Frei Francisco Lopes S. Neto (*)
O Jubileu da Misericórdia terá o início assinalado oficialmente no dia 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição
O Jubileu da Misericórdia terá o início assinalado oficialmente no dia 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição
No dia 13 de março
de 2015, no segundo aniversário do seu pontificado, o papa Francisco anunciou
na Basílica de São Pedro a convocação de um Jubileu Extraordinário com as
seguintes palavras: “Decidi convocar um Jubileu Extraordinário que tenha o seu
centro na Misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia”. A
celebração do jubileu católico tem origem no jubileu bíblico, onde, a cada 50
anos, durante um ano, (chamado também ano sabático), eram libertados escravos,
as dívidas eram perdoadas e as terras deixavam de ser cultivadas, dentre outras
coisas. Estas comemorações são referidas na Bíblia, especialmente em Levítico
25,8.
Na tradição
católica, o jubileu tem também a duração de um ano, mas tem um sentido mais
espiritual, consistindo no perdão dos pecados dos fiéis que cumprem certas
disposições e orientações da Igreja, como a concessão de indulgências. A
palavra ‘jubileu’ vem do hebraico “yobel”, que faz alusão ao chifre do cordeiro
que servia como instrumento de sopro ritual anunciador das grandes festas do
povo de Deus. Em latim, a palavra ficou “iubilum”, de onde vem ‘júbilo’: “grito
de alegria”. A celebração de um jubileu ocorre durante um ano, daí que esse ano
seja chamado “ano santo” ou “ano jubilar”.
O último jubileu/ano santo celebrado foi no ano 2000, da Encarnação, convocado por são João Paulo II, assinalando o início do terceiro milênio. O Jubileu pode ser ordinário ou extraordinário. Se a celebração de um ano santo ordinário ocorre a cada 25 anos, o ano santo extraordinário é proclamado pelo papa sempre que pretenda celebrar algum fato de forma especial. O Jubileu da Misericórdia é um jubileu extraordinário e o seu início será assinalado oficialmente no dia 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro.
O último jubileu/ano santo celebrado foi no ano 2000, da Encarnação, convocado por são João Paulo II, assinalando o início do terceiro milênio. O Jubileu pode ser ordinário ou extraordinário. Se a celebração de um ano santo ordinário ocorre a cada 25 anos, o ano santo extraordinário é proclamado pelo papa sempre que pretenda celebrar algum fato de forma especial. O Jubileu da Misericórdia é um jubileu extraordinário e o seu início será assinalado oficialmente no dia 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro.
Neste dia
celebra-se também o 50º aniversário da conclusão do Concílio Vaticano II. O
encerramento do ano santo será no dia 20 de novembro de 2016. A cerimônia de
início do ano santo conta com o significativo rito de abertura da “Porta
Santa”, recordando o que disse Jesus: “Eu sou a porta.
Quem entrar por mim
será salvo.” (Jo 10,9). A Porta Santa só se abre durante um ano santo e
significa que se abre um caminho extraordinário para a salvação. Na cerimônia
de abertura, o papa toca a porta com um martelo três vezes enquanto diz:
“Aperite mihi leva justitiae, ingressus in eas confitebor Domino” que significa
“Abram-me as portas da justiça; entrando por elas, confessarei ao Senhor”.
Depois, entoa-se o
solene hino Te Deum e o papa atravessa a porta. Este jubileu será extraordinário
também pelo fato de que, pela primeira vez, não somente as portas santas das
basílicas de Roma serão abertas, mas haverá outras em cada diocese do mundo por
vontade expressa do papa Francisco, expressando assim o porquê da convocação
deste jubileu extraordinário e ano santo da Misericórdia: “Pensei muitas vezes
no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha
da misericórdia.
É um caminho que
começa com uma conversão espiritual; e devemos fazer este caminho.” – justificou
o papa Francisco quando do anúncio oficial do 29º Jubileu da história da
Igreja, defendendo que “ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus e que
a Igreja é a casa que acolhe todos e não recusa ninguém”.
As suas portas
estão escancaradas para que todos os que são tocados pela graça possam
encontrar a certeza do perdão.
(*) Frade Menor Capuchinho – Doutor em Teologia da Comunicação.
Fonte: O Povo, de 6/12/2015. Espiritualidade. p.17.
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