Por Ricardo
Alcântara (*)
Quer saber? Estarrecido fiquei eu com a surpresa que a
muitos causou o desprezo manifestado pelo compositor Chico Buarque à liberdade
de expressão no debate sobre o direito de publicar biografias não autorizadas.
Qual é mesmo a novidade?
A posição do velho Chico não deveria surpreender porque
não é de hoje que o autor de “Vai passar” relativiza o que para muitos é
direito inalienável, a liberdade de dizer o que pensa: Chico Buarque sempre foi
solidário à ditadura cubana.
Aliás, não somente ele, mas também alguns biógrafos que
agora estrilam. Fernando de Moraes, por exemplo, nunca disfarçou sua adesão
essencial aos argumentos com que os Castros justificam 50 anos de
excepcionalidade revolucionária.
Veja: não é simplória a minha leitura das circunstâncias
que condicionam os fatos históricos e, por isso, não condeno aqui Fidel, Chico
e Moraes. Apenas constato dissonâncias que a realidade não confirma. Apaguem as
velas: são santos de barro.
(*) Jornalista e
escritor. Publicado In: Pauta Livre.
Pauta Livre
é cão
sem dono. Se gostou, passe adiante.
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