Por Elias Leite (*)
Em
quase um ano de pandemia, muitos têm sido os desafios e
dificuldades enfrentados em razão do medo do que estava por vir e das poucas
certezas no que diz respeito ao vírus.
Temos
vivido dias muito difíceis, seja pela tensão constante no tratamento da doença,
seja pelas inúmeras vidas perdidas para a Covid-19. Contudo, continuamos na
luta para vencer essa situação com a certeza de que vai dar certo, pois não
houve até hoje na história da humanidade uma grande crise que
não fosse se vencida.
O
momento é de alerta e muita preocupação. Após atingirmos, no início de outubro,
o menor patamar de internações na nossa rede, os números voltaram a
crescer.
Até o
final de 2020, o aumento estava mais lento, mas, desde janeiro, os índices vêm
crescendo de forma mais acelerada e acionamos o sinal de alerta vermelho.
Neste
mês de fevereiro, estamos atendendo, diariamente, no Hospital Unimed, um número
de pacientes com suspeita de Covid-19 equivalente à quantidade de atendimentos
no primeiro pico da doença, ocorrido em maio de 2020, e os
números de internações, tanto em unidades abertas quanto em UTI, também têm
subido de forma alarmante.
Diante
desse cenário, temos tomado diversas medidas para aumentar nossa capacidade de
atendimento, como a suspensão das marcações de cirurgias eletivas,
alterações no setor de Emergência do Hospital Unimed e direcionamento de alguns
tratamentos feitos no nosso hospital para outras unidades da nossa rede.
Além
disso, decidimos reativar o hospital de campanha que
construímos no ano passado. O espaço entrará em funcionamento até o final de
fevereiro.
Estamos
fazendo tudo que podemos para garantir o atendimento para os
nossos clientes, porém, nossa capacidade de expansão é finita.
Se os
números continuarem aumentando na escala em que estão subindo atualmente, que é
o que apontam nossas projeções, há um risco real das estruturas de saúde, tanto
públicas quanto privadas, colapsarem e não terem condições de
atender todos que precisarem.
Precisamos unir
forças agora e fazer nossa parte, reforçando os cuidados, evitando
aglomerações, usando máscara continuamente e intensificando a higiene das mãos.
Muitas pessoas ainda estão negando a doença e minimizando suas consequências,
mas a situação é, sim, muito grave. Se você puder escolher um
momento para adoecer, que não seja agora!
(*) Presidente da Unimed
Fortaleza.
Fonte:
Publicado In: O Povo, Opinião, de 24/2/21. p.19.
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