Por Ives Castelo Branco (*)
O Ceará é dono de uma imensa faixa de litoral que
atrai pessoas do mundo inteiro, além de serras e um sertão que diversificam as opções de turismo e
fazem com que o Estado ocupe as primeiras posições do ranking no crescimento
da atividade
turística do
País.
Desenvolvimento em infraestrutura, como a ampliação
do aeroporto internacional e o crescimento da rede hoteleira, somado a atrações
como o Beach Park, Centro de Eventos e Jericoacoara, tornam o Ceará conhecido
internacionalmente. Não podemos deixar de citar a gastronomia e o atendimento, estes exportados
Brasil afora.
A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio toda a
cadeia de turismo do Estado, pequenos e grandes empreendimentos, sejam hotéis,
restaurantes, bares, barracas de praia, parques aquáticos, empresas de
transportes, agências e guias turísticos, artesãos, humoristas, milhares de
empregos diretos
e indiretos drasticamente impactados e afetando diretamente a redução do PIB.
Não é fácil realmente governar nessas horas, vidas
interrompidas é
o pior, empregos perdidos e empreendedorismo desacreditado, trazendo ao colapso
uma das mais importantes cadeias de crescimento do estado.
Os auxílios governamentais para empresas e
profissionais são muito válidos, embora o que resolva é a porta aberta para vender, faturar.
Torçamos por uma rápida reabertura do segmento e
pela vacinação em massa. O mundo após a pandemia vai girar sim, é certo que com novas tendências
de comportamento, será um novo começo, as pessoas repensarão sua saúde,
relações, dinheiro e espiritualidade.
O turismo vai voltar, o de negócios vai passar por
maiores transformações, as viagens comerciais, grandes convenções e congressos diminuirão bastante dando lugar às
alternativas e ferramentas digitais, as quais vieram para ficar.
Já o turismo de entretenimento voltará mais fortalecido, as pessoas irão em busca de
viver ou reviver, momentos em família, aventuras ainda não vividas, reencontro
com a natureza, com a diversão e o bem-estar, por isso, temos certeza que dias
melhores virão.
O mais importante é não perdermos a fé, a esperança, o povo cearense é
por natureza resiliente, criativo, acolhedor e muito trabalhador. Vamos abraçar as mudanças,
investir fortemente em tecnologia e duplicar nossas doses de otimismo. Vamos em
frente.
(*) Economista,
vice-presidente do IBEF Ceará.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 24/3/21. Opinião, p.21.
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