Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta
“Haverá para nós, no Oriente ou no Ocidente,
um lugar de esperança, no qual possamos acreditar? (Judá Há –Levi, (1075-1141),
poeta e médico, nascido em Córdoba e falecido no Estado de Israel)”.
O Brasil é filho de
Portugal. Quem dele desejar falar terá que começar pelos acontecimentos
históricos, políticos, religiosos, econômicos ocorridos na Península Ibérica,
particularmente na Lusitânia. Somos todos, amálgama formatada pela civilização
que o português criou nos trópicos. Não importa se pelo genoma ou adoção
(genoma social), excetuando os ameríndios, não passamos de descendentes de
imigrantes. Por ser branco e judeu não sou, nem menos nem mais brasileiro, que
os demais habitantes deste país. Somos, todos, imigrantes!
O que me fez escrever
sobre este assunto é a injustiça da História Oficial Brasileira em sonegar a
importância do cristão-novo ou marrano na formação do Brasil. Crime odiento.
Mais cruel que o extermínio físico é o extermínio intelectual de um povo.
Sem lamentações
judaicas: recorro a uma citação talmúdica: as palavras
escritas são corpos, as palavras faladas são as almas.
(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE), da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES) e da Academia Recifense de Letras. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).
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