Abro com
uma historinha de Pernambuco.
O defeito do cavalo
Em Caruaru/PE,
o coronel João Guilherme, senador estadual e chefe político, comprou a um
matuto um cavalo de sela. Cavalo bonito, mas com a pálpebra caída. Cego de uma
das vistas. Ao descobrir o logro, o coronel ficou indignado. Fez vir à sua
presença o espertalhão. Ameaçou-o de cadeia.
- Você
teve a coragem de me vender um cavalo cego dum olho! Isso é uma falta de
seriedade! Você fez negócio com um homem e não com um tratante da sua laia! Por
que você não teve a franqueza de me dizer que o cavalo tinha esse defeito?
- Mas,
seu coronéu, vamincê me desculpe, mas vou lhe dizer: o cavalo que eu lhe vendi
não tem defeito, não!
- Não
tem defeito? Não tem defeito? Então, você acha que um cavalo cego dum olho não
tem defeito?
- Seu
coronéu, vamincê me desculpe, mas eu acho que não tem não! Ser cego não é
defeito: ser cego é uma infelicidade...
(Historinha
de Leonardo Mota em Sertão Alegre)
Fonte: Gaudêncio
Torquato (GT Marketing Comunicação).
https://www.migalhas.com.br/coluna/porandubas-politicas/383005/porandubas-n-799
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