Por Adam Berry/AFP
Annette Schavan, ex-ministra da Educação da Alemanha. |
A ministra da Educação da Alemanha, Annette Schavan, de
57 anos, renunciou neste sábado (9/2/13) ao cargo, depois de ter perdido o
título de doutor pela Universidade Heinrich Heine, de Dusseldorf, sob a
acusação de ter plagiado (copiado) sua tese final. No dia 5, a universidade anunciou o
cancelamento do título após uma investigação interna.
Schavan, que faz parte do governo da chanceler Angela
Merkel, disse que contestará a decisão da universidade. Em 2011, o então
ministro da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, também renunciou após acusações
de plágio em sua tese de doutorado.
A universidade descobriu que Schavan copiou partes de sua
tese "sistematicamente e intencionalmente". O Conselho Acadêmico
declarou inválido o título obtido pela ministra há três anos. Shavan é a quarta
autoridade do país a perder o título de doutora por plágio – além do
ex-ministro, mais dois deputados passaram pela mesma situação anteriormente.
O escândalo sobre a tese de doutorado da ministra veio à
tona quando um jornal alemão, o Der Spiegel, divulgou um relatório técnico
informando que a tese apresentada em 1980 com o título Pessoa e Consciência
continha "características próprias de plágio".
As suspeitas sobre a ministra ocorrem logo depois da
demissão do ex-ministro da Defesa, em março de 2011, que reconheceu ter
"cometido erros" na sua tese universitária. A Universidade de
Bayreuth (na Baviera) retirou o título do ex-ministro e gerou discussões nos
âmbitos acadêmico e político.
Em seguida ao caso de Guttenberg, a Universidade de
Heidelberg (no Sul da Alemanha) retirou o título de doutora da deputada Silvana
Koch-Mehrin (Partido Liberal, o FDP), que ocupava na ocasião a vice-presidência
do Parlamento Europeu. Ela também foi acusada de plagiar sua tese de doutorado.
Antes dela, o deputado Jorgo Chazimar-Kakis, do mesmo partido, também perdeu o título
após reconhecer o plágio.
Fonte: Notícias
UOL, 9/02/2013.
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