Por Luiz
Gonzaga Fonseca Mota (*)
Os países emergentes, principalmente,
vêm, apresentando ao longo do tempo, baixos índices educacionais. No Brasil,
por exemplo, os níveis fundamental, médio e superior, apesar de algumas
melhorias pontuais, ainda permanecem num estágio pouco satisfatório. Entra
governo e sai governo, percebe-se que a educação brasileira continua baseada
numa prioridade retórica e não em ações objetivas visando à realização de
investimentos, nas múltiplas dimensões do acesso, equidade e qualidade. Todos
sabem que uma estrutura de ensino eficaz é fundamental para melhorar as
condições de vida do povo, nos aspectos do emprego, da saúde, da violência,
dentre outros. Segundo o professor Albert Fishlow, conhecedor profundo da
problemática dos países emergentes, “investir
na educação é uma forma mais eficiente para se conseguir uma melhor e mais
justa distribuição de renda”. A pessoa com maior nível de escolaridade tem
melhor possibilidade de acesso ao mercado de trabalho em constante evolução,
característica desta era de globalização. Com o aperfeiçoamento da mão de obra
há mais atração de investimentos, qualificação de empregos e dinamização do
consumo. De fato, a educação melhora a qualidade de vida do cidadão; o que
permite torná-lo um consumidor mais consciente e exigente. Com o
desenvolvimento de novas tecnologias e métodos produtivos são requeridos novas
aptidões. Não basta acompanhar as transformações, há que se ter a capacidade de
antecipá-las daí a necessidade da educação ao longo de toda a vida. No Brasil
já ouvimos falar em “choque de capitalismo”, “choque de crescimento”, “choque
de esperança”, “choque de socialismo”, dentre outros, no entanto acreditamos
ser o mais importante o “choque de educação”. Através do caminho da educação
encontramos o verdadeiro desenvolvimento humano abrangendo a solidariedade, a
liberdade e a igualdade de oportunidades. P.S. “Só há um problema nacional: a educação do povo” (Miguel Couto). A educação dos sentimentos e pensamentos garantem a felicidade (Gonzaga Mota).
(*) Economista. Professor aposentado da UFC.
Ex-governador do Ceará.
Fonte: Diário
do Nordeste, Ideias. 10/12/2021.
Nota: O Dr. Luiz Gonzaga Fonseca Mota está de recesso de final de ano e somente voltará a publicar no DN em 14/01/22. Nesse período de sua ausência, o espaço das suas crônicas inclusas neste Blog será ocupado por crônicas do Prof. Meraldo Zisman.
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