segunda-feira, 14 de maio de 2018

INSEGURANÇA

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A humanidade vive, no momento, uma época de incerteza caracterizada pela falta de solidariedade, de espírito público, de entendimento, por um lado, e pelo excesso de individualismo, de indiferença, de radicalismo, de fundamentalismo, por outro. Estes comportamentos nos levam a crises de violência em todos os seus aspectos: guerra, fome, desemprego, dificuldades sociais, desagregação familiar, etc. É urgente a necessidade de ações e programas que promovam e consolidem perspectivas’ ao povo. Lamentavelmente, nos dias atuais, a exacerbação do pragmatismo está ocupando espaço das opções ideológicas e institucionais, o que nos confunde e aumenta as dúvidas relacionadas com a existência e a verdade. As manifestações pragmáticas são influenciadas pelo maniqueísmo direita e esquerda, pela ânsia de poder, pelo individualismo e pela ausência de sentimentos espirituais. O Estado existe não para ser opressor nem tão pouco de direita ou de esquerda, mas para assegurar os princípios básicos da democracia. Precisamos nos voltar para o conhecimento das verdades essenciais objetivando alcançar os valores éticos indicadores de um mundo social baseado nos conceitos de justiça e de igualdade de oportunidades. Uma ideia se destaca hoje nas discussões e debates realizados no mundo: globalização. É importante que ela surja como uma forma de promoção social universal, mediante manifestações não apenas econômicas, mas principalmente de ordem política e cultural, respeitando-se os direitos humanos e a coexistência pacífica. A globalização não pode ampliar o fosso existente entre nações ricas e pobres.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 11/5/2018.

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