sábado, 11 de setembro de 2010

OS 80 DA MATRIARCA ELDA GURGEL


D. Elda Gurgel no dia da Inauguração da Sala do Advogado, situada no Fórum Autran Nunes, em homenagem ao seu marido prestada pela OAB-Ceará, em 2002.

Elda Gurgel e Silva nasceu em 11 de setembro de 1930, em Senador Pompeu, no Ceará, sendo filha do casal Paulo Pimenta Coêlho e Almerinda Gurgel Coêlho.
Cursou o Primário no Grupo Escolar São Gerardo. Em 1942, Elda passou no Exame de Admissão do Colégio da Imaculada Conceição, onde cursou a 1ª série do Ginasial. Da 2ª a 4ª série, ela estudou no Colégio Santa Isabel, finalizando o ensino ginasial. Em 1946, tentou ingressar na Escola Normal ou no Ensino Científico de algum estabelecimento particular de Fortaleza. Entretanto, como a família não tinha recursos, ela não pode dar continuidade aos estudos.
No início de 1946, começou a namorar Luiz Carlos da Silva, ficando noiva logo em setembro. Nessa ocasião, ela era da Guarda de Honra feminina da Igreja Nossa Senhora das Dores, e ele, Filho de Maria, dessa igreja.
Sem a imagem e o apoio moral, emocional e financeiro do pai, falecido em fevereiro de 1947, Luiz e Elda resolveram antecipar o casamento, acontecido em agosto desse ano. Nesse tempo, já formado em Contabilidade, Luiz dava aulas na Academia de Comércio Pe. Champagnat, tinha o Instituto Padre Anchieta, de onde extraía os ganhos remuneratórios e ainda era estudante da Faculdade de Direito do Ceará.
Os primeiros anos de vida em comum foram certamente bem difíceis, coincidindo a contenção de numerários com a sucessão de gestações, numa seqüência prolífica que acumulou treze filhos.
A trajetória de vida de Dona Elda, entretanto, não se restringe ao relato de seu “glorioso” passado reprodutivo, bem condizente com o padrão das famílias de classe média, daquele período, em Fortaleza. Ela foi o esteio para a criação e a educação de tantos filhos, hoje homens feitos, maduros, convertidos em cidadãos de bem e de largo crédito no seio social cearense, em especial, à conta da qualificação profissional que todos alcançaram.
No entremeio de muitos afazeres domésticos, D. Elda ainda encontrou tempo para cultivar seus dons artísticos, que ficaram um pouco latentes ao cabo dos anos, para assumir compromissos religiosos e comunitários na Paróquia de Nossa Senhora das Dores, participando de diferentes pastorais e exercendo o Ministério Extraordinário da Eucaristia, por anos a fio. Com efeito, por esse tempo, ela fez florescer um outro dom: o artístico. Fina tapeceira, com mais de 150 obras espalhadas em cidades brasileiras e até no exterior.
Em agosto de 1972, o casal Luiz e Elda comemorou, com uma missa gratulatória, na Igreja Nossa Senhora das Dores, as Bodas de Prata da união matrimonial. As celebrações das Bodas de Ouro do casal, em agosto de 1997, com Missa em Ação de Graças, na Capela Filius Dei, e uma grande festa, reuniram toda a descendência do casal, composta de filhos e netos, e revelaram, para júbilo dos progenitores, famílias bem constituídas e todos os filhos diplomados e profissionalmente bem estabelecidos.
Há quase dez anos do desaparecimento terreno de nosso pai, Dona Elda assumiu, na viuvez, a postura de matriarca da família, sendo festejada e cortejada por seus diletos filhos, a quem os acolhe, com júbilo, nos encontros domingueiros da família.
Hoje, para festejar a sua chegada aos oitenta anos de vida, os filhos organizaram uma missa gratulatória, que contará com a presença expressiva de seus familiares. Os regalos da aniversariante, como forma de celebração do dom de Deus por sua existência, serão destinados à construção da Igreja de São Francisco de Assis, no Jacarecanga.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado In: Jornal O Povo, de 11/09/10. Jornal do Leitor, p.3.

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