No XXVIII Congresso Brasileiro de Médicos Escritores, André
Gurgel guiou os participantes neste sábado, 04/09, pela "Literatura Esquecida" da
antiguidade e medieval.
Literatura da Antiguidade,
em egípcio, acádio, sânscrito, latim, grego. Literatura do período medieval, em
anglo-saxão, occitano antigo, francês antigo, ladino, scots, gaélico escocês. O
escritor e pesquisador André Bastos Gurgel conduziu os participantes do XXVIII
Congresso Brasileiro de Médicos Escritores, na tarde deste sábado, 04/09, a uma
viagem a várias épocas e à sonoridade de inúmeros idiomas.
"Literatura
Esquecida" é o tema do curso ministrado pelo pesquisador no evento, que
acontece online e tem abertura oficial com solenidade às 19h deste sábado,
seguindo até terça-feira, 7 de setembro, com uma vasta programação de cursos,
conferências, palestras, lançamentos de livros, homenagens, sessões de temas
livres, concursos literários. O Congresso, realizado pela Sociedade Brasileira
de Médicos Escritores (Sobrames), conta com cerca de 400 participantes e tem
apoio do Governo do Estado do Ceará, através de Edital da Casa Civil, e da
Unichristus.
Da mesopotâmia às regiões em
que se falava o hebraico e de onde chegaram até os dias atuais obras do humor
judaico. Do universo da literatura egípcia, que "daria um curso
inteiro", como destacou o palestrante, os participantes tiveram
oportunidade de saber mais sobre "O Livro Egípcio dos Mortos", que
narra "o caminho da após a morte de um egípcio", incluindo diferentes
possibilidades, tendo sido ele virtuoso ou não, em vida.
O "Hino ao Sol",
que deu origem a uma ópera moderna escrita pelo compositor Phillip Glass, foi
destacada como "a única ópera cantada em egípcio, embora não se saiba
exatamente quais os sons das palavras. Eles não escreviam vogais. Apenas
consoantes". "Akhenaten", "O Conto de Sinueh" e o
"Tratado de Kades", que inclui referência a uma epidemia de varíola,
também foram apresentadas.
O irlandês antigo, ibérico
antigo, foi destacado como "um idioma muito difícil, mas que vale a pena
ser estudado". "Espero estudar um dia. Vou precisar de muito
tempo", frisou André Bastos Gurgel, que também alertou para o senso comum
quanto ao letramento na Antiguidade. "A ideia de que antes da época de
Cristo 90% das pessoas eram analfabetas é relativa. Depende de cada povo".
O "Bhagavad Gita",
a "Ramayana" e obras do Mundo Islâmico, como os escritos de Mulá
Nasrudin e "O Relato de Ibn Fadlan", também foram abordadas, bem como
o autor japonês Myiamoto Musashi, guerreiro, poeta, escritor e artista visual,
e obras como "Romance dos Três Reinos", da literatura chinesa, uma
ficção com elementos históricos. E autores chineses, como Sun Zi e o filósofo
Confúcio. "Dos ideogramas ao português, há também dificuldades da
tradução. É difícil traduzir perfeitamente. São duas culturas extremamente
diferentes".
Na segunda parte do curso,
André Bastos Gurgel seguiu ciceroneando o público pelo mundo da literatura de
outros tempos, sob aplausos, virtuais, dos participantes.
Dalwton
Moura
Jornalista
profissional - MTb CE 01339 JP
Assessoria de Comunicação da Sobrames
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