5) Gato preto dá azar
Devido
a seus hábitos notívagos, os gatos, principalmente os negros, eram associados
às forças ocultas e à feitiçaria na Europa medieval: para muitos, os felinos
seriam o disfarce usado pelas bruxas em suas andanças noturnas. Os bichanos
pretos eram tão malvistos que, no século 15, o papa Inocêncio VIII — pasmem! —
os incluiu na lista dos perseguidos pela Inquisição. Birutices à parte, um
estudo realizado no ano 2000 pelo Hospital de Long Island, em Nova York (EUA),
revelou que pessoas que têm gatos pretos em casa são quatro vezes mais
vulneráveis a sintomas de alergia do que os que criam felinos de cor clara. Isso
porque os bichanos pretos têm na pele maior quantidade de um tipo de proteína
que pode agravar as reações alérgicas em humanos.
6) Levantar-se com o pé esquerdo
Entre
os povos da Antiguidade, o lado direito era mais bem-visto que o esquerdo,
considerado maldito. Os romanos, por exemplo, faziam previsões observando a
trajetória dos pássaros: se voassem à esquerda, trariam dias de mau agouro. Com
a difusão do cristianismo, a fama do lado esquerdo piorou ainda mais, já que,
segundo a tradição cristã, os eleitos de Deus permaneciam sempre à Sua direita.
Com isso, passaram-se os séculos e começar o dia levantando com o pé direito
virou sinônimo de boa sorte. “Trata-se de um típico caso de autossugestão. Caso
levante com o pé esquerdo, a pessoa já se sente vulnerável, acha que vai
acontecer algo ruim e, com isso, acaba se atrapalhando ao longo do dia”, diz o
professor de psicologia Antônio Carlos.
7) Bater na madeira
O
costume de dar umas pancadinhas na madeira para espantar o azar já existia
entre vários povos antigos, como os índios do continente americano. O hábito
devia-se à crença de que as árvores eram a morada dos deuses: sempre que alguma
culpa os afligia, os homens batiam no tronco para pedir perdão. Outra possível
origem para a superstição liga-se aos druidas, os sacerdotes celtas, que davam
seus toques-toques nos troncos para afugentar os maus espíritos por crer que as
árvores mandavam os demônios de volta às profundezas.
8) A mal-afamada sexta-feira 13
A
má fama da data está ligada a dois mitos nórdicos. Segundo o primeiro, Loki, o
deus do mal, penetrou na morada dos deuses, onde rolava um banquete para 12
divindades, e acabou matando o amado deus Balder. A partir daí, o número 13
virou sinônimo de desgraça. Outro mito conta que, quando os nórdicos se converteram
ao cristianismo, a formosa deusa do amor, Friga — cujo nome deu origem à
palavra Friday (“sexta-feira”, em inglês) — foi transformada em bruxa e exilada
numa montanha. Para dar o troco, ela passou a se reunir às sextas-feiras com 11
bruxas e o demônio — num total de 13 participantes — para amaldiçoar os homens.
Para reforçar a crença, a Bíblia fala da reunião de 13 pessoas na Última Ceia,
às vésperas da crucificação de Jesus, que se deu numa sexta-feira. A urucubaca
em torno da data é tão grande que, segundo estudo da seguradora britânica
Norwich Union, o número de acidentes nas sextas-feiras 13 é maior do que em
qualquer outro dia: temerosas com a data, as pessoas ficariam mais nervosas ao
volante. Detalhe: o aumento no índice de batidas é de — adivinhe — 13%!
Fonte: Revista Supertinteressante.
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