“Perplexo” é um grande país;
com mais de 8 milhões de Km²; possuidor de riquezas significativas; é banhado
por um oceano importante e possui uma população superior a 200 milhões de
habitantes. É um belo e promissor país. Aliás, alguém já disse, há anos, que é
o “país do futuro”. Todavia, não sabemos quando chegará o futuro. Será, como
disse o Sábio: “tudo
é ilusão”. Ademais, “Perplexo” possui uma democracia recente, mas, infelizmente,
existem alguns vícios inerentes aos regimes totalitários. Por exemplo: todos
não são iguais perante a Lei. Convém ressaltar que, mesmo vivendo a maioria da
população em condições desfavoráveis (1% dos mais ricos, concentra 13% da renda
nacional e, por outro lado, 50% dos mais pobres ficam também com 13%), os
“perplexeanos” possuem boa índole, desejam uma pátria ordeira e desenvolvida,
porém, rejeitam a formação de conluios e de acordos espúrios celebrados por
determinadas autoridades do poder público, assim como do setor privado. O país
está, no momento, além das dificuldades sociais, econômicas e morais,
vivenciando uma crise política de consequências imprevisíveis. Os poderes
constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário), excluindo a ação de alguns
membros integrantes dos três, não estão atendendo às justas expectativas da
população. Como diz o Livro do Eclesiastes (3,16): “Neste mundo eu também reparei o
seguinte: no lugar onde deviam estar a justiça e o direito, o que a gente
encontra é a maldade”. É importante tirar os “perplexeanos” de cima de um
barril de pólvora, democraticamente e cumprindo as normas constitucionais.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 30/3/2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário