Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
A vida é
mais agradável e bela quando percebemos a presença da amizade e a ausência da
inveja e do ódio. Torna-se básico a exaltação dos valores internos e morais,
para que possamos buscar felicidade e esperança. Vivemos dias de expectativas,
para não dizer de intranquilidade e angústia, no contexto mundial. Em todas as
nações, da mais rica às mais pobres, existem problemas relacionados com a falta
de entendimento, humildade, justiça, amor e paz. Acreditamos que a supremacia dos
valores materiais sobre os espirituais é a grande responsável pelo atual
desajuste universal. Quando dizemos valores espirituais não estamos nos
referindo e também nos restringindo a uma determinada religião, doutrina ou
seita. A necessidade de buscarmos e executarmos atitudes sedimentadas em bases
espirituais de amor ao próximo evitaria o surgimento de fundamentalistas, bem
como a prática de atos incompatíveis com a ética. Não podemos mais conviver com
guerras, terrorismo, corrupção, enfim, com qualquer tipo de violência política,
social, econômica, etc. A discriminação entre as pessoas, por exemplo,
representa a forma mais cruel de coação, permitindo o constrangimento físico ou
moral. A falta de solidariedade leva ao desentendimento, à intolerância e ao comportamento
irracional. Não queremos um mundo preconceituoso. É bom lembrar que alterações
mentais demandam tempo e são difíceis. Goethe disse: “Abra o coração para que entre mais amor”. Por sua vez, Manuel Bandeira, o grande poeta
nordestino, externou no poema Desesperança: “Ah!
Como dói viver quando falta a esperança”.
Tudo que fazemos para reduzir ou evitar o sofrimento de nossos irmãos é uma
prova de estarmos cada vez mais perto de Deus.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 12/10/2018.
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