Quando olho para meu esposo e meus filhos, peço à Maria que me ajude a ser uma esposa e uma mãe semelhante a ela
Algumas pessoas carregam
consigo o rosário, uma medalha ou uma pequena imagem de Nossa Senhora. Em minha
família, todas as mulheres trazem “Maria” no nome. É uma tradição. No entanto,
aquilo que a certidão traz por escrito é apenas um sinal de uma herança eterna
que trazemos: somos filhas de Maria. O rosário, a medalha, a imagem, o nome,
tudo reflete um amor, um respeito e um carinho a que chamamos “devoção”.
A devoção mariana deu nome a ruas, bairros, cidades, como
expressão da história de um povo, de um povo que não é órfão de mãe. De fato,
uma parte de nossa história só pode ser contada a partir do olhar de nossa mãe.
É nela que acontece nosso primeiro contato com a vida. Se Deus quis por Maria
fazer nascer a Verdadeira Vida, foi ao dar a sua vida na cruz que nos deu Maria
por mãe. A verdadeira maternidade gera vida e ela nos trouxe esta Vida em
abundância.
Neste dia 13 de maio de 2017, nós, católicos, celebramos
o centenário das aparições de Nossa Senhora na cidade de Fátima, em Portugal.
Neste mesmo ano, recordaremos os 300 anos da padroeira do Brasil, Nossa Senhora
Aparecida. Em diferentes datas e com diferentes nomes, é a mesma mulher que
carrega consigo as orações e esperanças de seus filhos. Maria leva nossas
preces a seu filho Jesus e ainda nos traz a resposta: “Fazei o que Ele vos
disser”!
Cada vez que escrevo meu nome, recordo aquela que é
bendita entre todas as mulheres. Vida, doçura e esperança nossa. Quando olho
para meu esposo e meus filhos, peço à Maria que me ajude a ser uma esposa e uma
mãe semelhante a ela. Quando peço seu socorro, recordo o que a Virgem de
Guadalupe disse ao indiozinho Juan Diego: “Não tenha medo. Não sou eu a tua
mãe?”
(*) Missionária
da Comunidade Católica Shalom; casada com Leonardo e mãe de Bernardo e João
Emmanuel.
Fonte: O Povo, de 13/5/2017.
Opinião. p.11.
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