segunda-feira, 26 de julho de 2021

DESAFIOS BRASILEIROS

Por Luiz Gonzaga Fonseca Mota (*)

Dentre os principais objetivos nacionais, destacam-se: inserção do Brasil, de forma soberana, no contexto mundial; aumento persistente do nível de emprego; melhoria dos indicadores de distribuição de renda e redução da pobreza. É claro que por trás destes objetivos interdependentes está a grande questão social, prioridade absoluta do país. Por outro lado, como desafios básicos, podem ser mencionados: boas taxas de crescimento sem jogar o País na inflação e combinar juros baixos, melhores salários, queda do desemprego e investimentos sociais, dentre os principais pontos. Não é fácil, todavia precisa-se tentar. Seria fundamental alcançar a cooperação entre governo, sociedade e setores empresariais e trabalhistas. O desenvolvimento integrado e sustentável somente ocorrerá na medida em que haja uma participação responsável dos diversos segmentos da sociedade. Questões tão complexas exigem, igualmente, tratamento complexo. A persecução da estabilidade macroeconômica é vital para que a retomada do desenvolvimento econômico seja eficaz, pois de outra forma não haveria tranquilidade para repensar a atuação do Estado nas áreas que lhe são pertinentes. Em tempos de globalização econômica, e de seus poderosos efeitos, a premência por resultados não pode ser desconsiderada. Sem desenvolvimento econômico, não há de que se falar em geração de renda ou de empregos e nem de melhorias que repercutam significativamente na vida do cidadão, seja quanto à educação, à saúde ou a quaisquer outros temas que o afetam diretamente. Assim é que os serviços sociais básicos de responsabilidade pública devem sofrer profunda reestruturação, a fim de focar sua atuação em áreas em que sua presença seja absolutamente necessária. Nada do que foi dito e do que porventura esteja sendo- ou venha a ser- adotado pelo governo federal, como solução, pode ter resultados concretos, voltamos a repetir, sem o envolvimento de toda a sociedade brasileira. Deseja-se que o engajamento se dê de forma crítica e atuante, com justiça, sem corrupção, sem conluios e garantindo a transformação de nossa realidade e a preservação dos princípios democráticos e constitucionais.

(*) Economista. Professor aposentado da UFC. Ex-governador do Ceará.

Fonte: Diário do Nordeste, Ideias. 2/7/2021.

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