Abro a
coluna com o mestre Inrique.
I.N.R.I. – Iesus
Nazarenus Rex Iudaeorum
Conta
Leonardo Mota que o mestre Henrique era reputado marceneiro nos sertões de
Sergipe. Sua especialidade estava nas camas francesas à Luís Quinze. Quando o
freguês achava que o leito era baixo, recebia a explicação de que a cama era francesa,
mas era à Luís Quatorze; se havia queixa da excessiva altura, ficava sabendo
que aquilo era cama francesa à Luís Dezesseis. O mestre Henrique pôs toda a sua
ciência no Cruzeiro do patamar da igreja de Aquidabã. No topo do sagrado
madeiro, o vigário da freguesia fizera o mestre Henrique colocar uma tabuinha
com as letras I.N.R.I., iniciais de Jesus
Nazareno Rei dos Judeus, a irônica inscrição latina de que a ruindade de
Pilatos se lembrara na ignominiosa sentença de morte do filho de Deus.
Decorrido algum tempo, um sertanejo sergipano, intrigado com a significação
daquelas quatro letras, perguntou a um seu conhecido:
– O que
é que quererá dizer aquele negócio de INRI, que tem escrito em riba do
Cruzeiro?
– Você
não sabe não? Ali falta é o Q-U-E. Esse QUE não cabeu na tabuinha: aquilo é a
assinatura de quem fez, que foi o mestre INRIque…
Fonte: Gaudêncio Torquato (GT Marketing Comunicação).
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