Por Eduardo
Bismarck (*)
Iniciar a
vacinação contra a Covid-19 foi uma das grandes etapas para
que a normalidade fosse retomada gradualmente.
Entretanto,
enquanto alguns países como Israel, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos estão
na frente no número de doses administradas, o Brasil enfrenta uma larga
dificuldade para imunizar a população, seja por escassez de
doses, seja por falta de logística.
Diante
desse contexto, a sustentabilidade econômica do turismo cearense corre o risco
de permanecer um enorme limbo.
Inclusive,
há agências turísticas divulgando "pacotes" combinando viagens e
vacinações, evidenciando o chamado "turismo das vacinas" em
destinos como a Flórida e a Califórnia, nos EUA, assim como outros destinos que
aceitam vacinar visitantes.
No
entanto, o Brasil segue sem perspectivas para a vacinação em massa, causando um
grande impacto no turismo e na economia de praias mundialmente conhecidas como
Canoa Quebrada e Jericoacoara, principais pontos turísticos do
Estado.
Apesar
desse cenário, o turismo no Ceará apresentou alta no primeiro mês de 2021, é o
que revela a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Os
dados apontaram que o Estado registrou crescimento de 1,8% em janeiro de 2021
ante dezembro do ano passado. Entretanto, o setor acumulou uma leve retração,
de 0,5%, para a receita nominal durante o período.
As
medidas de suporte econômico aos trabalhadores e empresários do segmento
turístico, como a recém-inclusão deles entre os beneficiários do Programa
Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), a partir de uma emenda ao
relatório proposta por mim, são de extrema importância.
Assim
como a manutenção de todos os cuidados e protocolos, para que a crise sanitária
não agrave ainda mais a realidade do turismo.
Porém
somente estratégias eficazes para agilizar a vacinação em
massa nesses destinos resolve a situação, do contrário o turismo continua
perdendo e a economia perde mais ainda. Vacina no braço, comida no prato!
Já!
(*)
Deputado federal.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 27/04/21. Opinião, p.20.
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