Não consigo compreender como alguém pode duvidar da intercessão de Nossa Senhora
Como já é tradição, todos os anos a Igreja
dedica o mês de agosto para a reflexão das vocações. Neste ano, fomos chamados
a celebrar o Ano Nacional Mariano, por ocasião dos 300 anos da aparição de
Nossa Senhora Aparecida, no rio Paraíba do Sul, com o tema “A
exemplo de Maria, discípulos missionários” e o lema “Eis-me
aqui, faça-se”, proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), em parceria com a Pastoral Vocacional.
Em outubro de 1717, a imagem foi encontrada por João
Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, no rio Paraíba do Sul. Acharam
primeiro o corpo e, depois, a cabeça da imagem. Após esse encontro, os três
humildes e benditos pescadores foram recompensados com uma prodigiosa pescaria.
Aos pés da imagem pequena e escura de terracota, com 36
cm, uma nação dobra-se em veneração à Mãe do Brasil e em profunda adoração a
Jesus, Nosso Salvador.
A história da imagem não justifica o fenômeno que a vejo
provocar na vida das pessoas e, em particular, na minha. Assim sendo, só há uma
explicação: Deus, infinitamente bom e zeloso, quis presentear-nos com a tal
predileção, enfatizando, acima dos detalhes, a importância da fé que une e
conduz verdadeiras multidões ao rebanho de Jesus.
Sou fruto e testemunha viva do poder intercessor de Nossa
Senhora Aparecida. Sou o milagre vivo de uma oração de minha mãe, que, ao me
ver nascer sufocado pelo cordão umbilical, após ter sido batizado às pressas,
fui consagrado a Nossa Senhora Aparecida. Em minha alma trago eterna gratidão:
nos lábios, os louvores e no meu segundo nome, a marca daquela que intercedeu a
Jesus e salvou minha vida: meu nome de batismo é Reginaldo Aparecido Manzotti.
Não há um momento da minha vida que eu não consiga enxergar
Nossa Senhora me protegendo e amparando. E não consigo compreender como em
alguns momentos alguém pode duvidar da intercessão de Nossa Senhora. Nós temos
uma Mãe, não somos órfãos e, se uma mãe aqui da Terra tira da boca para dar a
seus filhos, imaginem Nossa Senhora, que é toda santa, pura, imaculada e
repleta de amor.
Se Maria foi exaltada por Deus, claro que foi em vista
dos méritos de Jesus. Se Deus a escolheu, enviou um anjo, a proclamou a cheia
de graça. Se Deus fez dela a arca de toda a humanidade, então, que ninguém
tenha receio de recorrer a ela, de venerá-la, de exaltá-la e proclamá-la
bendita entre todas as mulheres.
Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!
(*) Fundador e presidente da
Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de
Guadalupe, em Curitiba (PR).
Fonte: O Povo, de 3/8/2017.
Opinião. p.17.
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