Brendan Coleman
Mc Donald (*)
Embora paganizado por
muitos, o Natal nos oferece, a cada ano, uma extraordinária riqueza espiritual.
Desvirtuado por falsas comemorações, continua sendo uma fonte de lições
autênticas e bênçãos abundantes. A certeza de que um Deus entrou na história
humana, para marcá-la definitivamente, não pode deixar de produzir em nós uma
inabalável confiança e uma invencível vontade de viver esta história e de
fazê-lo viver, em plenitude, também pelos nossos irmãos.
É necessário meditar
sobre o Natal, para descobrir-lhe o verdadeiro sentido e não vivê-lo em lamentável superficialidade. Graças a Deus, em
numerosos lares de Fortaleza e do interior do Ceará, foi feita, neste ano de 2013, a preparação de
“Natal em família”, um excelente livrinho elaborado pela CNBB do Reg. NE1.
A universalidade das
comemorações do Natal é algo assombroso em um mundo descristianizado e
secularizado que aparenta estar divorciado do eterno. No Natal, pessoas, mesmo
que não sejam cristãs, e sejam contra essa celebração ou contestem sua
importância, não conseguem ignorá-lo e, dificilmente, deixam de comprar algum
presentinho ou enviar um cartão.
É que, apesar do
consumismo que atualmente marca a celebração, o Natal continua sendo, para
cristãos e não cristãos de todas as partes do mundo, a celebração do amor, da
gratuidade, da solidariedade, da alegria, da confraternização e da paz.
É preocupação de
quase todos os cristãos preservar o verdadeiro sentido do Natal, não permitindo
que o consumismo exagerado e o apelo comercial dessa data desvirtuem sua força
espiritual e religiosa. Natal sem Jesus não é Natal. É realmente uma tragédia
quando cumprimos o ritual: compramos presentes, arrumamos a casa, preparamos a
festa, mas esquecemos o aniversariante!
Somente uma visão
cristã do Natal poderá dar aos homens o que eles desejam: um mundo que não seja
somente uma exaltação do econômico, do material, mas a realização do Espírito e
a concretização do plano de Deus.
(*) Padre da
Congregação Redentorista
Publicado In O Povo, de 24/12/13. Opinião.
p.8.
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