Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Paulo, anteriormente
chamado Saulo, dotado de bom nível educacional, ia certa vez a caminho de
Damasco procurando e prendendo cristãos. No trajeto ouviu uma voz dizendo: “Saulo, Saulo, por quê me persegues”? No mesmo instante uma forte luz brilhou e o
cegou. A voz era de Jesus Cristo (At 9: 4-6). Ficou em Damasco, conforme
estabelecido. Jesus enviou um homem chamado Ananias, para devolver-lhe a visão
e batizá-lo (At 9: 17-19). Ocorreu a conversão de Saulo. De inimigo cruel
tornou-se um dos grandes teólogos do Cristianismo. Começou a pregar e a
escrever sobre os fundamentos básicos anunciados por Cristo. Suas Epístolas
revelam, no Novo Testamento, a importância da Palavra de Deus, ou seja, da
Bíblia. Paulo, segundo os estudiosos, foi autor de 13 Cartas, escritas a
comunidades distintas. A coletânea “Corpus Paulino” é formada por sete Cartas
“proto-paulinas (ele próprio as escreveu: Romanos, Gálatas, 1 Tessalonicenses,
1 e 2 Coríntios, Filipenses e Filémon) e seis “dêutero-paulinas” (escritas por
seus discípulos: 1 e 2 Timóteo, Tito, Efésios, Colossenses, 2 Tessalonicenses).
Nas treze Epístolas, estão evidentes o amor a Deus, ressaltando sobretudo a fé,
bem como ao próximo, identificado nas propostas de solidariedade, de não
corrupção e de justiça (Vide Carta aos Romanos 12:9-10). Sua missão, foi
percorrer diversas comunidades, anunciando o Evangelho. Por sua vez, a
incerteza, a ganância e a perplexidade generalizadas, hoje em dia, devem levar
as populações a um processo de meditação, visando soluções de paz e de justiça.
Como disse São Francisco de Assis: “Não vos esforceis pelas honras do mundo, mas honrai o Senhor”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 24/11/2017.
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