Por Roberto Macedo
(*)
Recebi um vídeo do meu amigo frei Hans
Stapel, o o fundador da Fazenda Esperança, em que ele compartilha informações
chocantes das condições precárias de mais de 30 mil pessoas no norte de
Moçambique, que ficaram sem alimento e sem casa depois da passagem de um
furacão meses atrás naquele país africano.
Ele estava lá e queria apoio para
reerguer três unidades da Fazenda da Esperança, com duas casas
recém-inauguradas naquela região, para o acolhimento de jovens dependentes
químicos. Mesmo já contribuindo com esse projeto, diante de um evento dessa
natureza participei da campanha e mobilizei pessoas da minha relação a fazerem
o mesmo.
Uma das providências mais urgentes dessa
mobilização foi a construção de poços profundos para abastecer a comunidade. Em
outro vídeo, ele mostrou a alegria da população diante do jorro de água limpa e
refrescante, mas também pude ver satisfação em seu semblante por, mais uma vez,
ter conseguido fazer o bem para tanta gente.
Conheço oi frei Hans e o seu braço
direito Nelson Giovanelli há mais de duas décadas, época da instalação da
Fazenda da Esperança no Ceará, quando a família do meu tio Benedito doou uma
área de 110 hectares no centro geográfico de Fortaleza para o
funcionamento do Condomínio Espiritual Uirapuru - CEU.
O seu trabalho de recuperação de jovens
dependentes químicos, por meio do amor de Deus por cada um de nós, iniciado em
Guaratinguetá (SP), está presente em 170 unidades distribuídas por 29 países
das Américas, da Europa, da África e da Ásia, onde mais de quatro mil pessoas
estão atualmente em tratamento.
A Fazenda da Esperança atua com base no
cultivo do amor mútuo, transformando pessoas para que aprendam a olhar para as
outras, não pelas vulnerabilidades, mas pelas virtudes e qualidades.
A ação firme comandada pessoalmente pelo
frei Hans nessa circunstância me levou a pensar no quanto o excedente de muitos
daria para oferecer um mínimo de dignidade àquelas pessoas que nada têm.
É um caso para se pensar, a energia
desse homem e a força que ele tem do divino no estabelecimento da condição de
amar a si próprio e ao seu semelhante.
(*) Empresário.
Fonte: O Povo, de 7/07/2025. Opinião. p.22.
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