Por Luiz Gonzaga Fonseca
Mota (*)
Não só na Semana Santa,
mas durante todos os dias do Ano, os cristãos devem externar uma maior força
espiritual, para que não sejamos vítimas de nossos desejos malignos, da
inteligência humana negativa, bem como do desenvolvimento científico e
tecnológico. Sem dúvida, a dedicação espiritual conduz ao verdadeiro amor.
Conforme Fernando Pessoa: “Somos anjos de
uma só asa, para voar precisamos abraçar uns aos outros”. A humanidade unida, com certeza, poderá enfrentar os
problemas e preocupações do mundo moderno. Como disse o Papa emérito Bento XVI:
“Da ameaça terrorista às condições de
humilhante pobreza em que vivem milhões de seres humanos; da proliferação das
armas às pandemias e a degradação do meio ambiente, comprometem o futuro do
planeta”. Por sua vez, o ódio, a inveja, a
vaidade, a ambição, enfim, o desamor, são atitudes que impossibilitam uma vida
saudável. Já a doação, a solidariedade, a esperança, a fé, o perdão nos
conduzem ao sentimento do amor. Portanto, para se alcançar a felicidade e
vencer as dificuldades são fundamentais manifestações de amor ao próximo. São
Francisco de Assis disse: “Enche-se de
felicidade aquele que vê, sem inveja, a felicidade dos outros”. Acreditamos que o amor poderá ser o resultado
histórico da evolução humana. Também percebemos que os atuais desajustes e
conflitos existentes são provenientes da supremacia dos valores materiais sobre
os espirituais. Encontraremos justiça e paz na medida em que se destaquem mais
as manifestações espirituais e menos a fortaleza dos bens temporais. Meditemos,
para que se possa ter um mundo melhor, sobre João 15,12: “Amem uns aos outros como eu amo vocês” e também sobre 1 Cor 16,14: “Tudo que vocês fizerem seja feito com amor”. Ademais, nunca se desespere quando as coisas não
acontecem como desejadas. Rogue a Deus, e tenha paciência.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do
Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 26/4/2019.
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