Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Não adianta a adoção de teses ortodoxas ou heterodoxas, os exemplos de
“apartheid” social persistem ao longo do tempo e continuarão, caso não surjam, modificações no
pensamento da humanidade relacionadas, do ponto de vista coletivo, com a paz, a
justiça e a liberdade, como também, do individual, com o amor, a solidariedade
e a humildade. Não podemos entender que, na época da alta e sofisticada
tecnologia, representada por microprocessadores, fibras óticas, velocidade de
informações medida em trilhões de “bits”, conexões entre satélites, circuitos
de imagem digital, existem, no mundo, dois bilhões de pessoas em extrema
pobreza (dos quais três quartos são mulheres e crianças), 20% de miseráveis
(cada pessoa sobrevive com menos de um dólar diário), a cada dia um quinto da
população não tem o que comer, 25% dos adultos são analfabetos, enquanto mais
de um trilhão de dólares (equivalentes à renda da metade da população mundial)
são gastos por ano em programas militares. Estes contrastes mostram os
desencontros comportamentais existentes. Diante deste quadro, é difícil
compreender as propostas de filósofos e teólogos, analisadas e debatidas desde
a Antiguidade até os dias de hoje. Respeitando o ecumenismo, gostaríamos de
salientar nossa admiração às ideias e sentimentos de Santo Agostinho (filosofia
Patrística) e de Santo Tomás de Aquino (filosofia Escolástica), inspirados nos
ensinamentos de Cristo e de São Paulo e nas mensagens filosóficas de Platão e
Aristóteles, mostram a importância da Fé e da Razão, bem como o Cristianismo
pode nos encaminhar para uma solução integral. Eis o Evangelho de João (14, 6):
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 19/10/2018.
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