Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Os princípios da Ciência
Econômica giram em torno de duas vertentes: a lei da procura e a lei da oferta.
Dentro do sistema cartesiano, há o eixo horizontal (abcissas) cruzando o eixo
vertical (ordenadas), em 90 graus, formando as conhecidas coordenadas. Assim,
obtém-se quatro partes ou quadrantes. No caso de uma análise (preço de mercado
x quantidade procurada ou ofertada de um bem), considerando-se o 1º quadrante e
ainda no eixo horizontal a quantidade do bem e no vertical o preço, a curva de
demanda é descensional da esquerda para a direita e a de oferta é ascensional também
da esquerda para a direita. A interseção das curvas é o ponto de equilíbrio.
Existem alguns aspectos que precisam ser observados como é o caso dos bens de
Giffen, a elasticidade- preço, a elasticidade- renda, a tese de Laiffer, etc.
No entanto, a base de uma análise econômica e financeira, tanto micro quanto
macroeconômica, envolvendo qualquer bem ou serviço, é a lei da oferta e da
procura. Quando se examinam objetivos e metas; escassez; incerteza e risco;
custos e benefícios; distribuição de resultados; emprego; desigualdades;
relações internacionais e câmbio; sistema fiscal; dentre outras áreas a
mencionada lei deve ser focada com muita atenção. Alguns economistas utilizam,
sistematicamente, a matemática para explicar os fenômenos econômicos e
financeiros. Derivadas, integrais, equações em diferenças finitas podem ou não
colaborar. O importante é ter o bom senso para não exagerar e avaliar com
critério, pois a Economia é uma Ciência Social, portanto não exata. Vale
lembrar, para reflexão, frases de Ludwig von Mises: “A Economia não trata de coisas ou de objetos materiais
tangíveis; trata de homens, de suas apreciações e das ações que daí derivam” e também de Keynes: “A
verdadeira dificuldade não está em aceitar ideias novas, mas escapar das
antigas”.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte:
Diário do Nordeste, Ideias. 8/3/2019.
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