terça-feira, 31 de outubro de 2017

PROFESSOR MARCELO GURGEL LANÇA MAIS UM LIVRO


O professor Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva lança nesta terça-feira, 31 de outubro, às 19h, no Auditório do Sindicato dos Médicos do Ceará, mais um livro, desta vez, intitulado “Ideias Médicas Contemporâneas: crônicas e ensaios”. O autor e a obra serão apresentados pelo Dr. Florentino de Araújo Cardoso Filho, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB).
O médico, economista e escritor, Marcelo Gurgel, é professor titular da Universidade Estadual do Ceará (UECE), do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e docente da Escola Cearense de Oncologia, do Instituto do Câncer do Ceará (ICC). Também é membro titular da Academia Cearense de Medicina e membro da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores do Ceará.
A Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado Ceará, Dra. Mayra Pinheiro, convida familiares e amigos do professor Marcelo Gurgel para o lançamento da noite de autógrafos.
Serviço:
Lançamento de Livro: Ideias Médicas Contemporâneas: crônicas e ensaios
Data: 31 de outubro de 2017 (terça-feira)
Horário: 19h
Local: Auditório do Sindicato dos Médicos do Estado Ceará
Endereço: Rua Pereira Filgueiras 2020 - 9º andar Fortaleza-Ceará.
Fonte: Uece/Assessoria de Comunicação. Em 30/10/2017.

Mais “Máximas e Mínimas” do Barão de Itararé! II


Apparício Torelly, (o "Barão de Itararé), que também usou o pseudônimo de “Apporelly”, era gaúcho de Rio Grande, nascido em 29/01/1895. Estudou medicina, sem chegar a terminar o curso, e já era conhecido quando veio para o Rio fazer parte do jornal O Globo, e depois de A Manhã, de Mário Rodrigues, um temido e desabusado panfletário. Logo depois lançou um jornal autônomo, com o nome de “A Manha”. Teve tanto sucesso que seu jornal sobreviveu ao que parodiava. Editou, também, o “Almanhaque — o Almanaque d'A Manha”. Faleceu no Rio de Janeiro em 27/11/71. O “herói de dois séculos”, como se intitulava, é um dos maiores nomes do humorismo nacional.
7. Com as crianças é necessário ser psicólogo. Quando uma criança chora, é porque quer balas. Quando não chora, também.
8. O menino, voltando do colégio, perguntou à mãe: - Mamãe, por que é que pagam o ordenado à professora, se somos nós que fazemos os deveres?
9. O feio da eleição é se perder.
10. A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas, em geral, enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele.
11. Com dinheiro à vista toda gente é benquista.
12. Se você tem dívida, não se preocupe, porque as preocupações não pagam as dívidas. Nesse caso, o melhor é deixar que o credor se preocupe por você.
Fonte: Extraído do livro “Máximas e Mínimas do Barão de Itararé”. Rio de Janeiro: Record, 1985. (Coletânea organizada por Afonso Félix de Sousa).

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

CONVITE: Lançamento do livro “Ideias médicas contemporâneas”


A Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado Ceará, Dra. Mayra Pinheiro, convida para o lançamento do livro “IDEIAS MÉDICAS CONTEMPORÂNEAS: crônicas e ensaios”, obra de autoria do médico e professor Marcelo Gurgel Carlos da Silva.
O livro será apresentado pelo Dr. Florentino de Araújo Cardosos Filho, presidente da Associação Médica Brasileira.
Data: 31 de outubro de 2017 (terça-feira).
Horário: 19h.
Local: Auditório do Sindicato dos Médicos do Estado Ceará. Rua Pereira Filgueiras, 2.020. 9º andar, Aldeota, em Fortaleza-CE.
Traje: Esporte fino.

domingo, 29 de outubro de 2017

A TRAJETÓRIA DE SUCESSO DA UECE

Toda essa trajetória aponta para a certeza de que a Enfermagem contribui para o sucesso da Uece.
Por Maria Vilani Cavalcante Guedes (*)
A Universidade Estadual do Ceará (Uece) foi criada, em 1975, pela junção de faculdades então mantidas pelo governo do Estado e cursos agregados à Universidade Federal do Ceará. Entre eles, figurava a Escola de Enfermagem São Vicente de Paula, que fora fundada em 1943, como a primeira de enfermagem do Nordeste.
Na Uece, a escola passou a integrar o Centro de Ciências da Saúde, tornando-se curso de Enfermagem, alavancando novo processo de desenvolvimento, inicialmente por meio da pós-graduação lato sensu.
Pensando na pós-graduação stricto sensu, os docentes enfermeiros procuraram qualificação em nível de mestrado e doutorado, para que pudessem pensar na criação de um curso de mestrado. Em 2005, tal fato se concretiza com aprovação pela Capes do mestrado Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde.
Em 2011, o mestrado recebeu nota 4 da Capes, instigando os docente a apresentar proposta de criação do curso de doutorado Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde que, de pronto aprovado, consolidou o Programa de Pós-Graduação em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde (PPCCLIS). Assim, data de 2012 sua primeira turma de doutorado.
Na avaliação quadrienal 2013-2016, o PPCCLIS obteve nota 5, coroando o trabalho desenvolvido com coesão, zelo e respeito por seus corpos docente, discente e técnico-administrativo.
Nestes doze anos de mestrado, o PPCCLIS titulou 197 mestres e, em cinco anos, 22 doutores, sendo estes enfermeiros do Ceará e de outros estados do Brasil.
É motivo de orgulho a qualidade de dissertações e teses defendidas no PPCCLIS. Tanto que, em 2017, selecionou-se uma tese para concorrer ao prêmio Capes-Tese, “Eficácia de filme educativo de curta-metragem para o autocuidado com o pé diabético: ensaio clínico controlado e randomizado”, defendida em 21 de dezembro de 2016, pela professora Luciana Catunda Gomes de Menezes, sob minha orientação. A tese foi então premiada com Menção Honrosa na edição do prêmio em 2016!
Toda essa trajetória aponta para a certeza de que a Enfermagem contribui sobremaneira para o sucesso da Uece. Em especial, nestes 12 anos de pós-graduação stricto sensu, vem abrilhantando as edições das semanas universitárias, por meio da mostra de trabalhos de pesquisas produzidos por bolsistas, em nível de iniciação científica e de pós-graduação.
Nas sessões de premiação, bolsistas de iniciação científica e alunos de cursos de especialização têm sido agraciados, demostrando o compromisso da Enfermagem-Uece, de modo especial do PPCCLIS, com a formação de profissionais competentes e comprometidos com a melhoria da condição de saúde e, assim, de vida da população cearense e brasileira.
(*) Professora do curso de Enfermagem e coordenadora de Pós-Graduação.
Publicado. In: O Povo, Opinião, de 28/10/17. p.15.

HORA DE MOSTRAR O QUE FAZ A UECE

Celebramos essa conquista que reafirma o lugar da Uece como uma instituição comprometida com a qualidade daquilo que entrega.
Por Nukácia Araújo (*)
Entre os dias 23 a 27 de outubro, aconteceu, no campus Itaperi, em Fortaleza, e em duas unidades da Uece no Interior, Feclesc (Faculdade de Educação do Sertão Central), em Quixadá, e Fecli (Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu), em Iguatu, a XXII Semana Universitária, que teve como tema central “Educação e política: o papel da universidade”.
O evento anual, que reuniu um público composto por membros de toda a comunidade acadêmica da Uece, por docentes e discentes de outras instituições de ensino superior, por alunos e professores de ensino médio/profissional do Estado do Ceará e outros participantes de diversos segmentos da sociedade cearense, é o momento em que a Uece apresenta à sociedade e às agências de fomento os resultados de seus trabalhos nas áreas de pesquisa e pós-graduação, graduação e extensão.
Em Fortaleza, reuniram-se professores, pesquisadores, alunos e extensionistas dos campi da Capital e dos campi de Itapipoca, Limoeiro do Norte, Crateús e Tauá.
Na programação da semana, realizaram-se 17 eventos, entre os quais estão o XXVI Encontro de Iniciação Científica, o XXIII Encontro de Pesquisadores, o VII Encontro de Extensão da Proex, o XXI Encontro de Monitoria Acadêmica, o XIX Encontro de Educação Tutorial-PET, o VI Encontro do Programa de Bolsas de Estudo e Permanência Universitária, a V Feira das Profissões, a V Mostra de Publicações da EdUece, a V Ação Uece Solidária e o III Concurso de Teses e Dissertações da Uece.
Contando com um total de 3.685 trabalhos apresentados, além de diversos eventos artístico-culturais, a Semana Universitária consolida-se como um evento-vitrine, que diz de como a Uece atinge objetivos, enfrenta desafios, contribui com a sociedade cearense e se desenvolve nos eixos do ensino, da pesquisa e da extensão.
Falando de destaques da Uece, na avaliação quadrienal dos programas de pós-graduação stricto sensu/2017, passamos a ser a única universidade estadual do Norte e Nordeste com programa nota 5 (numa escala de 3 a 7), na área de linguística e literatura. O Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada (PosLA), entre aqueles que passaram à nota 5, somos agora como a única universidade estadual do Nordeste com programa nota 5, uma mostra da competência de docentes, discentes e servidores técnico-administrativos do PosLA.
Celebramos essa conquista que reafirma o lugar da Uece como uma instituição comprometida com a qualidade daquilo que entrega ao Estado do Ceará, à região Nordeste, ao Brasil.
Foi nesse contexto de orgulho e de sensação de que estamos cumprindo nosso dever que realizamos a XXII Semana Universitária da Uece. Que venha a próxima edição para que mostremos, mais uma vez, como somos aguerridos nessa luta pela qualidade da educação superior pública no Brasil.
(*) Doutora em Educação e pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da Uece.
Publicado. In: O Povo, Opinião, de 28/10/17. p.15.

sábado, 28 de outubro de 2017

MARCO EM CURTA E DENSA HISTÓRIA DA UECE

A Uece tornou-se realmente universidade produzindo educação e se interiorizando.
Por José Jackson Coelho Sampaio (*)
A Universidade Estadual do Ceará (Uece), em 42 anos de criação, apresenta geografia, hierarquia acadêmica e história consolidadas. Sua geografia inclui, hoje, seus 12 campi distribuídos em nove cidades: três em Fortaleza (Itaperi, Fátima, 25 de Março), dois em Iguatu (Areias, Humberto Teixeira) e um em Limoeiro do Norte, Quixadá, Tauá, Crateús, Itapipoca, Guaiuba e Pacoti.
A hierarquia acadêmica emerge da integração vertical de níveis: técnico de nível médio (22 cursos: três próprios e 19 do Pronatec), graduação (78 cursos: 46 licenciaturas presenciais de oferta regular, 10 licenciaturas EaD, cinco licenciaturas presenciais de oferta especial, 15 bacharelados presenciais de oferta regular, um bacharelado EaD e um bacharelado presencial de oferta especial), pós-graduação lato sensu (87 cursos: 76 especializações de oferta regular e 11 especializações EaD) e pós-graduação stricto sensu (45 cursos: 14 mestrados profissionais, 19 mestrados acadêmicos e 12 doutorados).
No eixo histórico, três etapas se destacam nítidas. Os primeiros 21 anos, de março de 1975 a dezembro de 1995, permitiram consolidar a graduação, entre o ato inaugural e a criação da última unidade de oferta regular de cursos presenciais, o campus de Tauá.
Pioneira na interiorização do ensino superior no Ceará, maior formadora de professores para a Educação Básica e maior acolhedora pública de estudantes trabalhadores em seus cursos noturnos, a Uece assumiu papéis estratégicos nas políticas públicas de educação.
Os segundos 21 anos, de janeiro de 1996 a dezembro de 2016, permitiram consolidar a pós-graduação stricto sensu, de três mestrados para 45 cursos, deles 12 doutorados, e da pesquisa básica, com a passagem de 34 para 545 professores doutores, de cinco para 170 grupos de pesquisa.
A Uece tornou-se realmente universidade, produzindo conhecimento e internacionalizando-se. As nossas 22 semanas universitárias são espaços de visibilidade da nossa produtividade acadêmica e ícone, marco concreto e simbólico desta fase.
No biênio 2016/17, outros marcos surgem, como a criação da Câmara de Inovação Tecnológica, integrando gestão da propriedade intelectual, incubadora de empresas e parque tecnológico, e a parceria com a Prefeitura de Fortaleza, pela criação de área de 7km² no entorno do campus Itaperi para a instalação de empresas de base tecnológica que, sob nossa chancela, possam se beneficiar das adequadas isenções municipais.
Começamos uma terceira etapa, incorporando a pesquisa aplicada e a inovação. Mas as semanas universitárias da Uece afirmam-se como balanço, vitrine e ícone.
(*) Professor titular em saúde pública e reitor da Uece.
Publicado. In: O Povo, Opinião, de 28/10/17. p.15.

Quadragésimo Aniversário da Academia Cearense da Língua Portuguesa


A Academia Cearense da Língua Portuguesa (ACLP), sob a presidência do professor e escritor Valdemir Mourão, realizou na noite de 27/10/2017, no Teatro Nila Gomes de Soárez, da UNI7, a solenidade de comemoração dos 40 anos de sua fundação.
Na ocasião, aconteceram a entrega da Medalha do Mérito Cultural Hélio Melo ao Dr. Ednilo Gomes de Soárez, diversas homenagens a fundadores do sodalício e a posse de três novos acadêmicos, saudados pelo Ac. João Vianney Mesquita.
A sessão solene foi concluída pela apresentação, feita pelo Ac. Teoberto Landim, de quatro obras lançadas: 1) Vernáculo (edição comemorativa dos 40 anos da ACLP); 2) Iraceminha, de Valdemir Mourão; 3) Português – fala e escrita, de Marcelo Braga; e 4) Dentro de mim, o mar, de Regine Limaverde.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Presidente da Sobrames/CE

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

PONTES PARA PRECIPÍCIOS E ALGUMA SAÍDA

Por José Jackson Coelho Sampaio (*)
Independente das orientações político-ideológicas, há consenso sobre a impossibilidade das sociedades urbanas, com economias complexas e populações cientes de seus direitos, serem gerenciadas com improviso, fisiologismo, corporativismo, sem a base do conhecimento científico e tecnológico e sem os instrumentos do republicanismo e da democracia.

Para qual precipício vamos quando a realização da Conferência Nacional de Educação é posta em dúvida, sem garantia de preparação adequada e de realização, impedindo o pacto por metas para o futuro imediato, sobretudo quando as representações da sociedade civil têm a participação expurgada do Fórum Nacional de Educação?

Para qual precipício vamos quando o MCT&I perde autonomia e é transformado em secretaria de pasta cujo negócio é distribuir emissoras de rádio e canais de TV, com o País perdendo um instrumento de redução de desigualdade regional, pois antes havia garantia de destinar piso de 30% dos Editais dos Fundos Setoriais para as regiões CO, N e NE, sobretudo com a crise do CNPq sobre o qual já se sabe estar sem os recursos que viabilizariam o pagamento das suas bolsas a partir deste setembro?
Para qual precipício vamos quando o Ministério da Fazenda recomenda ao Estado do Rio de Janeiro, que, entre medidas para superar o incrível déficit fiscal derivado de incúrias e roubos praticados por alguns gestores públicos, adote a de fechar suas universidades públicas estaduais, entre elas a Uerj, uma das cinco melhores públicas estaduais do Brasil, outra a Uenf, modelo avançado, moderno, de organização acadêmica?
PS: Enquanto isso, a academia cearense se orgulha do 3º lugar nacional que o Curso de Medicina da Uece alcançou no ranking de desempenho estudantil nas provas do Enade 2016. Como membro da comissão de criação do curso, há 15 anos; como diretor do Centro de Ciências da Saúde, em seu quinquênio inicial de consolidação; e, agora, como reitor da Uece, orgulho-me junto com todos. Há sempre alguma luz que dispara movimentos.

(*) Professor titular em saúde pública e reitor da Uece.

Publicado. In: O Povo, Opinião, de 12/9/17. p.10.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

INCERTEZAS

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Nos últimos anos, vários brasileiros e brasileiras não estão pensando e agindo em favor do Brasil. A miséria, a desigualdade de renda, os precários níveis de educação, saúde e segurança, o desemprego, a perversa corrupção, dentre outros, são indicadores que nos levam a acreditar que estamos passando, não sabemos o fim, por momentos de extrema gravidade. Por quê? A perplexidade domina a maioria da população brasileira. Somos um povo bom e trabalhador, nosso território, em sua grande extensão, é saudável e compatível com ações desenvolvimentistas. Cremos que a ganância e a falta de espírito público de determinados grupos buscando mais poder, em todos os seus aspectos, provocam um desequilíbrio moral e ético, longe, infelizmente, dos princípios básicos da Democracia. Esta, como sabemos, apoia-se na expectativa de garantir a representatividade e a legalidade das decisões políticas. Os Artigos 2º e 5º de nossa Carta Magna, examinando-se apenas os dois, mostram a desarticulação do Estado brasileiro. No Art. 2º está dito: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. É triste, mas sem generalizar, podemos afirmar que é pura balela. A imprensa nos mostra, diariamente, desentendimentos e brigas entre membros dos Poderes Constituídos e até do mesmo Poder. O que está ocorrendo em certas ocasiões não é o debate e a discussão válida e cívica sobre teses e diretrizes, mas a “judicialização da política” e a “politização da justiça”. Com relação ao Art. 5º, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção...”, vem sendo um dispositivo de natureza retórica. Democraticamente, precisamos repensar o Brasil.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 31/8/2017.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

CONVITE: IX Lançamento Coletivo da Editora da UECE


A Reitoria da Universidade Estadual do Ceará, ao ensejo da XXII Semana Universitária, convida para o IX Lançamento Coletivo da EdUece.
Entre as obras a lançar, consta uma publicação de nossa autoria, com o lançamento de nosso livro “Ideias Médicas Circulantes: crônicas e ensaios”. Com esse último título, o autor (M.G.C.S.) atinge a marca de noventa e três livros publicados.
Data: 26 de outubro de 2017 (quinta-feira), às 16h.
Local: Auditório Paulo PetrolaReitoria da Uece (Campus do Itaperi).
Na oportunidade, realizar-se-á a cerimônia comemorativa de 30 anos da Editora da Universidade Estadual do Ceará.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

terça-feira, 24 de outubro de 2017

NÃO É SÓ A ECONOMIA...

Por Affonso Taboza (*)
Frase emblemática do presidente americano Bill Clinton na campanha eleitoral de 1992: “É a economia, idiota (stupid)”. Referia-se ao primado da situação econômica de um país entre os fatores que levam um presidente à reeleição ou à derrota. Ela responde pelo grau de satisfação ou desesperança de um povo.
Nas manifestações de junho de 2013, um sentimento difuso de mudança tomou as ruas. Por espontâneo, não propunha agenda para o País. Cada pessoa entrevistada pelas televisões citava um motivo de insatisfação diferente. Poucos falaram da economia. O sentimento geral, no entanto, era de que descíamos aos emboléus por várias rampas diferentes – economia, violência, falta de ética e de moral, roubalheira – rumo a um mesmo destino, o fundo do poço.
Hoje a agenda da nação está definida. A economia continua item importante, e não poderia deixar de ser, pois ela põe a comida na mesa. E felizmente o País está acertando o rumo, não obstante as pedradas vindas de todo lado contra o presidente da República, partidas de corporações e setores que se julgam prejudicados com as reformas propostas, ou de patriotas bem-intencionados que só conseguem ver a árvore, e não a floresta.
Mas a grita maior se volta contra a corrupção e a violência e, em menor escala – talvez por ser tema menos conhecido – contra os efeitos do malfadado Foro de São Paulo: a destruição do conceito de pátria e nacionalidade, a destruição da família, a degradação dos costumes, o nonsense do “politicamente correto”, o culto aos “direitos humanos” dos desumanos e tantas outras anomalias que infectam o ar que respiramos neste pobre País.
Economia é item importante, mas em três ou quatro anos se põe um país como o Brasil em ordem, desde que haja decência e seriedade no trato da coisa pública. Mas alterar costumes e cultura é coisa pra décadas, sobretudo quando se trata de sair da licenciosidade e voltar à prática da disciplina.
Nossos costumes e cultura sofreram ataque cerrado das políticas do Planalto a partir dos governos do PT. Exemplo claro são as cartilhas pornográficas mascaradas de material educativo, que ainda hoje se espalham nas escolas públicas, entre crianças acima de 6 anos, instigando-as à prática precoce do sexo e fazendo a apologia do homossexualismo.
Em 2018 teremos eleições. Convém que o povo escolha um presidente da República determinado a enfrentar tais situações. É fácil escolher.
Basta comparar o discurso e a prática dos que estão pleiteando o cargo. Um é assertivo, claro, não deixa dúvida. Os outros calam, tergiversam, não se comprometem. Alguém de boa fé tem dúvida? 
(*) Coronel engenheiro reformado do Exército Brasileiro e membro do Instituto Histórico, Geográfico e Antropológico do Ceará.
Fonte: O Povo, de 16/10/2017. Opinião. p.19.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

MÃE: DOM DE DEUS

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Amanhã (26.08.2017) estarei vivenciando, ao lado de minha família, os 100 anos de idade de nossa querida mãe, Maria Helena Cavalcanti Fonseca Mota – Helenita. Filha de João Studart da Fonseca e de Maria Dolores Cavalcanti Fonseca, ficou órfã de mãe no segundo ano de vida e foi adotada por seus avós maternos: Coronel Manços Valente Cavalcanti e Henriqueta Vieira Cavalcanti – dona Sinhara. Fez seus estudos básicos nos colégios “Dorothéias” em Fortaleza e “Sion” no Rio de Janeiro. Muito cedo, com apenas 18 anos de idade, contraiu núpcias com Fernando Cavalcante Mota, nosso querido pai, iniciando a formação de uma linda família. Dessa união matrimonial nasceram dez filhos: três mulheres e sete homens. Ao lado de Fernando, sempre procurou educar os filhos com base nos princípios cristãos visando, é claro, o sentimento do amor. As lágrimas de satisfação que os seus descendentes amanhã deixarão cair, não virão dos olhos, mas do fundo do coração. Aliás, além dos 10 filhos, estarão agradecendo e pedindo a Helenita suas bênçãos 37 netos, 69 bisnetos e 6 trinetos. Que beleza! Querida mãe, fiz para senhora um pequeno poema e, tenho certeza, evidencia o amor que toda sua família lhe dedica. São quatro estrofes de carinho e admiração: 1- Bondosa e querida mãe Helenita; guardas os filhos dentro do coração; mostrando atitude pura e bonita. / 2-És linda como uma flor; não sei se hortênsia ou rosa; sempre dando amor. /3-Bela como as ondas do mar; agitando carinhosamente os filhos; para que nunca deixem de amar. / 4- Generosa, pois acompanha e vigia; aqueles que dela nasceram; seguindo o exemplo de Maria. Obrigado mãe. Deus lhe pague.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 25/8/2017.

domingo, 22 de outubro de 2017

O VALOR DO SER HUMANO

Perguntaram ao grande matemático árabe Al-Khawarizmi sobre o valor do ser humano e este respondeu:
- Se tiver ética, então ele é = 1.
- Se também for inteligente, acrescente 0 e será = 10.
- Se também for rico, acrescente outro 0 e será = 100.
- Se também for belo, acrescente outro 0 e será = 1000.
- Mas, se perder o 1, que corresponde à ética, perderá todo o seu valor pois, só restarão os zeros.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones sem autoria definida).

LIBANÊS E PALESTINO EM NEGOCIAÇÃO

Com sérios problemas financeiros, um palestino vendeu seu cavalo por R$ 100,00 a um libanês que concordou em receber o animal somente no dia seguinte. No dia combinado o palestino chegou e disse:
Palestino — O cavalo morreu.
Libanês — Morreu?
Palestino — Morreu!
Libanês — Então me devolve o dinheiro.
Palestino - Já gastei.
Libanês — Então me dá o cavalo morto.
Palestino — Mas o que tu vai fazer com um bicho morto?
Libanês — Vou rifar.
Palestino — O cavalo morto ? Quem vai querer?
Libanês — É só eu não falar que ele morreu!
Um mês depois os dois se encontram e o Palestino que vendeu o cavalo pergunta:
Palestino — E aí meu parceiro, e o cavalo morto?
Libanês — Rifei. Vendi 500 bilhetes a 2 reais cada. Faturei 998 reais.
Palestino -- E ninguém reclamou?
Libanês — Só o homem que ganhou.
Palestino — E o que tu fez?
Libanês — Devolvi os 2 reais pra ele!
Libanês é outro nível  🇱🇧 🌲 🇱🇧 🌲 🇱🇧 🌲 🇱🇧
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones sem autoria definida).

sábado, 21 de outubro de 2017

DIREITOS HUMANOS POLICIAIS


👩📞- Alô é da Polícia?
👮📞- Sim, em que posso ajudar?
👩📞- Manda uma viatura aqui na minha rua. Está acontecendo um assalto e os bandidos estão armados e atirando nas pessoas!
👮📞- Olha senhora, nenhuma viatura quer ir. Se os assaltantes reagirem e atirarem nos policiais e se os PMs revidarem e eles morrerem, seu vizinho vai filmar eles sendo baleados e amanhã, vai estar em todos os jornais a matéria: Absurdo! Polícia Militar  executa jovens em comunidade! E os policiais serão afastados, demitidos e presos, chamados de assassinos e condenados pela sociedade antes mesmo de serem julgados! A família dos bandidos vai dizer que eles eram estudiosos, trabalhadores, excelente filhos e cidadãos exemplares. Vai haver manifestações, vão queimar ônibus, apedrejar vitrines, vão fechar sua rua e o trânsito vai virar um caos. a ONU vai divulgar uma nota de repúdio e solicitar o fim dá Polícia Militar, a OAB vai pedir indenização à família dos jovens (bandidos) que tiveram seu sonho interrompido pela polícia e os direitos humanos vão custear um velório com direito a honrarias e cobrirão os caixões com a bandeira nacional e o mundo inteiro irá se comover e se posicionar contra a PM.
👩📞- E agora, o que eu devo fazer?
👮📞- Pode ir morar num País sério ou pode ligar para os direitos humanos e pedir para eles irem aí conversar com os bandidos. Eles vão garantir os direitos dos bandidos assaltarem em segurança!
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones sem autoria definida).

ESCOLHAS COM LISTA FECHADA


- Garçom, me veja o cardápio, por favor.
- Nós não trabalhamos mais com cardápio, senhor.
- Vocês usam uma tabuleta, você me fala os pratos?
- Não, senhor, trabalhamos agora com lista fechada.
- Como assim, "lista fechada"?
- O senhor escolhe o restaurante (no caso, escolheu o nosso), e o nosso gerente escolhe o que o senhor vai comer.
- E o que é que eu ganho com isso?
- O senhor não precisa perder tempo escolhendo.
- Mas como vou saber o que vou comer?
- O senhor come o que o gerente achar que o senhor deve comer.
- Mas baseado em quê, se ele não sabe do que eu gosto.
- Baseado nos critérios dele.
- Que são...
- Ele pode querer que sejam os pratos mais caros. Ou os que usam ingredientes que estão com prazo de validade perto de vencer. Ou os que já estão prontos. Ou os que dão menos trabalho. Isso não cabe ao senhor decidir.
- Então eu me sento e...
- Senta, come o que o gerente quiser, e paga a conta.
- E se eu não gostar do prato?
- Nós não trabalhamos com essa possibilidade, senhor. Gostando ou não, vai pagar a conta do mesmo jeito.
- Bem, acho que vou então para outro restaurante...
- Todos agora trabalham assim, senhor.
- Mas quem decidiu isso?
- O Sindicato dos Donos dos Restaurantes.
- Pois então eu não vou mais comer fora. Vou comer em casa.
- Não tem problema, senhor. Posso trazer a conta?
- Que conta? Não vou comer nada...
- A do Fundo Suprapartidário dos Restaurantes. Comendo aqui ou em casa, o senhor tem que financiar os restaurantes.
- Por que é que eu tenho que financiar vocês?
- Porque se não financiar por bem, nós vamos conseguir o financiamento de outra forma, que é assaltando o senhor - um método também conhecido como Caixa Registradora Dois. O senhor pagar diretamente é muito mais civilizado, não acha?
- E quem me garante que eu pagando vocês não vão me assaltar do mesmo jeito?
- Ninguém, senhor. Ah, não aceitamos cartão. E os 10% são obrigatórios.
Fonte: Internet (circulando por e-mail e i-phones sem autoria definida).

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

LANÇAMENTO DA 34ª ANTOLOGIA DA SOBRAMES-CE 2017


Ocorreu hoje, 19/10/2017, às 20h, no auditório da Unimed-Fortaleza, o lançamento da 34ª Antologia da Sobrames-CE.
Trata-se de uma série que foi iniciada em 1981 pelos colegas pioneiros: Paulo Gurgel e Emanuel de Carvalho. Todos os anos a Sobrames- CE lança no mês de outubro, mês em que se comemora o dia do Médico (18/10), sua antologia. 
O número de participantes vem crescendo a cada ano. Em 2016, foram 62 participantes, dentre eles 58 médicos. Este ano, o número de participantes é de 67. 
O título da Antologia, "À flor da pele" foi escolhido através de votação democrática durante uma das reuniões do grupo e foi uma proposta do sobramista Walter Miranda. 
O Dr. Marcelo Gurgel, atual presidente da Sobrames-CE, como tem feito todos os anos, é o organizador da Antologia /2017. 
A antologia foi apresentada pelo colega Dr. Flávio Leitão que, além de ser membro da Sobrames-CE, é membro da Academia Cearense de Medicina e da Academia Cearense de Letras.
Ana Margarida Rosemberg
Da Sobrames/CE e da Academia Cearense de Medicina
Fonte: Postado por Ana Margarida Rosemberg no Blog da Sobrames/CE, em 19/10/2017.

PARTICIPAÇÃO EM “À FLOR DA PELE”


Uma distinta audiência, composta por cerca de sessenta pessoas, participou em 19/10/17, no Auditório da Sede da Unimed Fortaleza, do lançamento de À Flor da Pele, a Antologia da Sobrames de 2017, produzida sob a nossa organização, em colaboração com a secretária Raquel Anastácio, reunindo contribuições literárias de 67 sobramistas, dos quais 64 médicos.
Além da mensagem da presidência, da apresentação e da homenagem póstuma ao colega Geraldo Wilson da Silveira Gonçalves, nela republiquei quatro textos de nossa autoria, originalmente publicados In: “Contando Causos: de médicos e de mestres!”: São eles: “Anos (in)enfestados” ,Galinha choca ,Carmem de Bizet?” eConduta CTA.
Esse material será postado neste blog, observando a sequência citada.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Presidente da Sobrames/CE

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

SENECTUDE

Pedro Henrique Saraiva Leão (*)
Não mencionaremos aqui os radicais livres, os dendrímeros, ou o encurtamento dos telômeros (sobre os primeiros consultar “Quem tem medo de câncer”, O POVO, 26/X/2016). Contudo, contemplando o envelhecimento, impõe-se-nos começar citando Seneca (Lucius Annaeus), para quem “Senectus enim insanabilis morbus est”: A velhice é realmente uma doença insanável. E Cícero (Marcus Tullius) aconselhava lutar contra a senescência, qual doença. A tecnologia vem contrariando essas gnomas (sentenças), e a senectude não é mais tão incurável. Para o dr. Ronan Factora, geriatra da Cleveland Clinic (EUA), “nunca estaremos velhos demais para manter o bem-estar do corpo” (revista Time, fev-mar, 2015), conceito subscrito pelos porvirólogos, estudiosos que perscrutam o amanhã.
Assim, Ray Kurzweil prevê vida eterna tecnicamente possível após 2029, a que aludimos em “Transhumanismo”, (6/XI/2013), e há pouco (2/4/2017), em Folha de S. Paulo. Tais premonições (pressentimentos) nos lembram, da Literatura, Gilgamesh, e FranKenstein, na sua ânsia de amortalidade. Há um século e meio a expectativa de vida era apenas 37 anos. Em 1925, medidas sanitárias elevaram-na para 59; nos trinta anos seguintes vacinas nos tornaram setuagenários. Trintanos depois, a prevenção das cardiopatias, e a redução do tabagismo nos acrescentaram mais um lustro (5), e em 2015, alcançamos os atuais 79.
A partir de 2045, especula-se atingiríamos a média de 81 anos (sugiro ler/reler, neste jornal, “2045”, de 23/3/2013, e artigos de 30/1/2013, e 15/2/2017). Sabemos que, além do acidente vascular cerebral (AVC), das moléstias respiratórias, renais, hepáticas, e do diabetes, letais podem ser também o câncer, as cardiopatias (malgrado os “stents” e “by passes”), os males imunológicos e degenerativos, como o de Alzheimer. E temos como riscos exponenciais (maiores) para os morbos (enfermidades) cardíacos, o colesterol elevado, a hipertensão, e a obesidade.
Respeito à nossa natural, inata morbidade (chance de adoecer), atua em silêncio a inflamação – não aguda (calor/rubor/tumor/dor), mas sua variedade crônica, subclínica, pauci-sintomática (com poucos sintomas), presente nas artrites, na asma, nas alergias, e até nas gengivites persistentes, promovendo depósitos arteriais de colesterol.
Seria outro tema acerca da “Lebensabend”, a tarde da vida, como dizem os alemães, na sua exatidão vocabular. Ali abordaríamos, outrossim, os efeitos nocivos do estresse, recôndito inimigo nosso. Hodiernamente (hoje) preocupam-se por igual os cientistas com a reversão da senilidade. Resultados animadores desafiam o inexorável (inflexível) curso dos órgãos e sistemas humanos.
Em obediência à brevidade, apontamos tão somente o que ocorre nos pulmões, no coração, e nos rins. A função respiratória decai 1% ao ano nos trintenários; as paredes cardíacas endurecem entre as 20ª e 30ª décadas, e sem sintomas/sinais aparentes, o trabalho renal diminui em torno dos 50 anos.
Ergo” teríamos mais tendências para morrer do que para a vida! Portanto, sejamos como os latinos (Horacio): “Carpe diem quam minimum credula postero” (aproveitemos o dia confiando o mínimo no futuro). Enquanto vivos, vivamos. Apenas durar, não.
(*) Professor Emérito da UFC. Titular das Academias Cearense de Letras, de Medicina e de Médicos Escritores.
Fonte: O Povo, 23/08/2017. Opinião, p.14.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Convite Lançamento: À FLOR DA PELE


A Diretoria da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – Regional Ceará convida para o lançamento de “À Flor da Pele”, a trigésima quarta antologia anual da Sobrames-CE.
O livro será apresentado pelo médico e escritor sobramista Flávio Leitão, membro da Academia Cearense de Letras e professor aposentado da Faculdade de Medicina da UFC.
Local: Auditório da Sede da Unimed Fortaleza.
Av. Santos Dumont Nº 949 - Aldeota.
Data: 19 de outubro de 2017 (quinta-feira) Horário: 19h30.
Traje: Esporte fino.
Após o evento será servido um coquetel.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Presidente da Sobrames/CE

terça-feira, 17 de outubro de 2017

DUALISMO

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Nos dias atuais, a exacerbação do pragmatismo está ocupando espaço das opções ideológicas e institucionais, o que nos confunde e aumenta as dúvidas relacionadas com a existência e a verdade, analisadas por Jean-Paul Sartre e Jacques Maritain. Acreditamos serem as manifestações pragmáticas influenciadas pelo maniqueísmo direita e esquerda, pela ânsia de poder, pela falta de solidariedade, pelo individualismo e pela ausência de sentimentos espirituais. Com as devidas reservas, vale lembrar Michael Bakunin ao dizer: "Sou um amante fanático da liberdade, considerando-a como único espaço onde podem crescer e desenvolver-se a inteligência, a dignidade e a felicidade dos homens, (...) só aceito uma única liberdade que possa ser realmente digna deste nome, a liberdade que consiste no pleno desenvolvimento de todas as potencialidades materiais, intelectuais e morais que se encontrem em estado latente em cada um (...)". O Estado existe não para ser de direita ou de esquerda, mas para assegurar os princípios da democracia. Precisamos nos voltar para o conhecimento das verdades essenciais, objetivando alcançar os valores éticos indicadores de um mundo baseado nos conceitos de justiça e de igualdade de oportunidades. Ademais, um líder não se faz por instrumentos e mecanismos artificiais, mas pelo reconhecimento livre e soberano do seu povo. Forçar o surgimento de uma liderança, usando segmentos da falsa mídia e "marqueteiros" gananciosos poderá gerar uma farsa administrativa e política. Aqueles que assumem um cargo na vida pública pensando em não trabalhar pelo povo, não são democratas, mas corruptos. Por fim, não ao maniqueísmo, sim à defesa da democracia.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 18/8/2017.

AMOR: dois exemplos

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Como seria bom se o mundo tivesse mais Gandhis e mais Teresas. Mahatma Gandhi foi advogado, pacifista e defensor dos pobres; Madre Teresa foi freira, pacifista e defensora dos pobres. Ambos desprezaram os valores materiais e se dedicaram a ajudar o próximo, principalmente os mais humildes, os injustiçados, as crianças, os idosos e os doentes. Não há dúvidas, foram iluminados por uma luz divina. O princípio do satyagraha (busca da verdade), sempre deverá inspirar gerações defensoras da democracia, da justiça, da paz, do antirracismo, etc. Martin Luther King disse: "Gandhi era inevitável". Einstein ressaltou: "As gerações futuras dificilmente poderão acreditar que alguém assim, de carne e osso, já andou por este mundo". A irmã das favelas, como era conhecida Madre Teresa, dizia não ser nada, mas apenas um instrumento do Senhor e andava nas ruas de Calcutá sem companhia e sem dinheiro, com o objetivo de salvar e consolar os miseráveis. Dizia ela: "É difícil para o pobre vir até nós; devemos ir até ele". Madre Teresa criou a congregação Missionária da Caridade e, mesmo sendo católica, não fazia distinção entre hindus, muçulmanos, cristãos, etc., todos eram filhos de Deus. Seu trabalho não era de conversão. Ela nunca pediu a ninguém para mudar de religião. Sua missão era revelar Deus, ao fazer o seu serviço. As forças da verdade e do amor foram os princípios básicos das vidas exemplares de Gandhi e Madre Teresa, abençoadas por Deus. Eis, respectivamente, um pensamento de Gandhi e outro da Santa Teresa de Calcutá: “Só sei que através da história a Verdade e o Amor sempre venceram” e “Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 11/8/2017.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Professores X pessoas comuns na Alemanha


Fonte: Circulando por e-mail (internet) e i-phones.

domingo, 15 de outubro de 2017

NOSSA SENHORA APARECIDA: 300 anos de amor e misericórdia de Deus

Por Pe. Rafhael Silva Maciel (*)

E Deus chegou de uma maneira nova, porque Deus é surpresa: uma imagem de barro frágil, escurecida pelas águas do rio

Celebramos com alegria os 300 anos do encontro da imagem da Virgem Maria nas águas do rio Paraíba e que depois foi carinhosamente chamada pelo povo de Nossa Senhora Aparecida. Percebemos naquele evento, que mais uma vez o Senhor se fez próximo dos necessitados, por meio da imagem da sua Mãe; naquela imagem da Virgem Maria os pescadores começaram a renovar a esperança de que Deus estava com eles, de que não tinha abandonado à própria sorte. “As águas são profundas e, todavia, encerram sempre a possibilidade de Deus; e Ele chegou de surpresa, quem sabe quando já não o esperávamos. A paciência dos que esperam por Ele é sempre posta à prova. E Deus chegou de uma maneira nova, porque Deus é surpresa: uma imagem de barro frágil, escurecida pelas águas do rio, envelhecida também pelo tempo. Deus entra sempre nas vestes da pequenez” (Francisco, 27/7/2013, RJ).
O meio de maior proximidade e ternura que o Senhor escolheu; o modo mais doce e misericordioso que Ele achou foi a imagem da mãe que coloca o filho no colo e acalma suas angústias. Por isso, a Mãe Aparecida lembra-nos de que é preciso sairmos de nós mesmos e irmos ao encontro dos irmãos. E nesse encontro sermos para eles sinal da misericórdia de Deus. Misericórdia de Deus que se manifestou grandemente neste Ano Mariano, nos inúmeros atos de fé, romarias, peregrinações que acorreram ao Santuário Nacional e às Igrejas Matrizes Paroquiais que tinham Nossa Senhora Aparecida como padroeira principal.
Os 300 anos da imagem de Nossa Senhora Aparecida nos fazem pensar também que as graças recebidas neste tempo especial precisarão ser comunicadas, pois Aparecida é sinônimo de saída de si, e antônimo de egoísmo. Saída para comunicar o Amor de Deus recebido pelas mãos carinhosas da Mãe do Céu. Com Maria, “a Igreja se sente discípula e missionária desse Amor: missionária somente enquanto discípula, isto é capaz de deixar-se sempre atrair, com renovado enlevo, por Deus que nos amou e nos ama por primeiro (1Jo 4,10)” (Bento XVI, 13/5/2007, Aparecida).
Como fruto deste Ano Mariano Nacional, rezemos e façamos a nossa parte por um Brasil menos injusto. E, assim sendo, que a Virgem de Aparecida faça de nós imagens da surpresa misericordiosa de Deus, como foi ela mesma essa surpresa de Deus para o povo brasileiro.
(*)Presbítero da Arquidiocese de Fortaleza; Missionário da Misericórdia.
Fonte: O Povo, de 14/10/2017. Opinião. p.11.

SENHORA APARECIDA: 300 anos de bênçãos e graças!

Por Pe. João Batista de Almeida (*)

Foram cinco anos de preparação, nos quais a imagem foi entregue solenemente às dioceses brasileiras, que a fizeram peregrinar

Chegamos ao grande momento de celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do rio Paraíba do Sul. Foram cinco anos de preparação, nos quais a imagem foi entregue solenemente às dioceses brasileiras, que a fizeram peregrinar pelas paróquias, comunidades, escolas, hospitais, cadeias, presídios, residências etc. Inúmeros eventos foram promovidos pelos devotos para que pudéssemos chegar a esse momento com o coração agradecido, palpitante de alegria e regozijo pelo grande presente que Deus concedeu ao povo brasileiro, por meio de uma pequenina imagem surgida das águas.
É chegada a hora de cantar: “Quero lembrar os fatos que aconteceram naquele dia, quando, por entre as redes, aquela imagem aparecia. Vendo surgir das águas a tosca imagem de negra cor, agradeceram todos à Mãe de Cristo por tanto amor”. Recordar é viver, por isso fazemos memória de uma “teofania”, uma manifestação divina na história humana. Na singeleza da vida humilde de uma aldeia de pescadores no início do século XVIII, Deus quis mostrar seu amor infinito pelo povo da Terra de Santa Cruz.
Tenho a certeza de que os devotos da Rainha e Padroeira do Brasil querem prestar uma grande homenagem àquela que nos foi dada como símbolo nacional de fé. Com essa convicção, convido todos a soltar a voz e dizer bem alto: “Venho cantar meu canto, cheio de amor e vida. Venho louvar aquela a quem chamo ‘Senhora de Aparecida’. Venho louvar Maria, Mãe do libertador. Venho louvar a Virgem de cor morena, por seu amor”.
Neste ano de festa, as celebrações do Santuário, bem como seu calendário, sofreram alterações. A Novena, que tradicionalmente iniciava no dia 3 de outubro, este ano começou no 1º dia do mês. Em cada dia, celebramos a presença de Maria na vida do povo, e a relação dos devotos com nossa Mãe amorosa.
Por isso, demonstramos como a pequena imagem foi ganhando o coração do povo brasileiro, a começar pelos dos três pescadores. Eles foram os primeiros a acolherem a presença da Mãe com carinho e a verem Ela um sinal de Deus para seu povo. A partir deste acolhimento, surgiu a missionariedade, a partilha, a comunhão eclesial, que culminam com a proteção e o carinho materno que há três séculos são derramados no coração e na vida do povo brasileiro, celebradas nos dias 10, 11 e 12.
Esperamos que os momentos que compõem esta celebração jubilar sejam mais do que momentos especiais de oração; desejamos que sejam restauradores de vidas, recuperadores de dignidades perdidas, libertadores de escravidões, restauradores de imagens e semelhanças divinas, como tem sido a história da devoção a Nossa Senhora Aparecida, ao longo desses 300 anos de bênçãos e de graças.
(*) Reitor do Santuário Nacional de Aparecida (SP).
Fonte: O Povo, de 14/10/2017. Opinião. p.11.

NOSSA SENHORA DE APARECIDA

Por Pe. Brendan Coleman Mc Donald (*)

Não tardou a Virgem a mostrar por novos sinais que tinha escolhido esta imagem para distribuir favores especiais aos seus devotos

No dia 12 de outubro de 2017 a Igreja Católica celebrou o jubileu dos 300 anos da retirada da imagem de Nossa Senhora da Conceição de Aparecida das águas do rio Paraíba no município de Guaratinguetá (SP). Em 1717, três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedrosa, moradores nas margens do rio Paraíba de Guaratinguetá, desanimados por não terem apanhado peixe algum, depois de várias horas de trabalho, já estavam rumando de volta para casa, quando lançando mais uma vez a rede, retiraram das águas o corpo de uma imagem sem cabeça e, num segundo arremesso, encontraram também a cabeça da imagem de terra cozida.
Impressionados pelo evento, experimentaram mais um lance da rede, e naquele momento foi tão abundante a pescaria que encheram as três canoas. Limparam a imagem com muito cuidado e verificaram que se tratava duma imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura. Colocaram na capela de sua pobre vila e diante dela começaram a fazer suas orações diárias. Não tardou a Virgem a mostrar por novos sinais que tinha escolhido esta imagem para distribuir favores especiais aos seus devotos. A devoção e a afluência do povo cresciam todos os dias e por isso impunha-se a construção duma capela em lugar apropriado a fim de facilitar a devoção dos fiéis. Estava aí o morro dos coqueiros, o mais vistoso de todos os altos que margeiam o rio Paraíba. Em cima deste morro foi construída a primeira capela em 1745 e foi celebrada a primeira missa. A imagem de Nossa Senhora da Conceição, já então chamada pelo carinhoso nome de Aparecida, estava em seu lugar definitivo, dando origem à cidade do mesmo nome.
As etapas ascensionais que incrementaram a devoção a Nossa Senhora Aparecida são as seguintes: a primeira capela, várias vezes reformada e aumentada, era pequena demais e foi substituída em 1888 por outra muito maior e mais artística. Feita a construção material, o bispo diocesano quis prover o santuário com adequado serviço religioso. Para isso, em 1893 convidou os Padres Redentoristas, que desde o ano 1894 exercem com admirável zelo a direção e assistência espiritual do santuário. No dia 8 de setembro de 1904, por especial privilégio concedido pelo Santo Padre o papa, procedeu-se à solene coroação da imagem de Nossa Senhora de Aparecida, na presença de grande número de bispos. Em 1908 o papa elevou o santuário à dignidade de basílica. Em 1930 o Papa Pio XI, acolhendo favoravelmente o pedido dos bispos do Brasil, proclamou solenemente Nossa Senhora de Aparecida padroeira principal do Brasil. (S.Conti, O Santo do Dia, Vozes, 4ª ed. 1990, páginas 451-454)
As romarias continuaram somando vários milhões de romeiros todos os anos. Em 1950 foi resolvido construir um templo mariano novo e bem maior. A construção com suas dependências durou mais de vinte e cinco anos e, finalmente, foi solenemente consagrado na histórica visita do papa João Paulo II ao Brasil, no dia 4 de julho de 1980. Em 2015, quase 14 milhões de romeiros visitaram a Brasílica de Aparecida.
No dia 24 de julho de 2013, o Papa Francisco visitou e celebrou a Santa Missa na Basílica Nacional de Aparecida, pedindo à Nossa Senhora para interceder junto com seu Divino Filho para o sucesso da Jornada Mundial da Juventude. Papa Francisco ficou encantado pela beleza da Basílica e a fé do povo de Aparecida. Ele demonstrou o desejo de voltar para dirigir as comemorações dos 300 anos da retirada da imagem de Aparecida do rio Paraíba. Infelizmente, por motivos superiores, não pôde cumprir essa promessa.
(*) Padre redentorista e assessor da CNBB Reg. NE.
Fonte: O Povo, de 14/10/2017. Opinião. p.11.