O jornal O Povo, de 25/10/09, na Seção Fala Cidadão, cedeu espaço para publicação do artigo “O Valor da Odontologia”, de autoria do cirurgião-dentista Raimundo Leopoldo Vitorino de Menezes, nosso contemporâneo dos bancos universitários e companheiro nas lides acadêmicas, como Representante Estudantil, na órbita do Centro de Ciências da Saúde, nos anos setenta.
A abertura do seu texto recorreu a uma citação que nos trouxe à mente as lembranças de adolescente, nos idos da década de sessenta, enfrentando a cadeira do competente e hábil Dr. Antônio das Chagas Bonfim, em seu consultório situado à Avenida João Pessoa, nas imediações do Colégio Juvenal de Carvalho.
Os dizeres em questão “Odontologia é uma profissão que requer daqueles que a exercem o senso estético de um artista, a destreza de um cirurgião, os conhecimentos científicos de um médico e a paciência de um monge” emolduravam um quadro, ostentado na parede, com orgulho profissional, e afixado em uma posição que se tornava uma leitura compulsória de todos os clientes do conhecido dentista de bairro, cuja memória deve ser reverenciada, mercê da sua dedicada atuação profissional.
O odontólogo Leopoldo Menezes, que tem se destacado como liderança incontestável da sua briosa classe, cometeu, no entanto, em seu escrito, apenas um equívoco, ao atribuir a autoria desses pensamentos ao professor Mário Chaves, um notável sanitarista brasileiro, quando, na verdade, os créditos autorais devem ser dirigidos à S.S., o papa Pio XII (1876-1958), que assim expressou o seu reconhecimento aos profissionais da Odontologia.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado in: Jornal O Povo. Fortaleza, 28 de outubro de 2009. Caderno A (Opinião/ Fala Cidadão). p.7.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
UM TRIBUTO À MEMÓRIA DE EILSON GOES
Foi com imensa honra que aceitei o convite para fazer a apresentação de um livro, mercê dos seus organizadores Marcelo Gurgel e Elsie Studart, da obra em si, e, principalmente, do homenageado por ela, o Dr. Eilson Goes de Oliveira.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva – formado médico e economista, ambos pela UFC, em 1977 e 1986, respectivamente. Na pós-graduação (Especialização, Mestrado e Doutorado) dirigiu sua atenção para a Saúde Pública e a Epidemiologia, tendo publicado importantes livros e trabalhos científicos na área. Na pesquisa e no magistério, tem trilhado um brilhante e produtivo caminho. O espírito memorialista do Dr. Marcelo tem oferecido à sociedade ricos momentos de recordações, como no livro sobre o nosso inesquecível Paulo Marcelo (“Paulo Marcelo Martins Rodrigues: o divisor de águas na Medicina do Ceará”). Como membro da Academia Cearense de Medicina, tem se ocupado da instigante tarefa de resgatar a memória de vultos daquele sodalício.
Elsie Studart Gurgel de Oliveira – é técnica em assuntos educacionais, entusiasta da vida e profunda admiradora das ciências e das artes. Hoje, reserva uma parte do seu tempo para trabalhar no Instituto do Câncer do Ceará. De algum tempo pra cá, tem dividido com Marcelo Gurgel a produção de trabalhos, livros, inclusive, sobre fatos e personagens da história local, a exemplo de sua participação nas obras: “Paulo Marcelo Martins Rodrigues”, “Instituto do Câncer do Ceará: 50 anos a serviço da comunidade”, “Frei Lauro Schwarte e os Anos Iluminados do Otávio Bonfim” e “Dom Aloísio”.
O livro “Smile: tributo à memória do Prof. Eilson Goes”, publicação da Editora da UECE, obra comemorativa dos 65 anos do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), está dividido em seis partes: I – Textos inéditos do homenageado; II – Um olhar sobre a produção literária de Eilson Goes; III – Depoimentos; IV – Homenagens póstumas; V – Versos para Eilson; e VI – Apêndice – com fotos e verbetes.
O médico Eilson Goes de Oliveira, talentoso professor, apaixonado pela matemática e pela estatística, pelos amigos e pela vida, partiu em 18/10/2008, deixando-nos perplexos diante de um imenso vazio. E com profunda saudade os seus amigos externaram, em prosa e verso, os sentimentos que compõem as letras desse livro.
Como bem se expressam os organizadores na apresentação: “A alma pura de Eilson recendia ao mais puro lirismo, e isso foi bastante para que uns poucos da sua vasta legião de admiradores, com veia poética, resolvessem cantá-lo, em versos, sem rimas, nem metrificações, mas animados pelo sentimentalismo e pela vontade de recordar, conjugando a Parte V desta coletânea. ... Um destaque deste livro é, sem dúvida, o seu prefácio, uma colaboração do patologista e professor Dalgimar Beserra de Menezes, como o próprio Eilson, um gênio, hábil no duelo travado à luz da sua imaginação, envolvendo o Cavaleiro da Triste Figura versus Vautrin.”
É necessário louvar o paciente trabalho desenvolvido pelos organizadores, onde se nota o inconfundível espírito do pesquisador. A escolha e a dinâmica dos textos transportam o leitor para o conhecimento do nosso inquieto gênio.
Convidamos aos amigos do Prof. Eilson e aos amigos do ICC a conhecerem esta coletânea e com certeza vão ser agraciados com um envolvente momento de saudade.
Profa. Dra. Helena Pitombeira
Da Academia Cearense de Medicina
* Publicado in: O Povo, Fato Médico, de 25 de outubro de 2009. p.8.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva – formado médico e economista, ambos pela UFC, em 1977 e 1986, respectivamente. Na pós-graduação (Especialização, Mestrado e Doutorado) dirigiu sua atenção para a Saúde Pública e a Epidemiologia, tendo publicado importantes livros e trabalhos científicos na área. Na pesquisa e no magistério, tem trilhado um brilhante e produtivo caminho. O espírito memorialista do Dr. Marcelo tem oferecido à sociedade ricos momentos de recordações, como no livro sobre o nosso inesquecível Paulo Marcelo (“Paulo Marcelo Martins Rodrigues: o divisor de águas na Medicina do Ceará”). Como membro da Academia Cearense de Medicina, tem se ocupado da instigante tarefa de resgatar a memória de vultos daquele sodalício.
Elsie Studart Gurgel de Oliveira – é técnica em assuntos educacionais, entusiasta da vida e profunda admiradora das ciências e das artes. Hoje, reserva uma parte do seu tempo para trabalhar no Instituto do Câncer do Ceará. De algum tempo pra cá, tem dividido com Marcelo Gurgel a produção de trabalhos, livros, inclusive, sobre fatos e personagens da história local, a exemplo de sua participação nas obras: “Paulo Marcelo Martins Rodrigues”, “Instituto do Câncer do Ceará: 50 anos a serviço da comunidade”, “Frei Lauro Schwarte e os Anos Iluminados do Otávio Bonfim” e “Dom Aloísio”.
O livro “Smile: tributo à memória do Prof. Eilson Goes”, publicação da Editora da UECE, obra comemorativa dos 65 anos do Instituto do Câncer do Ceará (ICC), está dividido em seis partes: I – Textos inéditos do homenageado; II – Um olhar sobre a produção literária de Eilson Goes; III – Depoimentos; IV – Homenagens póstumas; V – Versos para Eilson; e VI – Apêndice – com fotos e verbetes.
O médico Eilson Goes de Oliveira, talentoso professor, apaixonado pela matemática e pela estatística, pelos amigos e pela vida, partiu em 18/10/2008, deixando-nos perplexos diante de um imenso vazio. E com profunda saudade os seus amigos externaram, em prosa e verso, os sentimentos que compõem as letras desse livro.
Como bem se expressam os organizadores na apresentação: “A alma pura de Eilson recendia ao mais puro lirismo, e isso foi bastante para que uns poucos da sua vasta legião de admiradores, com veia poética, resolvessem cantá-lo, em versos, sem rimas, nem metrificações, mas animados pelo sentimentalismo e pela vontade de recordar, conjugando a Parte V desta coletânea. ... Um destaque deste livro é, sem dúvida, o seu prefácio, uma colaboração do patologista e professor Dalgimar Beserra de Menezes, como o próprio Eilson, um gênio, hábil no duelo travado à luz da sua imaginação, envolvendo o Cavaleiro da Triste Figura versus Vautrin.”
É necessário louvar o paciente trabalho desenvolvido pelos organizadores, onde se nota o inconfundível espírito do pesquisador. A escolha e a dinâmica dos textos transportam o leitor para o conhecimento do nosso inquieto gênio.
Convidamos aos amigos do Prof. Eilson e aos amigos do ICC a conhecerem esta coletânea e com certeza vão ser agraciados com um envolvente momento de saudade.
Profa. Dra. Helena Pitombeira
Da Academia Cearense de Medicina
* Publicado in: O Povo, Fato Médico, de 25 de outubro de 2009. p.8.
sábado, 24 de outubro de 2009
CAMPANHA PUBLICITÁRIA DO CITIBANK
"Crie filhos em vez de herdeiros."
"Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."
"Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."
"Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."
"Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."
"Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"
"Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."
"Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."
"... e quem sabe assim você seja promovido a melhor (amigo/pai/mãe/filho//filha/namorada/namorado/marido/esposa/irmão/irmã... etc.) do mundo!"
"Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."
* Campanha publicitária do Citibank espalhada pela cidade de São Paulo através de Outdoors
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
"Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."
"Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."
"Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."
"Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."
"Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"
"Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."
"Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."
"... e quem sabe assim você seja promovido a melhor (amigo/pai/mãe/filho//filha/namorada/namorado/marido/esposa/irmão/irmã... etc.) do mundo!"
"Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."
* Campanha publicitária do Citibank espalhada pela cidade de São Paulo através de Outdoors
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
LISTA DOS DESEJOS FEMININOS II
Lista Revisada aos 50 Anos
Eu quero um homem que...
1. Corte os pelos do nariz e das orelhas,
2. Não coce o saco nem cuspa em público,
3. Não sustente as irmãs, nem as filhas do primeiro casamento,
4. Não balance a cabeça até dormir enquanto eu estou reclamando,
5. Não conte a mesma piada o tempo todo.
Lista Revisada aos 60 Anos
Eu quero um homem que...
1. Não assuste as crianças pequenas,
2. Ronque bem baixinho quando dorme,
3. Esteja em forma suficiente para ficar de pé sozinho,
4. Use cuecas e meias limpas.
Lista Revisada aos 70 Anos
Eu quero um homem que...
1. Respire,
2. Lembre onde deixou seus dentes
Lista Revisada aos 80 Anos
Eu quero um homem que...
1. O que é um homem, mesmo???
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
Eu quero um homem que...
1. Corte os pelos do nariz e das orelhas,
2. Não coce o saco nem cuspa em público,
3. Não sustente as irmãs, nem as filhas do primeiro casamento,
4. Não balance a cabeça até dormir enquanto eu estou reclamando,
5. Não conte a mesma piada o tempo todo.
Lista Revisada aos 60 Anos
Eu quero um homem que...
1. Não assuste as crianças pequenas,
2. Ronque bem baixinho quando dorme,
3. Esteja em forma suficiente para ficar de pé sozinho,
4. Use cuecas e meias limpas.
Lista Revisada aos 70 Anos
Eu quero um homem que...
1. Respire,
2. Lembre onde deixou seus dentes
Lista Revisada aos 80 Anos
Eu quero um homem que...
1. O que é um homem, mesmo???
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
terça-feira, 20 de outubro de 2009
PÉROLAS DE MAX NUNES III
- Há casais que se detestam tanto que não se separam só pra um não dar esse prazer ao outro.
- O eleitor, obrigatoriamente, tem que ser qualificado. O candidato, não.
- Algumas mulheres são tão feias que deviam processar a natureza por perdas e danos.
- Quando a mãe informou aos filhos que ia conferir um prêmio ao mais obediente da casa, todos gritaram ao mesmo tempo: "É o papai!".
- Ah, o que seria do governo se o povo pudesse falar pela boca do estômago!
- Já foi o tempo em que a união fazia a força. Hoje a União cobra os impostos e quem faz a força é você.
- A prova de que tudo subiu de preço é que até uma coroa já é cara.
- Uma camisa nova tem sempre um alfinete além daqueles que você já tirou.
- Opinião é uma coisa que a gente dá e, às vezes, apanha.
Fonte: Nunes, Max. "Uma pulga na camisola - O máximo de Max Nunes". São Paulo, Companhia das Letras, 1996.
- O eleitor, obrigatoriamente, tem que ser qualificado. O candidato, não.
- Algumas mulheres são tão feias que deviam processar a natureza por perdas e danos.
- Quando a mãe informou aos filhos que ia conferir um prêmio ao mais obediente da casa, todos gritaram ao mesmo tempo: "É o papai!".
- Ah, o que seria do governo se o povo pudesse falar pela boca do estômago!
- Já foi o tempo em que a união fazia a força. Hoje a União cobra os impostos e quem faz a força é você.
- A prova de que tudo subiu de preço é que até uma coroa já é cara.
- Uma camisa nova tem sempre um alfinete além daqueles que você já tirou.
- Opinião é uma coisa que a gente dá e, às vezes, apanha.
Fonte: Nunes, Max. "Uma pulga na camisola - O máximo de Max Nunes". São Paulo, Companhia das Letras, 1996.
domingo, 18 de outubro de 2009
LISTA DOS DESEJOS FEMININOS I
Lista Original dos desejos femininos
Eu quero um homem que...
1. Seja lindo,
2. Encantador,
3. Financeiramente estável,
4. Um bom ouvinte,
5. Divertido,
6. Em boa forma física,
7. Se vista bem,
8. Aprecie as coisas mais finas,
9. Faça muitas surpresas agradáveis,
10. Seja um amante criativo e romântico.
Lista Revisada aos 30 Anos
Eu quero um homem que...
1. Seja bonitinho,
2. Abra a porta do carro
3 Tenha dinheiro suficiente para jantar fora com certa freqüência
4. Ouça mais do que fale,
5. Ria das minhas piadas,
6. Carregue as sacolas do mercado com facilidade,
7. Tenha no mínimo uma gravata,
8. Lembre de aniversários e datas especiais,
9. Faça sexo, pelo menos, uma vez por semana.
Lista Revisada aos 40 Anos
Eu quero um homem que.....
1. Não seja muito feio,
2. Espere eu me sentar no carro antes de começar a acelerar,
3. Tenha um emprego fixo
4. Balance a cabeça enquanto eu falo,
5. Esteja em forma ao menos para mudar a mobília de lugar,
6. Use camisetas que cubram sua barriga,
7. Não compre cidra achando que é champagne,
8. Se lembre de abaixar a tampa da privada (já tá bom, né? Esquece o Romance...)
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
Eu quero um homem que...
1. Seja lindo,
2. Encantador,
3. Financeiramente estável,
4. Um bom ouvinte,
5. Divertido,
6. Em boa forma física,
7. Se vista bem,
8. Aprecie as coisas mais finas,
9. Faça muitas surpresas agradáveis,
10. Seja um amante criativo e romântico.
Lista Revisada aos 30 Anos
Eu quero um homem que...
1. Seja bonitinho,
2. Abra a porta do carro
3 Tenha dinheiro suficiente para jantar fora com certa freqüência
4. Ouça mais do que fale,
5. Ria das minhas piadas,
6. Carregue as sacolas do mercado com facilidade,
7. Tenha no mínimo uma gravata,
8. Lembre de aniversários e datas especiais,
9. Faça sexo, pelo menos, uma vez por semana.
Lista Revisada aos 40 Anos
Eu quero um homem que.....
1. Não seja muito feio,
2. Espere eu me sentar no carro antes de começar a acelerar,
3. Tenha um emprego fixo
4. Balance a cabeça enquanto eu falo,
5. Esteja em forma ao menos para mudar a mobília de lugar,
6. Use camisetas que cubram sua barriga,
7. Não compre cidra achando que é champagne,
8. Se lembre de abaixar a tampa da privada (já tá bom, né? Esquece o Romance...)
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
BOLSAS DO CNPq: dois pesos, duas medidas....
A revista semanal Isto É (Ano 32, Nº 2.049), datada de 18/02/09, publicou o artigo “Linha Dura com os Doutores” (p. 65), de autoria da jornalista Carina Rabelo, discorrendo sobre os bolsistas do CNPq que foram fazer pós-graduação no estrangeiro e não retornaram ao País, depois do término do curso. Segundo a matéria, o Tribunal de Contas da União (TCU), quantifica 395 processos contra esses beneficiados do CNPq, dos quais 318 foram concluídos e enviados à Advocacia-Geral da União, responsável pela execução da dívida inerente a 91 condenações judiciais.
A situação lamentável se configura no fato de os bolsistas não virem honrando o Termo de Compromisso, assinado por ocasião da concessão, que dispõe, como contrapartida, sobre a obrigatoriedade da volta e a permanência do beneficiado no Brasil, pelo tempo correspondente ao da vigência da bolsa, com o fim de colaborar para o desenvolvimento nacional, sob pena de devolução das quantias percebidas, caso desistam de manter residência aqui.
Em grande parte, os que fixam moradia fora da pátria amada e idolatrada, o fazem motivados pela busca de melhores oportunidades na carreira profissional e aludem a falta de estrutura no Brasil, para dar seqüência às pesquisas começadas nos serviços estrangeiros, O governo brasileiro manifesta-se contrário a esse argumento, alegando que se o País dispusesse de boas condições, nesse sentido, não careceria de enviar seus pesquisadores para fora, e, por isso mesmo, é que os mandam ao exterior, a fim de que ao regressarem, ajudem a construir a pretendida estrutura de pesquisa.
Diga-se de passagem que, em princípio, o governo brasileiro tem razão, em sua cobrança, para fazer valer o que foi previamente acordado entre as partes. Contudo, há casos e casos ... Um pesquisador, considerando o estado atual da globalização, mesmo tendo permanecido no exterior, quando deveria honrar o compromisso contratual do regresso, pode servir, com o seu labor, muito mais ao Brasil do que outro que voltou e trabalha, entre nós, com produção intelectual aquém do esperado, evidenciando um desperdício de recursos nele aplicados. Os dois exemplos a seguir, extremos, porém reais, coadunam-se para referendar o que vem de ser exposto.
Uma professora, não vale citar nome, solicitou licença sem vencimentos de uma instituição de ensino superior cearense, para fazer doutorado no exterior. No terceiro ano do seu curso, após sucessivas tentativas, logrou uma bolsa do CNPq, que vigorou durante dois anos. Findo o doutorado, voltou ela ao Ceará e apresentou-se à sua instituição de origem, que não a readmitiu no seu quadro funcional, porquanto o seu posto de trabalho fora ocupado por outro docente. Por quase dois anos, permaneceu ela aguardando um concurso público, em sua área de pós-graduação, e diante da falta de expectativas de se materializar o certame, aceitou o convite para lecionar na universidade estrangeira, onde se doutorara. Desde então, como docente efetiva dessa importante unidade acadêmica, tem prestado relevantes serviços ao Brasil, acolhendo brasileiros como pós-graduandos, conduzindo estudos em parceria com pesquisadores brasileiros e da sua entidade, organizando seminários e eventos científicos no Brasil, para os quais traz seus colegas de trabalho, emprestando a esses acontecimentos, uma riqueza maior, em termos de conteúdo.
Enquanto isso, um sociólogo e ex-seminarista, não cabe nominar quem seja, passou cerca de seis anos no México, fazendo Doutorado na área de Ciências Sociais, à custa do CNPq, voltando ao Brasil, apesar de tanto tempo (mais de um lustro), sem ter conseguido concluir o curso, desperdiçando todo o investimento feito às expensas do erário, ou melhor, do sofrido contribuinte brasileiro. O dito cujo, alvo das benesses governamentais, reside no Brasil, desde então, e, ao que consta, não tem emprego fixo, e segue adiante, como ardoroso defensor e ideólogo do MST, sem nada ter trazido de concreto, em prol do desenvolvimento científico do Brasil.
Longe das parábolas, qual desses profissionais teria servido melhor ao nosso País? O CNPq foi implacável na sua cobrança de dívida da docente ... e, até onde se sabe, pecou pela omissão, quando deixou de reclamar do aludido cientista social, o ressarcimento do débito pelo exagerado tempo em que permaneceu na terra dos mariachis, dívida essa só passível de atenuação se o pecador tiver rezado muito para a Virgem de Guadalupe.
Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Coordenador do Curso de Medicina-UECE
* Publicado in: APESC Notícias, 9 (39):3, outubro/novembro de 2009. (Órgão de divulgação da Associação dos Professores do Ensino Superior do Ceará).
A situação lamentável se configura no fato de os bolsistas não virem honrando o Termo de Compromisso, assinado por ocasião da concessão, que dispõe, como contrapartida, sobre a obrigatoriedade da volta e a permanência do beneficiado no Brasil, pelo tempo correspondente ao da vigência da bolsa, com o fim de colaborar para o desenvolvimento nacional, sob pena de devolução das quantias percebidas, caso desistam de manter residência aqui.
Em grande parte, os que fixam moradia fora da pátria amada e idolatrada, o fazem motivados pela busca de melhores oportunidades na carreira profissional e aludem a falta de estrutura no Brasil, para dar seqüência às pesquisas começadas nos serviços estrangeiros, O governo brasileiro manifesta-se contrário a esse argumento, alegando que se o País dispusesse de boas condições, nesse sentido, não careceria de enviar seus pesquisadores para fora, e, por isso mesmo, é que os mandam ao exterior, a fim de que ao regressarem, ajudem a construir a pretendida estrutura de pesquisa.
Diga-se de passagem que, em princípio, o governo brasileiro tem razão, em sua cobrança, para fazer valer o que foi previamente acordado entre as partes. Contudo, há casos e casos ... Um pesquisador, considerando o estado atual da globalização, mesmo tendo permanecido no exterior, quando deveria honrar o compromisso contratual do regresso, pode servir, com o seu labor, muito mais ao Brasil do que outro que voltou e trabalha, entre nós, com produção intelectual aquém do esperado, evidenciando um desperdício de recursos nele aplicados. Os dois exemplos a seguir, extremos, porém reais, coadunam-se para referendar o que vem de ser exposto.
Uma professora, não vale citar nome, solicitou licença sem vencimentos de uma instituição de ensino superior cearense, para fazer doutorado no exterior. No terceiro ano do seu curso, após sucessivas tentativas, logrou uma bolsa do CNPq, que vigorou durante dois anos. Findo o doutorado, voltou ela ao Ceará e apresentou-se à sua instituição de origem, que não a readmitiu no seu quadro funcional, porquanto o seu posto de trabalho fora ocupado por outro docente. Por quase dois anos, permaneceu ela aguardando um concurso público, em sua área de pós-graduação, e diante da falta de expectativas de se materializar o certame, aceitou o convite para lecionar na universidade estrangeira, onde se doutorara. Desde então, como docente efetiva dessa importante unidade acadêmica, tem prestado relevantes serviços ao Brasil, acolhendo brasileiros como pós-graduandos, conduzindo estudos em parceria com pesquisadores brasileiros e da sua entidade, organizando seminários e eventos científicos no Brasil, para os quais traz seus colegas de trabalho, emprestando a esses acontecimentos, uma riqueza maior, em termos de conteúdo.
Enquanto isso, um sociólogo e ex-seminarista, não cabe nominar quem seja, passou cerca de seis anos no México, fazendo Doutorado na área de Ciências Sociais, à custa do CNPq, voltando ao Brasil, apesar de tanto tempo (mais de um lustro), sem ter conseguido concluir o curso, desperdiçando todo o investimento feito às expensas do erário, ou melhor, do sofrido contribuinte brasileiro. O dito cujo, alvo das benesses governamentais, reside no Brasil, desde então, e, ao que consta, não tem emprego fixo, e segue adiante, como ardoroso defensor e ideólogo do MST, sem nada ter trazido de concreto, em prol do desenvolvimento científico do Brasil.
Longe das parábolas, qual desses profissionais teria servido melhor ao nosso País? O CNPq foi implacável na sua cobrança de dívida da docente ... e, até onde se sabe, pecou pela omissão, quando deixou de reclamar do aludido cientista social, o ressarcimento do débito pelo exagerado tempo em que permaneceu na terra dos mariachis, dívida essa só passível de atenuação se o pecador tiver rezado muito para a Virgem de Guadalupe.
Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Coordenador do Curso de Medicina-UECE
* Publicado in: APESC Notícias, 9 (39):3, outubro/novembro de 2009. (Órgão de divulgação da Associação dos Professores do Ensino Superior do Ceará).
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
ASSALTANTES BRASILEIROS II
O regionalismo está presente até entre os malfeitores.
Vejam os exemplos a seguir:
Assaltante Baiano
- Ô meu rei....(longa pausa)........ isso é um assalto...
- Levanta os braços, mas não se avexe não...
- Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado...
- Vai passando a grana, bem devagarinho...
- Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado...
- Não esquenta, meu irmãozinho, vou deixar teus documentos na próxima encruzilhada...
Assaltante Paulista (torcedor do Corinthians)
- Ôrra, meu..... Isso é um assalto, meu....
- Alevanta os braços, meu....
- Passa a grana logo, meu...
- Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do jogo do Timão, meu....
- Se manda, meu ...
Assaltante Campineiro
- Bang.
- Pô véio nóis num ia assaltá o cara?
- Sei lá mano deu um branco.
- F... Vambora.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
Vejam os exemplos a seguir:
Assaltante Baiano
- Ô meu rei....(longa pausa)........ isso é um assalto...
- Levanta os braços, mas não se avexe não...
- Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado...
- Vai passando a grana, bem devagarinho...
- Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado...
- Não esquenta, meu irmãozinho, vou deixar teus documentos na próxima encruzilhada...
Assaltante Paulista (torcedor do Corinthians)
- Ôrra, meu..... Isso é um assalto, meu....
- Alevanta os braços, meu....
- Passa a grana logo, meu...
- Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do jogo do Timão, meu....
- Se manda, meu ...
Assaltante Campineiro
- Bang.
- Pô véio nóis num ia assaltá o cara?
- Sei lá mano deu um branco.
- F... Vambora.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
terça-feira, 13 de outubro de 2009
CINEMA NO NORDESTE! II
Para conseguir a aceitação do público nordestino, os cinemas locais decidiram mudar os nomes dos filmes. Veja abaixo os novos títulos:
De: Godzila.
Para: Calangão
De: Perfume de Mulher
Para: Cherim de Cabocla
De: Tora, Tora, Tora!
Para: Ôxente, Ôxente, Ôxente!
De: Mamãe Faz Cem Anos
Para: Mainha Nun Morre Mais
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
De: Godzila.
Para: Calangão
De: Perfume de Mulher
Para: Cherim de Cabocla
De: Tora, Tora, Tora!
Para: Ôxente, Ôxente, Ôxente!
De: Mamãe Faz Cem Anos
Para: Mainha Nun Morre Mais
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
domingo, 11 de outubro de 2009
PRÊMIO IG NOBEL PARA FORTALEZA
Todo ano, a tão aguardada divulgação dos ganhadores do Prêmio Nobel, feita aos poucos, com anúncio por categoria, dissipa as expectativas dos brasileiros e nos deixa, como a chupar os dedos, diante das escolhas, que, por vezes, contemplam pessoas ou instituições de países de importância periférica, econômica e politicamente.
O orgulho nacional parece ser sublimado por mecanismos de compensação, aventando outros feitos nas áreas dos desportos (futebol, voleibol, automobilismo), da beleza (modelos, misses) e das artes populares (carnaval, música), mas nada de maior relevo, no tocante à ciência, ao humanismo e à cultura, valorizados e dignificados pelos comitês de outorga da valorosa premiação internacional aludida.
Bem que merecíamos ter recebido o dito galardão em várias oportunidades, quando estivemos muito perto de abocanhá-lo, e por injustiça ou razões escusas, foi negada a concessão a cidadãos brasileiros, cujos méritos, reconhecidos além fronteiras, apontam para a falha eventual dessa honraria, como aconteceu, dentre outros, com Carlos Chagas, Rocha e Silva, César Lattes e Dom Helder Câmara.
O último caso foi sobejamente emblemático, e indicativo de um verdadeiro crime de lesa-pátria, perpetrado pelos áulicos do poder. De fato, por obscura e nefanda ação de obtusos agentes a serviço da “diplomacia” do Brasil, foi perdida a maior chance de um cidadão nacional de obter o primeiro Prêmio Nobel, no caso o da Paz, de 1971.
Para rememorar, sabe-se que a candidatura de D. Helder foi sorrateiramente alvejada, a fim de favorecer tal outorga ao premier alemão Willy Brandt, que venceu com velado apoio da nossa ditadura castrense. A ignonímia em questão, praticada contra o Dom da Paz, foi orquestrada para minar a possibilidade da comunidade internacional chancelar, com a magna honraria, aquele tido como o inimigo número um do então regime militar.
Já que um Prêmio Nobel está cada vez mais distante para os brasileiros, talvez fosse o momento de nos contentar em lograr a sua versão picaresca - o “Prêmio Ig Nobel”, criado, em 1991, pela revista “Anais das Pesquisas Improváveis”, e distribuído em nove categorias, em cerimônia que ocorre, anualmente, em Harvard (USA).
Seria uma oportunidade singular de apresentar uma candidatura imbatível, a de Fortaleza, para o recebimento do “Prêmio Ig Nobel da Paz”, por ter denominado de Che Guevara o Centro Urbano de Cultura, Arte, Esporte, Ciência e Lazer (CUCA), inaugurado em 10/09/09, que mereceu manifestação de repúdio de tantos leitores dos maiores diários cearenses.
A dificuldade subsistente, todavia, seria a de identificar o ignóbil mentor da idéia do “CUCA Che” ou o néscio gestor público municipal que o instituiu, a ser aquinhoado com um troféu à altura de sua estultice.
Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico sanitarista e cidadão inconformado
* Publicado in: Jornal O Povo. Fortaleza, 11 de outubro de 2009. Fato Médico /Reflexões. p.8.
O orgulho nacional parece ser sublimado por mecanismos de compensação, aventando outros feitos nas áreas dos desportos (futebol, voleibol, automobilismo), da beleza (modelos, misses) e das artes populares (carnaval, música), mas nada de maior relevo, no tocante à ciência, ao humanismo e à cultura, valorizados e dignificados pelos comitês de outorga da valorosa premiação internacional aludida.
Bem que merecíamos ter recebido o dito galardão em várias oportunidades, quando estivemos muito perto de abocanhá-lo, e por injustiça ou razões escusas, foi negada a concessão a cidadãos brasileiros, cujos méritos, reconhecidos além fronteiras, apontam para a falha eventual dessa honraria, como aconteceu, dentre outros, com Carlos Chagas, Rocha e Silva, César Lattes e Dom Helder Câmara.
O último caso foi sobejamente emblemático, e indicativo de um verdadeiro crime de lesa-pátria, perpetrado pelos áulicos do poder. De fato, por obscura e nefanda ação de obtusos agentes a serviço da “diplomacia” do Brasil, foi perdida a maior chance de um cidadão nacional de obter o primeiro Prêmio Nobel, no caso o da Paz, de 1971.
Para rememorar, sabe-se que a candidatura de D. Helder foi sorrateiramente alvejada, a fim de favorecer tal outorga ao premier alemão Willy Brandt, que venceu com velado apoio da nossa ditadura castrense. A ignonímia em questão, praticada contra o Dom da Paz, foi orquestrada para minar a possibilidade da comunidade internacional chancelar, com a magna honraria, aquele tido como o inimigo número um do então regime militar.
Já que um Prêmio Nobel está cada vez mais distante para os brasileiros, talvez fosse o momento de nos contentar em lograr a sua versão picaresca - o “Prêmio Ig Nobel”, criado, em 1991, pela revista “Anais das Pesquisas Improváveis”, e distribuído em nove categorias, em cerimônia que ocorre, anualmente, em Harvard (USA).
Seria uma oportunidade singular de apresentar uma candidatura imbatível, a de Fortaleza, para o recebimento do “Prêmio Ig Nobel da Paz”, por ter denominado de Che Guevara o Centro Urbano de Cultura, Arte, Esporte, Ciência e Lazer (CUCA), inaugurado em 10/09/09, que mereceu manifestação de repúdio de tantos leitores dos maiores diários cearenses.
A dificuldade subsistente, todavia, seria a de identificar o ignóbil mentor da idéia do “CUCA Che” ou o néscio gestor público municipal que o instituiu, a ser aquinhoado com um troféu à altura de sua estultice.
Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva
Médico sanitarista e cidadão inconformado
* Publicado in: Jornal O Povo. Fortaleza, 11 de outubro de 2009. Fato Médico /Reflexões. p.8.
sábado, 10 de outubro de 2009
O BRASIL ANEDÓTICO VIII
SALVANDO A GRAMÁTICA
Domingos Barbosa - Silhuetas, pág. 81
Resolvida a adesão da província ao movimento de 15 de novembro, foi constituída no Maranhão uma Junta Governativa, de que era membro o tribuno Paula Duarte, republicano da propaganda; o major Tavares, representando o elemento militar e o comerciante Francisco Xavier de Carvalho, homem de poucas letras mas de grande seriedade, que entrava, no caso, como delegado do povo.
Ao fim de alguns dias de governo, apareceu na imprensa de São Luiz um manifesto assinado pelos três, admiravelmente escrito, mas que se particularizava, do princípio ao fim, pela violência da linguagem.
Espantado com a assinatura de Paula Duarte naquele documento imprudente, um amigo procurou-o, para estranhar o fato.
- Que podia eu fazer, filho? - observou o tribuno, abrindo os braços. - Que podia eu fazer?
E desculpando-se:
Imagine você que, entre a ignorância e a espada, mal pude salvar a gramática!
AS REVOLUÇÕES DE MARTIM FRANCISCO
José Mariano Filho - O Jornal, 24 de abril de 1927
Nas vésperas da sua morte, em abril de 1927, já no leito, dizia Martim Francisco Ribeiro de Andrada a José Mariano Filho, que, como médico, lhe assistia a marcha da moléstia:
- Teu pai, quando se metia numa revolução, punha o meu nome na lista dos revoltosos sem me consultar.
- E o senhor nunca protestou contra esse abuso? indagou José Mariano.
E ele:
- Não. Sempre estive de acordo com ele em matéria de revolução. Até por sinal que na última que organizamos, nós dois fomos os únicos revoltosos...
CORRIGINDO O ENGANO
O Jornal, 24 de abril de 1927
Após a vitória do governo na revolução de São Paulo, e iniciado o período de perseguição aos vencidos, foi Martim Francisco chamado à Polícia Central, para dar explicação sobre a sua conduta durante a ocupação da cidade pelos revoltosos.
- É certo que V. Excia. foi a terceira pessoa que conferenciou com o general Isidoro? - inquiriu a autoridade.
- É mentira! - protestou Martim Francisco. - É mentira o que vieram dizer à Polícia.
E no mesmo tom:
- Fui a primeira!
A ESTRADA
Ernesto Sena - Deodoro, pág. 148
Certo engenheiro, amigo de Deodoro, era candidato à construção de uma estrada de ferro, e dia sim, dia não, aparecia em palácio para falar na sua pretensão. Uma tarde, achava-se o Marechalíssimo nos jardins do Itamarati, quando um oficial que o acompanhava lhe indicou o engenheiro.
Este aproximou-se. Deodoro recebeu-o amavelmente, mas, virando-se para o oficial, adiantou, como quem reata uma conversa:
- Pois, é isso; agora estou resolvido a não conceder mais honras de Coronel do Exército a ninguém; e quanto a estradas de ferro...
E simulando indignação:
- Só darei uma única concessão: e será a que partir do Inferno e vá terminar na casa de quem ma pedir!
É desnecessário dizer que o engenheiro nunca mais tocou no assunto.
O LENÇOL DO PATRIARCA
Moreira de Azevedo - Mosaico Brasileiro, pág. 112
Achava-se José Bonifácio enfermo em Niterói, quando um amigo, que o vira no fastígio político, o foi visitar ali, velho, esquecido, abandonado. Ao penetrar no aposento, notou logo a modéstia do ambiente, e, sobretudo, os remendos do lençol que cobria o leito de pobre.
- Não repare - desculpou-se o patriarca.
E passando a mão pelo lençol:
- O que afeia estes bordados é apenas a irregularidade do desenho...
A CAUDA DO MACACO
Jornais de dezembro de 1925
Uma das medidas visadas pela reforma da Constituição de 1925, era a extinção da cauda dos orçamentos, a qual era aproveitada ordinariamente para autorizações duvidosas e favores pessoais. Não obstante isso, os favores continuaram.
A propósito disso, discutia-se na Comissão de Finanças do Senado, nesse ano, um desses favores, quando um senador observou:
- De nada serviu, então, a supressão da cauda no orçamento!
- Perfeitamente, - concordou o senador Lauro Müller.
E como velho fabulista:
- A cauda foi-se, mas o macaco ficou.
A HONRA E A VIDA
Antônio Ribas - "Perfil de Campos Sales", pág. 21
Não obstante a sua dedicação ao esposo, Dona Ana Gabriela de Campos Sales não suportava sem revolta as acusações feitas ao marido pelos seus adversários. Campos Sales procurava tranqüilizá-la, acalmá-la, dizendo-lhe que política era isso mesmo, e que ela estava no dever de tudo sofrer pela República.
- Não; isso, não! - protestava a esposa.
E na sua indignação:
- A República tem direito à sua vida; mas à sua honra, não!
A EXALTAÇÂO DE CAM
Vieira Fazenda - "Antiqualhas e Memórias", pág. 59
O Conde da Cunha era por natureza desabusado e violento, sem prejuízo dos seus sentimentos de justiça. Administrava ele, um dia, em pessoa, as obras do palácio dos governadores, quando viu subir o morro da Conceição um gordo comerciante, esparramado numa cadeirinha carregada por quatro negros, que suavam em bica, sob o peso formidável do senhor.
Mandando parar a viatura, o Conde intimou o comerciante a deixar a cadeirinha:
- Saia!
E ordenando a um dos pretos mais fatigados de carregá-la:
- Entre você!
E para o comerciante:
- Agora pegue ali no pau com os outros, e carregue o preto!
O comerciante obedeceu. Uma semana depois, porém, morria, não se sabe se ao peso da cadeira, ou da vergonha de que se cobriu.
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)
Domingos Barbosa - Silhuetas, pág. 81
Resolvida a adesão da província ao movimento de 15 de novembro, foi constituída no Maranhão uma Junta Governativa, de que era membro o tribuno Paula Duarte, republicano da propaganda; o major Tavares, representando o elemento militar e o comerciante Francisco Xavier de Carvalho, homem de poucas letras mas de grande seriedade, que entrava, no caso, como delegado do povo.
Ao fim de alguns dias de governo, apareceu na imprensa de São Luiz um manifesto assinado pelos três, admiravelmente escrito, mas que se particularizava, do princípio ao fim, pela violência da linguagem.
Espantado com a assinatura de Paula Duarte naquele documento imprudente, um amigo procurou-o, para estranhar o fato.
- Que podia eu fazer, filho? - observou o tribuno, abrindo os braços. - Que podia eu fazer?
E desculpando-se:
Imagine você que, entre a ignorância e a espada, mal pude salvar a gramática!
AS REVOLUÇÕES DE MARTIM FRANCISCO
José Mariano Filho - O Jornal, 24 de abril de 1927
Nas vésperas da sua morte, em abril de 1927, já no leito, dizia Martim Francisco Ribeiro de Andrada a José Mariano Filho, que, como médico, lhe assistia a marcha da moléstia:
- Teu pai, quando se metia numa revolução, punha o meu nome na lista dos revoltosos sem me consultar.
- E o senhor nunca protestou contra esse abuso? indagou José Mariano.
E ele:
- Não. Sempre estive de acordo com ele em matéria de revolução. Até por sinal que na última que organizamos, nós dois fomos os únicos revoltosos...
CORRIGINDO O ENGANO
O Jornal, 24 de abril de 1927
Após a vitória do governo na revolução de São Paulo, e iniciado o período de perseguição aos vencidos, foi Martim Francisco chamado à Polícia Central, para dar explicação sobre a sua conduta durante a ocupação da cidade pelos revoltosos.
- É certo que V. Excia. foi a terceira pessoa que conferenciou com o general Isidoro? - inquiriu a autoridade.
- É mentira! - protestou Martim Francisco. - É mentira o que vieram dizer à Polícia.
E no mesmo tom:
- Fui a primeira!
A ESTRADA
Ernesto Sena - Deodoro, pág. 148
Certo engenheiro, amigo de Deodoro, era candidato à construção de uma estrada de ferro, e dia sim, dia não, aparecia em palácio para falar na sua pretensão. Uma tarde, achava-se o Marechalíssimo nos jardins do Itamarati, quando um oficial que o acompanhava lhe indicou o engenheiro.
Este aproximou-se. Deodoro recebeu-o amavelmente, mas, virando-se para o oficial, adiantou, como quem reata uma conversa:
- Pois, é isso; agora estou resolvido a não conceder mais honras de Coronel do Exército a ninguém; e quanto a estradas de ferro...
E simulando indignação:
- Só darei uma única concessão: e será a que partir do Inferno e vá terminar na casa de quem ma pedir!
É desnecessário dizer que o engenheiro nunca mais tocou no assunto.
O LENÇOL DO PATRIARCA
Moreira de Azevedo - Mosaico Brasileiro, pág. 112
Achava-se José Bonifácio enfermo em Niterói, quando um amigo, que o vira no fastígio político, o foi visitar ali, velho, esquecido, abandonado. Ao penetrar no aposento, notou logo a modéstia do ambiente, e, sobretudo, os remendos do lençol que cobria o leito de pobre.
- Não repare - desculpou-se o patriarca.
E passando a mão pelo lençol:
- O que afeia estes bordados é apenas a irregularidade do desenho...
A CAUDA DO MACACO
Jornais de dezembro de 1925
Uma das medidas visadas pela reforma da Constituição de 1925, era a extinção da cauda dos orçamentos, a qual era aproveitada ordinariamente para autorizações duvidosas e favores pessoais. Não obstante isso, os favores continuaram.
A propósito disso, discutia-se na Comissão de Finanças do Senado, nesse ano, um desses favores, quando um senador observou:
- De nada serviu, então, a supressão da cauda no orçamento!
- Perfeitamente, - concordou o senador Lauro Müller.
E como velho fabulista:
- A cauda foi-se, mas o macaco ficou.
A HONRA E A VIDA
Antônio Ribas - "Perfil de Campos Sales", pág. 21
Não obstante a sua dedicação ao esposo, Dona Ana Gabriela de Campos Sales não suportava sem revolta as acusações feitas ao marido pelos seus adversários. Campos Sales procurava tranqüilizá-la, acalmá-la, dizendo-lhe que política era isso mesmo, e que ela estava no dever de tudo sofrer pela República.
- Não; isso, não! - protestava a esposa.
E na sua indignação:
- A República tem direito à sua vida; mas à sua honra, não!
A EXALTAÇÂO DE CAM
Vieira Fazenda - "Antiqualhas e Memórias", pág. 59
O Conde da Cunha era por natureza desabusado e violento, sem prejuízo dos seus sentimentos de justiça. Administrava ele, um dia, em pessoa, as obras do palácio dos governadores, quando viu subir o morro da Conceição um gordo comerciante, esparramado numa cadeirinha carregada por quatro negros, que suavam em bica, sob o peso formidável do senhor.
Mandando parar a viatura, o Conde intimou o comerciante a deixar a cadeirinha:
- Saia!
E ordenando a um dos pretos mais fatigados de carregá-la:
- Entre você!
E para o comerciante:
- Agora pegue ali no pau com os outros, e carregue o preto!
O comerciante obedeceu. Uma semana depois, porém, morria, não se sabe se ao peso da cadeira, ou da vergonha de que se cobriu.
Fonte: Humberto de Campos. O Brasil Anedótico (1927)
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
LIÇÃO CHEROKEE
Uma noite, um velho índio Cherokee contou ao seu neto sobre uma batalha que acontece dentro das pessoas.
Ele disse:
- Meu filho, a batalha é entre dois lobos dentro de nós. Um é mau: É a raiva, a inveja, o ciúme, a tristeza, o desgosto, a cobiça, a arrogância, a pena de si mesmo, a culpa, o ressentimento, a inferioridade, o orgulho, a superioridade e o ego.
O outro é bom: É a alegria, a paz, a esperança, a serenidade, a humildade, a bondade, a benevolência, a empatia, a generosidade, a verdade, a compaixão e a fé.
O neto pensou naquilo por alguns minutos e perguntou ao seu avô:
- Qual o lobo que vence?
O velho Cherokee respondeu:
- O que você alimenta!
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
Ele disse:
- Meu filho, a batalha é entre dois lobos dentro de nós. Um é mau: É a raiva, a inveja, o ciúme, a tristeza, o desgosto, a cobiça, a arrogância, a pena de si mesmo, a culpa, o ressentimento, a inferioridade, o orgulho, a superioridade e o ego.
O outro é bom: É a alegria, a paz, a esperança, a serenidade, a humildade, a bondade, a benevolência, a empatia, a generosidade, a verdade, a compaixão e a fé.
O neto pensou naquilo por alguns minutos e perguntou ao seu avô:
- Qual o lobo que vence?
O velho Cherokee respondeu:
- O que você alimenta!
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
terça-feira, 6 de outubro de 2009
O QUE ELES DISSERAM II
SUCESSO E DINHEIRO
"Quando não se tem dinheiro, pensa-se sempre nele. Quando se tem, pensa-se somente nele."
Jean Paul Getty, multimilionário americano e dono de companhias petrolíferas.
"O segredo de meu sucesso é pagar como se fosse perdulário e comprar como se estivesse quebrado."
Henry Ford, industrial americano que inventou a linha de montagem.
"Dinheiro compra tudo. Até amor verdadeiro."
Nelson Rodrigues, dramaturgo brasileiro.
"O que se deve fazer quando um concorrente está se afogando? Pegar uma mangueira e jogar água em sua boca."
Ray Kroc, fundador da rede de lanchonetes McDonald´s.
"Se você obtém sucesso, é sempre pelas razões erradas. Se você se torna popular, é sempre pelos piores aspectos de seu trabalho."
Ernest Hemingway, escritor americano, prêmio Nobel de Literatura em 1954.
Fonte: Internet (circulando por e-mail) Editado por Maria Rita Alonso e Rosana Tonetti
"Quando não se tem dinheiro, pensa-se sempre nele. Quando se tem, pensa-se somente nele."
Jean Paul Getty, multimilionário americano e dono de companhias petrolíferas.
"O segredo de meu sucesso é pagar como se fosse perdulário e comprar como se estivesse quebrado."
Henry Ford, industrial americano que inventou a linha de montagem.
"Dinheiro compra tudo. Até amor verdadeiro."
Nelson Rodrigues, dramaturgo brasileiro.
"O que se deve fazer quando um concorrente está se afogando? Pegar uma mangueira e jogar água em sua boca."
Ray Kroc, fundador da rede de lanchonetes McDonald´s.
"Se você obtém sucesso, é sempre pelas razões erradas. Se você se torna popular, é sempre pelos piores aspectos de seu trabalho."
Ernest Hemingway, escritor americano, prêmio Nobel de Literatura em 1954.
Fonte: Internet (circulando por e-mail) Editado por Maria Rita Alonso e Rosana Tonetti
domingo, 4 de outubro de 2009
FREI TEODORO HAERKE: franciscano zeloso e desportista nato
Frei Teodoro Haerke nasceu em Hameln, no Norte da Alemanha, em 07/03/1905. Em 17/05/1928, ingressou na Ordem Franciscana Menor (OFM), cumprindo o noviciado em Bardel, chegando ao Brasil, em 17/07/1929, para receber a sua formação religiosa. Estudou Filosofia no Convento Nossa Senhora das Neves, em Olinda-PE, de julho de 1929 a julho de 1931, e Teologia, em Salvador-BA, de julho de 1931 a maio de 1934. Ordenou-se, em Salvador, em 17 de maio de 1934.
Como frade, exerceu trabalho missionário inicialmente no Convento de Salvador, depois, em João Pessoa, onde permaneceu alguns anos, daí transferindo-se para o interior de Pernambuco. Chegou ao Ceará, atuando, primeiramente, em Tianguá, e, mais tarde em Fortaleza, onde aportou em 1943, na época da II Guerra. Por dezesseis anos residiu nesta capital, estendendo a sua permanência até 1959, quando, então, foi remanejado para Canindé-CE, local em que veio a falecer em 1972.
Frei Teodoro era um homem alto e corpulento. Apesar de alemão, de nascimento, dominava muito bem o idioma português. Lecionava religião em diversos colégios da capital fortalezense, incluindo o Liceu, onde ministrava sempre a última aula, obrigando-se a voltar a pé ao convento, com o sol a pino, mas munido do seu guarda-chuva, um inseparável companheiro de caminhadas e de jornadas esportivas.
Era um modelo de franciscano, não apenas pelo hábito marrom, capucho, cordão e sandálias, mas por sua devoção ao próximo e pelos votos de castidade, caridade e pobreza, tão caros aos discípulos de São Francisco de Assis. Zeloso na aplicação dos preceitos da fé, coordenando as atividades do Catecismo, da Cruzada Eucarística e da Guarda de Honra, da Igreja de Nossa Senhora das Dores.
Mesmo sendo de origem germânica, foi uma pessoa que se integrou plenamente à alma nacional, identificando-se com o povo brasileiro, principalmente com a juventude. Fundou os times de futebol São Tarcísio, dos aspirantes, e o Montese - a equipe principal - cuja denominação foi dada em honra à conhecida batalha da II Guerra, tão festejada pelos brasileiros. Esse time amador funcionou como escola de formação de craques para as principais equipes de futebol profissional daquele tempo: Ceará, Fortaleza e Usina. Era um desportista nato, um torcedor empolgado com os seus times, que usava o esporte como instrumento de assistência espiritual e religiosa dos jovens.
No Bairro de Otávio Bonfim, fomentou a produção artística local, criando o Conjunto Teatral Santo Antônio, que encenou diversas peças, e impulsionou a programação de filmes no Cine Familiar, pertencente ao Convento, os quais eram submetidos a uma cuidadosa avaliação prévia, da sua parte, quando censurava e mandava cortar as cenas das películas que ele julgava impróprias às crianças e aos jovens.
Bastante forte era a influência que exercia sobre os jovens do Otávio Bonfim, freqüentadores da sua igreja, mantendo-os sob estreita vigilância, no que tange a outras atividades sociais, que pudessem infringir as boas práticas cristãs, ainda que realizadas fora dos muros conventuais. A sua personalidade enérgica imprimia respeito aos mais novos e, de certa forma, freava os arroubos juvenis, contendo arruaças e condutas anti-sociais, por receio das suas reprimendas.
Em Canindé, foi pároco e vice-superior da casa dos franciscanos; sua presença, entretanto, acontecia onde se fizesse necessária: no convento, na basílica, na assistência direta aos romeiros ou no acompanhamento dos problemas dos paroquianos. Jogadores profissionais de times de futebol, muitos deles egressos dos times que ele comandara, no Otávio Bonfim, costumavam ir a Canindé, para ouvir a sua mensagem evangélica, tal como ele fazia antes, e agora oferecia aos componentes da equipe local que formara e dirigira.
Seus últimos dias de vida foram de intenso sofrimento, amenizado, em parte, pela assistência dos seus “afilhados” da Guarda de Honra da Igreja de Nossa Senhora das Dores, notadamente do Sr. Francisco Martins Gonzaga, apelidado pelos antigos companheiros de Chico Tampa, que a ele concedeu gratidão, carinho, reconhecimento, e, sobretudo, amor filial.
A morte de Frei Teodoro, em Canindé, em 14 de junho de 1972, após trinta e oito anos de ministério sacerdotal, resultou em feriado escolar e municipal, com a paralisação até mesmo dos serviços essenciais no turno da tarde, quando cerca de duas mil pessoas participaram da missa de corpo presente e acompanharam o sepultamento desse querido frade.
Os jornais de Fortaleza, o Povo e o Correio do Ceará, de 15 de junho de 1972, noticiaram, com destaque, o passamento de Frei Teodoro, provocando ampla repercussão do fato, em todo o Estado.
Como homenagem póstuma prestada a Frei Teodoro, o vereador Moaceny Feliz, ex-integrante da Guarda de Honra da Igreja das Dores, aprovou projeto de lei municipal, dando o nome do querido discípulo de São Francisco a uma pequena pracinha, defronte à Capela de São Sebastião, situada na confluência das ruas Justiniano de Serpa e Quintino Bocaiúva. Por infortúnio, larápios apoderaram-se da erma revestida em bronze que o homenageava sendo que, até o momento, as autoridades municipais nada fizeram com vistas à reposição do busto surrupiado.
O nome do Frei Teodoro Haerke fez-se imorredouro, no primoroso livro de memórias de Vicente Moraes, intitulado “Anos Dourados em Otávio Bonfim: à memória de Frei Teodoro”, que o reverencia, seguidamente, nas muitas páginas que compõem a meticulosa obra.
Enfim, Frei Teodoro Haerke, saído aos 23 anos da sua Alemanha, para o Brasil, em quase quatro décadas e meia passadas no País, das quais aproximadamente três só no Ceará, conseguiu marcar vigorosa presença em todos os recantos onde o povo se acotovelada para ouvi-lo. Pregou o amor a Cristo, o respeito à juventude e a ajuda aos desvalidos, bem de acordo com o modelo de cristandade exibido pelo “povarello” de Assis.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado in: Força viva, 14 (149): 6, 2009. (Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Fortaleza-Ceará).
Como frade, exerceu trabalho missionário inicialmente no Convento de Salvador, depois, em João Pessoa, onde permaneceu alguns anos, daí transferindo-se para o interior de Pernambuco. Chegou ao Ceará, atuando, primeiramente, em Tianguá, e, mais tarde em Fortaleza, onde aportou em 1943, na época da II Guerra. Por dezesseis anos residiu nesta capital, estendendo a sua permanência até 1959, quando, então, foi remanejado para Canindé-CE, local em que veio a falecer em 1972.
Frei Teodoro era um homem alto e corpulento. Apesar de alemão, de nascimento, dominava muito bem o idioma português. Lecionava religião em diversos colégios da capital fortalezense, incluindo o Liceu, onde ministrava sempre a última aula, obrigando-se a voltar a pé ao convento, com o sol a pino, mas munido do seu guarda-chuva, um inseparável companheiro de caminhadas e de jornadas esportivas.
Era um modelo de franciscano, não apenas pelo hábito marrom, capucho, cordão e sandálias, mas por sua devoção ao próximo e pelos votos de castidade, caridade e pobreza, tão caros aos discípulos de São Francisco de Assis. Zeloso na aplicação dos preceitos da fé, coordenando as atividades do Catecismo, da Cruzada Eucarística e da Guarda de Honra, da Igreja de Nossa Senhora das Dores.
Mesmo sendo de origem germânica, foi uma pessoa que se integrou plenamente à alma nacional, identificando-se com o povo brasileiro, principalmente com a juventude. Fundou os times de futebol São Tarcísio, dos aspirantes, e o Montese - a equipe principal - cuja denominação foi dada em honra à conhecida batalha da II Guerra, tão festejada pelos brasileiros. Esse time amador funcionou como escola de formação de craques para as principais equipes de futebol profissional daquele tempo: Ceará, Fortaleza e Usina. Era um desportista nato, um torcedor empolgado com os seus times, que usava o esporte como instrumento de assistência espiritual e religiosa dos jovens.
No Bairro de Otávio Bonfim, fomentou a produção artística local, criando o Conjunto Teatral Santo Antônio, que encenou diversas peças, e impulsionou a programação de filmes no Cine Familiar, pertencente ao Convento, os quais eram submetidos a uma cuidadosa avaliação prévia, da sua parte, quando censurava e mandava cortar as cenas das películas que ele julgava impróprias às crianças e aos jovens.
Bastante forte era a influência que exercia sobre os jovens do Otávio Bonfim, freqüentadores da sua igreja, mantendo-os sob estreita vigilância, no que tange a outras atividades sociais, que pudessem infringir as boas práticas cristãs, ainda que realizadas fora dos muros conventuais. A sua personalidade enérgica imprimia respeito aos mais novos e, de certa forma, freava os arroubos juvenis, contendo arruaças e condutas anti-sociais, por receio das suas reprimendas.
Em Canindé, foi pároco e vice-superior da casa dos franciscanos; sua presença, entretanto, acontecia onde se fizesse necessária: no convento, na basílica, na assistência direta aos romeiros ou no acompanhamento dos problemas dos paroquianos. Jogadores profissionais de times de futebol, muitos deles egressos dos times que ele comandara, no Otávio Bonfim, costumavam ir a Canindé, para ouvir a sua mensagem evangélica, tal como ele fazia antes, e agora oferecia aos componentes da equipe local que formara e dirigira.
Seus últimos dias de vida foram de intenso sofrimento, amenizado, em parte, pela assistência dos seus “afilhados” da Guarda de Honra da Igreja de Nossa Senhora das Dores, notadamente do Sr. Francisco Martins Gonzaga, apelidado pelos antigos companheiros de Chico Tampa, que a ele concedeu gratidão, carinho, reconhecimento, e, sobretudo, amor filial.
A morte de Frei Teodoro, em Canindé, em 14 de junho de 1972, após trinta e oito anos de ministério sacerdotal, resultou em feriado escolar e municipal, com a paralisação até mesmo dos serviços essenciais no turno da tarde, quando cerca de duas mil pessoas participaram da missa de corpo presente e acompanharam o sepultamento desse querido frade.
Os jornais de Fortaleza, o Povo e o Correio do Ceará, de 15 de junho de 1972, noticiaram, com destaque, o passamento de Frei Teodoro, provocando ampla repercussão do fato, em todo o Estado.
Como homenagem póstuma prestada a Frei Teodoro, o vereador Moaceny Feliz, ex-integrante da Guarda de Honra da Igreja das Dores, aprovou projeto de lei municipal, dando o nome do querido discípulo de São Francisco a uma pequena pracinha, defronte à Capela de São Sebastião, situada na confluência das ruas Justiniano de Serpa e Quintino Bocaiúva. Por infortúnio, larápios apoderaram-se da erma revestida em bronze que o homenageava sendo que, até o momento, as autoridades municipais nada fizeram com vistas à reposição do busto surrupiado.
O nome do Frei Teodoro Haerke fez-se imorredouro, no primoroso livro de memórias de Vicente Moraes, intitulado “Anos Dourados em Otávio Bonfim: à memória de Frei Teodoro”, que o reverencia, seguidamente, nas muitas páginas que compõem a meticulosa obra.
Enfim, Frei Teodoro Haerke, saído aos 23 anos da sua Alemanha, para o Brasil, em quase quatro décadas e meia passadas no País, das quais aproximadamente três só no Ceará, conseguiu marcar vigorosa presença em todos os recantos onde o povo se acotovelada para ouvi-lo. Pregou o amor a Cristo, o respeito à juventude e a ajuda aos desvalidos, bem de acordo com o modelo de cristandade exibido pelo “povarello” de Assis.
Marcelo Gurgel Carlos da Silva
* Publicado in: Força viva, 14 (149): 6, 2009. (Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Fortaleza-Ceará).
sábado, 3 de outubro de 2009
BRASILEIROS VERSUS PORTUGUESES II
Brasileiro faz piada com português por não entender que os dois povos têm lógicas diferentes. O português é mais literal, cultiva um preciosismo de sintaxe. Veja só:
Em Lisboa, a passeio, resolveu comprar uma gravata. Entrou numa loja do Chiado e, além da gravata, comprou ainda um par de meias, duas camisas sociais, uma polo esporte, um par de luvas e um cinto. Chorou um descontinho, e pediu para fechar a conta.
Viu então que o vendedor pegou um lápis e papel e se pôs a fazer contas, multiplicando, somando, tirando porcentagem de desconto, e aí intrigado, perguntou:
- O senhor não tem máquina de calcular?
- Infelizmente não trabalhamos com electrónicos, mas o senhor pode encontrar na loja justamente aqui ao lado...
Há ainda a história de um que morou por um ano em Estoril e contou que lá num certo dia, meio perdido na cidade perguntou ao português: - Será que posso entrar nesta rua para ir ao aeroporto?
- Poder o senhor pode, mas de jeito algum vai chegar ao aeroporto... .
Um turista brasileiro alugou um carro e decidiu ir à Espanha. Tomou uma estrada sem muita convicção e encontrando à beira da estrada um camponês, perguntou:
- Amigo esta estrada vai para a Espanha?
E o camponês respondeu:
- Se ela for vai nos fazer muita falta por cá.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
Em Lisboa, a passeio, resolveu comprar uma gravata. Entrou numa loja do Chiado e, além da gravata, comprou ainda um par de meias, duas camisas sociais, uma polo esporte, um par de luvas e um cinto. Chorou um descontinho, e pediu para fechar a conta.
Viu então que o vendedor pegou um lápis e papel e se pôs a fazer contas, multiplicando, somando, tirando porcentagem de desconto, e aí intrigado, perguntou:
- O senhor não tem máquina de calcular?
- Infelizmente não trabalhamos com electrónicos, mas o senhor pode encontrar na loja justamente aqui ao lado...
Há ainda a história de um que morou por um ano em Estoril e contou que lá num certo dia, meio perdido na cidade perguntou ao português: - Será que posso entrar nesta rua para ir ao aeroporto?
- Poder o senhor pode, mas de jeito algum vai chegar ao aeroporto... .
Um turista brasileiro alugou um carro e decidiu ir à Espanha. Tomou uma estrada sem muita convicção e encontrando à beira da estrada um camponês, perguntou:
- Amigo esta estrada vai para a Espanha?
E o camponês respondeu:
- Se ela for vai nos fazer muita falta por cá.
Fonte: Internet (circulando por e-mail)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
SOLENIDADE DA ACM EM HOMENAGEM A ACADÊMICOS FALECIDOS
A Academia Cearense de Medicina (ACM) realizou, ontem (30/01/09), concorrida Solenidade em reverência aos Acadêmicos Juraci Vieira de Magalhães, Vinício Brasileiro Martins e Haroldo Gondim Juaçaba, falecidos no correr de 2009.
Por especial deferência da direção da ACM, coube, então, a mim, fazer o discurso em nome dos confrades, tarefa essa que busquei cumprir, com sensibilidade e erudição, suprindo às expectativas depositadas no orador pelos colegas do sodalício.
Do ponto de vista pessoal, vale destacar que com tal peça oratória foi alcançada a marca de cinqüenta discursos escritos, arquivados e catalogados ao longo de tinta e três anos, iniciados à época da Representação Estudantil da UFC.
Por especial deferência da direção da ACM, coube, então, a mim, fazer o discurso em nome dos confrades, tarefa essa que busquei cumprir, com sensibilidade e erudição, suprindo às expectativas depositadas no orador pelos colegas do sodalício.
Do ponto de vista pessoal, vale destacar que com tal peça oratória foi alcançada a marca de cinqüenta discursos escritos, arquivados e catalogados ao longo de tinta e três anos, iniciados à época da Representação Estudantil da UFC.