de deleite subalterno ou de violência consentida. A cidade, como diz Lucio Costa, é um ato deliberado de posse, de um gesto desbravador. O que se poderia esperar era o contrário, a retirada do porto de Mucuripe para local mais adequado, com todos os seus guindastes, contêineres, caminhões, óleo e fumaça, e que a orla prosseguisse em sua função.
Ali a aptidão é, juntamente com o Titanzinho, ser uma área de beleza e valores naturais, como é o aterro do Flamengo no Rio, artisticamente arborizada, com quadras para atividades esportivas, de brincadeiras infantis, celeiro de tartarugas e golfinhos, praia para pescaria e surfe, calçadas para passeios, lazer e reconforto para os moradores de Serviluz, escolas esportivas, o que está ditado pela sua ocupação espontânea.
Todo esse esforço, pago pela população e empreendido pelo poder público, deve tornar Fortaleza uma cidade moderna e corajosa, não mais uma capital de província, nem uma serva do interesse econômico, mas a tradução da ideia de prestígio e dignidade, associada à noção de coisa pública, acompanhando as preocupações do nosso tempo e as necessidades e sonhos de nosso povo.
Ana Miranda
* Crônica publicada In: O Povo, de 05/02/10. Caderno Vida & Arte. p.6.
Nota do Blog: Texto lúcido, construído com sensibilidade e racionalidade, e digno de ser reproduzido em outros meios de divulgação. A comparação ectópica, usada por Ana Miranda, que fundamenta o título da crônica-protesto, foi divinal.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
TURMA DR. FÁBIO LANDIM: uma sábia escolha
O Dr. Fábio Machado Landim nasceu em Fortaleza, em 05/04/1974, em um lar de sólida fundamentação cristã, sendo o primogênito do casal de educadores Luís Carlos e Rita Maria. A educação propiciada pelo Colégio Irmã Maria Montenegro, escola de propriedade dos seus pais, encontrou nele um terreno fértil, à conta de sua excepcional inteligência, indicativa de uma precocidade singular, a qual se agregava a disposição para estudar, que fez dele um bem sucedido aluno, vencedor contumaz de olimpíadas estudantis, culminando com a brilhante aprovação, no concorrido vestibular para o curso de Medicina da UFC, onde ingressou aos 16 anos de idade.
Por sua extrema ânsia em auferir conhecimentos, mediante a devoção aos livros, foi aluno de Medicina, com notável rendimento acadêmico, mas sempre encontrou tempo para iniciar-se nos meandros da prática médica, engajando-se cedo, como estagiário concursado, na Emergência do IJF (Frotinha) de Messejana e no Serviço de Oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza.
Ainda como universitário, participou de vários congressos médicos, quase sempre com a apresentação de trabalhos científicos advindos da experiência que adquiria nos locais de estágio, robustecendo o seu currículo complementar, e evidenciando uma latente vocação científica.
Teve o privilégio, nesse período, de receber a orientação segura do Dr. Florentino Araújo Cardoso Filho, que, por certo, emulou-o a optar pela Oncologia, que foi seguida do contato tutorial com o Dr. José Eudes Bastos Pinho, preceptor do Internato e da Residência Médica em Cirurgia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), a quem coube acolher aquele rapaz, imberbe, que mais lembrava um calouro de tão jovem, quando Fábio ingressou no Internato do HGF.
Aos 22 anos de idade, já médico, deparou-se com um leque de aprovações para cumprir Residência Médica (RM) em Cirurgia Geral, o que incluía vários programas dessa especialidade no Ceará e em outros estados, do Sul e do Sudeste, do Brasil. O apreço que sempre deu aos seus laços familiares levou-o a escolher a RM do HGF, postergando o seu deslocamento para fora de sua cidade natal, para quando fosse obter o treinamento em Oncologia Cirúrgica, uma feliz decisão porquanto permitiu que ele continuasse, durante três anos, sob a orientação de alguns dos mais experimentados cirurgiões do Ceará, integrantes do “staff” desse nosocômio.
Em 2000, após a conclusão do R3 e da Especialização em Medicina do Trabalho, foi selecionado pelo Prof. Abdul Haim Moossa, que o classificou como “outstanding”, um estupendo adjetivo devidamente comunicado ao Dr. Eudes Pinho, para realizar um “fellowship” em Cirurgia, no afamado Departamento de Cirurgia da University of Califórnia Los Angeles (UCLA). De novo, os fortes laços afetivos, dessa vez majorados pela distância da pátria, trouxeram-no de volta ao Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro, onde efetuou, com brilhantismo, a RM em Cancerologia Cirúrgica, no Instituto Nacional de Câncer (INCA). O Dr. Moossa, figura exponencial da cirurgia norte-americana, apesar da convivência de apenas um mês entre os dois, lamentou a desistência do Fábio Landim, mas demonstrou compreender as razões dessa renúncia e se prontificou a acolhê-lo, em outra oportunidade, isso se fosse da conveniência do próprio Fábio.
Em 2003, o Dr. Fábio Landim retorna em definitivo ao Ceará, assumindo posto de trabalho conquistado por concurso público no Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara e integrando, a convite institucional, o corpo clínico do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), que, com o seu Hospital do Câncer, se consolidava como entidade de referência em Cancerologia, para as regiões Norte e Nordeste.
Nesses quase seis anos de atuação no ICC, nosso colega Fábio exibiu uma capacidade laboral inexcedível, tanto em intensidade como em qualidade, nos mais variados campos, surpreendendo a todos pela versatilidade e pela competência. Em que pese a sua juventude, desde o princípio, não parecia ser um médico, em início de carreira, tal era a sua desenvoltura para lidar com as situações do cotidiano médico e a sua garra em enfrentar novos desafios gerenciais e de conceber projetos estruturantes e arrojados para o ICC.
Foi ele de capital importância para assegurar a manutenção da qualidade e da credibilidade da RM do ICC e ainda para a abertura de novos programas de RM, que fazem do ICC o terceiro maior centro de formação de oncologistas do País. A sua vocação para o ensino aflorou no ICC, pois, além da RM, a instituição é campo de estágio para diferentes cursos da área da saúde, sejam eles públicos ou privados. Nesse aspecto, convém salientar a gratificante inserção do Dr. Fábio Landim, como Professor de Práticas Médicas do Curso de Medicina da UECE, ministrando aulas teóricas e práticas de Oncologia, e docente dos cursos e dos eventos científicos patrocinados pela Escola Cearense de Oncologia (ECO), bem como exímio elaborador de provas de cirurgia para concursos públicos e processos seletivos.
Para o curso médico da UECE, ele desempenhou importante papel na organização e na condução do Módulo de Oncologia, da disciplina de Clínica Cirúrgica II, além da sua inserção em outras disciplinas da grade curricular. Foi dele, aliás, a última aula que antecedeu ao ingresso no internato da Turma de 2009, ministrando, na disciplina Ambulatório de Atenção Básica, o tema “Atenção Primária em Oncologia”. Essa cuidadosa exposição, ocorrida no Auditório do ICC, foi seguida de calorosos cumprimentos e de uma sessão de fotografias, revestida de uma atmosfera de congraçamento.
No final do ano de 2007, Dr. Landim decidiu buscar a pós-graduação senso estrito, matriculando-se no Mestrado em Oncologia, fruto da parceria Minter/Dinter envolvendo o Hospital A. C. Camargo, como entidade proponente, e o ICC, como instituição receptora. Desde então, o nosso perfilado revestiu-se de uma nova vibrante faceta – a de pesquisador, que se consubstanciava na elevada freqüência de submissão, de projetos de pesquisa de sua lavra, ao Comitê de Ética em Pesquisa do ICC, e nos costumeiros aceites de seus artigos originais, para publicações em periódicos portadores de certificação intelectual e legal. Ademais, para o seu orientador, a qualidade excepcional do seu projeto de dissertação, já posto em marcha, reforçava a proposta de “up grade” para tese, o que ensejaria a obtenção do diploma de doutorado.
Não há dúvidas de que esses atributos de competência foram relevantes para firmar o reconhecimento da excelência profissional do Fábio, entre os seus pares, e para avalizar a vasta clientela de pacientes, de convênios ou particulares, bem como inspirar confiança nos usuários do SUS. No entanto, como nos diz São Paulo na Carta aos Coríntios I, em seu versículo 2: “ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não seria nada”. De pouco adiantaria tanta competência técnica se o médico não tivesse o amor.
O amor permeava todas as ações, profissionais ou não, de Fábio e, nisso, talvez residisse, em grande parte, a razão do seu crescente número de admiradores, igualmente colhidos na legião dos seus beneficiados e dos seus colegas de trabalho, que, neste ano, sufragaram-no para distintas funções: Presidência da Comissão de Ética Médica do ICC, membro da Diretoria da Associação Médica Cearense e conselheiro do CREMEC.
Apesar da sua devoção ao trabalho, que o impossibilitava de se negar a absorver mais fardos, sabia ele usar muito bem o seu tempo, para, com a devida intensidade, interagir com a família (pais e irmãos) e se dedicar afetuosamente à criação e à educação dos seus amados Maria e Pedro, gerados no abençoado amor de Camila e Fábio, responsabilidades compartilhadas com sua esposa e dileta companheira.
A família que lhe serviu de berço forjou nele a temperança, a lhaneza de trato, a determinação, qualidades que, todavia, não tolhiam o seu espírito crítico, pois possuía notória capacidade de defender seus pontos de vista, construída com argumentos traçados sob a égide da lógica e da busca do convencimento; mas era uma pessoa permeável, apto a ouvir os seus interlocutores, e de mudar de opinião ao reconhecer que o outro tinha sobejas razões.
O infausto acontecimento, iniciado em 14 de outubro, que se prolongou durante uma semana, marcada por angústias e incertezas, mas aliviada pela força das orações e temperada pela demonstração da solidariedade de tantos, que fomentavam a esperança de que Fábio viesse a sobreviver e dar continuidade a sua boa obra terrena dissipou-se em 21 de outubro de 2008, quando partiu de volta ao Pai, onde se encontra a Irmã Maria Montenegro, a carismática amiga da família Machado Landim, que partira um pouco antes dele.
Esse é um momento que cabe uma passageira recordação do conhecido soneto de Luiz Vaz de Camões: “Alma minha gentil, que te partiste / Tão cedo desta vida, descontente, / Repousa lá no Céu eternamente / E viva eu cá na terra sempre triste...” Instante como esse, é, pois, de extrema saudade, que, mercê da fé em Deus, exige de nós o esforço de superação, para, gradualmente, substituí-la pelas boas lembranças da convivência que se teve ao seu lado. Mesmo que não tenha sido tão prolongada, porquanto, poucos foram os seus 34 anos de vida e apenas quase doze, os de labuta médica, ele deixou um legado intenso de boas ações, que perdurará nos corações de muitos que foram gratificados por conhecê-lo.
Descansa em paz, nobre e gentil cavaleiro! Que Deus nos conforte a todos! Essa valorosa turma de médicos da UECE, que, por uma feliz e sábia escolha, leva o seu nome, velará por sua memória durante muitos anos.
Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor do Curso de Medicina – UECE
* Publicado In: Revista MedUECE: Turma Dr. Fábio Machado Landim. Fortaleza, janeiro de 2010. p.14-5.
Por sua extrema ânsia em auferir conhecimentos, mediante a devoção aos livros, foi aluno de Medicina, com notável rendimento acadêmico, mas sempre encontrou tempo para iniciar-se nos meandros da prática médica, engajando-se cedo, como estagiário concursado, na Emergência do IJF (Frotinha) de Messejana e no Serviço de Oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza.
Ainda como universitário, participou de vários congressos médicos, quase sempre com a apresentação de trabalhos científicos advindos da experiência que adquiria nos locais de estágio, robustecendo o seu currículo complementar, e evidenciando uma latente vocação científica.
Teve o privilégio, nesse período, de receber a orientação segura do Dr. Florentino Araújo Cardoso Filho, que, por certo, emulou-o a optar pela Oncologia, que foi seguida do contato tutorial com o Dr. José Eudes Bastos Pinho, preceptor do Internato e da Residência Médica em Cirurgia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), a quem coube acolher aquele rapaz, imberbe, que mais lembrava um calouro de tão jovem, quando Fábio ingressou no Internato do HGF.
Aos 22 anos de idade, já médico, deparou-se com um leque de aprovações para cumprir Residência Médica (RM) em Cirurgia Geral, o que incluía vários programas dessa especialidade no Ceará e em outros estados, do Sul e do Sudeste, do Brasil. O apreço que sempre deu aos seus laços familiares levou-o a escolher a RM do HGF, postergando o seu deslocamento para fora de sua cidade natal, para quando fosse obter o treinamento em Oncologia Cirúrgica, uma feliz decisão porquanto permitiu que ele continuasse, durante três anos, sob a orientação de alguns dos mais experimentados cirurgiões do Ceará, integrantes do “staff” desse nosocômio.
Em 2000, após a conclusão do R3 e da Especialização em Medicina do Trabalho, foi selecionado pelo Prof. Abdul Haim Moossa, que o classificou como “outstanding”, um estupendo adjetivo devidamente comunicado ao Dr. Eudes Pinho, para realizar um “fellowship” em Cirurgia, no afamado Departamento de Cirurgia da University of Califórnia Los Angeles (UCLA). De novo, os fortes laços afetivos, dessa vez majorados pela distância da pátria, trouxeram-no de volta ao Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro, onde efetuou, com brilhantismo, a RM em Cancerologia Cirúrgica, no Instituto Nacional de Câncer (INCA). O Dr. Moossa, figura exponencial da cirurgia norte-americana, apesar da convivência de apenas um mês entre os dois, lamentou a desistência do Fábio Landim, mas demonstrou compreender as razões dessa renúncia e se prontificou a acolhê-lo, em outra oportunidade, isso se fosse da conveniência do próprio Fábio.
Em 2003, o Dr. Fábio Landim retorna em definitivo ao Ceará, assumindo posto de trabalho conquistado por concurso público no Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara e integrando, a convite institucional, o corpo clínico do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), que, com o seu Hospital do Câncer, se consolidava como entidade de referência em Cancerologia, para as regiões Norte e Nordeste.
Nesses quase seis anos de atuação no ICC, nosso colega Fábio exibiu uma capacidade laboral inexcedível, tanto em intensidade como em qualidade, nos mais variados campos, surpreendendo a todos pela versatilidade e pela competência. Em que pese a sua juventude, desde o princípio, não parecia ser um médico, em início de carreira, tal era a sua desenvoltura para lidar com as situações do cotidiano médico e a sua garra em enfrentar novos desafios gerenciais e de conceber projetos estruturantes e arrojados para o ICC.
Foi ele de capital importância para assegurar a manutenção da qualidade e da credibilidade da RM do ICC e ainda para a abertura de novos programas de RM, que fazem do ICC o terceiro maior centro de formação de oncologistas do País. A sua vocação para o ensino aflorou no ICC, pois, além da RM, a instituição é campo de estágio para diferentes cursos da área da saúde, sejam eles públicos ou privados. Nesse aspecto, convém salientar a gratificante inserção do Dr. Fábio Landim, como Professor de Práticas Médicas do Curso de Medicina da UECE, ministrando aulas teóricas e práticas de Oncologia, e docente dos cursos e dos eventos científicos patrocinados pela Escola Cearense de Oncologia (ECO), bem como exímio elaborador de provas de cirurgia para concursos públicos e processos seletivos.
Para o curso médico da UECE, ele desempenhou importante papel na organização e na condução do Módulo de Oncologia, da disciplina de Clínica Cirúrgica II, além da sua inserção em outras disciplinas da grade curricular. Foi dele, aliás, a última aula que antecedeu ao ingresso no internato da Turma de 2009, ministrando, na disciplina Ambulatório de Atenção Básica, o tema “Atenção Primária em Oncologia”. Essa cuidadosa exposição, ocorrida no Auditório do ICC, foi seguida de calorosos cumprimentos e de uma sessão de fotografias, revestida de uma atmosfera de congraçamento.
No final do ano de 2007, Dr. Landim decidiu buscar a pós-graduação senso estrito, matriculando-se no Mestrado em Oncologia, fruto da parceria Minter/Dinter envolvendo o Hospital A. C. Camargo, como entidade proponente, e o ICC, como instituição receptora. Desde então, o nosso perfilado revestiu-se de uma nova vibrante faceta – a de pesquisador, que se consubstanciava na elevada freqüência de submissão, de projetos de pesquisa de sua lavra, ao Comitê de Ética em Pesquisa do ICC, e nos costumeiros aceites de seus artigos originais, para publicações em periódicos portadores de certificação intelectual e legal. Ademais, para o seu orientador, a qualidade excepcional do seu projeto de dissertação, já posto em marcha, reforçava a proposta de “up grade” para tese, o que ensejaria a obtenção do diploma de doutorado.
Não há dúvidas de que esses atributos de competência foram relevantes para firmar o reconhecimento da excelência profissional do Fábio, entre os seus pares, e para avalizar a vasta clientela de pacientes, de convênios ou particulares, bem como inspirar confiança nos usuários do SUS. No entanto, como nos diz São Paulo na Carta aos Coríntios I, em seu versículo 2: “ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência; ainda que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse o amor, eu não seria nada”. De pouco adiantaria tanta competência técnica se o médico não tivesse o amor.
O amor permeava todas as ações, profissionais ou não, de Fábio e, nisso, talvez residisse, em grande parte, a razão do seu crescente número de admiradores, igualmente colhidos na legião dos seus beneficiados e dos seus colegas de trabalho, que, neste ano, sufragaram-no para distintas funções: Presidência da Comissão de Ética Médica do ICC, membro da Diretoria da Associação Médica Cearense e conselheiro do CREMEC.
Apesar da sua devoção ao trabalho, que o impossibilitava de se negar a absorver mais fardos, sabia ele usar muito bem o seu tempo, para, com a devida intensidade, interagir com a família (pais e irmãos) e se dedicar afetuosamente à criação e à educação dos seus amados Maria e Pedro, gerados no abençoado amor de Camila e Fábio, responsabilidades compartilhadas com sua esposa e dileta companheira.
A família que lhe serviu de berço forjou nele a temperança, a lhaneza de trato, a determinação, qualidades que, todavia, não tolhiam o seu espírito crítico, pois possuía notória capacidade de defender seus pontos de vista, construída com argumentos traçados sob a égide da lógica e da busca do convencimento; mas era uma pessoa permeável, apto a ouvir os seus interlocutores, e de mudar de opinião ao reconhecer que o outro tinha sobejas razões.
O infausto acontecimento, iniciado em 14 de outubro, que se prolongou durante uma semana, marcada por angústias e incertezas, mas aliviada pela força das orações e temperada pela demonstração da solidariedade de tantos, que fomentavam a esperança de que Fábio viesse a sobreviver e dar continuidade a sua boa obra terrena dissipou-se em 21 de outubro de 2008, quando partiu de volta ao Pai, onde se encontra a Irmã Maria Montenegro, a carismática amiga da família Machado Landim, que partira um pouco antes dele.
Esse é um momento que cabe uma passageira recordação do conhecido soneto de Luiz Vaz de Camões: “Alma minha gentil, que te partiste / Tão cedo desta vida, descontente, / Repousa lá no Céu eternamente / E viva eu cá na terra sempre triste...” Instante como esse, é, pois, de extrema saudade, que, mercê da fé em Deus, exige de nós o esforço de superação, para, gradualmente, substituí-la pelas boas lembranças da convivência que se teve ao seu lado. Mesmo que não tenha sido tão prolongada, porquanto, poucos foram os seus 34 anos de vida e apenas quase doze, os de labuta médica, ele deixou um legado intenso de boas ações, que perdurará nos corações de muitos que foram gratificados por conhecê-lo.
Descansa em paz, nobre e gentil cavaleiro! Que Deus nos conforte a todos! Essa valorosa turma de médicos da UECE, que, por uma feliz e sábia escolha, leva o seu nome, velará por sua memória durante muitos anos.
Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor do Curso de Medicina – UECE
* Publicado In: Revista MedUECE: Turma Dr. Fábio Machado Landim. Fortaleza, janeiro de 2010. p.14-5.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
BORIS E STALIN
Depois de muito batalhar e graças às novas leis da ex-União Soviética, o tio Boris conseguiu permissão para emigrar para Israel, igual a muitos outros camaradas russos. Porém, ele se queixava: Me discriminavam, não desejavam que eu saísse, me investigavam todo o tempo, se eu sou uma boa pessoa. Por fim, se deram conta e concordaram com a minha saída.
No dia da partida, na alfândega, um oficial russo revistava as bagagens de tio Boris e, de repente, abre uma delas e pergunta:
- Que é isto?
- Perdão - disse Boris - você deve perguntar 'Quem é este?'. Este é um busto do camarada Stalin, nosso querido ideólogo e grande dirigente do partido. E eu o levo para nunca me esquecer dele.
- É verdade - disse o guarda - ele pensava diferente dos judeus, porém lhe felicito. Passe.
Tio Boris chega a Tel Aviv e quando é revistado na alfândega, o oficial israelense abre uma bagagem e lhe pergunta:
- Que é isto?
- Perdão - disse Boris - você deve perguntar 'Quem é este?'. Este é o maldito ditador antissemita Stalin por quem sofremos tantas desgraças e misérias. Trago este busto para não esquecer de seu rosto e ensinar aos jovens quem nos fez sofrer dia após dia.
- Bom senhor, acalme-se - lhe disse o guarda - você já está aqui em Israel, pode passar. Passe, passe que sua família o espera.
E tio Boris é recebido com grande alegria por seus irmãos, sobrinhos e toda a família. Vão todos ao kibutz onde haviam preparado uma grande festa para recebê-lo. Quando chegaram em casa, lhe disse um sobrinho:
-Tio, venha ver primeiro os seus aposentos e deixar suas coisas e se refrescar - e logo o acompanha ao seu quarto e o ajuda com suas coisas.
E quando Boris abre a valise e coloca o busto sobre sua cama, então, o sobrinho pergunta:
-Tio Boris, quem é esse?
-Perdão - disse Boris - Tu deves perguntar 'Que é isso?'. Isso, querido sobrinho, são doze quilos de ouro puro.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
No dia da partida, na alfândega, um oficial russo revistava as bagagens de tio Boris e, de repente, abre uma delas e pergunta:
- Que é isto?
- Perdão - disse Boris - você deve perguntar 'Quem é este?'. Este é um busto do camarada Stalin, nosso querido ideólogo e grande dirigente do partido. E eu o levo para nunca me esquecer dele.
- É verdade - disse o guarda - ele pensava diferente dos judeus, porém lhe felicito. Passe.
Tio Boris chega a Tel Aviv e quando é revistado na alfândega, o oficial israelense abre uma bagagem e lhe pergunta:
- Que é isto?
- Perdão - disse Boris - você deve perguntar 'Quem é este?'. Este é o maldito ditador antissemita Stalin por quem sofremos tantas desgraças e misérias. Trago este busto para não esquecer de seu rosto e ensinar aos jovens quem nos fez sofrer dia após dia.
- Bom senhor, acalme-se - lhe disse o guarda - você já está aqui em Israel, pode passar. Passe, passe que sua família o espera.
E tio Boris é recebido com grande alegria por seus irmãos, sobrinhos e toda a família. Vão todos ao kibutz onde haviam preparado uma grande festa para recebê-lo. Quando chegaram em casa, lhe disse um sobrinho:
-Tio, venha ver primeiro os seus aposentos e deixar suas coisas e se refrescar - e logo o acompanha ao seu quarto e o ajuda com suas coisas.
E quando Boris abre a valise e coloca o busto sobre sua cama, então, o sobrinho pergunta:
-Tio Boris, quem é esse?
-Perdão - disse Boris - Tu deves perguntar 'Que é isso?'. Isso, querido sobrinho, são doze quilos de ouro puro.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
PRÊMIO IgNOBEL - 1991
Química: Jacques Benveniste, prolífico e dedicado correspondente da revista Nature, pela sua persistente descoberta de que a água, H2O, é um líquido inteligente, e por demonstrar que a água é capaz de se lembrar de acontecimentos muito depois de todos os vestígios desses acontecimentos terem desaparecido.
Medicina: Alan Kligerman, artífice da libertação digestiva, conquistador do vapor, e inventor do Beano, pelo seu trabalho pioneiro com líquidos anti-gás, que previnem enfartos, gases, desconforto e embaraços.
Educação: James Danforth Quayle, consumidor de tempo e ocupador de espaço, por demonstrar mais do que ninguém a necessidade de educação científica.
Biologia: Robert Klerk Graham, seleccionador de sementes e profeta da propagação, pelo seu desenvolvimento pioneiro do "Banco da Escolha Germinal", Repository for Germinal Choice, um banco de esperma que aceita doações apenas de laureados com o Nobel e medalhados olímpicos.
Economia: Michael Robert Milken, titã de Wall Street e pai do Junk Bond, a quem o mundo está em débito.
Literatura: Erich von Däniken, visionário e autor de Eram os Deuses Astronautas?, por explicar como as civilizações foram influenciadas por antigos astronautas extraterrestres.
Paz: Edward Teller, pai da boma de hidrogênio e principal apologista do Programa Star Wars, pela sua vida dedicada a alterar a paz como a conhecemos.
Pesquisa Interdisciplinar: Josiah Carberry, professor fictício da Universidade Brown, "explorador e eclético buscador da verdade, por seu trabalho pioneiro em psicocerâmica, o estudo de vasos quebrados." Este prêmio apócrifo não é reconhecido pelos organizadores do IgNobel.
Fonte: wikipedia.org
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_IgNobel
Medicina: Alan Kligerman, artífice da libertação digestiva, conquistador do vapor, e inventor do Beano, pelo seu trabalho pioneiro com líquidos anti-gás, que previnem enfartos, gases, desconforto e embaraços.
Educação: James Danforth Quayle, consumidor de tempo e ocupador de espaço, por demonstrar mais do que ninguém a necessidade de educação científica.
Biologia: Robert Klerk Graham, seleccionador de sementes e profeta da propagação, pelo seu desenvolvimento pioneiro do "Banco da Escolha Germinal", Repository for Germinal Choice, um banco de esperma que aceita doações apenas de laureados com o Nobel e medalhados olímpicos.
Economia: Michael Robert Milken, titã de Wall Street e pai do Junk Bond, a quem o mundo está em débito.
Literatura: Erich von Däniken, visionário e autor de Eram os Deuses Astronautas?, por explicar como as civilizações foram influenciadas por antigos astronautas extraterrestres.
Paz: Edward Teller, pai da boma de hidrogênio e principal apologista do Programa Star Wars, pela sua vida dedicada a alterar a paz como a conhecemos.
Pesquisa Interdisciplinar: Josiah Carberry, professor fictício da Universidade Brown, "explorador e eclético buscador da verdade, por seu trabalho pioneiro em psicocerâmica, o estudo de vasos quebrados." Este prêmio apócrifo não é reconhecido pelos organizadores do IgNobel.
Fonte: wikipedia.org
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%AAmio_IgNobel