quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

MAIS DO QUE NUNCA, NÃO É HORA DE ADOECER

Por Elias Leite (*)

Em quase um ano de pandemia, muitos têm sido os desafios e dificuldades enfrentados em razão do medo do que estava por vir e das poucas certezas no que diz respeito ao vírus.

Temos vivido dias muito difíceis, seja pela tensão constante no tratamento da doença, seja pelas inúmeras vidas perdidas para a Covid-19. Contudo, continuamos na luta para vencer essa situação com a certeza de que vai dar certo, pois não houve até hoje na história da humanidade uma grande crise que não fosse se vencida.

O momento é de alerta e muita preocupação. Após atingirmos, no início de outubro, o menor patamar de internações na nossa rede, os números voltaram a crescer.

Até o final de 2020, o aumento estava mais lento, mas, desde janeiro, os índices vêm crescendo de forma mais acelerada e acionamos o sinal de alerta vermelho.

Neste mês de fevereiro, estamos atendendo, diariamente, no Hospital Unimed, um número de pacientes com suspeita de Covid-19 equivalente à quantidade de atendimentos no primeiro pico da doença, ocorrido em maio de 2020, e os números de internações, tanto em unidades abertas quanto em UTI, também têm subido de forma alarmante.

Diante desse cenário, temos tomado diversas medidas para aumentar nossa capacidade de atendimento, como a suspensão das marcações de cirurgias eletivas, alterações no setor de Emergência do Hospital Unimed e direcionamento de alguns tratamentos feitos no nosso hospital para outras unidades da nossa rede.

Além disso, decidimos reativar o hospital de campanha que construímos no ano passado. O espaço entrará em funcionamento até o final de fevereiro.

Estamos fazendo tudo que podemos para garantir o atendimento para os nossos clientes, porém, nossa capacidade de expansão é finita.

Se os números continuarem aumentando na escala em que estão subindo atualmente, que é o que apontam nossas projeções, há um risco real das estruturas de saúde, tanto públicas quanto privadas, colapsarem e não terem condições de atender todos que precisarem.

Precisamos unir forças agora e fazer nossa parte, reforçando os cuidados, evitando aglomerações, usando máscara continuamente e intensificando a higiene das mãos. Muitas pessoas ainda estão negando a doença e minimizando suas consequências, mas a situação é, sim, muito grave. Se você puder escolher um momento para adoecer, que não seja agora!

(*) Presidente da Unimed Fortaleza.

Fonte: Publicado In: O Povo, Opinião, de 24/2/21. p.19.

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