A partir da madrugada de hoje, 12.08.2011, o camarada “Chico” iniciou uma nova “passeata”, agora pelos jardins do céu.
Nada de celas, nem de instrumentos de tortura. As vozes emudeceram e ao invés de um “vamos em frente, brigando por nossos ideais”, o que se ouve é um choro contido de quem sabe acabou de tombar um bravo.
A serra que era tão azul, vestiu-se de preto. E não era para menos. Afinal, todos estão de luto pela chegada ao fim, da passeata terrena de Chico.
Ninguém pode imaginar que de mito de gerações de médicos, o Chico acabe virando santo das populações mais sofridas, nas brenhas deste Ceará velho de guerra. Mas onde houver um posto do SUS instalado, o dedo de Chico vai estar lá, como a dizer: “eu dei quase tudo de mim, para modificar o quadro de miséria da saúde pública, neste pedaço de chão”.
Hoje, é esse chão que acolhe os restos mortais de Chico. Desde a madrugada, a sua alma voou em direção ao céu, onde ele já deu início à “passeata da vitória”.
Elsie Studart Gurgel de Oliveira
Técnica em Assuntos Educacionais
Nota: Texto lido pela Dra. Teresinha Braga Monte, em homenagem póstuma ao Dr. Chico Monteiro , o Chico Passeata , durante a missa de corpo presente oficiada ontem (12.08.2011), às 15h30, na Funerária Eternus.
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