Apparício Torelly, (o "Barão de Itararé), que
também usou o pseudônimo de “Apporelly”, era gaúcho de Rio Grande, nascido em
29/01/1895. Estudou medicina, sem chegar a terminar o curso, e já era conhecido
quando veio para o Rio fazer parte do jornal O Globo, e depois de A Manhã, de
Mário Rodrigues, um temido e desabusado panfletário. Logo depois lançou um
jornal autônomo, com o nome de “A Manha”. Teve tanto sucesso que seu jornal
sobreviveu ao que parodiava. Editou, também, o “Almanhaque — o Almanaque d'A
Manha”. Faleceu no Rio de Janeiro em 27/11/71. O “herói de dois séculos”, como
se intitulava, é um dos maiores nomes do humorismo nacional.
13. Palavras cruzadas são a mais suave forma de loucura.
14. A alma humana, como os bolsos da batina de padre, tem mistérios
insondáveis.
15. O homem é um animal que pensa; a mulher, um animal que pensa o
contrário. O homem é uma máquina que fala; a mulher é uma máquina que dá o que
falar.
16. O homem que se vende recebe
sempre mais do que vale.
17. O mal alheio pesa como um cabelo.
18. A solidez de um negócio se mede pelo seu lucro líquido.
19. Que faz o peixe, afinal?... Nada.
20. A sombra do branco é igual a do preto.
21. “Eu Cavo, Tu Cavas, Ele Cava,
Nós Cavamos, Vós Cavais, Eles Cavam.” Não é bonito, nem rima, mas é profundo...
22. Tudo é relativo: o tempo que
dura um minuto depende de que lado da porta do banheiro você está.
23. Nunca desista do seu sonho.
Se acabou numa padaria, procure em outra!
24. Devo tanto que, se eu chamar
alguém de “meu bem” o banco toma!
25. Viva cada dia como se fosse o
último. Um dia você acerta...
Fonte: Extraído
do livro “Máximas e Mínimas do Barão de Itararé”. Rio de Janeiro: Record, 1985.
(Coletânea organizada por Afonso Félix de Sousa).
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