Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
O período da Semana
Santa representa o mais significativo para reflexões, vez que é a vitória da
vida sobre a morte – ressurreição de Cristo -, ou seja, do bem sobre o mal.
Dentro desta linha de pensamento, é básico reconhecermos a importância dos
valores espirituais sobre os materiais. Aqueles são duradouros e nos
conduzirão, sem dúvida, à vida eterna. Estes são efêmeros e nem sempre nos
proporcionam, apesar do aparente conforto, a alegria permanente. Por sua vez,
os sentimentos de solidariedade e amor objetivando alcançar a felicidade e o
propósito da vida são fundamentais. O ódio, a falsidade, a inveja, a ambição, o
orgulho, dentre outros, são comportamentos incompatíveis com uma existência
saudável. Já o ecumenismo, o perdão, a tolerância, a humildade e outros nos
conduzem ao sentimento da generosidade. Ademais, é mediante a oração e a
meditação que encontramos estados mentais positivos e nos afastamos dos
negativos. O que somos é consequência do que pensamos. O que alcançamos decorre
da busca das virtudes teologais (fé, esperança e caridade), consequentemente da
nossa crença em Deus. Por outro lado, a violência em todas suas formas –
desemprego, fome, corrupção, analfabetismo, etc – leva a sociedade a um clima
de perplexidade e apatia, motivando mais violência e mais injustiça. A análise
destas reflexões, nos faz lembrar dois grandes teólogos. Santo Agostinho: “O supérfluo dos ricos é o necessário dos
pobres” e Santo Tomás de
Aquino: “Há homens cuja
fraqueza de inteligência não lhes permitiu ir além das coisas corpóreas”. Cristo sofreu para nos salvar.
(*) Economista. Professor
aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte:
Diário do Nordeste, Ideias, de 25/3/16
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