Por Reinaldo Azevedo
O partido sabotou, ao longo da história, todas as tentativas justas e honestas de fazer do Brasil um lugar melhor: sabotou a Constituição, sabotou o Plano Real, sabotou a Lei de Responsabilidade Fiscal, sabotou as privatizações. E, finalmente, o partido sabotou toda a ordem legal ao tentar tomar o estado de assalto por meio do mensalão e do petróleo.
O presidente
Michel Temer reuniu nesta segunda representantes de centrais sindicais — além
da Força, Centrais Sindicais Brasileiras (CSB), União Geral dos Trabalhadores
(UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) — e membros do governo
para propor a criação de um grupo de trabalho que apresente, em 30 dias, uma
proposta de reforma da Previdência. A coordenação será do ministro da Casa
Civil, Eliseu Padilha. Henrique Meirelles (Fazenda) e Ronaldo Nogueira
(Trabalho) participaram da conversa. A CUT não mandou representante, ora vejam,
porque diz não reconhecer a legitimidade do governo Temer.
Atenção! Dilma
Rousseff, a afastada, quando na Presidência da República, tentou usar a reforma
da Previdência como uma espécie, assim, de ponto de inflexão para o início do
seu segundo mandato. E ficou falando sozinha. Agora, os cutistas — que são
apenas a expressão do petismo no movimento sindical — se negam a conversar com
o governo porque pretendem fazer da reforma da Previdência um pretexto a mais
para botar seu bloco na rua.
Os petistas e
seus satélites nos movimentos sociais voltam, assim, às suas origens; ao tempo
em que a sua tarefa principal não era formular propostas para modernizar o país
ou garantir benefícios aos trabalhadores. Não! O seu intuito principal era
sabotar governos apenas porque não estavam sob o comando do PT.
Um tal Raimundo
Bonfim, coordenador-geral da CMP (Central de Movimentos Populares) e membro da
coordenação nacional da Frente Brasil Popular, manda bala: “Seremos oposição e
não há diálogo”. Guilherme Boulos, do MTST, ameaça: “Nós entramos a partir de
agora em um período de instabilidade social”. E antevê: “É de se esperar em
qualquer governo — ainda mais em um governo ilegítimo, que corte os recursos da
moradia — uma onda de ocupações. Não há outra alternativa aos milhões de
trabalhadores sem teto que não ocupar”.
Ora, essa
também é orientação que vaza de uma nota absurda redigida por Rui Falcão,
presidente do PT. E não é outro o espírito daquela que resolveu ficar aboletada
no Palácio da Alvorada, comandando o que ela imagina seja a resistência. Vale
dizer: os petistas e seus satélites anteveem o caos porque eles prometem
promover o caos.
Voltemos à
Previdência: Temer já assumiu o compromisso de que não haverá mudança nas
chamadas expectativas de direito — que “adquiridos” não são. Acena-se com
alterações apenas para quem vier a ingressar no mercado de trabalho. Tenta-se,
portanto, cuidar do futuro.
Ocorre que os
petistas não aceitarão nenhuma mudança que não esteja sob a condução do
partido. E eles, obviamente, mentem ao afirmar que se comportam desse modo
porque o poder lhes foi retirado por um suposto “golpe”. O partido sabotou, ao
longo da história, todas as tentativas justas e honestas de fazer do Brasil um
lugar melhor: sabotou a Constituição, sabotou o Plano Real, sabotou a Lei de
Responsabilidade Fiscal, sabotou as privatizações. E, finalmente, o partido
sabotou toda a ordem legal ao tentar tomar o estado de assalto por meio do
mensalão e do petrolão.
É bom que as
forças democráticas fiquem atentas e vigilantes. Eles são poucos, sim! Hoje,
são uma extrema minoria, mas não têm pruridos nem receio de apostar no caos
social. É preciso que saibamos todos distinguir, para lembrar o ministro
Alexandre de Moraes (Justiça), a linha que separa o direito à manifestação da
pura e simples prática de crimes.
Lugar de
democratas é no espaço público, a defender suas ideias. Lugar de bandido é na
cadeia.
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