Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
TRANSDISCIPLINARIDADE é algo integrador de disciplinas diversas; poderíamos usar como exemplo
a Ecologia que
se vale de várias ciências (sociologia, biologia, geografia, botânica, etc.)
para apoiar o estudo de uma unidade complexa. (MORIN, E.A. cabeça bem feita:
repensar a reformar, reformar o pensamento. RJ. 15ªed. Bertrand Brasil, 2008.),
conferir: https://www.dicionarioinformal.com.br/transdisciplinaridade/
PANDEMIA [do
gr. pandémia.] Doença
epidêmica amplamente difundida. (Dicionário Aurélio) A Organização Mundial de
Saúde (OMS) declarou como pandêmica a gripe causada pelo Covid-19, o novo
coronavírus (Sars-COV-2).
As pesquisas
transdisciplinares poderiam estar mais corretamente centradas neste momento de
“pandemônio informatizado” causado por esse vírus denominado Covid-19. Essa
falta de concentração poderia ser melhorada através dos jornais, rádios, TV,
blogues ou sites especializados. A facilidade de acreditar em terceiros,
simplória e evidente, é uma das maiores dificuldades da espécie Homo sapiens. Há pairando no ar um culto às fantasias
causadas pela mixagem de notícias distorcidas por polarização política.
Poucos são os midiáticos e os
medicinais que sabe distinguir o significado de certos termos, tais como: endemia (enfermidade
entre pessoas que em maior ou menor grau habitam determinada localização
geográfica); epidemia (aumento da incidência de uma doença) e surto (quando
ocorre um aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica).
Tanto os epidemiologistas
quanto sobretudo os jornalistas, têm como objetivo final promover a qualidade
da informação que recebem e transmitem aos seus escutadores, fazendo uso de
dispositivos moveis ou imóveis.
Lembrem-se: as pandemias
passam, porém, as sequelas traumáticas permanecem.
Prossigo: alguns médicos e
cientistas, em busca dos seus 15 minutos de glória, dão opiniões tão absurdas
que prefiro considerar que seja por ignorância ou por não serem especialistas
no assunto. Seria talvez decorrência da nossa Cultura coeva em que prevalece o
narcisismo, termo que vem do mito grego de Narciso; um bonito
jovem e indiferente ao amor que ao se ver refletido na água apaixonou-se pela
própria imagem refletida.
Não é segredo: somos feitos de
pó, vaidade e muito medo, segundo afirmava o profeta Millôr Fernandes.
(*) Professor Titular da Pediatria
da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União
Brasileira de Escritores (UBE), da Academia Brasileira de Escritores Médicos
(ABRAMES) e da
Academia Recifense de Letras. Consultante Honorário da Universidade de Oxford
(Grã-Bretanha).
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