Creio, Senhor, espero, amo, arrependo-me; dai-me, porém, fé mais firme, esperança mais segura, amor mais ardente, pesar mais profundo. Eu Vos adoro, primeiro princípio; eu vos desejo, fim último; eu vos louvo. Benfeitor perpétuo; eu vos invoco, propício defensor.
Nascido por volta de 1225, no castelo de Rocca Secca (Itália), descendente da nobre linhagem dos condes de Aquino, Santo Tomás foi mandado logo cedo para o célebre mosteiro beneditino de Monte Cassino, berço da Ordem de São Bento, para iniciar seus estudos como oblato sob a direção de seu tio, então o abade do mosteiro.
Aos treze anos foi transferido para a universidade de Nápoles, onde iniciou o contato com a ordem dos pregadores, fundada naquele mesmo século por São Domingos, para, em espírito de pobreza, pregar o Evangelho e lutar contra as heresias (eram as ordens mendicantes).
Em 1243 pediu admissão na ordem de S. Domingos. A notícia chegou rapidamente ao castelo da família, que se mostrou indignada com o fato de Tomás ter entrado numa ordem de frades pobres. Para livrá-lo da importunação dos parentes, os superiores mandaram-no para Paris. A mãe e os irmãos providenciaram que fosse capturado e isolado num dos castelos de sua propriedade, num verdadeiro "cárcere privado", onde permaneceu por dois anos, tempo que São Tomás dedicou para estudos de Filosofia e da Sagrada Escritura. Toda oposição resultou em vão. Apenas libertado seguiu sua vocação. No período de 1259 a 1268 esteve na Itália, onde foi nomeado pregador ordinário e professor dos alunos ligados a corte papal.
Narra uma antiga tradição, disse que o Salvador apareceu-lhe em visão aprovando um texto por ele redigido. Imediatamente Tomás foi tomado pelo êxtase e elevou-se do solo na presença de várias testemunhas. Do mesmo modo, já no fim da vida, enquanto trabalhava num texto da "Summa Teológica" que falava sobre a Paixão e Ressurreição do Senhor, enquanto estava na igreja, entrou em êxtase e ouviu uma voz saída do crucifixo: "Escrevestes bem sobre mim. Tomás, que recompensas queres? Ao que o santo respondeu: "Nenhuma que não sejas Tu, Senhor".
Em 1272, São Tomás foi chamado de volta a Nápoles para ser regente de uma casa de estudos. No ano seguinte, na missa de São Nicolau, recebeu uma revelação tão profunda que a partir daí não mais ditou nem escreveu, deixando inacabada a "Summa". Segundo suas palavras depois do que tinha visto em Deus, todas as suas obras pareciam-lhe mesquinhas e de nenhum valor.
Honras e dignidades, repetidas vezes foram-lhe oferecidas, São Tomás recusou a todas. Sua humildade era tanta que pediu a seu amigo e secretário, Reginaldo, para queimar tudo quanto tinha escrito, porque nada valia diante da grandeza de Deus.
Sendo corpulento e muito reservado, seus companheiros de estudo o apelidaram de "boi mudo". Certa vez, quando se debatia uma questão, Santo Alberto Magno pediu-lhe que Tomás desse sua opinião. Tomás expôs o problema e solução com tanta propriedade, profundidade e clareza que o professor exclamou: "Este moço, a quem chamam de "boi mudo" mugirá tão forte que será ouvido no mundo inteiro".
Chamado pelo Papa Gregório X, dirigi-se a Lion para participar do concílio que ali se realizava, mas foi surpreendido, na casa de sua irmã, pela doença que o vitimaria. Pediu então para ser transportado para o convento dos Cistercienses em Fossanova, onde mesmo no leito de morte, ainda encontrou forças para pregar aos monges sobre o Cântico dos Cânticos, falecendo em 07 de março de 1274.
Santo Tomás de Aquino deixou escritos de rara beleza e sensibilidade e compôs ainda o célebre canto "Tão Sublime Sacramento".
Fonte: Internet (circulando por e-mail). Sem autoria definida.
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