Por Ricardo Martins (*)
Muitas gestantes têm me procurado para saber se elas
podem se vacinar e se é seguro. Desde o mês de julho deste ano, o Ministério da
Saúde recomenda a vacinação de gestantes e puérperas - ou seja,
aquelas que deram à luz há pouco tempo - com os imunizantes contra a covid-19.
O grupo foi incorporado ao Plano Nacional de
Imunizações (PNI) e foram previstas mais de 2,5 milhões de mulheres imunizadas.
O cenário agora é de liberação dessas aplicações em gestantes com e
sem alguma(s) comorbidade(s).
Isso somente ocorreu após análises técnicas,
avaliações e debates por parte dos pesquisadores levando em conta os
dados epidemiológicos.
Com as informações atuais já sabemos que o
coronavírus e suas variantes podem causar formas mais graves da Covid-19 em
gestantes, por isso, esse grupo é considerado de risco. Esse é mais um motivo
para as futuras mamães ficarem atentas para buscar a proteção que
elas e os seus bebês precisam.
O Ministério da Saúde, no entanto, orienta que em
grávidas sejam aplicadas somente doses dos imunizantes da Pfizer e da
CoronaVac, pois essas não possuem o chamado vetor viral. Enquanto que as
vacinas da AstraZeneca e da Janssen utilizam essa tecnologia, sendo assim, são
excluídas do plano de vacinação de gestantes e puérperas.
É necessário dizer que as pesquisas sobre
a Covid-19 estão avançando cada vez mais em busca de uma proteção
mais efetiva e que as vacinas existentes já fazem um bom trabalho quanto à
imunização.
No caso daquelas grávidas que, por algum motivo
específico, tenham tomado a primeira dose da AstraZeneca, o Ministério da
Saúde recomenda que aguardem o momento da passagem do período puerpério para
que estejam habilitadas e recebam a segunda dose da vacina.
Vale ainda ressaltar que não se deve combinar doses
de vacinas diferentes e que as normas de higiene e biossegurança contra o
vírus da Covid-19 devem ser mantidas.
Reforço a enorme importância de tomar todas as doses
recomendadas do imunizante, dessa forma você protege a sua vida, do seu
filho e de muitas outras pessoas. Vacinas salvam.
(*) Ginecologista e obstetra.
Fonte: Publicado In: O Povo, de 6/10/2021. Opinião. p.22.
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