Pelo acordo, o Brasil paga pela
atuação dos médicos cubanos à Opas, esta repassa os valores ao governo cubano e
é este quem paga aos médicos um valor que é inferior ao pago as médicos de
outras nacionalidades que atuam no programa. Segundo apurou o MPF, foi
verificado, por meio de um contrato com um médico cubano, que o valor repassado
a estes profissionais é 1 mil dólares (cerca de R$ 2,5 mil), enquanto o governo
brasileiro repassa R$ 10 mil por profissional para a Opas.
O Ministério Público destaca, em
uma das ações, que cerca de R$ 510 milhões foram gastos com o Programa Mais
Médicos para a vinda dos médicos de Cuba somente em 2013, “mas não se sabe como
exatamente esse montante foi aplicado”. A procuradora da República,
Luciana Loureiro, que assina as ações, diz que a falta de conhecimento preciso
da União sobre as remunerações exatas pagas pela Opas e pelo governo cubano aos
médicos intercambistas desse país “revela claro descontrole sobre o que
efetivamente tem sido feito com o dinheiro brasileiro”.
Segundo o MPF, nas ações em
andamento na Justiça Federal, quando questionada sobre os termos firmados entre
a Opas e o governo cubano e entre este e seus cidadãos, a União informou ter
solicitado tais documentos e que a organização teria se recusado a fornecê-los,
alegando proteção por cláusula de confidencialidade.
(Agência Brasil)
Fonte: Blog do Eliomar
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