Duas semanas de casamento, o marido, apesar de feliz, já estava com uma vontade reprimida de encontrar a galera pra fazer uma festa.
Assim, ele diz à sua queridinha:
- Amorzinho, vou dar uma saidinha mas não demoro...
- Onde você vai, meu docinho...?
- Ao barzinho, assistir o futebol.
A mulher então liga o home theatre e a TV de plasma de 52' e diz:
- Ó meu amor adorado, aqui em casa você pode ver o jogo que quiser.
- Mas no bar, meu anjo, eu também posso tomar uma geladinha.
A mulher bota a mão na cintura e lhe responde:
- Quer cervejinha, meu amor???
Nesse momento, ela abre a porta da geladeira e mostra 25 marcas diferentes de cervejas de 12 países: alemãs, holandesas, japonesas, americanas, mexicanas, etc.
O marido sem saber o que fazer, lhe fala:
- Meu docinho de coco... mas no bar... você sabe... o copo gelado...
O marido nem terminou de falar, quando a esposa interrompe a sua conversa e lhe diz:
- Quer copo gelado, amor?
Nesse momento ela pega no freezer um copo bem gelado, branco, branco, que até tremia de frio.
O MARIDO RESPONDE:
- Mas, minha princesa, no bar tem aqueles salgadinhos gostosos...
- Já estou voltando, tá bem?
- Quer salgadinho, meu rei???
A mulher abre o forno e tira 15 pratos de salgadinhos diferentes: quibe, coxinha, pastel, pipoca, amendoim, coração de galinha, queijo derretido, torresmo...
- Mas, minha “pixunguinha”... lá no bar... tem emoção, palavrão, xingamento...
- Ah quer emoção, palavrão, xingamento, meu amor???
- ENTÃO VAI TOMAR NO ..., PORQUE DAQUI VOCÊ NÃO SAI NEM F..., SEU FILHO DA P...!
- E SE VOCÊ TENTAR MAIS UMA DESCULPINHA DE MERDA COMIGO EU TE CORTO O S... FORA, SEU SAFADO!
- SENTA JÁ A P... DESSA BUNDA AI NO SOFÁ E SOSSEGA ESSE RABO!!!
- TÁ BEM AMOR DA MINHA VIDA!!!!!
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
domingo, 30 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
AMIZADES FAMILIARES NO OTÁVIO BONFIM
O bairro Otávio Bonfim serviu de palco para os acontecimentos principais da vida do casal Luiz Carlos da Silva e Elda Gurgel, pois nele viveram por mais de seis décadas, trazendo ao mundo e criando uma extensa prole. Elda chegou no bairro ainda muito menina, ao passo que Luiz veio no início da juventude; mas, ele tinha tanta afeição ao logradouro que costumava dizer que somente o largaria quando fosse para a sua última morada, situada na necrópole de São João Batista.
Era, nos anos 1940/50, um bairro claramente residencial, posicionado nas proximidades da área central de Fortaleza, sendo residência maiormente de famílias de classe média da capital cearense. Nessa época, não havia apartamentos no bairro e as famílias habitavam casas modestas, quase sempre contíguas, que abrigavam os muitos filhos que insistiam em nascer, nas décadas de 1950/60.
Havia bastante interação entre as famílias, que se conheciam e compartilhavam de muitos momentos comuns, daí ser natural que, no seio delas, florescessem amizades e até namoros entre os filhos de casais amigos, porque com tantos rebentos haveria de ter compatibilidades, etárias e de gênero, para possibilitar tais relacionamentos. Permeando tudo isso, estavam as ações encetadas pelos frades franciscanos, sediados no bairro, que catalisavam as intervenções no campo religioso e no terreno social.
Eram amigos, ou integrantes do circuito prévio de amizades de nossos pais, de algumas famílias constituídas, que residiam no bairro há um certo tempo, como os Botelho Ramos, Camelo Parente, Medeiros Comaru, Sales Rocha, Rocha Alexandre, Castro Costa, Cavalcante Albuquerque, Passos Lima etc. Outras amizades foram agregadas, a partir da condição de vizinhança domiciliar, a citar: Acioli, Félix de Souza, Macedo, todos da Rua Justiniano de Serpa, e os Teixeira Lima, Martins Brasil, Jucá Nogueira, Marques Nogueira, moradores da Rua Domingos Olímpio e de suas imediações.
A maioria desses lares figurava com muitos filhos, quase sempre estudantes de escolas públicas, ainda detentoras de certa credibilidade de ensino, porque os pais, em geral, lutavam com muitas dificuldades financeiras e não conseguiam arcar com os gastos de manutenção simultânea de vários meninos em colégios particulares de Fortaleza; até mesmo os que podiam bancar a escola privada de algum dos filhos evitavam fazer escolhas que gerassem privilégio para uns em detrimento de outros de sua própria linhagem.
A despeito desses percalços, pode-se afirmar, categoricamente, que, “grosso modo”, esses pais de família souberam compensar as restrições de recursos materiais domésticos, provendo uma educação plena de valores morais e espirituais, direcionada para sobrepujar os entraves que a vida expõe, ao tempo em que encaminharam a maior parte dos seus para a formação universitária, nas poucas faculdades existentes, naquele período.
As famílias de então exibiam com júbilo, e quiçá com um toque de orgulho, a cada ano, os seus rapazes de cabeça raspada “a zero”, indicativa da recente aprovação nos concorridos vestibulares, e motivo de envaidecimento do “bicho”, que tratava de cobrir a sua calvície, temporária e artificial, com uma boina de calouro.
Com efeito, a quantidade de médicos, advogados, engenheiros, veterinários, agrônomos, economistas, dentre outros, despontados no Otávio Bonfim, evidencia o acerto de tantas famílias na educação e na preparação de seus jovens para a vida.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado in: O Povo. Fortaleza, 29 de agosto de 2009. Jornal do Leitor. p.2.
Era, nos anos 1940/50, um bairro claramente residencial, posicionado nas proximidades da área central de Fortaleza, sendo residência maiormente de famílias de classe média da capital cearense. Nessa época, não havia apartamentos no bairro e as famílias habitavam casas modestas, quase sempre contíguas, que abrigavam os muitos filhos que insistiam em nascer, nas décadas de 1950/60.
Havia bastante interação entre as famílias, que se conheciam e compartilhavam de muitos momentos comuns, daí ser natural que, no seio delas, florescessem amizades e até namoros entre os filhos de casais amigos, porque com tantos rebentos haveria de ter compatibilidades, etárias e de gênero, para possibilitar tais relacionamentos. Permeando tudo isso, estavam as ações encetadas pelos frades franciscanos, sediados no bairro, que catalisavam as intervenções no campo religioso e no terreno social.
Eram amigos, ou integrantes do circuito prévio de amizades de nossos pais, de algumas famílias constituídas, que residiam no bairro há um certo tempo, como os Botelho Ramos, Camelo Parente, Medeiros Comaru, Sales Rocha, Rocha Alexandre, Castro Costa, Cavalcante Albuquerque, Passos Lima etc. Outras amizades foram agregadas, a partir da condição de vizinhança domiciliar, a citar: Acioli, Félix de Souza, Macedo, todos da Rua Justiniano de Serpa, e os Teixeira Lima, Martins Brasil, Jucá Nogueira, Marques Nogueira, moradores da Rua Domingos Olímpio e de suas imediações.
A maioria desses lares figurava com muitos filhos, quase sempre estudantes de escolas públicas, ainda detentoras de certa credibilidade de ensino, porque os pais, em geral, lutavam com muitas dificuldades financeiras e não conseguiam arcar com os gastos de manutenção simultânea de vários meninos em colégios particulares de Fortaleza; até mesmo os que podiam bancar a escola privada de algum dos filhos evitavam fazer escolhas que gerassem privilégio para uns em detrimento de outros de sua própria linhagem.
A despeito desses percalços, pode-se afirmar, categoricamente, que, “grosso modo”, esses pais de família souberam compensar as restrições de recursos materiais domésticos, provendo uma educação plena de valores morais e espirituais, direcionada para sobrepujar os entraves que a vida expõe, ao tempo em que encaminharam a maior parte dos seus para a formação universitária, nas poucas faculdades existentes, naquele período.
As famílias de então exibiam com júbilo, e quiçá com um toque de orgulho, a cada ano, os seus rapazes de cabeça raspada “a zero”, indicativa da recente aprovação nos concorridos vestibulares, e motivo de envaidecimento do “bicho”, que tratava de cobrir a sua calvície, temporária e artificial, com uma boina de calouro.
Com efeito, a quantidade de médicos, advogados, engenheiros, veterinários, agrônomos, economistas, dentre outros, despontados no Otávio Bonfim, evidencia o acerto de tantas famílias na educação e na preparação de seus jovens para a vida.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado in: O Povo. Fortaleza, 29 de agosto de 2009. Jornal do Leitor. p.2.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
CRIAÇÃO DA MULHER!!
Quando Deus fez a Mulher, ele estava no sexto dia, trabalhando até depois do expediente. Um anjo apareceu e disse, "por que você está gastando tanto tempo fazendo isso?"
E o Senhor respondeu: "Você viu a planilha de especificações técnicas dela?
Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico, ter mais de 200 partes móveis, todas intercambiáveis, funcionar com coca-cola diet e resto do almoço, ter um colo que pode acolher quatro crianças de uma vez, ter um beijo que pode curar qualquer coisa desde um joelho arranhado até um coração partido e ter dois pares de mãos."
O anjo ficou impressionado com as exigências. Dois pares de mãos! Não tem jeito!
E isso é só o modelo básico?
Isso é demais para um dia só de trabalho. Deixe para terminar amanhã. "Mas eu não posso", protestou o Senhor. "Estou tão perto de terminar esta criação que está tão perto do meu coração. Ela até cura a si mesma quando está doente e é capaz de trabalhar 18 horas por dia."
O anjo se aproximou e tocou a Mulher. "Mas você a fez tão frágil, Senhor."
"Ela é frágil," o Senhor concordou, "mas eu também a fiz resistente. Você não tem idéia do que ela é capaz de suportar ou conquistar."
"Ela será capaz de pensar?" Perguntou o anjo.
O Senhor respondeu, "Não só será capaz de pensar, como de argumentar e negociar."
O anjo viu alguma coisa, e, estendendo a mão, tocou a face da Mulher.
"Oh, parece que tem um vazamento nesse modelo. Eu disse que você estava tentando colocar coisa demais nela."
"Isso não é um vazamento," corrigiu o Senhor, "isso é uma lágrima!"
"E para que serve?" perguntou o anjo.
O Senhor disse: "A lágrima é sua maneira de expressar alegria, tristeza, dor, desapontamento, amor, solidão, luto e orgulho." O anjo estava impressionado.
"Você é um gênio, Senhor! Pensou em tudo! Mulher é realmente impressionante!"
Sim! Mulheres têm forças que impressionam os homens. Elas suportam dificuldades e carregam fardos, mas mantêm a alegria, amor e o contentamento.
Elas sorriem quando querem gritar. Cantam quando querem chorar. Choram quando estão felizes e riem quando estão nervosas. Lutam por aquilo que acreditam.
Erguem-se contra a injustiça. Não aceitam "não" como resposta quando acreditam que há uma solução melhor. Passam sem para que sua família possa ter.
Acompanham um amigo assustado ao médico. Amam incondicionalmente. Choram quando seus filhos se destacam e rejubilam-se quando seus amigos são premiados.
Ficam felizes quando ouvem sobre um nascimento ou um casamento. Seus corações se partem quando um amigo morre. Elas se enlutam pela perda de um membro da família, no entanto são fortes quando se pensa que não há mais força. Sabem que um abraço e um beijo podem ajudar a curar um coração partido.
Mulheres vêm em todos os tamanhos, cores e formas. Elas vão dirigir carros, pilotar aviões, andar, correr ou mandar e-mails para mostrar o quanto elas se importam com as pessoas. O coração de uma mulher é o que faz o mundo continuar girando!
Elas trazem alegria e esperança. Têm compaixão e ideais. Dão apoio moral a seus amigos e familiares. Têm coisas vitais a dizer e tudo a dar.
P.S. Envie para as mulheres que conhece para lembrá-las do quanto são admiráveis, porque, se há um defeito nas mulheres, é que tendem a esquecer de si mesmas.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
E o Senhor respondeu: "Você viu a planilha de especificações técnicas dela?
Ela tem que ser totalmente lavável, mas não pode ser de plástico, ter mais de 200 partes móveis, todas intercambiáveis, funcionar com coca-cola diet e resto do almoço, ter um colo que pode acolher quatro crianças de uma vez, ter um beijo que pode curar qualquer coisa desde um joelho arranhado até um coração partido e ter dois pares de mãos."
O anjo ficou impressionado com as exigências. Dois pares de mãos! Não tem jeito!
E isso é só o modelo básico?
Isso é demais para um dia só de trabalho. Deixe para terminar amanhã. "Mas eu não posso", protestou o Senhor. "Estou tão perto de terminar esta criação que está tão perto do meu coração. Ela até cura a si mesma quando está doente e é capaz de trabalhar 18 horas por dia."
O anjo se aproximou e tocou a Mulher. "Mas você a fez tão frágil, Senhor."
"Ela é frágil," o Senhor concordou, "mas eu também a fiz resistente. Você não tem idéia do que ela é capaz de suportar ou conquistar."
"Ela será capaz de pensar?" Perguntou o anjo.
O Senhor respondeu, "Não só será capaz de pensar, como de argumentar e negociar."
O anjo viu alguma coisa, e, estendendo a mão, tocou a face da Mulher.
"Oh, parece que tem um vazamento nesse modelo. Eu disse que você estava tentando colocar coisa demais nela."
"Isso não é um vazamento," corrigiu o Senhor, "isso é uma lágrima!"
"E para que serve?" perguntou o anjo.
O Senhor disse: "A lágrima é sua maneira de expressar alegria, tristeza, dor, desapontamento, amor, solidão, luto e orgulho." O anjo estava impressionado.
"Você é um gênio, Senhor! Pensou em tudo! Mulher é realmente impressionante!"
Sim! Mulheres têm forças que impressionam os homens. Elas suportam dificuldades e carregam fardos, mas mantêm a alegria, amor e o contentamento.
Elas sorriem quando querem gritar. Cantam quando querem chorar. Choram quando estão felizes e riem quando estão nervosas. Lutam por aquilo que acreditam.
Erguem-se contra a injustiça. Não aceitam "não" como resposta quando acreditam que há uma solução melhor. Passam sem para que sua família possa ter.
Acompanham um amigo assustado ao médico. Amam incondicionalmente. Choram quando seus filhos se destacam e rejubilam-se quando seus amigos são premiados.
Ficam felizes quando ouvem sobre um nascimento ou um casamento. Seus corações se partem quando um amigo morre. Elas se enlutam pela perda de um membro da família, no entanto são fortes quando se pensa que não há mais força. Sabem que um abraço e um beijo podem ajudar a curar um coração partido.
Mulheres vêm em todos os tamanhos, cores e formas. Elas vão dirigir carros, pilotar aviões, andar, correr ou mandar e-mails para mostrar o quanto elas se importam com as pessoas. O coração de uma mulher é o que faz o mundo continuar girando!
Elas trazem alegria e esperança. Têm compaixão e ideais. Dão apoio moral a seus amigos e familiares. Têm coisas vitais a dizer e tudo a dar.
P.S. Envie para as mulheres que conhece para lembrá-las do quanto são admiráveis, porque, se há um defeito nas mulheres, é que tendem a esquecer de si mesmas.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
“HERROS DE PULIÇA” III
Alguns erros notórios escritos por policiais em ocorrências:
13. "... os indivíduos tentaram resgatar o autor do nosso domínio através do uso de força 'anônima'."
( Esse aí tava "emaconhado"! ! !)
14. "O cadáver apresentava sinais de estar morto."
(Ufa, ainda bem!!)
15. "Foi apreendido um quilo de lingüiça 'perfumada'."
(Esse aí se apaixonou pela linguiça!!)
16. "Atendemos à 'solicitação do solicitante', que nos narrou que o autor praticava 'atentado violento' ao pudor, pois exibia para os transeuntes os 'órgãos sanitários'."
(O que comentar...fico sem palavras!!)
17. "Após discutir com a vítima, o autor desferiu um forte soco no rosto da mesma, que de tão violento, 'soltou a tampa de seu nariz'."
(Deve ser o mesmo cidadão da camisa "destampada"... ele tem algum problema com esse objeto!?)
Fonte: Tal anedotário, que circula na Internet, é obra de um Tenente Coronel da PMMG (nome não citado), que expôs o conteúdo de seu livro no Programa do Jô, informando que todas as frases foram originalmente coletadas dos livros e relatórios de registro policial.
13. "... os indivíduos tentaram resgatar o autor do nosso domínio através do uso de força 'anônima'."
( Esse aí tava "emaconhado"! ! !)
14. "O cadáver apresentava sinais de estar morto."
(Ufa, ainda bem!!)
15. "Foi apreendido um quilo de lingüiça 'perfumada'."
(Esse aí se apaixonou pela linguiça!!)
16. "Atendemos à 'solicitação do solicitante', que nos narrou que o autor praticava 'atentado violento' ao pudor, pois exibia para os transeuntes os 'órgãos sanitários'."
(O que comentar...fico sem palavras!!)
17. "Após discutir com a vítima, o autor desferiu um forte soco no rosto da mesma, que de tão violento, 'soltou a tampa de seu nariz'."
(Deve ser o mesmo cidadão da camisa "destampada"... ele tem algum problema com esse objeto!?)
Fonte: Tal anedotário, que circula na Internet, é obra de um Tenente Coronel da PMMG (nome não citado), que expôs o conteúdo de seu livro no Programa do Jô, informando que todas as frases foram originalmente coletadas dos livros e relatórios de registro policial.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
RAÍZES DO INTERNATO DE PEDIATRIA NO HIAS
Nos anos setenta, o Internato em Medicina na UFC durava doze meses ininterruptos, sem intervalos ou férias, distribuídos em cinco áreas: Clínica Médica, Cirurgia Geral, Pediatria, Toco-Ginecologia e Estágio Rural (CRUTAC), o último com duração de um mês. O interno podia escolher uma das áreas para realizar o treinamento durante cinco meses, cabendo dois meses a cada uma das demais áreas.
Grande parte do alunado optava pela Clínica Médica, como campo de estágio dominante, porque a maioria desejava, antes de mais nada, exercer a clínica geral; aqueles que desejavam ser cirurgiões, pediatras, obstetras, em menor número, compatibilizam suas preferências curriculares com as aspirações profissionais e normalmente buscavam assumir o período mais longo no seu próprio setor de interesse.
O complexo hospitalar da universidade, formado pelo Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e pela Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), gozava da preferência dos internos, mas os que pretendiam trabalhar no interior possuíam uma velada inclinação a fazer o Internato no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) enquanto o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) despertava a atenção pela multiplicidade de especialidades e por sua localização geográfica, compondo uma demanda bem típica.
Os poucos leitos pediátricos do HUWC, confirmando o desprestígio que outros serviços médicos impingiam à Pediatria, não animavam os futuros pediatras e muito menos a tantos quantos estavam decididos ao exercício de outras especialidades, que tocavam esse estágio apenas, como se diz no jargão esportivo, para cumprir tabela. Apesar da boa vontade e da dedicação dos professores de Pediatria, a limitação dos recursos e a pequena variabilidade na oferta de serviços pediátricos, dentro de um hospital geral que privilegiava o atendimento a adultos, resultava, naturalmente, em pouca atividade para tantos internos, gerando um certo grau de ociosidade do alunado e menores oportunidades de aprendizado e de treinamento.
Tratava-se, na verdade, de um problema crônico exacerbado na segunda metade da década de setenta, com a chegada de muitos alunos transferidos, e de difícil solução endógena, a curto ou médio prazos, o que assegurava a manutenção de um círculo vicioso, envolvendo carência de recursos e deficiência de aprendizado.
No final de 1978, ciente da persistência do transtorno, e mesmo sendo ex-aluno da UFC, pois fora diplomado em dezembro de 1977, conversei com o Prof. Haroldo Juaçaba, então coordenador do Internato em Medicina, no sentido de buscar uma alternativa externa para resolver o impasse, que causava enorme dissabor aos internos, contribuindo para minar a credibilidade do ensino médico da UFC. A medida não era inusitada porque os internos do HGF e da HGCC faziam a Pediatria nesses próprios hospitais, e ainda traria benefícios aos internos que permanecessem no Serviço de Pediatria do HUWC, porquanto ter-se-ia, com tal enxugamento da quantidade de alunos, uma certa adequação à sua capacidade instalada.
Como fora eu admitido para o quadro de sanitaristas concursados da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, o estágio institucional a que fora submetido, para ingresso nessa carreira, permitira-me conhecer o funcionamento das unidades de saúde estaduais, o que incluía os hospitais da Fundação de Saúde do Estado do Ceará (FUSEC), dentre os quais constava o Hospital Infantil Albert Sabin.
O HIAS fora “inaugurado” em 1975, como Hospital Infantil de Fortaleza, em final de gestão governamental, com funcionamento parcial, e reinaugurado em 1977, com a presença do quase prêmio Nobel Dr. Albert Sabin, ocasião em que foi dado o seu nome ao hospital, a título de honraria, fazendo jus ao grande benfeitor da humanidade. A partir daí, a instituição passou a operar em plena capacidade, dispondo de centenas de leitos, distribuídos nas várias especialidades, e contando com ambulatórios especializados.
Em pouco tempo, o HIAS consolidou-se como o mais abrangente e o mais bem equipado hospital pediátrico do Ceará, credenciando-se à sua transformação, como centro de formação de pediatras e de irradiação do conhecimento em Pediatria, qualidades que subsistem até os dias atuais.
A sensibilidade do Prof. Haroldo Juaçaba, frente à sugestão, revelou-se na forma como agiu, com determinação, culminando no envio dos primeiros internos da UFC para o HIAS, dando início, assim, uma tradição de acolhimento de estagiários de diferentes escolas médicas, do Ceará e de outros estados, dentre os quais figuram os internos do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará-UECE.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina
* Publicado in: Rev. de Saúde da Criança e do Adolescente, 1 (1): 70-2, 2009.
Grande parte do alunado optava pela Clínica Médica, como campo de estágio dominante, porque a maioria desejava, antes de mais nada, exercer a clínica geral; aqueles que desejavam ser cirurgiões, pediatras, obstetras, em menor número, compatibilizam suas preferências curriculares com as aspirações profissionais e normalmente buscavam assumir o período mais longo no seu próprio setor de interesse.
O complexo hospitalar da universidade, formado pelo Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e pela Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), gozava da preferência dos internos, mas os que pretendiam trabalhar no interior possuíam uma velada inclinação a fazer o Internato no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) enquanto o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) despertava a atenção pela multiplicidade de especialidades e por sua localização geográfica, compondo uma demanda bem típica.
Os poucos leitos pediátricos do HUWC, confirmando o desprestígio que outros serviços médicos impingiam à Pediatria, não animavam os futuros pediatras e muito menos a tantos quantos estavam decididos ao exercício de outras especialidades, que tocavam esse estágio apenas, como se diz no jargão esportivo, para cumprir tabela. Apesar da boa vontade e da dedicação dos professores de Pediatria, a limitação dos recursos e a pequena variabilidade na oferta de serviços pediátricos, dentro de um hospital geral que privilegiava o atendimento a adultos, resultava, naturalmente, em pouca atividade para tantos internos, gerando um certo grau de ociosidade do alunado e menores oportunidades de aprendizado e de treinamento.
Tratava-se, na verdade, de um problema crônico exacerbado na segunda metade da década de setenta, com a chegada de muitos alunos transferidos, e de difícil solução endógena, a curto ou médio prazos, o que assegurava a manutenção de um círculo vicioso, envolvendo carência de recursos e deficiência de aprendizado.
No final de 1978, ciente da persistência do transtorno, e mesmo sendo ex-aluno da UFC, pois fora diplomado em dezembro de 1977, conversei com o Prof. Haroldo Juaçaba, então coordenador do Internato em Medicina, no sentido de buscar uma alternativa externa para resolver o impasse, que causava enorme dissabor aos internos, contribuindo para minar a credibilidade do ensino médico da UFC. A medida não era inusitada porque os internos do HGF e da HGCC faziam a Pediatria nesses próprios hospitais, e ainda traria benefícios aos internos que permanecessem no Serviço de Pediatria do HUWC, porquanto ter-se-ia, com tal enxugamento da quantidade de alunos, uma certa adequação à sua capacidade instalada.
Como fora eu admitido para o quadro de sanitaristas concursados da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, o estágio institucional a que fora submetido, para ingresso nessa carreira, permitira-me conhecer o funcionamento das unidades de saúde estaduais, o que incluía os hospitais da Fundação de Saúde do Estado do Ceará (FUSEC), dentre os quais constava o Hospital Infantil Albert Sabin.
O HIAS fora “inaugurado” em 1975, como Hospital Infantil de Fortaleza, em final de gestão governamental, com funcionamento parcial, e reinaugurado em 1977, com a presença do quase prêmio Nobel Dr. Albert Sabin, ocasião em que foi dado o seu nome ao hospital, a título de honraria, fazendo jus ao grande benfeitor da humanidade. A partir daí, a instituição passou a operar em plena capacidade, dispondo de centenas de leitos, distribuídos nas várias especialidades, e contando com ambulatórios especializados.
Em pouco tempo, o HIAS consolidou-se como o mais abrangente e o mais bem equipado hospital pediátrico do Ceará, credenciando-se à sua transformação, como centro de formação de pediatras e de irradiação do conhecimento em Pediatria, qualidades que subsistem até os dias atuais.
A sensibilidade do Prof. Haroldo Juaçaba, frente à sugestão, revelou-se na forma como agiu, com determinação, culminando no envio dos primeiros internos da UFC para o HIAS, dando início, assim, uma tradição de acolhimento de estagiários de diferentes escolas médicas, do Ceará e de outros estados, dentre os quais figuram os internos do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará-UECE.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Da Academia Cearense de Medicina
* Publicado in: Rev. de Saúde da Criança e do Adolescente, 1 (1): 70-2, 2009.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
O QUE ELES DISSERAM I
PARA SEMPRE NA MEMÓRIA
"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."
Ernesto Che Guevara, guerrilheiro argentino e um dos líderes da revolução cubana. A frase teria sido proferida em 1967, ano de sua morte.
"Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter."
Martin Luther King, líder americano da luta pelos direitos civis, em discurso durante a Marcha para Washington, em 1963.
"A Terra é azul."
Yuri Gagarin, cosmonauta soviético, o primeiro homem a ver o planeta do espaço, em 1961.
"É um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade."
Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na superfície da Lua, em 1969.
"Saio da vida para entrar na História."
Getúlio Vargas, na carta-testamento encontrada ao lado de seu corpo, em 1954.
"No futuro, todas as pessoas serão famosas durante quinze minutos."
Andy Warhol, artista americano, pai do movimento pop.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."
Ernesto Che Guevara, guerrilheiro argentino e um dos líderes da revolução cubana. A frase teria sido proferida em 1967, ano de sua morte.
"Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter."
Martin Luther King, líder americano da luta pelos direitos civis, em discurso durante a Marcha para Washington, em 1963.
"A Terra é azul."
Yuri Gagarin, cosmonauta soviético, o primeiro homem a ver o planeta do espaço, em 1961.
"É um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade."
Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na superfície da Lua, em 1969.
"Saio da vida para entrar na História."
Getúlio Vargas, na carta-testamento encontrada ao lado de seu corpo, em 1954.
"No futuro, todas as pessoas serão famosas durante quinze minutos."
Andy Warhol, artista americano, pai do movimento pop.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
domingo, 23 de agosto de 2009
ANIVERSÁRIO DO DR. JEAN CRISPIM
JEAN CRISPIM: aos 50 bem vividos
Conheci Francisco Jean Crispim Ribeiro em 1971, quando nos preparávamos para enfrentar o já concorrido vestibular da UFC. A essa época (parecemos algo envelhecido por usar tal expressão), Jean, após longa permanência como aluno do Colégio Militar de Fortaleza, estudava no “cursinho” do Colégio Cearense do Sagrado Coração, enquanto eu concluía o ensino de segundo grau no Colégio Júlia Jorge, que funcionava na Parquelândia, bairro de sua residência.
Em janeiro de 1972, fomos igualmente brindados com a aprovação no vestibular, em classificação que nos permitia optar por quaisquer dos cursos da área de Ciências, possibilitando preencher vaga na graduação de nossa vocação – a Medicina, conquista usualmente mais festejada por nossos familiares do que até por nós próprios.
Nossa vitória, contudo, poderia ser ilusória, pois a escolha baseada na ordem do resultado do vestibular era apenas um indicativo de opção inicial, cabendo a definição efetiva do curso ao rendimento final dos alunos durante o Ciclo Básico. A inditosa e mal fadada experiência da UFC ensejava a criação de um clima de competição permanente entre os universitários e a formação de certas “associações” espúrias, desde que os componentes não se vissem como concorrentes.
Certamente, esse foi também um momento difícil de nossas vidas e penso que a onicofagia imperou entre muitos. Para alguns amigos comuns, Jean fora iniciado nesse vício quando aluno do Coronel Wetter, nos tempos do Colégio Militar, e o Ciclo Básico apenas aflorara uma conduta ora latente.
Tive a gratificante felicidade de ter sido colega do Jean durante os seis anos do curso médico, companhia iniciada no vestibular e encerrada na colação de grau em 1977, compondo a Turma José Carlos Ribeiro, seguramente uma das mais iluminadas de nossa cinqüentenária instituição universitária, à conta dos valores individuais de tantos companheiros, dotados de luz própria, que tão bem servem à nossa população.
Dr. Jean Crispim é estrela de primeira grandeza na constelação de nossos pares. Após a conclusão da graduação, foi bem sucedido no processo seletivo que permitiu realizar a sua Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário Walter Cantídio, tendo prosseguido seus estudo e treinamento com vistas a exercer a colo-proctologia, especialidade que abraçou com afinco e nela vem se destacando entre os de maior talento, condição reconhecida entre colegas e usuários, mercê de seus inegáveis méritos pessoais.
Mesmo tendo chegado à idade em que muitos se “acomodam”, em parte por decorrência das obrigações provedoras e dos encargos de educação familiar, Jean não titubeou ao enfrentar o desafio de voltar aos bancos escolares para perseguir a obtenção do diploma de mestrado, título aliás que não lhe conferiria qualquer vantagem pecuniária e também não era motivado pela busca de “status” ou mero sentimento de vaidade, dado que fora emulado pelo desejo maior de aprender e de melhor compreender a Arte Médica.
Jean é um homem de família, plasmado em um lar cristão, tendo sido carinhosamente criado por seus pais: Sr. Ribeiro, figura querida e sempre lembrada por aqueles que o conheceram, e D. Izete, exemplo pleno de polidez e amabilidade; guardo ainda, mesmo decorridos vinte e cinco anos, as boas lembranças da convivência com suas graciosas irmãs e as sensações de harmonia emanadas de sua família.
A fortuna também lhe sorriu ao constituir a sua própria família, encontrando, na grandeza física e espiritual de Mazé, a companheira presente, de todas as horas, a matriz que gerou seus três filhos (Lívia, Lucas e Lize), para os quais exercita a proeza de ser um dileto “paizão”.
Por último, ao que me reservo o direito de crer como o mais importante, júbilo maior repousa na sua prática cristã, que não se restringe à sua participação na comunidade carismática católica e na Sociedade Médica São Lucas, consubstanciada que é na forma desprendida em que exerce a sua profissão de médico, independente do estrato ou da inserção social de sua clientela e da natureza pública ou privada do serviço prestado, vendo em cada ser humano um irmão a quem acolhe e tenta suprir um lenitivo para mitigar o padecimento do próximo.
Meu caro Jean! Você, com alguns meses de atraso em relação a mim, chega aos cinqüenta anos. É um momento marcante na nossa trajetória de vida, quando inclusive recapitulamos nossos feitos, gloriosos ou não, e também o que deixamos de fazer. É muito salutar comemorar, registrar tal passagem, que, para muitos, assinala o acme da existência laboral terrena; contudo, renunciar a festividade de um rito, em respeito e solidariedade ao irmão ou ao amigo aturdido pelo sofrimento, é um gesto magnânimo, merecedor do reconhecimento de todos, que enaltece a sua condição humana e o aproxima de Deus.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Conheci Francisco Jean Crispim Ribeiro em 1971, quando nos preparávamos para enfrentar o já concorrido vestibular da UFC. A essa época (parecemos algo envelhecido por usar tal expressão), Jean, após longa permanência como aluno do Colégio Militar de Fortaleza, estudava no “cursinho” do Colégio Cearense do Sagrado Coração, enquanto eu concluía o ensino de segundo grau no Colégio Júlia Jorge, que funcionava na Parquelândia, bairro de sua residência.
Em janeiro de 1972, fomos igualmente brindados com a aprovação no vestibular, em classificação que nos permitia optar por quaisquer dos cursos da área de Ciências, possibilitando preencher vaga na graduação de nossa vocação – a Medicina, conquista usualmente mais festejada por nossos familiares do que até por nós próprios.
Nossa vitória, contudo, poderia ser ilusória, pois a escolha baseada na ordem do resultado do vestibular era apenas um indicativo de opção inicial, cabendo a definição efetiva do curso ao rendimento final dos alunos durante o Ciclo Básico. A inditosa e mal fadada experiência da UFC ensejava a criação de um clima de competição permanente entre os universitários e a formação de certas “associações” espúrias, desde que os componentes não se vissem como concorrentes.
Certamente, esse foi também um momento difícil de nossas vidas e penso que a onicofagia imperou entre muitos. Para alguns amigos comuns, Jean fora iniciado nesse vício quando aluno do Coronel Wetter, nos tempos do Colégio Militar, e o Ciclo Básico apenas aflorara uma conduta ora latente.
Tive a gratificante felicidade de ter sido colega do Jean durante os seis anos do curso médico, companhia iniciada no vestibular e encerrada na colação de grau em 1977, compondo a Turma José Carlos Ribeiro, seguramente uma das mais iluminadas de nossa cinqüentenária instituição universitária, à conta dos valores individuais de tantos companheiros, dotados de luz própria, que tão bem servem à nossa população.
Dr. Jean Crispim é estrela de primeira grandeza na constelação de nossos pares. Após a conclusão da graduação, foi bem sucedido no processo seletivo que permitiu realizar a sua Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário Walter Cantídio, tendo prosseguido seus estudo e treinamento com vistas a exercer a colo-proctologia, especialidade que abraçou com afinco e nela vem se destacando entre os de maior talento, condição reconhecida entre colegas e usuários, mercê de seus inegáveis méritos pessoais.
Mesmo tendo chegado à idade em que muitos se “acomodam”, em parte por decorrência das obrigações provedoras e dos encargos de educação familiar, Jean não titubeou ao enfrentar o desafio de voltar aos bancos escolares para perseguir a obtenção do diploma de mestrado, título aliás que não lhe conferiria qualquer vantagem pecuniária e também não era motivado pela busca de “status” ou mero sentimento de vaidade, dado que fora emulado pelo desejo maior de aprender e de melhor compreender a Arte Médica.
Jean é um homem de família, plasmado em um lar cristão, tendo sido carinhosamente criado por seus pais: Sr. Ribeiro, figura querida e sempre lembrada por aqueles que o conheceram, e D. Izete, exemplo pleno de polidez e amabilidade; guardo ainda, mesmo decorridos vinte e cinco anos, as boas lembranças da convivência com suas graciosas irmãs e as sensações de harmonia emanadas de sua família.
A fortuna também lhe sorriu ao constituir a sua própria família, encontrando, na grandeza física e espiritual de Mazé, a companheira presente, de todas as horas, a matriz que gerou seus três filhos (Lívia, Lucas e Lize), para os quais exercita a proeza de ser um dileto “paizão”.
Por último, ao que me reservo o direito de crer como o mais importante, júbilo maior repousa na sua prática cristã, que não se restringe à sua participação na comunidade carismática católica e na Sociedade Médica São Lucas, consubstanciada que é na forma desprendida em que exerce a sua profissão de médico, independente do estrato ou da inserção social de sua clientela e da natureza pública ou privada do serviço prestado, vendo em cada ser humano um irmão a quem acolhe e tenta suprir um lenitivo para mitigar o padecimento do próximo.
Meu caro Jean! Você, com alguns meses de atraso em relação a mim, chega aos cinqüenta anos. É um momento marcante na nossa trajetória de vida, quando inclusive recapitulamos nossos feitos, gloriosos ou não, e também o que deixamos de fazer. É muito salutar comemorar, registrar tal passagem, que, para muitos, assinala o acme da existência laboral terrena; contudo, renunciar a festividade de um rito, em respeito e solidariedade ao irmão ou ao amigo aturdido pelo sofrimento, é um gesto magnânimo, merecedor do reconhecimento de todos, que enaltece a sua condição humana e o aproxima de Deus.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado sob o título “Jean, Aos 50 Bem Vividos!” In: Jornal O Povo. Fortaleza, 15 de fevereiro de 2004. Jornal do Leitor. p.4.
sábado, 22 de agosto de 2009
OS FRANCISCANOS NO BRASIL-COLÔNIA
O estabelecimento definitivo dos Franciscanos no Brasil deu-se em 1585. Depois de longos e necessários preparativos, os frades fundadores partiram de Lisboa em 1º de janeiro de 1585, e chegaram no Recife a 12 de abril do mesmo ano. Assim começou a existir no Brasil o primeiro convento da Ordem dos Frades Menores, que se tornou a casa-mãe da Província de Santo Antônio, da qual nasceu a da Imaculada Conceição.
O Decreto de 13 de março de 1584, com que o Ministro Geral da Ordem Franciscana instituiu a Custódia de Santo Antônio do Brasil, conferia ao Superior, Frei Melquior de Santa Catarina, autorização e licença para fundar conventos onde lhe parecesse necessário e receber noviços à Ordem.
Frei Melquior exerceu o cargo de Custódio durante nove anos. Neste período, fundou cinco conventos: Convento de Nossa Senhora das Neves, em Olinda (1585); Convento de São Francisco, na Bahia (1587); Convento de Santo Antônio, em Igaraçu (1588); Convento de Santo Antônio, na Paraíba (1589) e Convento de São Francisco, em Vitória (1591).
A expansão dos franciscanos em terras brasileiras obedecia a várias finalidades. O Ministro Geral desejava a sua Ordem radicada no Brasil e reforçada pelos filhos da terra. O governo colonial queria ocupar os Frades Menores na catequese e na pacificação dos indígenas; os colonos os procuravam para a assistência espiritual e celebração solene das festas religiosas.
A fundação do Convento do Rio de Janeiro está, de certa maneira, relacionada com a do Convento de Vitória. Depois da fundação dos conventos do Rio de Janeiro, do Recife e de Ipojuca, cujas construções foram resolvidas na mesma data e aos quais se deu o mesmo nome: Convento de Santo Antônio, durante vinte e três anos não houve novas fundações de conventos, porque o Governo Metropolitano as proibira, por um decreto assinado em 16 de outubro de 1609. Esta proibição só deixou de existir em 28 de novembro de 1624, quando um alvará régio liberou novas fundações para todo o futuro e sem exigência de licença da Câmara e do Governador Geral.
Desapareceu, então, a barreira que travava a expansão da Ordem Franciscana no Brasil; apareceu, contudo, um outro e bem mais sério: a Invasão Holandesa; primeiramente, na Bahia, iniciada em 10 de maio de 1624 e que durou até 1º de maio de 1625, e depois a de Pernambuco, que se estendeu de 16 de fevereiro de 1630 a 26 de janeiro de 1654, quando os batavos finalmente assinaram o Tratado de Rendição.
É evidente que, nas zonas ocupadas pelos holandeses, influenciadas e ameaçadas pelos invasores protestantes, os franciscanos sofressem perseguição, sendo expulsos dos conventos de Pernambuco e da Paraíba. Mesmo assim não esmoreceram; continuaram a fundar conventos em lugares menos ameaçados. Sem dúvida, esta situação deve ter favorecido o surgimento de conventos na parte sul da Custódia, porquanto, de 1629 a 1650, foram fundados nove, cinco deles na parte que mais tarde passou a formar a Custódia da Imaculada Conceição.
Os franciscanos, como já referido, chegaram a este País, à época do Brasil-Colônia, instalando núcleos da irmandade em diferentes pontos do território. Não tiveram, contudo, o grau de influência dos jesuítas, os soldados da Companhia de Jesus, considerados integrantes de uma poderosa ordem religiosa da Igreja Católica, capaz de se opor ao Estado, e, ainda, enfrentar as autoridades civis, fazendo ingerências políticas em defesa das diretrizes ditadas por seus superiores. Interferências dessa natureza, promovidas pela Sociedade de Jesus, somente foram neutralizadas quando da expulsão dos jesuítas das terras portuguesas, decretada pelo Marquês de Pombal, redundando em um vazio educacional no Brasil dos tempos coloniais.
As duas ordens citadas exerciam, nas colônias lusitanas, trabalho missionário e catequético, diferindo, não obstante, nas estratégias de atuação. Os jesuítas, notáveis educadores, eram mais dogmáticos e detentores de um maior apuro teológico, com esmero latinista, enquanto os franciscanos eram mais pragmáticos, embora sem descuidar dos aspectos teológicos, valorizando elementos práticos, incluindo os trabalhos manuais.
Nesse sentido, Gilberto Freire, em sua obra prima “Casa Grande & Senzala”, conjetura que se a catequese brasileira, do período da colonização, tivesse sido dominada pelos franciscanos, nosso País teria se “tornado” um povo mais empreendedor e menos cartorial, mais técnico e menos bacharel.
Durante a fase Colonial, por uma questão talvez de proteção ou de garantia da integridade territorial brasileira, os missionários católicos, dentre os quais os franciscanos, eram oriundos de Portugal; até o século XIX, durante o Império, isso prevaleceu, certamente pela facilidade da identidade de idioma.
Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado in: Força viva, 14 (147): 3, 2009. (Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Fortaleza-Ceará).
O Decreto de 13 de março de 1584, com que o Ministro Geral da Ordem Franciscana instituiu a Custódia de Santo Antônio do Brasil, conferia ao Superior, Frei Melquior de Santa Catarina, autorização e licença para fundar conventos onde lhe parecesse necessário e receber noviços à Ordem.
Frei Melquior exerceu o cargo de Custódio durante nove anos. Neste período, fundou cinco conventos: Convento de Nossa Senhora das Neves, em Olinda (1585); Convento de São Francisco, na Bahia (1587); Convento de Santo Antônio, em Igaraçu (1588); Convento de Santo Antônio, na Paraíba (1589) e Convento de São Francisco, em Vitória (1591).
A expansão dos franciscanos em terras brasileiras obedecia a várias finalidades. O Ministro Geral desejava a sua Ordem radicada no Brasil e reforçada pelos filhos da terra. O governo colonial queria ocupar os Frades Menores na catequese e na pacificação dos indígenas; os colonos os procuravam para a assistência espiritual e celebração solene das festas religiosas.
A fundação do Convento do Rio de Janeiro está, de certa maneira, relacionada com a do Convento de Vitória. Depois da fundação dos conventos do Rio de Janeiro, do Recife e de Ipojuca, cujas construções foram resolvidas na mesma data e aos quais se deu o mesmo nome: Convento de Santo Antônio, durante vinte e três anos não houve novas fundações de conventos, porque o Governo Metropolitano as proibira, por um decreto assinado em 16 de outubro de 1609. Esta proibição só deixou de existir em 28 de novembro de 1624, quando um alvará régio liberou novas fundações para todo o futuro e sem exigência de licença da Câmara e do Governador Geral.
Desapareceu, então, a barreira que travava a expansão da Ordem Franciscana no Brasil; apareceu, contudo, um outro e bem mais sério: a Invasão Holandesa; primeiramente, na Bahia, iniciada em 10 de maio de 1624 e que durou até 1º de maio de 1625, e depois a de Pernambuco, que se estendeu de 16 de fevereiro de 1630 a 26 de janeiro de 1654, quando os batavos finalmente assinaram o Tratado de Rendição.
É evidente que, nas zonas ocupadas pelos holandeses, influenciadas e ameaçadas pelos invasores protestantes, os franciscanos sofressem perseguição, sendo expulsos dos conventos de Pernambuco e da Paraíba. Mesmo assim não esmoreceram; continuaram a fundar conventos em lugares menos ameaçados. Sem dúvida, esta situação deve ter favorecido o surgimento de conventos na parte sul da Custódia, porquanto, de 1629 a 1650, foram fundados nove, cinco deles na parte que mais tarde passou a formar a Custódia da Imaculada Conceição.
Os franciscanos, como já referido, chegaram a este País, à época do Brasil-Colônia, instalando núcleos da irmandade em diferentes pontos do território. Não tiveram, contudo, o grau de influência dos jesuítas, os soldados da Companhia de Jesus, considerados integrantes de uma poderosa ordem religiosa da Igreja Católica, capaz de se opor ao Estado, e, ainda, enfrentar as autoridades civis, fazendo ingerências políticas em defesa das diretrizes ditadas por seus superiores. Interferências dessa natureza, promovidas pela Sociedade de Jesus, somente foram neutralizadas quando da expulsão dos jesuítas das terras portuguesas, decretada pelo Marquês de Pombal, redundando em um vazio educacional no Brasil dos tempos coloniais.
As duas ordens citadas exerciam, nas colônias lusitanas, trabalho missionário e catequético, diferindo, não obstante, nas estratégias de atuação. Os jesuítas, notáveis educadores, eram mais dogmáticos e detentores de um maior apuro teológico, com esmero latinista, enquanto os franciscanos eram mais pragmáticos, embora sem descuidar dos aspectos teológicos, valorizando elementos práticos, incluindo os trabalhos manuais.
Nesse sentido, Gilberto Freire, em sua obra prima “Casa Grande & Senzala”, conjetura que se a catequese brasileira, do período da colonização, tivesse sido dominada pelos franciscanos, nosso País teria se “tornado” um povo mais empreendedor e menos cartorial, mais técnico e menos bacharel.
Durante a fase Colonial, por uma questão talvez de proteção ou de garantia da integridade territorial brasileira, os missionários católicos, dentre os quais os franciscanos, eram oriundos de Portugal; até o século XIX, durante o Império, isso prevaleceu, certamente pela facilidade da identidade de idioma.
Prof. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado in: Força viva, 14 (147): 3, 2009. (Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Fortaleza-Ceará).
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
FRASES E PENSAMENTOS DE BERNARD SHAW III
17 A grandeza nada mais é o que uma das sensações da pequenez.
18 A providência gosta de ser tentada. É aí que está o segredo do homem que triunfa.
19 Só uma coisa somos com extrema facilidade: vulgares.
20 Não tentes viver para sempre. Não conseguirás.
21 Num mundo sem beleza e infeliz, o que o mais rico dos homens pode comprar é apenas feiúra e infelicidade.
22 Ao supormos não haver nada mais raro que o gênio, esquecemo-nos da perfeição.
23 A escravatura humana atingiu o seu ponto culminante na nossa época sob a forma do trabalho livremente assalariado.
24 Dançar é a expressão perpendicular de um desejo horizontal.
25 Homem nenhum é suficientemente bom para ser o senhor de outro.
Fonte: http://www.ponteiro.com.br/vf.php?p4=8239
18 A providência gosta de ser tentada. É aí que está o segredo do homem que triunfa.
19 Só uma coisa somos com extrema facilidade: vulgares.
20 Não tentes viver para sempre. Não conseguirás.
21 Num mundo sem beleza e infeliz, o que o mais rico dos homens pode comprar é apenas feiúra e infelicidade.
22 Ao supormos não haver nada mais raro que o gênio, esquecemo-nos da perfeição.
23 A escravatura humana atingiu o seu ponto culminante na nossa época sob a forma do trabalho livremente assalariado.
24 Dançar é a expressão perpendicular de um desejo horizontal.
25 Homem nenhum é suficientemente bom para ser o senhor de outro.
Fonte: http://www.ponteiro.com.br/vf.php?p4=8239
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Temas de Economia da Saúde II
Dos trabalhos de conclusão do II Curso de Especialização em Economia da Saúde, foram derivados os capítulos que compuseram “Temas de Economia da Saúde II”, cuja capa comporta a seguinte descrição: na metade superior, foram dispostas, lado a lado, vinte e cinco fotografias coloridas, em cinco colunas e cinco fileiras, articuladas como um quebra-cabeças recém-montado, exibindo aplicações da saúde e da economia, com ênfase na tecnologia; na metade inferior, em verde oliva, estão contidos os nomes dos organizadores e o título do livro, com destaque para o termo “Saúde II”, na cor amarelo-ouro; a quarta capa, tendo por fundo um “dégradée”, obtido de milhares de quadrículas, de diferentes tonalidades do marrom, foi reservada para render homenagens ao Dr. Armando Raggio, dele dispondo uma poesia que enaltece o pioneirismo cearense em Economia da Saúde, e ao Prof. João Pereira, docente da Universidade Nova de Lisboa e grande incentivador desse campo de estudo no Ceará, sendo ambos devidamente retratados.
Ref.: SILVA, M.G.C. da; SOUSA, M.H.L. (orgs.). Temas de economia da saúde II. Fortaleza: UECE/Expressão, 2006. 300p.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
ANTES E DEPOIS DA POSSE
Leia até o fim.
** ANTES DA POSSE **
O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.
** DEPOIS DA POSSE **
** Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA **
(FRASE A FRASE)
Fonte: autor desconhecido. Circulando por e-mail.
** ANTES DA POSSE **
O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo da nossa ação.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de nenhum modo que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos econômicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.
** DEPOIS DA POSSE **
** Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA **
(FRASE A FRASE)
Fonte: autor desconhecido. Circulando por e-mail.
domingo, 16 de agosto de 2009
RESPEITO AOS IDOSOS
O DIA EM QUE ESTE VELHO NÃO FOR MAIS O MESMO, TENHA PACIÊNCIA E ME COMPREENDAS
Quando derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenhas paciência comigo e lembra-te das horas em que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversares comigo, eu repetir as mesmas histórias, que sabes de sobra como terminam, não me interrompas e me escute. Quando eras pequeno, para que dormisses, tive que te contar milhares de vezes a mesma estória até que fechasses os olhinhos.
Quando estivermos reunidos e sem querer fizer minhas necessidades, não fiques com vergonha. Compreendas que não tenho culpa disso, pois já não as posso controlar. Penses, quantas vezes, pacientemente, troquei tuas roupas para que estivesses sempre limpinho e cheiroso.
Não me reproves se eu não quiser tomar banho, sejas paciente comigo. Lembra-te dos momentos que te persegui e os mil pretextos que inventava pra te convencer a tomar banho.
Quando me vires inútil e ignorante na frente de novas tecnologias que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário, e que não me machuques com um sorriso sarcástico.
Lembra-te que fui eu quem te ensinou tantas coisas. Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem como hoje o fazes. Isso é resultado do meu esforço da minha perseverança.
Se em algum momento, quando conversarmos, eu me esquecer do que estávamos falando, tenhas paciência e me ajude a lembrar. Talvez a única coisa importante pra mim naquele momento seja o fato de ver você perto de mim, me dando atenção, e não o que falávamos.
Se alguma vez eu não quiser comer, saibas insistir com carinho. Assim como fiz contigo.
Também compreendas que com o tempo não terei dentes fortes, e nem agilidade para engolir.
E quando minhas pernas falharem por estar tão cansadas, e eu já não conseguir mais me equilibrar...
Com ternura, dá-me tua mão para me apoiar, como eu o fiz quando tu começastes a caminhar com tuas perninhas tão frágeis.
E se algum dia me ouvires dizer que não quero mais viver, não te aborreças comigo. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com teu carinho ou com o quanto te amo.
Compreendas que é difícil ver a vida abandonando aos poucos o meu corpo, e que é duro admitir que já não tenho mais o vigor para correr ao teu lado, ou para tomá-lo em meus braços, como antes.
Sempre quis o melhor para ti e sempre me esforcei para que teu mundo fosse mais confortável, mais belo, mais florido.
E até quando me for, construirei para ti outra rota em outro tempo, mas estarei sempre contigo e zelando por ti.
Não te sintas triste ou impotente por me ver assim. Não me olhes com cara de dó. Dá-me apenas o teu coração, compreenda-me e me apoie como o fiz quando começastes a viver. Isso me dará forças e muita coragem.
Da mesma maneira que te acompanhei no início da tua jornada, te peço que me acompanhes para terminar a minha. Trata-me com amor e paciência, e eu te devolverei sorrisos e gratidão, com o imenso amor que sempre tive por ti.
Atenciosamente,
Teu Velho
À memória e lembrança de todas as mães e de todos os pais do mundo
Fonte: autor desconhecido. Circulando por e-mail.
Quando derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tenhas paciência comigo e lembra-te das horas em que passei te ensinando a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversares comigo, eu repetir as mesmas histórias, que sabes de sobra como terminam, não me interrompas e me escute. Quando eras pequeno, para que dormisses, tive que te contar milhares de vezes a mesma estória até que fechasses os olhinhos.
Quando estivermos reunidos e sem querer fizer minhas necessidades, não fiques com vergonha. Compreendas que não tenho culpa disso, pois já não as posso controlar. Penses, quantas vezes, pacientemente, troquei tuas roupas para que estivesses sempre limpinho e cheiroso.
Não me reproves se eu não quiser tomar banho, sejas paciente comigo. Lembra-te dos momentos que te persegui e os mil pretextos que inventava pra te convencer a tomar banho.
Quando me vires inútil e ignorante na frente de novas tecnologias que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário, e que não me machuques com um sorriso sarcástico.
Lembra-te que fui eu quem te ensinou tantas coisas. Comer, se vestir e como enfrentar a vida tão bem como hoje o fazes. Isso é resultado do meu esforço da minha perseverança.
Se em algum momento, quando conversarmos, eu me esquecer do que estávamos falando, tenhas paciência e me ajude a lembrar. Talvez a única coisa importante pra mim naquele momento seja o fato de ver você perto de mim, me dando atenção, e não o que falávamos.
Se alguma vez eu não quiser comer, saibas insistir com carinho. Assim como fiz contigo.
Também compreendas que com o tempo não terei dentes fortes, e nem agilidade para engolir.
E quando minhas pernas falharem por estar tão cansadas, e eu já não conseguir mais me equilibrar...
Com ternura, dá-me tua mão para me apoiar, como eu o fiz quando tu começastes a caminhar com tuas perninhas tão frágeis.
E se algum dia me ouvires dizer que não quero mais viver, não te aborreças comigo. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com teu carinho ou com o quanto te amo.
Compreendas que é difícil ver a vida abandonando aos poucos o meu corpo, e que é duro admitir que já não tenho mais o vigor para correr ao teu lado, ou para tomá-lo em meus braços, como antes.
Sempre quis o melhor para ti e sempre me esforcei para que teu mundo fosse mais confortável, mais belo, mais florido.
E até quando me for, construirei para ti outra rota em outro tempo, mas estarei sempre contigo e zelando por ti.
Não te sintas triste ou impotente por me ver assim. Não me olhes com cara de dó. Dá-me apenas o teu coração, compreenda-me e me apoie como o fiz quando começastes a viver. Isso me dará forças e muita coragem.
Da mesma maneira que te acompanhei no início da tua jornada, te peço que me acompanhes para terminar a minha. Trata-me com amor e paciência, e eu te devolverei sorrisos e gratidão, com o imenso amor que sempre tive por ti.
Atenciosamente,
Teu Velho
À memória e lembrança de todas as mães e de todos os pais do mundo
Fonte: autor desconhecido. Circulando por e-mail.
sábado, 15 de agosto de 2009
Concludentes do Seriado do Colégio Cearense em 1939
No século passado, nas décadas de 30, 40, e até em outras que as antecederam e/ou se seguiram, era praxe mandar fazer o quadro de formatura, quando da conclusão de cursos superiores. O mesmo se aplicava aos cursos de formação técnica ou de ensino médio, consolidando, na prática, a inovação dos irmãos Lumière, trazida para o Ceará, de imortalizar, na madeira, um momento único, na vida dos concludentes.
As escolas maristas primavam pela feitura dessas obras de arte, cuja memória abrigava, quase sempre, imagens referentes às letras e às ciências, de um modo geral. Era comum, à época, a inscrição de máximas, preferencialmente em latim, como a que se destaca na base do quadro de humanistas de 1939, “Moniti Meliora Sequamur”, extraída de Virgílio in: Eneida III, significando “Advertidos, sigamos o melhor”, com reprodução, aqui, em fac-simile.
Ainda que o tempo tenha conseguido esmaecer a cópia da foto original, mesmo assim estão visíveis os nomes e os retratos dos concludentes e dos homenageados pela turma, figurando, dentre esses, vultos ilustres da vida política e religiosa do Ceará e do Brasil, notadamente os com atuação relevante no campo educacional. Tem-se, assim, como exemplo, o Dr. Menezes Pimentel, escolhido Paraninfo, bem assim Dom Manoel da Silva Gomes e Irmão Henrique Chalvy, que receberam homenagens especiais. O irmão Carlos Martinez foi também alvo de honraria, da mesma forma que o Prof. A. Leite Gonçalves, este, postumamente. Outros mais, como os Drs. Alber Vasconcelos, Valdevino de Carvalho, Parsifal Barroso e Francisco Araújo, ganharam o reconhecimento dessa turma que teve, como orador oficial, José Amauri Araújo.
Por ordem alfabética, estão dispostas no quadro as fotografias dos concludentes, com nome e local de origem, tal como se segue: Alfredo Lopes Filho (Ceará), Antônio Carvalho Sisnando Lima (Ceará), Eduardo Louzada Páscoa (Ceará), Ernesto Gurgel do Amaral (Ceará), Euclides Silva Novo Junior (Ceará), Francisco Andrade Pontes (Ceará), Francisco Cirino Nogueira (Ceará), Genésio Bezerra (Ceará), Geraldo Barros de Oliveira (Ceará), Hermano José Monteiro Teles (Ceará), Hugo Hortêncio Aguiar (Ceará), João Cirino Nogueira Filho (Ceará), José Amauri de Aragão Araújo (Ceará) – Orador, José Carlos Ferreira (Ceará), José Francisco Lima (Ceará), José Joaquim dos Santos Viegas (Maranhão), José Moacir do Carmo Porto (Ceará), José Roberto Mota Gomes (Ceará), José Serapião de Aguiar (Ceará), José Vasconcelos Filho (Ceará), Luiz Carlos da Silva (Ceará), Luiz Marcelo de Sousa (Ceará), Maurício Lauria Soares (Piauí), Mauro Braga Herbster (Ceará), Miguel Leocádio de Araújo (Paraíba), Obemor Pinto Damasceno (Ceará), Paulo Humberto Lago Aguiar (Ceará), Rafael Bruno Fernandes Negreiros (Rio Grande do Norte), Raimundo Pinheiro da Silva (Ceará), Raimundo Rocha Gurgel (Rio Grande do Norte) e Wilkinson de Castro Câmara (Ceará).
Um olhar mais atento sobre esse quadro de formatura faz perceber que do grupo de trinta e um alunos concludentes, vinte e seis eram cearenses e apenas seis procediam de outros estados: um piauiense, um maranhense, um paraibano e dois potiguares, o que não deixa de ser um bom referencial da Escola Marista, do Ceará, em meados do século que passou.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado, com redução, in: O Povo. Fortaleza, 15 de agosto de 2009. Jornal do Leitor. p.2.
As escolas maristas primavam pela feitura dessas obras de arte, cuja memória abrigava, quase sempre, imagens referentes às letras e às ciências, de um modo geral. Era comum, à época, a inscrição de máximas, preferencialmente em latim, como a que se destaca na base do quadro de humanistas de 1939, “Moniti Meliora Sequamur”, extraída de Virgílio in: Eneida III, significando “Advertidos, sigamos o melhor”, com reprodução, aqui, em fac-simile.
Ainda que o tempo tenha conseguido esmaecer a cópia da foto original, mesmo assim estão visíveis os nomes e os retratos dos concludentes e dos homenageados pela turma, figurando, dentre esses, vultos ilustres da vida política e religiosa do Ceará e do Brasil, notadamente os com atuação relevante no campo educacional. Tem-se, assim, como exemplo, o Dr. Menezes Pimentel, escolhido Paraninfo, bem assim Dom Manoel da Silva Gomes e Irmão Henrique Chalvy, que receberam homenagens especiais. O irmão Carlos Martinez foi também alvo de honraria, da mesma forma que o Prof. A. Leite Gonçalves, este, postumamente. Outros mais, como os Drs. Alber Vasconcelos, Valdevino de Carvalho, Parsifal Barroso e Francisco Araújo, ganharam o reconhecimento dessa turma que teve, como orador oficial, José Amauri Araújo.
Por ordem alfabética, estão dispostas no quadro as fotografias dos concludentes, com nome e local de origem, tal como se segue: Alfredo Lopes Filho (Ceará), Antônio Carvalho Sisnando Lima (Ceará), Eduardo Louzada Páscoa (Ceará), Ernesto Gurgel do Amaral (Ceará), Euclides Silva Novo Junior (Ceará), Francisco Andrade Pontes (Ceará), Francisco Cirino Nogueira (Ceará), Genésio Bezerra (Ceará), Geraldo Barros de Oliveira (Ceará), Hermano José Monteiro Teles (Ceará), Hugo Hortêncio Aguiar (Ceará), João Cirino Nogueira Filho (Ceará), José Amauri de Aragão Araújo (Ceará) – Orador, José Carlos Ferreira (Ceará), José Francisco Lima (Ceará), José Joaquim dos Santos Viegas (Maranhão), José Moacir do Carmo Porto (Ceará), José Roberto Mota Gomes (Ceará), José Serapião de Aguiar (Ceará), José Vasconcelos Filho (Ceará), Luiz Carlos da Silva (Ceará), Luiz Marcelo de Sousa (Ceará), Maurício Lauria Soares (Piauí), Mauro Braga Herbster (Ceará), Miguel Leocádio de Araújo (Paraíba), Obemor Pinto Damasceno (Ceará), Paulo Humberto Lago Aguiar (Ceará), Rafael Bruno Fernandes Negreiros (Rio Grande do Norte), Raimundo Pinheiro da Silva (Ceará), Raimundo Rocha Gurgel (Rio Grande do Norte) e Wilkinson de Castro Câmara (Ceará).
Um olhar mais atento sobre esse quadro de formatura faz perceber que do grupo de trinta e um alunos concludentes, vinte e seis eram cearenses e apenas seis procediam de outros estados: um piauiense, um maranhense, um paraibano e dois potiguares, o que não deixa de ser um bom referencial da Escola Marista, do Ceará, em meados do século que passou.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado, com redução, in: O Povo. Fortaleza, 15 de agosto de 2009. Jornal do Leitor. p.2.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Pérolas dos Vestibulandos XI
ESTAS SÃO NOTA DEZ!
1. A Terra é um dos planetas mais conhecidos no mundo e suas constelações servem para esclarecer a noite.
2. As principais cidades da América do Norte são Argentina e estados Unidos.
3. Expansivas são as pessoas tangarelas.
UMA DAS MELHORES:
E o presidente onde está? Certamente em sua cadeira fumando baseado e conversando com o presidente dos EUA.
UMA DAS CAMPEÃS!!!
Em Esparta as crianças que nasciam mortas eram sacrificadas.
E O PRÊMIO VAI PARA....
O clima de São Paulo é assim: quando faz frio é inverno; quando faz calor é verão; quando tem flores é primavera; quando tem frutas é outono e quando chove é inundação."
Fonte: Internet (Circulando por e-mail)
1. A Terra é um dos planetas mais conhecidos no mundo e suas constelações servem para esclarecer a noite.
2. As principais cidades da América do Norte são Argentina e estados Unidos.
3. Expansivas são as pessoas tangarelas.
UMA DAS MELHORES:
E o presidente onde está? Certamente em sua cadeira fumando baseado e conversando com o presidente dos EUA.
UMA DAS CAMPEÃS!!!
Em Esparta as crianças que nasciam mortas eram sacrificadas.
E O PRÊMIO VAI PARA....
O clima de São Paulo é assim: quando faz frio é inverno; quando faz calor é verão; quando tem flores é primavera; quando tem frutas é outono e quando chove é inundação."
Fonte: Internet (Circulando por e-mail)
domingo, 9 de agosto de 2009
VIAGEM À BRASÍLIA
Comunico aos amigos e colegas que viajo hoje para Brasília, a fim de participar de Reunião da Avaliação da Pós-Graduação em Saúde Coletiva, sob a tutela da CAPES . Com a graça de Deus, retorno à nossa Fortaleza, na madrugada da quinta-feira.
Abraços e até a volta
Abraços e até a volta
sábado, 8 de agosto de 2009
O BRASIL ANEDÓTICO VI
"MEDECIN... MALGRÉ LUI"
Salvador de Mendonça - O Imparcial, janeiro 1913
Joaquim Manuel de Macedo, o famoso autor d' A Moreninha, exercia a medicina durante o seu tempo de estudante, quando ia a Itaborá, sua cidade natal. Uma vez formado, abandonou a profissão de tal modo, que não se lembrava, às vezes, que era médico.
Certo dia, morreu-lhe em casa uma pretinha, sendo necessário, para enterrá-la, um atestado médico. Distraído, o romancista saiu, e, ao chegar à cidade, encontrou-se com o Barão de Capanema, que perguntou aonde ia. Macedo contou-lhe o que lhe ocorrera em casa, e a sua atrapalhação para o enterro.
- Agora, o pior - terminou - é um médico para o atestado.
- Um médico? - fez Capanema espantado.
E sacudindo-lhe o braço:
- Aqui está um!
E riram, os dois.
ESCRÚPULO DE JUIZ
Medeiros e Albuquerque - Discurso na Academia Brasileira de Letras
Raimundo Correia era de um escrúpulo doentio ao lavrar as suas sentenças de juiz. Certa vez, foi ter-lhe às mãos um processo movido contra Medeiros e Albuquerque por um fornecedor que pretendia receber duas vezes uma conta de novecentos mil réis. Chamado à casa do poeta-magistrado, Medeiros encontrou-o abatido, desolado.
- Sabes - comunicou-lhe Raimundo, há nove noites não durmo por causa deste processo. Vou jurar suspeição.
- Mas, pelos autos, eu tenho ou não tenho razão?
- A conclusão que eu tiro, - informou o autor do Mal Secreto, - é que a razão está contigo. E aí é que está o meu escrúpulo.
- ?...
- Há nove noites eu pergunto a mim mesmo: mas eu acho que o Medeiros tem razão porque tem mesmo, ou é porque o Medeiros é meu amigo?
E passou adiante a papelada.
OS IDÓLATRAS DA CONSTITUIÇÃO
Moreira de Azevedo - Mosaico Brasileiro, pág. 189.
Escolhido senador em 1833, Paula e Sonsa estava no leito, desenganado, em 1851, quando a 15 de agosto lhe foram anunciar que, no dia seguinte, entrava em discussão no Senado um projeto de lei militar, consagrando princípios que a sua palavra sempre condenara.
- Quero ir ao Senado, - disse ele, ansiando: - quero ir ao Senado, e falar pela última vez. Quero protestar, em nome da Constituição, contra o projeto de lei que sujeita paisanos a comissões militares. Talvez possa a voz do moribundo, com o prestígio da morte, impedir semelhante violência.
Nessa mesma tarde, perdeu a fala. No dia seguinte, era enterrado.
O HOMEM E A NATUREZA
Alfredo Pujol - Machado de Assis, pág. 60.
Ao iniciar Machado de Assis a publicação, em folhetins diários, do seu romance A mão e a luva, Francisco Ramos Paz, um dos seus poucos amigos e seu confidente literário, lembrou-lhe a conveniência de descrever, em um dos capítulos da obra, o soberbo parque do Conde de São Mamede, no Cosme Velho.
- A natureza inspirará uma bela página ao teu romance... - disse-lhe.
Machado recusou, porém, de pronto.
- A natureza não me interessa...
E definindo-se:
- O que me interessa é o homem!
TODOS MALUCOS
Tobias Barreto - O Jornal, 5 de dezembro de 1925
Encarregado de promover, na madrugada de 16 de novembro, o embarque da família imperial a bordo do Parnaiba, o coronel Mallet foi desobrigar-se da sua missão, no Paço.
- Que é isto? Então vou embarcar a esta hora da noite? - exclamou o velho Imperador.
Mallet adiantou-se, com ar respeitoso:
- O governo pede a Vossa Majestade que embarque antes da madrugada. Assim convém.
- Que governo? - indagou o monarca.
- O governo da República, - informou o oficial.
- Deodoro também está metido nisso?
- Está, sim senhor; é ele o chefe do governo.
E o Imperador, num espanto:
- Estão todos malucos!...
A NOITE DO DITADOR
Sampaio Ferraz em Ernesto Sena - Deodoro, pág. 165
Na noite de 15 para 16 de novembro, Deodoro piorou consideravelmente da sua dispnéia cardíaca, e recolheu-se ao quarto, padecendo horrivelmente. Aí mesmo recebia os próceres do movimento revolucionário do dia, dando-lhes ordens, apresentando-lhes sugestões.
Nomeado chefe de Polícia, Sampaio Ferraz foi vê-lo nessa noite. Encontrou-o estertorando, numa crise.
- Não sei se amanhecerei! - declarou-lhe o marechal.
E asfixiado:
- Mas, enfim, cumpri o meu dever!
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)
Salvador de Mendonça - O Imparcial, janeiro 1913
Joaquim Manuel de Macedo, o famoso autor d' A Moreninha, exercia a medicina durante o seu tempo de estudante, quando ia a Itaborá, sua cidade natal. Uma vez formado, abandonou a profissão de tal modo, que não se lembrava, às vezes, que era médico.
Certo dia, morreu-lhe em casa uma pretinha, sendo necessário, para enterrá-la, um atestado médico. Distraído, o romancista saiu, e, ao chegar à cidade, encontrou-se com o Barão de Capanema, que perguntou aonde ia. Macedo contou-lhe o que lhe ocorrera em casa, e a sua atrapalhação para o enterro.
- Agora, o pior - terminou - é um médico para o atestado.
- Um médico? - fez Capanema espantado.
E sacudindo-lhe o braço:
- Aqui está um!
E riram, os dois.
ESCRÚPULO DE JUIZ
Medeiros e Albuquerque - Discurso na Academia Brasileira de Letras
Raimundo Correia era de um escrúpulo doentio ao lavrar as suas sentenças de juiz. Certa vez, foi ter-lhe às mãos um processo movido contra Medeiros e Albuquerque por um fornecedor que pretendia receber duas vezes uma conta de novecentos mil réis. Chamado à casa do poeta-magistrado, Medeiros encontrou-o abatido, desolado.
- Sabes - comunicou-lhe Raimundo, há nove noites não durmo por causa deste processo. Vou jurar suspeição.
- Mas, pelos autos, eu tenho ou não tenho razão?
- A conclusão que eu tiro, - informou o autor do Mal Secreto, - é que a razão está contigo. E aí é que está o meu escrúpulo.
- ?...
- Há nove noites eu pergunto a mim mesmo: mas eu acho que o Medeiros tem razão porque tem mesmo, ou é porque o Medeiros é meu amigo?
E passou adiante a papelada.
OS IDÓLATRAS DA CONSTITUIÇÃO
Moreira de Azevedo - Mosaico Brasileiro, pág. 189.
Escolhido senador em 1833, Paula e Sonsa estava no leito, desenganado, em 1851, quando a 15 de agosto lhe foram anunciar que, no dia seguinte, entrava em discussão no Senado um projeto de lei militar, consagrando princípios que a sua palavra sempre condenara.
- Quero ir ao Senado, - disse ele, ansiando: - quero ir ao Senado, e falar pela última vez. Quero protestar, em nome da Constituição, contra o projeto de lei que sujeita paisanos a comissões militares. Talvez possa a voz do moribundo, com o prestígio da morte, impedir semelhante violência.
Nessa mesma tarde, perdeu a fala. No dia seguinte, era enterrado.
O HOMEM E A NATUREZA
Alfredo Pujol - Machado de Assis, pág. 60.
Ao iniciar Machado de Assis a publicação, em folhetins diários, do seu romance A mão e a luva, Francisco Ramos Paz, um dos seus poucos amigos e seu confidente literário, lembrou-lhe a conveniência de descrever, em um dos capítulos da obra, o soberbo parque do Conde de São Mamede, no Cosme Velho.
- A natureza inspirará uma bela página ao teu romance... - disse-lhe.
Machado recusou, porém, de pronto.
- A natureza não me interessa...
E definindo-se:
- O que me interessa é o homem!
TODOS MALUCOS
Tobias Barreto - O Jornal, 5 de dezembro de 1925
Encarregado de promover, na madrugada de 16 de novembro, o embarque da família imperial a bordo do Parnaiba, o coronel Mallet foi desobrigar-se da sua missão, no Paço.
- Que é isto? Então vou embarcar a esta hora da noite? - exclamou o velho Imperador.
Mallet adiantou-se, com ar respeitoso:
- O governo pede a Vossa Majestade que embarque antes da madrugada. Assim convém.
- Que governo? - indagou o monarca.
- O governo da República, - informou o oficial.
- Deodoro também está metido nisso?
- Está, sim senhor; é ele o chefe do governo.
E o Imperador, num espanto:
- Estão todos malucos!...
A NOITE DO DITADOR
Sampaio Ferraz em Ernesto Sena - Deodoro, pág. 165
Na noite de 15 para 16 de novembro, Deodoro piorou consideravelmente da sua dispnéia cardíaca, e recolheu-se ao quarto, padecendo horrivelmente. Aí mesmo recebia os próceres do movimento revolucionário do dia, dando-lhes ordens, apresentando-lhes sugestões.
Nomeado chefe de Polícia, Sampaio Ferraz foi vê-lo nessa noite. Encontrou-o estertorando, numa crise.
- Não sei se amanhecerei! - declarou-lhe o marechal.
E asfixiado:
- Mas, enfim, cumpri o meu dever!
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
O MARIDO...
O marido estava sentado quieto lendo seu jornal quando sua mulher, furiosa,vem da cozinha e senta-lhe a frigideira na cabeça.
Espantado, ele levanta e pergunta:
- Por que isso agora?
- Isso é pelo papelzinho que eu encontrei no bolso de sua calça com o nome Marylu e um número...
- Querida, lembra do dia em que fui na corrida de cavalos? Pois é... Marylu foi o cavalo em que eu apostei, e o número foi o quanto estavam pagando pela aposta!
Satisfeita, a mulher saiu pedindo 1001 desculpas.
Dias depois, lá estava ele novamente sentado, quando leva uma nova porrada, só que dessa vez com a panela de pressão.
Ainda mais espantado (e zonzo), ele pergunta:
- O que foi dessa vez, meu amor???
- Seu cavalo ligou...
Fonte: Internet (Circulando por e-mail)
Espantado, ele levanta e pergunta:
- Por que isso agora?
- Isso é pelo papelzinho que eu encontrei no bolso de sua calça com o nome Marylu e um número...
- Querida, lembra do dia em que fui na corrida de cavalos? Pois é... Marylu foi o cavalo em que eu apostei, e o número foi o quanto estavam pagando pela aposta!
Satisfeita, a mulher saiu pedindo 1001 desculpas.
Dias depois, lá estava ele novamente sentado, quando leva uma nova porrada, só que dessa vez com a panela de pressão.
Ainda mais espantado (e zonzo), ele pergunta:
- O que foi dessa vez, meu amor???
- Seu cavalo ligou...
Fonte: Internet (Circulando por e-mail)
terça-feira, 4 de agosto de 2009
“IN EXTREMIS” VIII
“Lembra-te!” – Carlos I da Inglaterra
“Espero firmemente que se possa pintar no céu” – Corot
“Um cavalo! Um cavalo. Minha coroa.” – Ricardo III da Inglaterra
“De mal com el-Rey por amor dos homens, de mal com os homens por amor de el-Rey” – Afonso de Albuquerque
“Morro na Vanguarda” – General Caucha
“Tem razão: não quero morrer já, assim ficará muito bem” – Turenne
“Senhor! Não quero sobreviver a essa afronta” – Vatel
“Espera pelo sinal!” – Carlos I da Inglaterra (ao carrasco)
“Morro sem saudades, pois deixo a minha Pátria vencedora” – Epaminondas
Extraído do Almanaque do Ceará – 1941. p. 95-7.
“Espero firmemente que se possa pintar no céu” – Corot
“Um cavalo! Um cavalo. Minha coroa.” – Ricardo III da Inglaterra
“De mal com el-Rey por amor dos homens, de mal com os homens por amor de el-Rey” – Afonso de Albuquerque
“Morro na Vanguarda” – General Caucha
“Tem razão: não quero morrer já, assim ficará muito bem” – Turenne
“Senhor! Não quero sobreviver a essa afronta” – Vatel
“Espera pelo sinal!” – Carlos I da Inglaterra (ao carrasco)
“Morro sem saudades, pois deixo a minha Pátria vencedora” – Epaminondas
Extraído do Almanaque do Ceará – 1941. p. 95-7.
domingo, 2 de agosto de 2009
CORRIGINDO OS DITOS POPULARES III
FRASES QUE O POVO DIZ...
CONTO DO VIGÁRIO.
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente.
Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro.
O negócio era o seguinte: Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro.
Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
FICAR A VER NAVIOS.
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado.
Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as
pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei.
Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
NÃO ENTENDO PATAVINAS.
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.
Fonte: Vera Bighetti in: http://netart.incubadora.fapesp.br/portal/Members/vera_bighetti/document.2006-08-30.4994282251
CONTO DO VIGÁRIO.
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente.
Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro.
O negócio era o seguinte: Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro.
Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.
FICAR A VER NAVIOS.
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado.
Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as
pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei.
Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
NÃO ENTENDO PATAVINAS.
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.
Fonte: Vera Bighetti in: http://netart.incubadora.fapesp.br/portal/Members/vera_bighetti/document.2006-08-30.4994282251
sábado, 1 de agosto de 2009
“XECÁPI” DO CEARENSE
O Seu Antônio, aproveitando a viagem a Fortaleza, foi ao médico fazer um 'xecápi'. Pergunta o médico:
- Sr. Antônio, o senhor está em muito boa forma para 40 anos.
- E eu disse ter 40 anos?
- Quantos anos o senhor tem?
- Fiz 57 em maio que passou.
- Puxa! E quantos anos tinha seu pai quando morreu?
- E eu disse que meu pai morreu?
- Oh, desculpe! Quantos anos tem seu pai?
- O véio tem 81.
- 81? Que bom! E quantos anos tinha seu avô quando morreu?
- E eu disse que ele morreu?
- Sinto muito. E quantos anos ele tem?
- 103, e anda de bicicleta até hoje.
- Fico feliz em saber. E seu bisavô? Morreu de quê?
- E eu disse que ele tinha morrido? Ele está com 124 e vai casar na semana que vem.
- Agora já é demais! - Diz o médico revoltado. - Por que um homem de 124 anos iria querer casar?
- E eu disse que ele QUERIA se casar? Queria nada, ele engravidou a moça...
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
- Sr. Antônio, o senhor está em muito boa forma para 40 anos.
- E eu disse ter 40 anos?
- Quantos anos o senhor tem?
- Fiz 57 em maio que passou.
- Puxa! E quantos anos tinha seu pai quando morreu?
- E eu disse que meu pai morreu?
- Oh, desculpe! Quantos anos tem seu pai?
- O véio tem 81.
- 81? Que bom! E quantos anos tinha seu avô quando morreu?
- E eu disse que ele morreu?
- Sinto muito. E quantos anos ele tem?
- 103, e anda de bicicleta até hoje.
- Fico feliz em saber. E seu bisavô? Morreu de quê?
- E eu disse que ele tinha morrido? Ele está com 124 e vai casar na semana que vem.
- Agora já é demais! - Diz o médico revoltado. - Por que um homem de 124 anos iria querer casar?
- E eu disse que ele QUERIA se casar? Queria nada, ele engravidou a moça...
Fonte: Internet (circulando por e-mail)