quarta-feira, 30 de novembro de 2022

PÓS-GRADUAÇÃO DE EXCELÊNCIA NO CEARÁ

Por Luiz Drude de Lacerda (*)

Recém-liberada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a avaliação quadrienal dos cursos de pós-graduação, realizada por milhares de avaliadores em todas as áreas do conhecimento, mostra um exitoso avanço no Ceará e confirma o acerto da política de investimento em Ciência e Tecnologia (C&T) do Governo do Estado, que é promovida pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece) e operacionalizada pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).

A partir de 2015 a Funcap expandiu seu orçamento anual de cerca de R$ 38 milhões para uma previsão de R$ 179 milhões em 2023. Uma fração significativa deste aumento foi aplicada na formação de recursos humanos - particularmente em bolsas de mestrado e doutorado, cujo número mais que dobrou: de cerca de 700 para 1.500. Vale ressaltar que também houve um aumento no valor nominal das bolsas. No período 2015-2022, o número de cursos de mestrado cresceu 62%, atingindo um total de 117. A mudança teve ênfase no interior, que passou de um patamar de apenas três cursos em 2015 para 24 em 2022.

Os cursos de doutorado aumentaram em 30%, atingindo 72 em 2022 e tendo inaugurados os seus primeiros dois cursos no interior do Estado. E o mais importante, 30% dos cursos de doutorado e 36% dos de mestrado aumentaram de nível. Além disso, estes aumentos ocorreram nas classificações mais elevadas, com o total de cursos de doutorado e mestrado em nível de excelência nacional (aqueles com nota 6) aumentando 57% e 40%, respectivamente.

Já os cursos de nível internacional (com nota 7) aumentaram em 83%, tanto no mestrado quanto no doutorado. Este incremento na excelência se deu em todas as áreas do conhecimento e garante recursos humanos de altíssima qualidade para enfrentar os desafios do desenvolvimento social e econômico do nosso Estado. Este auspicioso resultado acontece em um momento de desconstrução do sistema de Ciência & Tecnologia e das dificuldades de investimento em C&T por que passa o País. Portanto, estão de parabéns os cursos que lograram este sucesso, e parabéns ao Governo do Ceará por manter e ampliar o fomento à C&T em nosso Estado.

(*) Professor e pesquisador. Diretor científico da Funcap.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 10/11/22. Opinião, p.16.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

SAÚDE MENTAL E TRABALHO EM CRISE

Por José Jackson Coelho Sampaio (*)

Em 1989 a Opas lançou a ideia de um encontro em Quito para debater a situação da pesquisa sobre Saúde Mental nas Américas, convidou três pesquisadores por país e priorizou os eixos da Epidemiologia e da relação com o Trabalho. O debate histórico, teórico, metodológico, técnico de investigação e de interpretação era crucial para romper os limites de uma Epidemiologia retardatária, derivada e maltratada, e construir uma Epidemiologia Social Crítica que incluísse o contexto socioeconômico-ambiental e pudesse incorporar a subjetividade. Mas, o maior impacto dos debates ocorridos foi sobre a interrelação Saúde Mental e Trabalho, que atravessa a vida inteira, em todas as suas dimensões.

Na infância e adolescência estamos expostos indiretamente ao trabalho dos pais e às condições de consumo que aquele trabalho gera. Na condição de adulto enfrentamos diretamente o mundo do trabalho, no duelo entre a objetividade das condições e do processo de trabalho e as expectativas de segurança, consumo, satisfação e prestígio. Na velhice, colhemos os frutos retardatários das vitórias e fracassos destas lutas.

O diagnóstico, naquele tempo, ainda não muito diferente, era de pouco volume de pesquisa, pouca articulação entre pesquisadores e baixa concordância conceitual/instrumental, além do isolamento entre os pesquisadores e os movimentos críticos dos trabalhadores em metamorfose permanente, derivada das ações do capital em busca de mundialização, tercialização, terceirização, desregulamentação, tecnologização, deslegitimização sindical e concentração exponencial da riqueza.

Iniciou-se a criação de grupos de pesquisa nas universidades, de rede comunicativa entre os grupos, como é o caso da latino-americana Red de Investigadores sobre Factores Psicosociales en el Trabajo, da qual a Uece faz parte, por meio do Grupo de Pesquisa Vida e Trabalho-GPVT, e de encontros por meio de eventos, como os Congressos das Américas sobre Fatores Psicossociais, Saúde Mental e Stress no Trabalho, que a Uece sediará a 5ª edição em outubro de 2023.

A situação brasileira hoje é dramática: a desregulamentação do trabalho agudizou-se no último quinquênio e a pandemia de Covid19 transformou o agudo em crise, desnudando a relevância do sofrer mental das pessoas num mundo em convulsão de valores e esperanças.

(*) Professor titular de Saúde Pública e ex-Reitor da Uece.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 17/11/2022. Opinião. p.17.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

A PERDA GESTACIONAL E O SONHO DE SER MÃE

Por Evangelista Torquato (*)

O vínculo da mãe com o (a) seu/sua filho (a) nasce antes mesmo do (a) bebê sair de dentro da barriga. É uma relação construída por meio das sensações, das mudanças no corpo, da imaginação e dos planos. Por isso, a perda gestacional, ou seja, a perda do (a) filho (a) ainda na barriga, e a neonatal destroem tudo que é esperado pela ordem do ciclo vital. Interrompe um projeto de vida e a concretização de um sonho.

A gestação é um dos momentos mais aguardados pelas mulheres que sonham com a maternidade. No entanto, algumas têm esse projeto interrompido por complicações na gravidez. Entre as causas genéticas, a maior taxa de óbito neonatal ocorre quando o feto possui alterações no número ou na estrutura dos cromossomos, são as aneuploidias.

Essas alterações podem ser herdadas pelos pais, quando eles possuem uma alteração estrutural que neles não causam nada, mas que pode causar o desequilíbrio nos embriões. Por isso, a investigação genética é tão importante para que possamos orientar os (às) pacientes quanto ao risco de recorrência.

Além disso, é necessário preparar a mulher para a gravidez. Muitas vezes, o seu corpo não está pronto para a gestação e, dessa maneira, o bebê não encontra um ambiente intrauterino adequado para o seu desenvolvimento.

Outras situações também causam a perda gestacional, como causas imunológicas maternas, alterações anatômicas da cavidade uterina, causas infecciosas, ambientais, endocrinológica e hematológicas.

De modo geral, a principal maneira de prevenir tudo isso é por meio de um planejamento reprodutivo bem feito com consulta pré-concepcional e pré-natal para excluirmos todas as possibilidades de causa da perda neonatal.

Como profissionais, devemos buscar o conhecimento, o preparo e o olhar humanizado para essas perdas, que sabemos bem, não são fáceis. Ao enfrentar uma perda gestacional, o casal precisa saber que não está sozinho e que pode encontrar forças na família, nos (as) amigos (as), na equipe médica e em outras pessoas de sua confiança. Cada caso deve ser avaliado pelo (a) médico (a), que definirá com os envolvidos o momento ideal para tentar a próxima gestação. 

(*) Ginecologista com atuação em reprodução humana.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 8/11/2022. Opinião. p. 16.

domingo, 27 de novembro de 2022

MOVIMENTOS APENDICULARES

Por Paulo Gurgel Carlos da Silva, pneumologista e escritor

Em "Contando Causos: de médicos e de mestres", ao descrever o emérito Prof. Newton Gonçalves, diz Marcelo Gurgel:

"Depois de aposentado, o Prof. Newton Gonçalves não perdeu o hábito diário de, após o café matinal, arrumar-se, impecavelmente, de paletó e gravata, como se fosse para a universidade, ou estivesse esperando visitas já agendadas. Na verdade, ele andava apenas uns poucos passos para ficar no seu aconchegante gabinete, repleto de estantes de livros valiosos, sendo alguns de notável valor estimativo, onde se comprazia, por horas a fio, com a prazerosa leitura de suas preciosas obras, não se dando conta da marcha do tempo. No turno vespertino, essa prática prosseguia, deixando-o absorto, imerso em tantas leituras."

Como não contei a seguinte história a Marcelo (que a repassaria a vocês, certamente), cuido eu mesmo de relatá-la:

Em 1971, o Serviço de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFC tinha a regência de três luminares: Haroldo Juaçaba, Paulo Machado e Newton Gonçalves. O destino me colocou no serviço do Prof. Newton Gonçalves para cumprir meus obrigatórios dois meses de internato na Cirurgia.

Certa vez, o Prof. Newton me interrogou sobre o significado de uma expressão que eu havia escrito num prontuário médico. Na véspera, eu havia feito a admissão de um paciente para uma cirurgia eletiva e, relativo ao exame físico, registrei em seu prontuário a expressão "movimentos apendiculares".

"Que é isto?", quis saber Newton Gonçalves. "Estou me referindo aos movimentos dos membros do paciente que, no caso, estão normais, pois ele não apresenta paralisias nem plegias."

De fato, existem o esqueleto axial e o esqueleto apendicular, este último formado pelos ossos dos membros superiores e inferiores, pela cintura escapular e pela cintura pélvica (em contraposição ao esqueleto axial que é composto de cabeça, caixa torácica e coluna vertebral) O esqueleto apendicular, portanto, é o que reúne os ossos dos membros superiores, inferiores e os elementos de apoio, denominados cíngulos, que os conectam ao tronco.

Eu havia lido isto em algum compêndio médico e quisera impressionar o erudito mestre.
Prof. Newton sorriu, mas foi um sorriso que dizia tudo. E nunca mais utilizei-me da referida expressão que só fica bem no linguajar de uma pessoa pedante.

Em sua sapiência, o elegantérrimo Newton Gonçalves era tolerante com docentes e discentes. Exceto, como pude observar, em duas situações distintas: com um cirurgião do serviço que, escalado para uma operaçao, chegou atrasado; e com um interno que, de uma maneira folgada, se sentou na borda do leito de um paciente.

A ingênua Irilinda, responsável pela arrumação de sua sala, quando ouvia Newton Gonçalves se queixar de uma bursite que recorrentemente o afligia, tinha a solução na ponta da língua:

"Desligue este ar-condicionado, Dr. Newton. É como o senhor vai melhorar."

Postado no Blog Família Gurgel-Carlos de Paulo Gurgel em 27/11/2022.

http://gurgel-carlos.blogspot.com/2022/11/movimentos-apendiculares.html

CURTAS E DIVERTIDAS II

#3. O ponto alto do nosso passeio pelo zoológico foi um pavão que exibia a cauda. Meu filho, de 4 anos, ficou super impressionado. Ao voltarmos para casa, ele ficou louco para que o pai chegasse do trabalho; queria lhe contar sobre o nosso dia. Quando meu marido chegou, ele disse empolgado:

– Pai, adivinha o que eu vi hoje? Uma árvore de Natal saindo de uma galinha!

#4. Folheava um catálogo de objetos para caça quando encontrei um que artigo que me fez rir.

– Veja! Tudo que eu sempre quis: um assento de vaso sanitário camuflado! – disse à minha mulher.

– Compre – respondeu ela. – Assim você sempre vai ter uma desculpa quando errar a pontaria.

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


CURTAS E DIVERTIDAS I

#1. A nova recreadora se surpreende quando o diretor da colônia de férias para jovens dá suas ordens:

– Mas por que colocou os rapazes numa ilha e as garotas em outra? – ela pergunta.

– Acredite na minha experiência – responde o diretor. – Desse jeito, quando acabarem as férias, todos saberão nadar.

#2. - Amor, passo aí às oito horas. Eu buzino e você desce!

- Você comprou um carro?

- Não comprei uma buzina!

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


sábado, 26 de novembro de 2022

AS TRÊS MULHERES E UM PLANO MIRABOLANTE!

Três mulheres – uma noiva próxima da data do casamento, uma casada e uma amante – conversavam sobre seus relacionamentos, e como poderiam apimentar os momentos mais íntimos. Depois de muito pensarem e dialogarem, as três chegaram à conclusão de que deveriam usar uma fantasia. Elas saíram juntas para comprar e decidiram por uma roupa sensual toda preta: uma lingerie preta, um par de salto-agulha preto, uma máscara preta e um corpete, também preto. Passados alguns dias, as três se reuniram novamente em um restaurante para almoçar e também para comparar as suas experiências.

A noiva disse: “Na noite em que usei a fantasia de lingerie preta, saltos pretos e máscara preta, meu noivo se declarou.

Ele me viu e disse: “Você é a mulher da minha vida. Eu te amo! E então fizemos amor a noite inteira”.

E então a amante disse: “Eu também! Quando meu amante me viu com a máscara preta, a lingerie preta e os saltos, ele adorou!

Quando ele retirou o corpete, não disse uma palavra sequer. E nós tivemos uma noite muito intensa!”

Por último, a mulher casada: “Bem, eu mandei as crianças para a casa da minha mãe antes que meu marido chegasse em casa e fiz o mesmo: me vesti toda de preto – com a lingerie, o corpete, as máscaras e os saltos.''

''E o que ele fez?'' As amigas perguntam curiosas.

Assim que ele abriu a porta e me viu vestida assim, ele perguntou: ‘Ei, Batman, o que temos para o jantar?’”

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

A COMPETIÇÃO DOS MORCEGOS

O morcego estava fazendo uma competição com seus três filhos pra ver quem arrumava sangue mais rápido. O filho mais velho sai voando e volta em 60 segundos com a boca suja de sangue. O pai pergunta:

— Onde você arrumou esse sangue?

— Está vendo aquele boi ali?

— Estou.

— Foi dele.

O segundo filho sai voando e volta em 30 segundos com a boca suja de sangue. O pai pergunta:

— Onde você arrumou esse sangue?

— Está vendo aquela mulher ali?

— Estou.

— Foi dela.

O filho mais novo sai voando e volta em 15 segundos com a boca suja de sangue. Novamente, o pai:

— Onde você arrumou esse sangue?

— Está vendo aquela parede ali?

— Estou.

— Eu não vi...

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.


CANCELAMENTO: Celebração Eucarística da SMSL - Novembro/2022

A SOCIEDADE MÉDICA SÃO LUCAS (SMSL) notifica a todos os participantes da Celebração Eucarística do mês de MARÇO/2020, que seria realizada HOJE (26/11/2022), às 18h30min, na Igreja de N. Sra. das Graças, do Hospital Geral do Exército, foi cancelada em razão da proximidade da missa e da confraternização natalina marcadas para 3/12/2022.

QUE DEUS NOS GUARDE A TODOS!

MUITO OBRIGADO!

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Da Sociedade Médica São Lucas

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

CRO-CE E A ODONTOLOGIA LEVADA A SÉRIO

Por Gladyo G. Vidal (*)

Há poucos dias da data que celebra a profissão de cirurgião-dentista, transcorrida em 25 de outubro, vale a pena, além de parabenizar os profissionais da odontologia cearense, discorrer um pouco sobre o papel e a missão do Conselho Regional de Odontologia do Ceará (CRO-CE).

Talvez muitos não saibam, mas um conselho profissional é um órgão público primordialmente fiscalizador. Sua função principal é zelar pelo bom andamento da profissão que representa. No caso do CRO-CE, a odontologia.

Nem sempre, porém, o profissional compreende que, ao moderar atitudes que não se adequam ao código de ética da profissão, o Conselho tem a intenção de valorizar e proteger a odontologia de forma ampla. Valorização que passa por questões como o uso correto de publicidade, rigor na abertura de cursos específicos, cumprimento irrestrito da legislação que norteia a profissão.

No momento, dentre outras pautas, o CRO-CE promove a busca pelo reconhecimento do piso salarial do cirurgião-dentista no Ceará. No início do ano, todas as prefeituras dos 184 municípios do estado receberam ofício enfatizando a necessidade do cumprimento dos valores apresentados pela Lei Federal No 3999/61.

Hoje tramitam cerca de 70 ações solicitando a correção de certames e editais dos municípios cearenses, a partir do que apregoa a lei. O piso garante a oferta de um serviço de qualidade por parte do profissional, fortalecendo a categoria.

Tendo enfrentado a pandemia do coronavírus como uma das profissões mais expostas, a luta da nossa vacina e o retorno às atividades laborais de forma segura logo na fase de transição do plano de retomada foram demonstrações de que os profissionais da odontologia merecem, não apenas datas comemorativas, mas respeito e legitimação do seu valor expresso em retorno social.

Lutas como estas, aliadas à supervisão constante da ética profissional, ao zelo pelo desempenho ético, pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente, fazem a missão do CRO-CE ser alcançada: ver a odontologia levada a sério.

(*) Cirurgião-dentista. Presidente do Conselho Regional de Odontologia do Ceará (CRO-CE).

Fonte: Publicado In: O Povo, de 18/11/2022. Opinião. p.25.

FOLCLORE POLÍTICO XCI: Porandubas Políticas 608

Abro a coluna com uma historinha das Alagoas.

Jesus Cristo

Era aniversário de um bravo coronel de polícia de Palmeira dos Índios. Contrataram dois cantores para animar a festa. Os homens chegaram, violas em punho:

- Coronel, vamos cantar a sua vida.

– Nada disso, cantador de verdade não prepara, improvisa. Vou dar um mote, vocês cantam. E nada de minha vida. Quem vai ser cantado, hoje, é Jesus Cristo. E o mote é: – “Jesus Cristo veio ao mundo nos livrar das injustiças”.

Um cantador olhou para o outro, cada qual mais branco. O coronel estava nervoso. O jeito era começar.

Um tirou: - Jesus Cristo veio ao mundo nos livrá das injustiça.

O outro respondeu: - Quando ele tinha 15 anos rezou a primeira missa.

O primeiro engasgou. E foi em frente: - Quando completou 18, sentou praça na poliça.

O coronel não gostou. Meteu os dois no xadrez.

Um vácuo no jornalismo

A morte de Ricardo Boechat abre um imenso vácuo no jornalismo. A frase é mais uma entre as milhares que circulam por ocasião do desaparecimento de celebridades, pessoas famosas. Mas, no caso de Boechat, a verdade do argumento está no fato de que ele era exceção na galeria dos âncoras de TV e comentaristas de rádio. Desenvolveu forte identidade. Inigualável. Discorria sobre temas que dominava de forma exemplar, informava, interpretava, opinava e até fazia humor, exercendo, assim, as quatro funções básicas do jornalismo: informar, interpretar, opinar e divertir.

Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).


quinta-feira, 24 de novembro de 2022

DEPOIS DO TERREMOTO...

Por Sofia Lerche Vieira (*)

O acirramento das diferenças políticas e ideológicas em nosso país não é fenômeno recente mas se aprofundou nos últimos meses. Para a sobrevivência das relações sociais, grande parte dos brasileiros optou por se calar. O segundo turno da eleição presidencial explicitou a fratura que divide a sociedade brasileira. Passado esse tempo de turbulência, o que fazer? Seria sensato lembrar o conselho atribuído ao Marquês de Pombal ao ser indagado sobre o caminho a seguir depois do grande terremoto de Lisboa, em 1755: "fechar os portos, enterrar os mortos e reconstruir a cidade".

Em matéria de educação, os últimos quatro anos nos deixaram um cenário de terra arrasada. O Ministério da Educação tornou-se espaço de uso político e ideológico, sendo palco de desmandos e corrupção, do qual o escândalo dos pastores e das barras de ouro é uma ilustração. A malversação de recursos públicos correspondeu a uma drástica redução orçamentária como bem evidenciou matéria recente do jornal Folha de São Paulo ("Lula precisará reerguer MEC e lidar com efeitos da pandemia na educação", 31 out. 2022). Para além do movimento, aparentemente deliberado, de desconstrução das políticas nacionais da educação, vale lembrar ainda o inconcebível aparelhamento e a consequente quebra de confiança institucional no INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), onde estão abrigados os dados e indicadores de toda a educação brasileira.

O sequestro de grande parte das informações geradas pelos censos da educação básica e superior, assim como daquelas oriundas dos exames nacionais disponíveis à consulta pública e a pesquisadores também é inadmissível. Estes são apenas alguns dos problemas com os quais o novo governo terá que se defrontar para reerguer a educação.

Reconstruir o que se perdeu e encontrar novas soluções para os desafios decorrentes da pandemia é um árduo caminho, particularmente em tempos de discórdia. Trata-se, porém, de tarefa inadiável. Requer paciência, tolerância e determinação. Este deverá ser um tema-chave para a agenda do governo Lula e da sociedade. 

(*) Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Uece e consultora da FGV-RJ.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 7/11/22. Opinião, p.22.

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

VIRGÍLIO TÁVORA E O CAMBEBA

Por Vladimir Spinelli Chagas (*)

Uma das ousadas iniciativas do Governador Virgílio Távora, no seu mandato de 1979-82, foi a de planejar e implantar os primeiros prédios do Centro Administrativo do Estado do Ceará, no Sítio São José do Cambeba, com Plano Diretor concebido por escritórios de arquitetura de grande expressão no Ceará.

Um dos seus pilares foi a concentração de repartições espacialmente espalhadas pela cidade de Fortaleza, o que dificultava as suas interrelações e obrigava o cidadão a grandes deslocamentos para o uso dos serviços públicos.

Hoje, com os avanços na área da informática, muitas dessas necessidades são realizadas à distância, mas nos anos 80s o presencial era o modelo natural de atendimentos, o que provocava esses deslocamentos.

O governador VT espelhou-se, por certo, em exemplos de outras experiências brasileiras, tendo Brasília como maior referencial pela sua dimensão em todos os aspectos e pelo seu padrão lógico e racional. Como outra característica para essa centralização estava a ocupação de vazios periféricos, como ocorreu no Ceará com o desenvolvimento do bairro do Cambeba.

A então Secretaria de Planejamento e Coordenação – Seplan, foi o primeiro órgão a ocupar o "Cambeba", como ficou conhecido o Centro Administrativo Governador Virgílio Távora, em uma experiência que exigiu muitas ações coordenadas para a mudança da Rua dos Tabajaras para um local então longínquo, com acessos limitados e poucas opções de serviços.

Foi necessário criar-se um sistema para transporte dos servidores, ida e volta, para diversos locais de Fortaleza. Para isto foi licitado serviço de ônibus e traçadas rotas inteligentes que reduzissem ao máximo os deslocamentos das suas residências para os pontos de coleta.

Um outro ponto foi o convencimento dos colaboradores, em boa parte antigos servidores, que se viam de repente passando pelo desconforto que mudanças dessa natureza provocam.

Como chefe do gabinete do Secretário Gonzaga Mota, participei dessas atividades e guardo, desde então, a rica experiência que foi vivida por todos e o orgulho de pode dizer que fomos pioneiros no Centro Administrativo do Estado do Ceará.

(*) Professor aposentado da Uece, membro da Academia Cearense de Administração (Acad) e conselheiro do CRA-CE.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 7/11/22. Opinião, p.22.

terça-feira, 22 de novembro de 2022

O LIVRO E A LEITURA NO CEARÁ

Por Casemiro Campos (*)

O incentivo à leitura é fundamental para que o livro se realize como produto cultural. O setor da economia criativa, diga-se a economia do livro, precisa do incentivo da sociedade que agrega a aquisição do livro como bem individual, em que o indivíduo descobre um título e o compra para o seu consumo, mas é importantíssimo que se viabilizem propostas políticas que promovam o livro, a leitura e a literatura de forma coletiva.

Para que isso se torne realidade é fundamental que os governos, federal, estadual e municipal tenham o compromisso de investir em projetos e programas que valorizem editoras, escritores, autores, poetas, cordelistas... ilustradores, designers, livreiros... posto que a cadeia produtiva do livro precisa na sua realização, que o livro possa chegar em todos os lugares e para aqueles cidadãos que tem mais dificuldades possam ter acesso ao livro e daí a leitura.

No Ceará, estado e os municípios têm a responsabilidade em incentivar políticas culturais com o aumento dos recursos, instituir programas de compra de livros para a atualização dos acervos das bibliotecas, particularmente, com obras de autores cearenses. É urgente a revitalização das bibliotecas públicas municipais e das bibliotecas escolares.

O conceito de biblioteca foi profundamente alterado nas últimas décadas. Veja a Biblioteca Pública Estadual do Ceará - BECE, um equipamento cultural revitalizado, do maior significado para a cadeia produtiva do livro, leitura, literatura e bibliotecas.

Produzimos uma literatura da melhor qualidade. Temos autores premiados, livros de referência nacional e internacional, porém, nos falta fortalecer o que aqui fazemos. A Industria gráfica do nosso estado tem qualificado a produção no mais alto nível da impressão do livro. O que aqui fazemos pode ser equiparado ao que se realiza em qualquer grande centro cultural. É preciso o compromisso de todos os agentes que estão envolvidos e fazem a cultura e a educação, seja no setor público, seja no setor privado em nosso estado, selar um pacto pela valorização do livro, leitura, literatura e bibliotecas. 

(*) Professor, doutor em educação e presidente da Câmra Cearense do Livro.

Fonte: Publicado In: O Povo, de 2/11/22. Opinião, p.20.

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

EMAÚS E AS TRAVESSIAS

Por Pe. Eugênio Pacelli SJ (*)

A Palavra de Deus é força no momento certo, para a pessoa certa, na hora certa.

Na passagem dos discípulos de Emaús; dois homens caminham decepcionados, tristes, convencidos a deixar para traz a amargura de uma situação fracassada; e no caminho encontram Jesus.

Não é também nossa realidade? Não nos encontramos representados nesses personagens?

E já passado o isolamento, no final da pandemia, continuamos caminhando cansados, com a paciência no limite, intolerantes, desconhecendo até mesmo nossos comportamentos.

O Evangelho retrata um percurso, um itinerário espiritual que somos convidados a percorrer hoje e sempre. Nossa vida é uma contínua travessia, um sempre caminhar e neste caminhar vamos vivendo Emaús.

O importante desta narrativa bíblica é como Jesus exerce sua missão de Consolador, mostra-se um terapeuta da esperança, com uma pedagogia amorosa, com presença silenciosa, comunga com a tristeza deles (nossa).

Talvez muitos de nós, nos encontremos em situação semelhante, com espírito derrotado, sem esperança e sonhos. Eles tinham colocado toda sua esperança em Jesus de Nazaré, e sua esperança foi pregada na cruz e agora estava sepultado. Por isso, partem desanimados, decepcionados, fugindo de Jerusalém.

E como Jesus se aproxima? Ele não invade, não interpela diretamente, simplesmente vem como um estranho, silenciosamente, comunga com a tristeza deles e só então toma a iniciativa de conversar com os dois. Chega e põe-se a caminhar.

Ele vem mansamente, silenciosamente caminhar conosco, mesmo quando nosso caminho não é bonito. A graça de Deus pode nos atingir nos caminhos mais inesperados. Jesus continua caminhando conosco nas estradas, mesmo que não percebamos.

Outro ponto a destacar é que mesmo estando desanimados aqueles homens caminham juntos, são companheiros um do outro. Como vivemos mais uma etapa de nossa caminhada? Isolando-nos dos outros, ruminando problemas, alimentando pensamentos negativos, ou cuidamos um do outro, caminhando lada a lado? A travessia pode ser mais suave quando dividida. Jesus tem por cada um de nós um amor de predileção. Ele quer estar com cada um de nós, saindo para um lugar isolado, onde nada nem ninguém possa perturbar a nossa comunhão. Ele quer que lhe falemos de nós, que lhe contemos a nossa vida.

Em Jesus, Deus é fiel e caminha conosco. O que Ele nos pede é pé na estrada e coração com fé. Simplesmente: DESCANSAR, CONFIAR ESPERAR e Resignificar sonhos e trajetos, e com Ele discernir e encontrar um sentido para os fracassos.

(*) Sacerdote jesuíta e mestre em Teologia. Diretor do Seminário Apostólico de Baturité.

Fonte: O Povo, de 22/10/2022. Opinião. p.16.

domingo, 20 de novembro de 2022

Comemorações dos 45 anos de formatura em Medicina da UFC (Turma Prof. José Carlos Ribeiro)


Parte dos colegas participantes das comemorações dos 45 anos de formatura em Medicina da Turma Prof. José Carlos Ribeiro da UFC. (Foto cedida por Angelita de Castro).

Dos concludentes da Turma Prof. José Carlos Ribeiro, 23 (vinte e três) colegas, muitos deles acompanhados de familiares, se fizeram presentes no Hotel Dom Pedro Laguna, em Aquiraz-CE, de 18 a 20 de novembro de 2022, onde cumpriram uma ampla programação, marcada por momentos inesquecíveis, e repletos de saudades e plenos de afetos, para celebrarem os 45 anos da formatura em Medicina, cuja solenidade de colação de grau se deu em 23 de dezembro de 1977.

Os colegas se apresentaram para registro de hospedagem na tarde da sexta-feira (18/11/22) e depois do jantar seguiu-se um momento para festivas conversas entre colegas.

Da programação, dentre outras atividades, constaram na manhã do sábado (19/11/22) palavra de acolhimento espiritual, conduzida pelo colega Dr. João Brito, a saudação aos colegas proferida pela colega Dra. Sara Cavalcante, o lançamento e a distribuição de livros comemorativos produzidos por Marcelo Gurgel, a projeção de um audiovisual, acompanhado da entrega de um pendrive contendo mais de 1.600 arquivos de documentos e imagens relacionados à nossa turma.

Na tarde do sábado, a artista Carolzinha, uma versátil sanfoneira, propiciou uma grande animação musical regada a cantos e danças, sobretudo ao ritmo do autêntico forró pé-de-serra.

Após o jantar, foi feita uma sessão de fotografias, sendo seguida por uma longa rodada de contação de causos, com revezamentos entre os narradores, gerando um ambiente de forte descontração e de humor entre os pares ali presentes.

Na manhã de hoje (20/11/22), após o café no hotel, os colegas se despediram, inteiramente satisfeitos e alimentando a expectativa de que tais encontros sejam mais frequentes.

Os 23 colegas participantes do encontro foram: Ângela Pio de Almeida, Ângela Carneiro, Consuelo Pereira da Costa, Eliane Alves de Morais, Fátima Carneiro, Francisco Delano Campos Macedo, Iracema Salatiel Barbosa de Alencar, João Ferreira Brito Filho, José Adão Lopes, José Carlos Vasconcelos, José Fernandes Dantas, José Leônidas Alves, Laura Cidrão Frota, Luís Eduardo Callado, Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Maria Lúcia Viana, Maria Roseli Monteiro Callado, Myria do Egito Vieira de Souza, Raimundo Barbosa do Carmo, Sara Lúcia Ferreira Cavalcante, Stella Maria Torres Furlani, Valério César Silveira Gomes e Zilzo Leandro Evangelista.

Marcelo Gurgel Carlos da Silva

Médico pela UFC Turma de Dezembro de 1977

REENCARNAÇÃO É, BASICAMENTE, ISSO

Um soldado está lendo um livro durante a sua folga, quando vê seu sargento chegando. Todo mundo odiava o sargento Thompson, pois ele era implicante e babaca.

"Soldado."

"Sim senhor, sargento Thompson!" diz o soldado, levantando-se com rapidez.

"À vontade."

O soldado retorna imediatamente ao seu livro ... até perceber que o sargento estava olhando a capa.

"Sim, sargento?"

"O que é esse lixo que você está lendo aí, soldado? Re..encar..nação? O que é isso tudo?"

"Bem", sorri o soldado. "É muito simples, senhor. Digamos que - Deus nos livre - o senhor morre, e nós o enterramos.

Daí, alguns meses depois, a grama cresce naquele lote de terra onde o senhor foi enterrado. Então vem uma vaca e come a grama. Algumas horas depois, a grama passa pelo estômago da vaca, que a deposita no chão, em forma de bosta ...

Então, eu passo por ali, e digo: "Ei, sargento, o senhor não mudou nada!"

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

A TIA ROSALINDA

Uma professora passou a seguinte lição de casa aos seus jovens alunos: eles deveriam perguntar aos seus pais sobre alguma história de família que tivesse uma lição de moral no final, e compartilhar a história com a classe no dia seguinte.

No outro dia, José deu o primeiro exemplo:

"Meu pai é um fazendeiro e nós temos algumas vacas. Um dia estávamos levando o leite que ordenhamos para vender na cidade, mas batemos o carro e todas as garrafas quebraram. Eu me desesperei, comecei a chorar, mas meu pai apenas limpou a bagunça, voltamos para casa, e ele disse que iríamos no dia seguinte ordenhar mais vacas para cobrir o prejuízo. A moral da história é que não adianta chorar sobre o leite derramado..."

"Muito bem!", disse a professora.

Em seguida, Maria disse: "Nós somos fazendeiros também. Tínhamos um boi que era o maior e mais forte da região, um orgulho! Um dia, uma aranha mordeu o boi, mas nós nem ligamos porque ela era minúscula. Acontece que era uma aranha muito venenosa, e no dia seguinte o boi morreu.... A moral da história é que tamanho não é documento!"

"Excelente!", disse a professora de novo, muito satisfeita com as respostas até ali.

Em seguida foi a vez de Joãozinho contar sua história:

"Meu pai me contou esta história sobre a minha tia Rosalinda... Ela era piloto da aeronáutica na guerra e seu avião foi atingido. Ela teve que fazer um pouso de emergência sobre o território inimigo e tudo o que ela tinha era uma garrafa de uísque, uma metralhadora e um facão."

"Continue", disse a professora, intrigada.

"Tia Rosalinda bebeu o uísque enquanto pousava para se preparar e, então, caiu bem no meio de uma centena de soldados inimigos.

Ela matou 70 deles com a metralhadora até que ficou sem munição. Então, ela matou mais de 20 com o facão até a lâmina quebrar. E daí ela matou os últimos 10 com as próprias mãos".

"Meu Deus!", disse a professora horrorizada. "E o que o seu pai disse que era a moral dessa história assustadora?"

"Fique longe da tia Rosalinda quando ela está bêbada."

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sábado, 19 de novembro de 2022

O PAPAGAIO DO MAGNATA

Um magnata muito rico chega em um restaurante acompanhado por quatro lindas mulheres e um papagaio. Ele escolhe a melhor mesa, pede o que há de mais caro no cardápio, distribui bebida e compra tudo o que as mulheres pedem. Mas o mais estranho é que ele pede 32 sanduíches para o papagaio. A cena se repete por mais de seis meses: todas as semanas o mesmo magnata, outras mulheres mais bonitas ainda, e os 32 sanduíches para o papagaio. Um dos sócios do restaurante ficou curioso, mas não sabia como perguntar, e além do mais tinha medo de perder o cliente. Para acabar com a curiosidade, o sócio então ele começou a oferecer bebidas de cortesia e brindes para o magnata. Com o tempo foram se tornando amigos, até que um dia ele tomou coragem e perguntou:

— Sabe, eu sempre fico intrigado... Como esse papagaio consegue comer tanto?

— Ah, esse papagaio é o resultado de uma longa história, vou te contar. Minha família sempre foi rica, e a cada ano passávamos férias em um local diferente, até que no ano passado estávamos no Egito e eu encontrei no deserto uma garrafa com um gênio, então tive direito a três pedidos. O primeiro foi que eu tivesse lucro de 50% em todos os negócios que fizesse, o segundo foi que as mulheres mais bonitas do mundo sempre viessem até mim. Na hora do terceiro pedido eu pensei: com tanta mulher e tanto dinheiro... pedi um passarinho insaciável!!!

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

O FAZENDEIRO E A MÁQUINA DE ORDENHAR

Um fazendeiro solitário comprou uma ordenhadeira mecânica de alta tecnologia, e decidiu testar imediatamente em si mesmo.

Assim, ele colocou seu "documento" na máquina, ligou-a e começou a funcionar...

Em seguida, ele se deu conta de que a tal da máquina lhe dava muito prazer, mais do que ele imaginava. Porém, depois que a diversão da experiência terminou, o fazendeiro viu que não conseguia remover o 'dito cujo' do equipamento.

O fazendeiro procurou o manual para ler, mas não encontrou nenhuma informação sobre como remover o raio da máquina. Experimentou todos os botões do instrumento, sem sucesso. Finalmente, ele decidiu chamar o serviço de atendimento ao cliente do fabricante da ordenhadeira.

"Alô, eu acabo de receber uma ordenhadeira mecânica de sua empresa. Ela funciona muito bem! Mas como eu faço para removê-la do úbere da vaca?"

O representante da empresa diz: "Não se preocupe. A máquina desprende-se automaticamente depois de coletar 2 galões de leite. Tenha um bom dia!"

Fonte: Disponível na home page “Tudoporemail”.

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Crônica: “O exame de imagem daquilo lá” ... e outros causos

O exame de imagem daquilo lá

O amigo Pedro, hoje se abrindo da fulerage há pouco ocorrida, conta episódio deveras encabulativo. Acabara de entrar na melhor idade. E alcançar os 60 anos sempre será motivo de comemoração, especialmente quando o sujeito está desfrutando de plena saúde. Ocorre que festejar o 6.0 tinha pra ele um complicador de fundo: a crise de hemorroidas, ultimamente agravada. Crise como nunca dantes sentida.

Tão dorida que, urgente, ligou pra atendente do proctologista, pedindo consulta no mais breve espaço de tempo possível. "Fale pra ele que o negócio tá pegando... fogo!" Em menos de uma semana, estavam frente a frente o paciente e o profissional da medicina encarregado de fazer a investigação na região retal. Constatada a real necessidade de procedimento cirúrgico, papelada é preenchida pelo especialista. Pedro está já no plano de saúde para receber o sinal verde que lhe aliviará de tão atroz sofrimento.

Após aguardar por quase meia hora a liberação da guia para o procedimento de hemorroidectomia, finalmente o número da senha dele aparece na tela. Rapidamente toda documentação é entregue. A atendente examina detalhadamente o pedido e, em ato mecânico, questiona sem delongas:

- Senhor, está faltando o exame de imagem!!!

Surpreso com a necessidade de um exame de imagem (já imaginando o incômodo que seria correr em casa e pedir à esposa pra tirar uma chapa colorida da coisa em estado bruto - calças arreadas), Pedro assegura que tudo que o médico havia enviado fora entregue. Mocinha insistente.

- Precisa do exame de imagem, senhor!!!

Diante do imbróglio, o jeito foi ligar pro cirurgião, que, também surpreso, pediu para falar com a chefe do setor. Enfim, esclarecida a questão, o querido Pedro pode finalmente ser levado à mesa de cirurgia. Sucesso!

No dia seguinte retornou à casa, com a certeza de que o problema estava resolvido, respeitando as recomendações do pós-operatório. Sem as imagens infames...

Morreu de próstata

Mirian lê pausadamente a carta de uma filha, informando que "tia Biluca (irmã de Mirian) morrera". Notícia pega a senhora desprevenida, falta-lhe terra e ar. Juntando as últimas reservas, prossegue na leitura da missiva triste. Em voz alta:

- Tadinha da Biluca, morreu de "prósta"...

- De próstata?!?!? - indaga em uníssono o público ouvinte.

- Sim! Morreu de "prósta"...

- Só homem morre de próstata, dona Mirian!!!

- É não, Gerson! Taqui, ó: "Mãezinha, tia Biluca morreu ontonte prostada numa rede...

O sorriso da lagartixa

Também conhecida pelo apelido de "Calanga", Rosa Branca, 48 primaveras, havia cinco anos não tinha mais um dente na boca. "Distraíra" todos, paulatinamente, ao longo do tempo. Apaixonada por Mané Chico, soube que o caba véi estaria à noite no Forró do Pêdo Mala Véa. Aí juntou dinheiro e garantiu a entrada no clube. Mas, como encontrar e namorar seu príncipe sem um dente?

- Não seja por isso! Banguela é que eu não vou ver meu amor!

Que fez? Pediu emprestada a dentadura (superior e inferior) da vizinha Tonha e se mandou. Até hoje não devolveu os dentes de Tonha... Dizem que tá junta com Mané Chico.

Fonte: O POVO, de 4/11/2022. Coluna “Crônicas”, de Tarcísio Matos. p.2.