quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O BEM CONTRA O MAL

Antero Coelho Neto (*)
Sabemos que todas as linguas apresentam, desde os seus inícios, a palavra “Bem” com o significado de uma qualidade certa ou desejável e “Mal” como o não desejado e prejudicial. Já a noção de Bem e Mal no sentido moral ou religioso, significando a “purificação” e “impureza” de nossa vida e corpo, tem sido de uso mais recente com a chamada filosofia pré-socrática,
São duas condições importantes de nossa vida, estudadas e explicadas de diferentes maneiras e razões de muitas seitas e religiôes e até de variáveis comportamentos humanos, originando muitas pesquisas científicas sobre os causadores dessas manifestações.
Já sabemos que algumas emoções da nossa vida originam, em várias células de nosso corpo, do chamado complexo hormonal, a produção de substâncias denominadas neuro-transmissores que apresentam importantes funções responsáveis pelo nosso bem-estar, satisfação de viver e felicidade.
São vários os neuro-transmissores “positivos” de nosso corpo e muitos são os centros de pesquisas do mundo interessados no assunto.(adrenalina, nor-adrenalina, dopa, dopamina, serotonina, melatonina, acetil-colina, encefalina, endorfina, etc.). Muitos deles transformam-se em Serotonina que, por esta razão, é chamada por muitos de “substância do bem-estar” e que podemos dizer “do bem do corpo”.
Estudando as diferentes emoções conhecidas do corpo humano, causadoras de uma melhor qualidade de vida e maior longevidade e ampliando o modelo usado por Juan Hitzig (Alfabeto emocional), identificamos as mais importantes e que denominamos de “positivas”: 1.Amor; 2. sexo; 3. sabor; 4. sono; 5. alegria; 6. liberdade; 7. serenidade; 8. amizade.
Por outro lado, destacamos que também são várias as emoções que provocam a elaboração das substâncias que causam a destruição de células importantes do organismo. São os chamados radicais ácidos e oxidantes e que podem ser representados pelo que denomino de “Radical” que funciona para o “Mal de nosso corpo”.
As emoções responsáveis pela elaboração desse destruidor celular são, a nosso ver: 1. Raiva; 2. rancor; 3. pessimismo; 4. ressentimento; 5. tristeza;
6. negativismo. E como resultado podemos ter um estado de depressão ou de estresse que são responsáveis pela diminuição de muitos anos de nossas vidas.
Assim sendo, amigos do Bem, temos de procurar ao máximo buscar as emoções que causam Serotonina e evitar as que provocam Radical.
E se assim fazemos estamos lutando pelo nosso Bem, de nossa família e da comunidade em geral.
Recomendo então, neste início de ano, para todos os leitores, um plano de qualidade e longevidade de vida, baseado nesse modelo simples e fácil de ser aplicado e que chamamos de “Muita Serotonina e Pouco Radical”.
(*) Médico, professor e ex-presidente da Academia Cearense de Medicina.
Publicado In: O Povo, 23/01/2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário