domingo, 5 de setembro de 2021

Curso Literatura Esquecida ministrado por André Gurgel

No XXVIII Congresso Brasileiro de Médicos Escritores, André Gurgel guiou os participantes neste sábado, 04/09, pela "Literatura Esquecida" da antiguidade e medieval.

Literatura da Antiguidade, em egípcio, acádio, sânscrito, latim, grego. Literatura do período medieval, em anglo-saxão, occitano antigo, francês antigo, ladino, scots, gaélico escocês. O escritor e pesquisador André Bastos Gurgel conduziu os participantes do XXVIII Congresso Brasileiro de Médicos Escritores, na tarde deste sábado, 04/09, a uma viagem a várias épocas e à sonoridade de inúmeros idiomas.

"Literatura Esquecida" é o tema do curso ministrado pelo pesquisador no evento, que acontece online e tem abertura oficial com solenidade às 19h deste sábado, seguindo até terça-feira, 7 de setembro, com uma vasta programação de cursos, conferências, palestras, lançamentos de livros, homenagens, sessões de temas livres, concursos literários. O Congresso, realizado pela Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (Sobrames), conta com cerca de 400 participantes e tem apoio do Governo do Estado do Ceará, através de Edital da Casa Civil, e da Unichristus.

Da mesopotâmia às regiões em que se falava o hebraico e de onde chegaram até os dias atuais obras do humor judaico. Do universo da literatura egípcia, que "daria um curso inteiro", como destacou o palestrante, os participantes tiveram oportunidade de saber mais sobre "O Livro Egípcio dos Mortos", que narra "o caminho da após a morte de um egípcio", incluindo diferentes possibilidades, tendo sido ele virtuoso ou não, em vida.

O "Hino ao Sol", que deu origem a uma ópera moderna escrita pelo compositor Phillip Glass, foi destacada como "a única ópera cantada em egípcio, embora não se saiba exatamente quais os sons das palavras. Eles não escreviam vogais. Apenas consoantes". "Akhenaten", "O Conto de Sinueh" e o "Tratado de Kades", que inclui referência a uma epidemia de varíola, também foram apresentadas.

O irlandês antigo, ibérico antigo, foi destacado como "um idioma muito difícil, mas que vale a pena ser estudado". "Espero estudar um dia. Vou precisar de muito tempo", frisou André Bastos Gurgel, que também alertou para o senso comum quanto ao letramento na Antiguidade. "A ideia de que antes da época de Cristo 90% das pessoas eram analfabetas é relativa. Depende de cada povo".

O "Bhagavad Gita", a "Ramayana" e obras do Mundo Islâmico, como os escritos de Mulá Nasrudin e "O Relato de Ibn Fadlan", também foram abordadas, bem como o autor japonês Myiamoto Musashi, guerreiro, poeta, escritor e artista visual, e obras como "Romance dos Três Reinos", da literatura chinesa, uma ficção com elementos históricos. E autores chineses, como Sun Zi e o filósofo Confúcio. "Dos ideogramas ao português, há também dificuldades da tradução. É difícil traduzir perfeitamente. São duas culturas extremamente diferentes".

Na segunda parte do curso, André Bastos Gurgel seguiu ciceroneando o público pelo mundo da literatura de outros tempos, sob aplausos, virtuais, dos participantes.

Dalwton Moura

Jornalista profissional - MTb CE 01339 JP

Assessoria de Comunicação da Sobrames

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