Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Nesta semana estiveram
reunidos na China o grupo formado pelos 20 países mais ricos do mundo. Tomamos
conhecimento, através da imprensa, que os debates e as propostas apresentadas
visaram alcançar melhores dias para a comunidade internacional, pois os
problemas são vários e significativos. A ganância de determinados países motiva
uma desconfiança que prejudica o entendimento, de um lado, e gera desigualdades
e desequilíbrios políticos, econômicos, sociais e culturais, de outro. Nessa
linha de raciocínio, surgem a exploração desordenada dos recursos naturais não
renováveis, a miséria crescente de milhões de pessoas, a corrida armamentista,
a falta de solidariedade humana, a ausência de uma paz estável, dentre outros
problemas. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de
comportamento e de organização social. Crises, desemprego, miséria e violência
decorrem de movimentos radicais que não buscam soluções, mas modelos errôneos
do ponto de vista político. Segundo Shakespeare, “A politica está acima da
consciência”. A hipocrisia é a chaga maior dessa atividade. Os países precisam
de caminhos pavimentados pela crença e pela largueza de propósitos,
observando-se, acima de tudo, os verdadeiros interesses das populações. A
coerência programática, baseada na justiça democrática e em princípios éticos e
morais, é o único remédio capaz de combater, atualmente, os conflitos e
desencontros da sociedade mundial. Este será o roteiro do desenvolvimento
equilibrado, com investimentos produtivos e distribuição de renda, ou seja, a
partição de todos na riqueza das nações, o verdadeiro progresso da humanidade.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste,
Ideias. 9/9/2016.
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