Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Não existe crime perfeito, bem como ninguém, a não ser em legítima
defesa, pode tirar a vida de uma pessoa. A vida é um dom de Deus, e somente Ele
sabe o momento de extingui-la. Por sua vez, examinando-se casos concretos,
vivenciamos, atualmente no Brasil, um clima de significativa insegurança.
Milhares de brasileiros e brasileiras são assassinados por ano de forma cruel e
covarde. O pior é que a maioria desses crimes, apesar do esforço de alguns, não
são sequer investigados e esclarecidos. As causas são várias: roubo, passional,
vingança, drogas, bebidas alcóolicas, etc. Ademais, existe uma forma de
infração extremamente lamentável numa sociedade dita democrática. É o crime de
natureza política. Aconteceram vários nos últimos anos no Brasil. Recentemente,
duas atrocidades, com repercussão internacional, ocorreram. A sociedade
brasileira deseja e tem o direito de saber as razões e os envolvidos no
assassinato da Vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson, bem como do
atentado, quase fatal, ao Deputado Federal Jair Bolsonaro. Ambos políticos e
com perspectivas promissoras. É triste, mas somos irmãos vivendo num ambiente
onde o ódio se destaca e o amor vem desaparecendo. Lembremo-nos de Shakespeare:
“Lutar pelo amor é bom, mas alcançá-lo sem
luta é melhor”. É claro que a única luta que
devemos admitir é a democrática, pacífica e livre. Será necessário apelar para
o escritor Conan Doyle, falecido em 1930, e pedir-lhe que Sherlock Holmes e seu
caro amigo Watson resolvam, pelo menos, os casos Marielle e Bolsonaro?
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 28/9/2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário