segunda-feira, 25 de novembro de 2019

UNAMO-NOS NO AMOR


Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)
Entendemos que os dois grandes problemas do nosso tempo são as questões envolvendo a paz e a justiça, em todos os seus aspectos. No atual estágio da humanidade, destacam-se como fundamentais os direitos à vida e à liberdade, como também o direito de se ter o mínimo indispensável para alcançar a cidadania. As políticas precisam ser concebidas visando estimular o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, buscar uma sociedade justa. A vida será melhor ao percebermos a presença da solidariedade e a ausência da ganância, da corrupção, da inveja e do ódio. Torna-se básico a exaltação dos valores internos e morais, para que possamos ter esperança e alcançar a felicidade. Em todas as nações do mundo existem problemas relacionados com a falta de entendimento, humildade, justiça, amor e paz. Acreditamos que a supremacia dos valores materiais sobre os espirituais é a grande responsável pelo atual desajuste universal. A discriminação entre as pessoas, representa a forma mais cruel de coação. A falta da amizade leva à intolerância e ao comportamento irracional. O radicalismo tem influenciado de forma negativa as alterações de uma organização social. As crises decorrem de movimentos que não procuram soluções, mas modelos errôneos do ponto de vista político e socioeconômico. É bom lembrar que modificações mentais demandam tempo e são difíceis. Goethe disse: “Abra o coração para que entre mais amor”. Por sua vez, Manuel Bandeira, o grande poeta brasileiro, externou no poema “Desesperança”: “Ah! Como dói viver quando falta a esperança”. Enfim, tudo que fazemos com fé para reduzir ou evitar o sofrimento de nossos irmãos, é uma prova de estarmos mais perto de Deus. Como diz o livro do Eclesiastes (9,17): “É melhor ouvir as palavras calmas de uma pessoa sábia do que os gritos de um líder numa reunião de tolos”. Eis o caminho.
(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 15/11/2019.

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