Por Pe. Reginaldo Manzotti (*)
Chegamos ao
ápice da nossa fé cristã, a Ressurreição de Jesus. É tempo de renovação,
especialmente quando estamos vivendo esse momento de grandes dificuldades
geradas pela pandemia. Muitos de nós talvez estejamos como os discípulos de
Emaús, no trajeto de volta após a morte de Jesus, tristes, desalentados,
feridos, de cabeça baixa, sem perspectiva, sem esperança no futuro.
Como
os discípulos de Emaús, deixemos que Jesus entre em nossa vida, caminhe
conosco e mude o rumo da nossa história. Pois, Ele ressuscitou e vivo está!
Esse fato nos mostra que a cruz foi um momento, mas não o fim. Ele lá esteve,
mas não está mais. O que antes eram feridas abertas de pregos cravados na dor
se tornaram chagas gloriosas. O que antes era motivo de lágrimas, na
ressurreição, se torna cântico de vitória: Jesus ressuscitou!
Nós ganhamos um
trampolim para a eternidade. Hoje, o Senhor carrega as Santas
Chagas dolorosas e gloriosas, como cicatrizes de um amor derramado na
cruz.
O sepulcro
vazio é a certeza da nossa vitória, é a certeza para continuarmos, para
insistirmos, para perseverarmos. É a esperança que nos nutre e nos inflama.
Todos os
elementos da natureza estão em Jesus Cristo na Sua Paixão, Morte e
Ressurreição. Todo universo se curva diante de Jesus. Se o cosmo se curva, por
acaso não daria Ele conta das nossas mazelas, das nossas feridas?
Se o universo
reverencia o Filho do Homem, não teria Ele força para curar a nossa vontade, o
nosso desejo e a lembrança do que era ferida aberta ser cicatriz do amor
de Deus por nós?
Temos que ter
fé, acreditar e tomar posse do novo homem, como escreve o Apóstolo
Paulo aos Romanos: "Assim como Cristo foi ressuscitado pelo poder
glorioso do Pai, assim também nós vivamos uma vida nova" (Rm 6,4).
Tenhamos fé, para iniciarmos uma vida nova, transformada, ressuscitada.
Jesus Cristo é
o Senhor de tudo, o princípio, meio e fim. O Alfa e o Ômega. Nele se
encontra a maior potência curativa, transformadora e libertadora.
Peçamos um
presente de Páscoa e a junção dessa potência, dessa força divina, vai nos dar.
Se no Natal nós achamos que o Senhor nos concede um presente, como
disse Papa Francisco, maior que o Natal é a Pascoa. Então, se já nos
beneficiamos do Natal, imagine da Páscoa. É a maior festa cristã, o sepulcro
vazio.
Uma Santa
e Feliz Páscoa!
(*) Fundador e presidente da
Associação Evangelizar é Preciso e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de
Guadalupe, em Curitiba (PR).
Fonte: O Povo, de 23/04/2022. Opinião. p.18.
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