Clarice Lispector era
solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os amigos e dizia coisas
perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convidada para jantar e ir embora
antes de a comida ser servida.
Monteiro Lobato
adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a bolinha traseira
da formiga tanajura), além de Biotônico Fontoura. “Para ele, era licor”,
diverte-se Joyce, a neta do escritor. Também tinha mania de consertar tudo. “Mas para arrumar uma coisa, sempre quebrava outra.”
Manuel Bandeira sempre
se gabou de um encontro com Machado de Assis, aos dez anos, numa viagem de
trem. Puxou conversa: “O senhor gosta de Camões?” Bandeira recitou uma oitava de Os Lusíadas que o mestre
não lembrava. Na velhice, confessou: era mentira. Tinha inventado a história
para impressionar os amigos. Foi escoteiro dos nove aos treze anos. Nadador do
Minas Tênis Clube, ganhou o título de campeão mineiro em 1939, no estilo
costas.
Guimarães Rosa, médico
recém-formado, trabalhou em lugarejos que não constavam no mapa. Cavalgava a
noite inteira para atender a pacientes que viviam em longínquas fazendas. As
consultas eram pagas com bolo, pudim, galinha e ovos. Sentia-se culpado quando
os pacientes morriam. Acabou abandonando a profissão. “Não tinha vocação. Quase desmaiava ao ver sangue”, conta Agnes, a filha mais nova.
Mário de Andrade
provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era muito amigo da mulher
dele, Dina. Só depois da morte de Mário, o francês descobriu que se preocupava em vão. O escritor era
homossexual.
Fonte: Circulando por e-mail (internet).
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