Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
O nome da
filha de Psiquê e Eros é traduzido, do grego, pela palavra prazer. Não tenho a certeza, porém, se concordo com
tal tradução. As sociedades antigas, como a grega e a egípcia, tinham o
ato sexual como sagrado; enquanto que a árabe e a persa acreditavam que as
mulheres traziam doenças e desgraças.
Com a
chegada dos diferentes cultos, o prazer sexual passou a ser pecaminoso e
condenável. E pior: tornou-se uma prática oculta. Para a maioria das religiões
do Ocidente, o prazer feminino era diabólico, uma manifestação do mal.Em meados do século XX, aquela concepção começou a mudar, na medida em que os povos conquistavam mais direitos e liberdades, e as religiões perdiam parte de sua influência negativa. Neste sentido, com o advento da Revolução Sexual, o prazer passou a ser tido como uma manifestação de paz e de amor.
No
presente, o prazer sexual é aceito como algo saudável e essencial ao pleno
desenvolvimento de ambos os sexos. E o ápice do orgasmo é alcançado quando a
mulher se torna capaz de levar essas qualidades para o leito, para o lar e para
a vida profissional. Por sua vez, o homem passa a valorizar mais a mulher,
justamente, por causa dessa sua capacidade e poder.
O orgasmo
é uma prenda que a mulher oferta para si mesma e para o homem amado. É de suas
vísceras que brota tal dádiva suprema, guardada a sete chaves dentro de seu
âmago, e entregue, somente, ao homem escolhido. Enquanto permaneça com um
determinado homem, é dele todos os êxtases, alegrias e luzes da mulher. Sem a
presença dela, porém, o que resta é só paisagem, e a vida perde toda a graça e
a beleza que possa ter. Na sua primeira paixão a mulher ama o amante, nas
demais ela ama o amor.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta.
Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia
Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).
Jesus Cristo Esta Voltando!!!
ResponderExcluir