segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

EDUCAÇÃO


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Os países emergentes, principalmente, vêm, apresentando ao longo do tempo, baixos índices educacionais. No Brasil, por exemplo, os níveis fundamental, médio e superior, apesar de algumas melhorias pontuais, ainda permanecem num estágio pouco satisfatório. Entra governo e sai governo, percebe-se que a educação brasileira continua baseada numa prioridade retórica e não em ações objetivas visando à realização de investimentos, nas múltiplas dimensões do acesso, equidade e qualidade. Todos sabem que uma estrutura de ensino eficaz é fundamental para melhorar as condições de vida do povo, nos aspectos do emprego, da saúde, da violência, dentre outros. Segundo o professor Albert Fishlow, conhecedor profundo da problemática dos países emergentes, “investir na educação é a forma mais eficiente para se conseguir uma melhor e mais justa distribuição de renda”. A pessoa com maior nível de escolaridade tem melhor possibilidade de acesso ao mercado de trabalho em constante evolução, característica desta era de globalização. Com o aperfeiçoamento da mão de obra há mais atração de investimentos, qualificação de empregos e dinamização do consumo. De fato, a educação melhora a qualidade de vida do cidadão, o que permite torna-lo um consumidor mais consciente e exigente. Com o desenvolvimento de novas tecnologias e métodos produtivos são requeridas novas aptidões. Não basta acompanhar as transformações, há que se ter a capacidade de antecipá-las. Daí a necessidade da educação ao longo de toda a vida. Através do caminho da educação, encontramos o verdadeiro desenvolvimento humano abrangendo a solidariedade, a liberdade e a igualdade de oportunidades. Por sua vez, convém lembrar Aristóteles: “Educar a mente sem educar o coração não é educação”, bem como Luther King: “Inteligência mais caráter, esse é o objetivo da verdadeira educação”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 7/12/2018.

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