quarta-feira, 30 de novembro de 2011

PRÊMIO IgNOBEL - 2009

Medicina Veterinária: aos pesquisadores Catherine Douglas e Peter Rowlinson, da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, por provarem que vacas que possuem nomes dão mais leite que aquelas não “batizadas” por seus donos.
Paz: dado à equipe da Universidade de Berna, na Suíça, que determinou, por experimentação, o que é melhor: tomar uma pancada na cabeça com uma garrafa de cerveja cheia, ou vazia?
Economia: aos diretores, executivos e auditores de quatro bancos da Islândia (Banco Kaupthing, Landsbanki, Banco Glitnir e Banco Central da Islândia), por demonstrarem que pequenos bancos podem rapidamente se transformar em grandes instituições, e vice versa. E por demonstrarem que algo parecido pode ser feito com toda a economia de uma nação.
Química: à equipe da Universidade Nacional Autônoma do México, por criar diamantes a partir de líquidos – especialmente a partir de tequila.
Medicina: ao americano que estalou as juntas dos dedos de sua mão esquerda, mas não os da direita, todos os dias por mais de 60 anos. O objetivo era investigar uma possível causa de artrite.
Física: à equipe da Universidade de Cincinatti, Estados Unidos, que analiticamente determinou porque as mulheres grávidas não tombam com o peso da barriga.
Literatura: à polícia da Irlanda, por escrever e apresentar mais de 50 multas de trânsito ao cidadão do país que mais comete infrações ao volante - Prawo Jazdy, cujo nome, em polonês, significa “carteira de motorista”.
Matemática: concedido à Gideon Gono, do Banco de Reserva do Zimbabue, por ajudar as pessoas a lidar melhor com grande variedade de números: seu banco imprime notas que vão de um centavo ($.01) a cem trilhões de dólares ($100,000,000,000,000).
Biologia: aos estudantes japoneses de medicina que demonstraram que os resíduos da cozinha podem ter sua massa reduzida em até 90% com a ajuda de uma bactéria extraída das fezes de pandas gigantes.
Fonte: wikipedia.org

terça-feira, 29 de novembro de 2011

LANÇAMENTO DO LIVRO “HAROLDO JUAÇABA: tempo, espaço, ação”


O Instituto do Câncer do Ceará (ICC), por ocasião do seu 67º aniversário de fundação, realizou na manhã do dia 25/11/11a solenidade de oficialização da mudança do nome do Hospital do Câncer para HOSPITAL HAROLDO JUAÇABA. Coube-me a elevada honra de fazer o discurso de agradecimento em nome da família Juaçaba.
Além disso, foi lançado e distribuído, entre as centenas de pessoas presentes, o livro “Haroldo Juaçaba: tempo, espaço, ação”, de autoria de Marcelo Gurgel e Elsie Studart.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico do ICC

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O BRASIL ANEDÓTICO XXXV

O GRANDE LIVRO
Moreira de Azevedo - "Mosaico Brasileiro", pág. 71.
Frei Francisco de São Carlos, o autor da Assunção, achava, apesar da sua cultura leiga, que os livros sagrados podiam satisfazer toda a fome do espírito. Certo dia, entrando na cela de um companheiro de clausura, encontrou-o aborrecido.
- Que contrariedades são essas, irmão?
- Estou aborrecido, - informou o outro, não tenho nem um livro para ler.
Frei São Carlos voltou-se, ofendido:
- E que fazeis da Bíblia, meu padre?
A GENEROSIDADE DE CAXIAS
J.M. de Macedo - "Ano Biográfico", vol. II, pág. 247.
Derrotado a 3 de abril de 1832, pelo major Luiz Alves de Lima, que saíra ao seu encontro com um corpo de polícia, o major Miguel de Frias pôs-se em fuga, procurando escapar. Lançando-se no seu encalço, estava Alves de Lima para alcançá-lo, quando um adversário lhe dispara um tiro de pistola, fazendo pranchear o cavalo e permitindo, com isso, que o fugitivo desaparecesse.
Avançando de novo, é Caxias informado de que o chefe revoltoso se havia asilado em uma casa da rua do Sabão da Cidade Nova. Apeia-se, o dono da casa franqueia-lhe a residência, que Caxias percorre. Ao fim de um corredor, havia uma porta fechada, com a chave na fechadura. O chefe legalista dá volta à chave, e abre. No centro do quarto, de pé, Miguel de Frias o esperava. Os dois heróis olham-se, mudos. Ao fim de um instante, Alves de Lima puxa a porta, e retira-se, dizendo ao dono da casa:
- Desculpe-me; não há ninguém...
No dia seguinte, Miguel de Frias fugia, asilando-se nos Estados Unidos.
"AS POMBAS"
Osório Duque-Estrada - Discurso de recepção na Academia Brasileira de Letras.
Era Silvio Romero examinador na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, quando se sentou à banca, para ser examinado, um irmão de Raimundo Correia. Tirado o "ponto", Sílvio argüiu o aluno:
- Você é mesmo irmão do Raimundo?
- Sim, senhor.
- Então, recite As Pombas.
O examinando recitou.
- Estou satisfeito! - continuou Silvio.
E aprovou o rapaz plenamente.
MEM DE SÁ E OS FRANCESES
J.M. de Macedo - "Ano Biográfico", vol. I, pág. 91.
Nomeado governador geral do Brasil em 1558, achava-se Mem de Sá em 1560 na Bahia, sede do governo, quando recebeu ordem de seguir imediatamente com rumo ao sul, a fim de desalojar os franceses que se haviam instalado na baía do Rio de Janeiro.
Não obstante a modéstia dos recursos de que dispunha, embarcou, como lhe mandavam do Reino, levando apenas 120 portugueses e 140 índios. Venceu, porém, o inimigo, desalojando-o da ilha que ocupava, no centro da baía. E era já vitorioso, que o governador geral escrevia para a Corte, informando à rainha regente, D. Catarina:
- "Eu me pus logo prestes o melhor que pude, que foi o pior que um governador podia".
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927).

domingo, 27 de novembro de 2011

EM CIMA DO MURO

Por Paulo Gurgel Carlos da Silva
Tem um conhecido político cearense que, em tratando de viver em cima do muro, ganha longe do calango. Por isso, não me perguntem sobre as artimanhas que eu usei para que a enigmática figura me concedesse esta entrevista, no melhor estilo pinga-fogo.
Leiam-na. Foi um autêntico muro... er, furo de reportagem.
- Um lugar que conhece?
- Wall Street?
- Lugares que gostaria de conhecer?
- China (Muralha da China) e Israel (Muro das Lamentações).
- Como viu a queda do Muro de Berlim?
- Pela televisão.
- Não vale. Tem que dizer como se sentiu?
- Consternado. E botei o meu muro de arrimo no seguro.
- Gosta de Fortaleza?
- Assim, assim. Ô terra de muro baixo!
- Música favorita?
- Daqui não saio...
- O que levaria para uma ilha deserta?
- Tijolo, cimento e areia grossa.
- O que não dá certo?
- Duro com duro. Não fazem um bom muro.
- Animal de estimação?
- Pela sadia convivência, o gato.
- Coisas que detesta?
- Cerca elétrica e pega-ladrão.
- Uma qualidade que possui?
- O equilíbrio.
- Agora, sobre essas frases aí ...
- Eu não picharia o meu próprio muro.
- E quando vai sair dele?
- O chão me dá vertigem.
- Bem, obrigado pela entrevista.
- Vai sair no "Fantástico"?
- Não. É para a TV Muro.
Nota: Embora já esteja na Internet (circulando por e-mail), sem menção do nome do autor, trata-se de uma criação literária do meu irmão Paulo Gurgel, já por ele postada em 2007 e 2009, em dois dos seus cinco blogs.
 
SOBRE A TV MURO
É uma pequena organização produtora de televisão localizada na cidade de Sabará, em Minas Gerais, a 17 quilômetros da capital Belo Horizonte, considerada a menor rede de televisão do mundo.
De cunho comunitário e sem nenhum registro na Anatel, opera como uma emissora de TV de baixíssima potência, cobrindo apenas a rua Costa Rodrigues, do perímetro da igreja a no máximo uma quadra.
Dez a vinte televisores sintonizam a sua programação.
Criada por Francisco Dário dos Santos, o Chiquinho, está no ar desde 1997 com um programação totalmente própria.

sábado, 26 de novembro de 2011

HAROLDO JUAÇABA E SEUS ESCRITOS


São 240 páginas, contendo uma vasta experiência de vida. A capa, em escala monocromática, com predomínio do azul, destaca a figura do autor dos cinquenta textos embutidos na obra. À esquerda, como se fosse um filmete, cinco momentos da sua trajetória terrena: médico recém-formado, pós-residência cumprida nos Estados Unidos, em atividade profissional no consultório, como cirurgião no Hospital das Clínicas, e no auge da sua maturidade, vencidas as muitas etapas que o fizeram um “Gran-Senhor”.
Na contracapa, duas reproduções de fotos colhidas no dia da inauguração do Hospital do Câncer (26/11/1999). Uma é a do casal Haroldo – Heloísa Juaçaba, ele o responsável pela construção da unidade hospitalar do Instituto do Câncer do Ceará, ela, então Presidente da Rede Feminina do Instituto do Câncer do Ceará; a outra, é resultado do trabalho criativo do artista plástico Descartes Gadelha, que conseguiu transmudar para a tela, a imagem de São Pellegrino, o protetor dos doentes de câncer.
O livro, em si, é um daqueles “achados”, que não podem sofrer descarte. Nada nele se perde, até porque o conhecimento independe do tempo: se é profundo, torna-se eterno. Isso é o que se deduz de todo esse material que se encontrava sob a guarda de D. Heloísa, e que só com a sua permissão veio à tona, para seleção, organização e publicação.
O editor do trabalho, médico Marcelo Gurgel Carlos da Silva, ex-discípulo de Haroldo Juaçaba, compreendeu, de pronto, que tinha em suas mãos uma preciosidade. Como tal, tratou de separar os textos, obedecendo, em parte a uma ordem cronológica.
O mais importante, neste livro, é a revelação de que Haroldo Juaçaba não era só um médico, um pesquisador, um mestre de reconhecidos méritos. Ele era também um intelectual. Quando escrevia, fazia jorrar conhecimento e sabedoria, em alto estilo. Uma pena leve, é verdade, sem agressões, mas com uma firmeza própria de quem sabe o que quer e o que está fazendo. O culto à língua inglesa, era mais uma faceta desse admirador de Shakespeare, com espírito aberto às artes e que no entanto se mantinha reservado, com relação às suas crenças e à sua vida privada.
Como se vê, o tempo passa, enquanto as gerações vão se sucedendo, e os feitos e as pessoas que marcaram uma época acabam por cair no vazio. Resgatar a memória, como fez o organizador desta obra, é antes de tudo, um dever. Morrer, não significa sair de cena, literalmente, mas continuar vivendo, em outra dimensão, inspirando iniciativas espelhadas no exemplo de quem soube fazer com que as coisas acontecessem.
Mais uma homenagem a esse grande médico: Hospital Haroldo Juaçaba passou a ser - desde ontem, dia 25 - a nova denominação do Hospital do Câncer do Ceará (ICC). A alteração no nome do hospital é um reconhecimento à trajetória de dr. Haroldo Juaçaba, que foi o responsável pela criação do Internato em Cirurgia da Residência Médica em Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da implantação da Residência em Medicina Preventiva e Social no Inamps, além de ter sido um dos fundadores do primeiro Banco de Sangue de Fortaleza e do Instituto do Câncer do Ceará.
ElsieStudart Gurgel de Oliveira
Técnica em assuntos educacionais aposentada do Dnocs
* Publicado In: O Povo, de 25/11/11. Jornal do Leitor, p.3.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Curso de medicina do Ceará alcança excelência no Enade

Já se sabia que a excelência dos selecionados em concorridos vestibulares, com mais de sessenta candidatos por vaga, avalizaria um grande diferencial do curso de Medicina da Uece, configurando um alto nível dos seus ingressantes.
O fato se confirmava nas avaliações parciais das primeiras turmas, em várias seleções para estágios hospitalares, quando os alunos da Uece ocupavam as melhores posições desses certames, quando comparados com acadêmicos de outras escolas médicas cearenses. Os resultados colhidos nos ENADE de 2004 e de 2007 revelaram que os alunos da UECE, apenas inscritos na categoria “ingressantes”, fincaram o segundo e o terceiro lugares, respectivamente, no “rank” nacional, conferindo uma farta visibilidade à UECE.
A performance de nossos egressos vinha sendo bem aquilatada nos processos seletivos de Residência Médica, quando os formados de 2008, 2009 e 2010 galgaram honrosas posições, fazendo jus a um bom número de vagas, em disputados programas, tanto do Ceará como de outros estados. Tal desempenho aportara um imenso júbilo ao nosso corpo docente, congregando efetivos e professores de práticas médicas das instituições parceiras, bem assim aos seus familiares.
Aguardava-se, no entanto, com intensa expectativa, a primeira avaliação de desempenho de “concluintes”, aplicada aos concludentes de 2010, submetidos ao ENADE, em 21/11/2010, pudesse atestar a qualidade dos nossos formandos, possibilitando o cotejamento, por meio de um cuidadoso exame de caráter nacional, com os dos demais cursos médicos brasileiros.
Após um ano de espera, o MEC tornou públicos esses resultados, aliás bastante alvissareiro para a Uece, no tocante ao seu Curso de Medicina, que figurou no rol de vanguarda, composto por 22 cursos que obtiveram nota cinco no ENADE e Conceito Preliminar de Curso quatro. No detalhamento desses melhores cursos, o da Uece foi o único do Ceará, posicionando-se em terceiro no Nordeste e em décimo terceiro do Brasil, entre os 177 avaliados.
Indubitavelmente, o expressivo êxito demonstra que, a despeito das limitações materiais institucionais, a boa semente foi plantada em terreno fértil, recebeu bons insumos, e frutificou esplendorosa. Espera-se, agora, que o Estado do Ceará propicie a absorção de mais professores efetivos e a construção de um complexo hospitalar no próprio campus, para que os cearenses possam seguir contando com médicos bem preparados.
Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Ex-Coordenador do Curso de Medicina da UECE

* Publicado In: O Povo, Opinião, de 25 de novembro de 2011. p.7.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

OFICIALIZAÇÃO DO NOME HOSPITAL HAROLDO JUAÇABA


O Instituto do Câncer do Ceará (ICC), por ocasião do seu 67º aniversário de fundação, realizará amanhã, dia 25/11/11, às 9 horas, no Auditório do sexto andar, solenidade oficialização da mudança do nome do Hospital do Câncer para HOSPITAL HAROLDO JUAÇABA. Caberá a mim a elevada honra de fazer o discurso de agradecimento em nome da família Juaçaba.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico do ICC

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Fórum de Coordenadores de Pós-Graduação em Saúde Coletiva

Fortaleza sediará, nos dias 24 e 25 de novembro de 2011, o Fórum de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, patrocinado pela CAPES, que se realizará no Mareiro Hotel – Avenida Beira-Mar, 2380.
A maioria dos coordenadores de programas da área de Saúde Coletiva do Brasil confirmou a presença em nossa reunião.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

terça-feira, 22 de novembro de 2011

CONVITE: IV LANÇAMENTO COLETIVO DA EDITORA DA UECE


A Reitoria da Universidade Estadual do Ceará, ao ensejo da XVI Semana Universitária, convida para o IV Lançamento Coletivo da EdUece.
Entre as obras, constam dois títulos de autoria de Marcelo Gurgel Carlos da Silva, com o re-lançamento de nossos livros “Embates & combates: por boas e intrigantes causas” e “Temas de Economia da Saúde III”.
Data: 23 de novembro de 2011 (quarta-feira), às 18h.
Local: Auditório Paulo Petrola – Reitoria da Uece (Campus do Itaperi).

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

UM CURSO QUE MERECE O MÁXIMO

João Brainer C. Andrade
Já se aproxima da primeira década o fruto da visão pioneira e ousada de mestres em nome da formação médica no Ceará: embrionado no seio de uma universidade de parcos anos, mas com o fôlego da juventude, eclode e ganha forma o curso médico da Universidade Estadual do Ceará (UECE), genuína, honrosa e orgulhosamente, “do Ceará”.
Os anos foram acidentados e exigiram freios: quando o acelerador mostrava o ímpeto pela velocidade, o itinerário pela realização do sonho era abafada pelos sinais vermelhos que foram postos no meio do caminho... A ânsia, aliada à necessidade de uma universidade que desejava consolidar-se como grande, não se acovardou: pisou no freio quando necessário, mas, sorrateira e habilidosamente, manteve o motor ligado, aquecendo-o, dando-lhe ainda mais força.
Surge o curso médico da UECE, em meio à desconfiança alheia e ao receio de co-irmãs. Temia-se a quebra do paradigma que creditou até então exclusividade na formação médica pública do Ceará. Assim, o plano ousado, precisava se reafirmar dia a dia, mês a mês, turma a turma... O empenho de mestres que, literalmente, ensinaram-nos a colocar a mão no paciente, examinando-o com técnica e carinho, certamente, contribuiu com o brilho hoje estampado nos olhos dos jovens asclepianos. Os alunos merecem grande crédito: respondendo à pergunta habitual “há Medicina na UECE?”, conseguiram da melhor forma: competência, dedicação e respeito, per si, respondiam à sabatina.
Com quatro turmas graduadas, presenteando a população cearense com quase 150 médicos de perfil ampliado e aptos ao trabalho transformador nas políticas públicas de saúde, a UECE vence os olhares de receio que nos foram postos desde o nascimento: na última avaliação do Exame Nacional de Desempenho do Ensino Superior (ENADE), pelo MEC, em nota definitiva, o curso médico da jovem UECE brilha com a nota 5, nota máxima, ingressando no rol dos melhores cursos de Medicina do país. Nota máxima aos colegas, aos professores, aos preceptores, aos locais de prática e, principalmente, à Universidade, que, com os cuidados de uma mãe, acolhe-nos em seu útero, dando-nos à luz para iluminar os caminhos do cuidado, da ciência e da dedicação...
Os desafios, no entanto, ainda são grandes. É preciso reconhecer a necessidade de investimentos em equipamentos e na contratação de mais membros ao time docente, ampliando ainda mais o lastro de vitórias sucessivas que não se resumem à nota máxima no ENADE. Merecemos investimentos amplos e atenção de nossos responsáveis... Aos gestores, de todos os âmbitos da administração, e à sociedade, nosso sincero pedido: o curso de Medicina da UECE merece o máximo!
João Brainer Clares de Andrade
Acadêmico de Medicina da Universidade Estadual do Ceará
Presidente do Conselho de Ligas Acadêmicas da UECE

* Publicado In: O Povo, de 20/11/11. Jornal do Leitor, p.3.

domingo, 20 de novembro de 2011

COISA

A palavra “coisa” é um bombril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas do português.
A natureza das coisas: gramaticalmente, “coisa” pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma “coisificar”. E no Nordeste há “coisar”: “Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?”.
Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as “coisas” nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. “E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios” (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, “coisa” também é cigarro de maconha.
Em Olinda, o bloco carnavalesco Segura a Coisa tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: “Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já.” E, como em Olinda sempre há bloco mirim equivalente ao de gente grande, há também o Segura a Coisinha.
Na literatura, a “coisa” é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica O Coisa em 1943. A Coisa é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu A Força das Coisas, e Michel Foucault, As Palavras e as Coisas.
Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de “a coisa”. A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: “Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!”.
Devido lugar: “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (...)”. A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. “Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca.” Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas.
Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta “Alguma coisa acontece no meu coração”, de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa).
Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!
Coisa de cinema! A Coisa virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu Coisa no recente Quarteto Fantástico. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa Casseta e Planeta, Urgente!, Marcelo Madureira faz o personagem “Coisinha de Jesus”.
Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, “coisa nenhuma” vira “coisíssima”. Mas a “coisa” tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: Disparada, de Geraldo Vandré (“Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar”), e A Banda, de Chico Buarque (“Pra ver a banda passar / Cantando coisas de amor”), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou. Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: “Coisa linda / Coisa que eu adoro”.
Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o “rei” das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.
Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, “são tantas coisinhas miúdas”). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade (“ô coisinha tão bonitinha do pai”). Todas as Coisas e Eu é título de CD de Gal. “Esse papo já tá qualquer coisa... Já qualquer coisa doida dentro mexe.” Essa coisa doida é uma citação da música Qualquer Coisa, de Caetano, que canta também: “Alguma coisa está fora da ordem.”
Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa. Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.
A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas, quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: “Agora a coisa vai.” Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!
Coisa à toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema Eu, Etiqueta, Drummond radicaliza: “Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente.” E, no verso do poeta, “coisa” vira “cousa”.
Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras cositas más.
Mas, “deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida”, cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: amarás a Deus sobre todas as coisas”.
ENTENDEU O ESPÍRITO DA COISA?
Fonte: Internet (circulando por e-mail).
Obs.: Não sei quem é o autor dessa coisa, mas só sei que essa coisa é muito boa de ler...

sábado, 19 de novembro de 2011

SELEÇÃO DA RESIDÊNCIA MÉDICA DO ICC-2012


O Instituto do Câncer do Ceará, por meio da sua Escola Cearense de Oncologia, aplicou hoje (18/11/11), as provas de conhecimentos e a análise curricular aos inscritos para cumprir Residência Médica, a partir de 2012, nos programas da instituição credenciados pela CNRM.
Como acontece desde 2000, o processo seletivo está sendo conduzido sob a nossa direta coordenação. Dependendo da tramitação de eventuais recursos, projeta-se a divulgação dos resultados finais até dia 26 corrente.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Coordenador da Seleção da RM do ICC

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

POSSE DE NOVÉIS TITULARES DA ACADEMIA CEARENSE DE MEDICINA

A Academia Cearense de Medicina realizará, nesta sexta-feira, dia 18/11/11, a solenidade de posse dos seus novos membros titulares: o Dr. Janedson Baima Bezerra, colo-proctologista e ex-presidente da Sociedade Médica São Lucas, e a Dra. Maria Zélia Petrola Jorge Bezerra, patologista clínica e sócia-administradora do Laboratório Emílio Ribas.
O evento terá lugar no Auditório Castello Branco, da Reitoria da UFC, às 20 horas.
Os novos acadêmicos serão saudados por este blogueiro.
Acad. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Membro titular da ACM – Cadeira Nº 18

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O EXITOSO CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA


Flash de alguns ueceanos, integrantes do Mestrado de Saúde Pública e do Doutorado em Saúde Coletiva, em momento de descontração, durante o VIII Congresso Brasileiro de Epidemiologia.

Retornei ontem, à noite, 16/11/2011, de São Paulo, onde participei do “VIII Congresso Brasileiro de Epidemiologia”, que ocorreu na pauliceia, no Anhembi, de 13 a 16 de novembro em curso.
O evento brasileiro, segundo o prestigiado epidemiologista César Victora, atual presidente da Associação Mundial de Epidemiologista, é o maior do mundo, de caráter nacional, em número de participantes, pois reúne mais de três mil inscritos, enquanto os maiores similares de outros países contam com pouco mais de mil.
Com efeito, apenas para citar uma das cifras, foram exibidos mais de três mil posters e apresentadas centenas de palestras, conferências, palestras, mesas redondas etc., que chegavam a aconteceu em uma dúzia de salas e auditórios, em uso simultâneo.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular de Saúde Pública da Uece

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

HUMOR CUBANO IV

Pregunta una maestra de música de La Habana:
¿Qué es un cuarteto?
Un alumno le responde:
La sinfónica de La Habana, después de una gira por Europa.

La maestra de La habana cuelga un retrato de Bush y pregunta a la clase:
¿De quién es este retrato?
Silencio absoluto.
Les voy a ayudar un poquito. Por culpa de este señor estamos pasando hambre.
Pepito dice:
¡Ah, maestra!, es que sin uniforme y sin barba no lo reconocimos.

Fonte: Internet (circulando por e-mail).
Nota: mantido no original em castelhano.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO


CONVOCAÇÃO GERAL
Convidamos a Sociedade para participar da Marcha Contra a Corrupção que ocorrerá no dia 15 de novembro às 15 horas, com concentração na Praça Verde do Dragão do Mar com destino à Beira Mar. O objetivo é lutar por três metas: cumprimento da lei da Ficha Limpa, voto aberto nas Casas Legislativas, e que a corrupção seja tipificada como crime hediondo.
O Movimento é apartidário e composto por cidadãos, por este motivo, não são convidados os Partidos Políticos e as Centrais Sindicais, o que não impede a participação de seus membros que estejam focados no combate à corrupção.
Que o grito de indignação que começa a brotar nas ruas atinja os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Não basta reclamar, é hora de agir! Traga seu cartaz ou sua faixa.
Não esqueça que mais de R$ 85 bilhões por ano são desviados pelos corruptos no Brasil.
* Maiores informações, acesse: www.unidoscontracorrupcao.org
A Coordenação da Marcha

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

COMENDO GRAMA NO JOGO DA COPA

Por Ricardo Alcântara (*)
Diz o célebre poema que Portugal e Espanha brigavam “pelos direitos do mar”, como se algo tão grandioso pudesse pertencer ao episódio passageiro de cortes coloniais eivadas de “arrogância” e “vaidade”.
A alusão lírica ocorreu ao refletir sobre o que disputam agora prefeitura de Fortaleza e governo do estado: os louros de uma conquista bem mais modesta, mas relevante para os objetivos políticos de ambos.
Trata-se da deferência a Fortaleza como uma das principais sedes da Copa do Mundo, recebendo jogos da seleção brasileira e participação no evento superior a destinos turísticos consagrados – caso de Salvador, por exemplo.
No campo de batalha do marketing, o governo do estado saiu com vantagem no placar: detentor privilegiado de informações exclusivas e gestor da arena esportiva destinada aos jogos, foi fácil garantir o controle da partida.
Como o governo já sabia o que se decidiria na sede da Fifa (na véspera, o fato foi antecipado por jornalistas que privam da intimidade do poder), deixou previamente montado o palanque em posições escaladas na mídia.
Foi assim que o secretário da Copa, Ferrúcio Feitosa, retornou de Zurique: desembarcando, sem escalas, nas páginas dos jornais, onde ocupou, com aquele seu sorriso de menino bom, generosos espaços de exposição.
Houve ali um ensaio de intenções eleitorais evidentes, ainda que longe de tomar feições definitivas: a ele foi permitido personificar méritos devidos a um conjunto de fatores que não dependeram apenas de sua competência.
Ao carimbar a melhor notícia na figura de homem público e imagem pessoal do “secretário da copa”, o governo simulou seu potencial de autonomia eleitoral. Ali, foi dito: “Construir um nome não é o mais difícil”. E não é mesmo.
Enquanto o staff de comunicação de Luizianne Lins comia grama (mais uma vez) no jogo da copa, Ferrúcio mostrava a cara – boa aparência, rejeição zero – como uma opção para a campanha do próximo ano. Vai ficarde stand by.
Com tanta mobilização em defesa da moralidade pública (nas ruas e, agora, também na internet) e a relevância que o tema terá na campanha eleitoral, nada há de aleatório em alguns gestos precoces. São já reações ao ensaio do novo nome.
Manobras iniciais, ainda em fase de teste e sem revelações consistentes, apontam na direção de contratos firmados com ONGs pela secretaria de Esportes do estado quando era titular Ferrúcio Feitosa. O programa? Segundo Tempo – sim, aquele.
Nada de novo sob o sol. Quem dispensa aos “aliados” as cortesias que homens do governo oferecem aos seus não tem motivos para dormir de porta aberta. Daqui até uma definição sobre a aliança, para toda ação deverá haver uma reação. Jogo duro.
(*) Jornalista e escritor. Publicado In: Pauta Livre.

domingo, 13 de novembro de 2011

VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE EPIDEMIOLOGIA

Sigo hoje, 13/11/2011, para São Paulo, a fim de participar da “VIII Congresso Brasileiro de Epidemiologia”, que acontecerá na capital paulista, de 13 a 16 de novembro corrente, com apresentação de nove trabalhos, realizados em parceria com meus orientandos do Mestrado em Saúde Pública da UECE. Provavelmente, sou um dos poucos epidemiologistas brasileiros que tomou parte nas sete versões anteriores desse evento.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular de Saúde Pública da Uece

sábado, 12 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

DECISÃO SACRAMENTAL

Na Faculdade de Medicina da UFC, no final da década de sessenta, um estudante muito brincalhão e namorador chegou para uma colega de turma e comunicou:
– Ah, Maria! Sabe o que eu decidi ontem!?
– Fernandinho, de você, eu espero tudo! Menos ser padre – ponderou a amiga.
A resposta dele foi surpreendente:
– É exatamente isso. Eu decidi ser padre! – falou o Fernando.
A Maria não se conteve, rindo às escâncaras, e achando que essa era mais uma pilhéria do amigo.
Como desdobramento dessa conversa, Fernando trancou a matrícula, estudou Teologia e foi ordenado sacerdote. Posteriormente, retornou à Faculdade de Medicina e completou o curso médico quatro anos depois de sua turma inicial.
Hoje, com a sua dupla formação, ele cuida do corpo e da alma de seus pacientes/fiéis.
Por certo, não faltou ocasião para a Maria receber, como penitência pelo ato falho, tirar, todo dia, um rosário, e não só um terço.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Sobramista e membro da ACM
* Publicado In: SOBRAMES – CEARÁ. Passeata literária. Fortaleza: Sobrames-CE/Expressão, 2011. 232p. p.176-7.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O SABER E O SABRE

Pedro Henrique Saraiva Leão (*)
A palavra academia nos recorda o jardim e o ginásio de Academo, legendário herói ateniense, da Ática, Grécia, onde Platão ensinava filosofia. Lembrando esse termo surgiram nos séculos XV e XVII várias academias na Itália, entre as quais a Platônica (1442), e a Academia della Crusca (1582), ambas em Florença.
A Academia da Arcádia (região pastoril da antiga Grécia) formou-se em Roma (1690), precedida pela famosa Academia Francesa (1634) do Cardeal Richelieu. Seguiram-se a Academia Lusitana (1756), de Antonio Diniz da Cruz e Silva, a Real Academia de Ciências de Lisboa (1779), e aquela de Artes e Ciências (EUA), também nesse ano.
No Nordeste do Brasil, no Ceará, foi fundada a primeiríssima associação literária do País, a Academia Cearense de Letras (ACL), em 15 de agosto de 1894, nos moldes da entidade real lisboeta.
Entre seus fundadores avultam Guilherme Studart, o Barão, Tomás Pompeu, Farias Brito, Antônio Bezerra, José Carlos da Costa Ribeiro Junior. Assim, o Ceará antecipou-se por três anos à sua congênere nacional, de Machado de Assis, criada em 1896, mas instalada a 20 de julho de 1897. Até meados de 1700, americanos, britânicos e canadenses pensavam ser a cultura basicamente da iniciativa privada. Realmente, embora a perpetuação desses grêmios culturais tenha sempre dependido dos Estados, foram e ainda são os mecenas que lhes materializaram a permanência e viabilizam suas realizações. Estes patronatos começaram na Roma imperial.
Entre nós há inúmeros mecenas, ajudando desinteressadamente à ACL e ao Instituto Histórico (Geográfico e Antropológico) do Ceará, fundado também pelo Barão de Studart, em 4 de março de 1887, e presidido atualmente pelo bibliófilo José Augusto Bezerra.
No Ceará, vem sendo mantido um “entente cordiale” com os órgãos governamentais. Historicamente, a ideia de uma sede própria para a ACL foi de Justiniano de Serpa, presidente do estado em 1926, frustrada pelo seu falecimento no ano seguinte.
Em 6 de dezembro de 1957 o deputado estadual Perilo Teixeira apresentou projeto de Lei beneficiando a ACL e o Instituto, o qual ali jaz arquivado! Contudo, em 13 de novembro de 1989, o governador Tasso Jereissati – bisneto de José Carlos da Costa Ribeiro Junior - doou o até então Palácio da Luz para sede da ACL. Esta igualmente já se beneficiara com eventual convênio com a Secult. Este ano foi aquinhoada definitivamente pelo governador Cid Gomes, com a Lei 14905, assinada pelo secretário de Cultura, professor Pinheiro e por nós.
Embora não criando sua autonomia econômica, demonstra o bom relacionamento entre nossa literatura e o governo, a erudição e o poder, entre o saber e o sabre. Saravá!
(*) Médico e presidente da Academia Cearense de Letras
Fonte: O Povo, Opinião, de 9/11/2011.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PLATAFORMA BRASIL DE ÉTICA EM PESQUISA


Na qualidade de Coordenador Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), participei em São Paulo-SP, nos dias 7 e 8 de novembro de 2011, da “Oficina de Capacitação do Sistema CEP-CONEP/CNS/MS e Implementação da Plataforma Brasil”, realizada pela CONEP – Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Professor titular da Uece e médico do ICC

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A PEQUENA LOUCURA DO PODER

Por Ricardo Alcântara (*)
Observadores que privam da intimidade do poder garantem que a prefeita Luizianne Lins já chegou a um acordo com os principais líderes do seu partido e fixou os nomes que poderão representá-la como candidatos.
Em nenhuma lista mais – são tantas, todas com crivo oficioso – consta o nome do secretário Camilo Santana, com quem Cid Gomes pretendia acalmaria os ânimos de seus aliados mais próximos, dispostos ao confronto.
A fórmula convencional indicaria como caminho mais fácil para uma solução consensual a exclusão daquele nome, sim, mas também o sacrifício de outros, mais ligados à prefeita, como Waldemir Catanho e Elmano Freitas.
Até aqui, o governador segue em linha reta: autoriza a versão de que prefere manter a aliança com o PT. Mas qual PT? Pelo ânimo manifestado pelos homens fortes do seu partido, é fácil concluir: o mais dócil possível.
Como somente na superfície das aparências é possível simular que divergências programáticas poderiam ser determinantes, não seria pragmático uma ruptura já, embora convenha subestimar fatores subjetivos.
Não é tão raro que os políticos, quase sempre retratados como raposas sagazes, de pensamento objetivo, contrariem tais expectativas e se lancem em aventuras intempestivas. Os exemplos, remotos e recentes, estão por aí.
A pequena loucura do poder não poupa de seus efeitos danosos aquele que, cercado pelos que sempre lhe dizem o que pretende ouvir, é acometido de surtos egóicos aleatórios e se descola da realidade. Exemplos? Dispensável.
Muitos vestiram o pijama mais cedo por se recusar a pagar o preço de concessões que lhe pareceram onerosas, mas que, ao fim, se mostraram bem mais em conta, dadas as sequelas de uma aposentadoria precoce.
Em política, considere o que os adversários esperam de você: eles poucas vezes se enganam. Logo, a boa norma recomenda contrariá-los, salvo as exceções que estão por aí cumprindo sua função de confirmar a regra.
Pois todos os adversários de Cid e Luizianne, e alguns aliados também, desejam vê-los em confronto, abrindo espaço para que possam retomar boa parte do protagonismo perdido e reinventarem um novo começo.
Caso mantenham-se a salvo daquela “pequena loucura” mencionada, verão o governador e a prefeita que a maior parte da força política de um e outro emana da própria aliança. Isoladamente, são bem menores, ainda.
Mesmo que isto afronte os egos mais inflados, a estabilidade de ambos ainda se sustenta mais sobre a manutenção do amplo concerto partidário do que de uma provável sedimentação da liderança individual de cada um deles.
A ruptura seria um irresistível apelo para o lançamento de outros candidatos cuja densidade eleitoral, mesmo sob base partidária mais frágil, tornaria pouco previsível o saldo político do resultado eleitoral.
Juntos, eles mandam e os outros obedecem. Separados, não serão os únicos. No entanto, se preferem pagar para ver, que soltem os cachorros. E aguardem por 2014, a hora em que a onça virá beber água.
(*) Jornalista e escritor. Publicado In: Pauta Livre.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

AMIZADE NÃO TEM PREÇO

Você nasce sem pedir e morre sem querer...
Por isso, aproveite o Intervalo SENDO FELIZ!!!
VOCÊ VALE OURO!
Amigo é coisa pra se guardar...

Um filho pergunta à mãe:
- Mãe, posso ir ao hospital ver meu amigo? Ele está doente!
- Claro, mas o que ele tem?
O filho, com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
A mãe,  furiosa, diz:
-E você quer ir lá para quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta, vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe, com raiva:
- E agora?! Tá feliz?! Valeu a pena ter visto aquela cena?!
Uma última lágrima cai de seus olhos e, acompanhado de um sorriso, ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:
'- EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VIRIA!'

Moral da história: A amizade não se resume só em horas boas, alegrias e festas. Amigo é para todas as horas, boas ou ruins, tristes ou alegres.
CONSERVEM SEUS AMIGOS(a)! PERDOE QUANDO PRECISAR, SEJA FELIZ AO LADO DELES PORQUE O VALOR QUE ELES TÊM NÃO TEM PREÇO...
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

domingo, 6 de novembro de 2011

Religiosa Belga declarada “Justa entre as Nações”

Uma freira belga foi proclamada "Justa entre as Nações" no memorial do Holocausto "Yad Vashem" em Jerusalém. O anúncio foi feito nos dias passados pelo Vicariato do Patriarcado Latino para os católicos de língua hebraica em Israel.
Irmã Marie-Véronique (nome secular Philomène Smeers) – assim se chamava a religiosa – foi de 1929-1951 superiora do convento das Irmãs do Sagrado Coração de Maria, na La Hulpe (Terhulpen), no sudeste da periferia de Bruxelas. Durante a ocupação alemã, Madre Marie-Véronique escondeu no seu convento jovens judias, salvando-as da deportação para campos de extermínio.
A situação foi extremamente difícil. No inverno, as irmãs cortavam a lenha no jardim para esquentar o mosteiro e a comida era escassa, mas compartilhavam tudo com as meninas. Madre Marie-Véronique morreu em 1973 na venerável idade de 98 anos.
Em uma breve entrevista concedida à Rádio Vaticano, uma religiosa da congregação diocesana, a Irmã Noémie Haussman, traçou a ação da nova "Justa entre as Nações". "Desde 1942, Madre Marie-Véronique recebeu na pensão da casa Mãe, que tinha na época uma centena de hóspedes, meninas judias com idades entre 7 a 18 anos: um número grande, ainda que infelizmente não se tivesse uma idéia clara de quantas fossem", assim ela disse.
"Madre Marie-Veronique deu-lhes um novo nome e o silêncio absoluto sobre sua situação, de modo que nenhuma delas conhecesse a condição da outra e para que não se soubesse quem tivesse familiares deportados: tudo isso para protegê-las dos nazistas. Com essa decisão corajosa, a superiora foi capaz de mantê-las escondidas durante a guerra, a custo da sua própria segurança: e disso ela estava ciente, porque naquela época se baseava apenas na confiança ", continuou a irmã Noémie. "Assumiu portanto a grande responsabilidade de cristã, de católica: o pouco que podia fazer, estava convencida de ter que fazê-lo, mesmo se arriscando a própria vida."
"Geralmente, a Igreja estava ao lado da resistência ao nazismo. Havia também por parte dos bispos belgas a indicação de se fazer todo o possível para ajudar as crianças judias, sem batizá-las, e assim nos correspondeu a defesa dos pequenininhos", lembrou também a irmã. "Sabíamos, de fato, já há muito tempo, que a ideologia nazista era uma ideologia anti-cristã."
Fonte: ZENIT / Pastoral da Comunicação Postado: Sábado, 5/11/2011

sábado, 5 de novembro de 2011

QUALIDADE DE VIDA HOSPITALAR

Antero Coelho Neto (*)
A prática de programas e ações para a melhoria da qualidade de vida nos hospitais brasileiros tem sido uma luta muito difícil. Há vários anos o tema passou a ser uma busca importante para algumas organizações de saúde em todo o mundo. Infelizmente não temos tido o necessário desenvolvimento em nosso país. Tivemos, e temos ainda, algumas importantes tentativas que deixaram resultados sim, mas não o suficiente e permanente. É necessário mudar a forma como alguns profissionais brasileiros de saúde se posicionam frente aos seus objetivos de trabalho: a vida, a saúde e o sofrimento das pessoas enfermas.
A experiência mundial tem revelado que as principais queixas dos internados são: sintomas físicos (dor, astenia, dispneia, náuseas), dificuldades de locomoção e condições emocionais e cognitivas. Quanto à saúde, propriamente dita, vale a promoção da saúde. A vida é o fundamental procurado e de responsabilidade da equipe de saúde.
Com a experiência adquirida na prática da qualidade total em vários países da América Latina, temos desenvolvido um modelo de Planejamento Estratégico para a Melhoria da Qualidade Organizacional, no qual o desenvolvimento da melhoria da qualidade de vida hospitalar tem sido de significativa importância.
Da mesma forma encontramos, em algumas cidades do País, outras experiências organizacionais referidas por bons profissionais especializados em Qualidade de Vida (QV). O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar foi um programa da Secretaria de Assistência à Saúde, do Ministério da Saúde, de 2000 até 2002. Em 2007 teve novo impulso com a participação de muitos hospitais, principalmente em alguns Estados, com bons resultados.
Mas, como acontece muito em nosso país, projetos governamentais não são continuados pelos novos governantes, mesmo que sejam exitosos. E, na grande maioria dos hospitais privados, a proposta não foi seguida. E a pergunta que fazemos é: a assistência hospitalar chega a ser “deshumana”? Talvez esta denominação tenha sido difícil de aceitação por muitos hospitais. E a resposta seria: a nossa assistência já é humana e não necessitamos desse Programa. Vamos então desenvolver programas de melhoria da qualidade de vida dos doentes, profissionais de saúde, cuidadores, pessoal da administração, além da “humanização” do ambiente hospitalar?
Os elementos condicionantes de boa QV já são conhecidos e, portanto, de mais fácil aplicação e aceitação. E todos vão ganhar. Humanizar será pouco. Vamos também é qualificar os humanos. E, no momento em que o país sofre uma grande crise hospitalar e da atenção da saúde em geral, é muito válido lembrar da prática operacionalidade e dos resultados positivos dos programas de melhoria da QV hospitalar já conhecidos e exitosos em muitos países do mundo. Sendo de fácil aplicação e de custos relativamente baixos, com certeza, vão fazer a felicidade de muita gente e, mais ainda, dos secretários de saúde do País. Querem apostar comigo? Quantos reais?
(*) Professor, Médico e Presidente da Academia Cearense de Medicina

Publicado In: O Povo, 2/11/2011.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

AO PÉ DA LETRA

Ontem, minha esposa e eu estávamos sentados na sala, falando das muitas coisas da vida.
Falávamos de viver  ou morrer. Então, eu lhe disse:
- Nunca me deixe viver em estado vegetativo, dependendo somente de uma máquina e líquidos. Se você me vir nesse estado, desligue tudo o que me mantém vivo, por favor!
Ela se levantou, desligou a televisão, o computador , o ventilador e jogou minha cerveja fora.
Ninguem merece ....
Fonte: Internet (circulando por e-mail).

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

SOBRE PROFESSORES...

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
Se é jovem, não tem experiência.
Se é velho, está superado.
Se não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se tem automóvel, chora de "barriga cheia”.
Se fala em voz alta, vive gritando.
Se fala em tom normal, ninguém escuta.
Se não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Se precisa faltar, é um 'turista'.
Se conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se não conversa, é um desligado.
Se dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se não brinca com a turma, é um chato.
Se chama a atenção, é um grosso.
Se não chama a atenção, não sabe se impor.
Se a prova é longa, não dá tempo.
Se a prova é curta, tira as chances do aluno.
Se escreve muito, não explica.
Se explica muito, o caderno não tem nada.
Se fala corretamente, ninguém entende.
Se fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se exige, é rude.
Se elogia, é debochado.
Se o aluno é reprovado, é perseguição.
Se o aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se você conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

Fonte: Internet (circulando por e-mail).