Aluísio de Azevedo
tinha o hábito de, antes de escrever seus romances, desenhar e pintar, sobre
papelão, as personagens principais mantendo-as em sua mesa de trabalho,
enquanto escrevia.
José Lins do Rego
era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio, e chegou a chefiar a
delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em 1953.
Aos dezessete anos, Carlos
Drummond de Andrade foi expulso do
Colégio Anchieta, em
Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o
professor de português. Imitava com perfeição a assinatura dos outros.
Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou.
Tinha a mania de picotar papel e tecidos. "Se não fizer isso, saio matando
gente pela rua". Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto.
"Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado.
Mas não se impressione, amanhã lhe dou outra igualzinha."
Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles
marcou um encontro com o poeta Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se
ao meio-dia e esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou
para o hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com
o exemplar, a explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido
seu horóscopo pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro.
Érico Veríssimo era
quase tão taciturno quanto o filho Luís Fernando, também escritor. Numa viagem
de trem a Cruz Alta, Érico fez uma pergunta que o filho respondeu quatro horas
depois, quando chegavam à estação final.
Fonte: Circulando por e-mail (internet).
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