terça-feira, 17 de maio de 2016

O grande poder da esquerda é cultural e midiático: cria as pautas do País


Por Rodrigo Constantino (*)
Michel Temer já estaria avaliando voltar atrás na questão do Ministério da Cultura, e também estaria pensando num jeito de “reparar o erro” de não ter mulheres e negros em seu ministério mais enxuto. Tudo isso é muito lamentável por si só, mas há um fator ainda mais espantoso, que suga as esperanças dos brasileiros decentes: mostra o poder de influência da esquerda na cultura e na imprensa, o que se traduz em capacidade de escolher ou influenciar as pautas do país.

O Brasil quebrou. Está falido. Temos 11 milhões de desempregados, uma inflação perto de 10% ao ano ainda, e uma queda da atividade que pode chegar a 8% em dois anos somados. As contas públicas estão destruídas, a dívida da União Federal e dos estados parece impagável. A violência campeia e ceifa a vida de 60 mil todo ano, assim como os acidentes matam outros 50 mil. Os valores morais foram destroçados, a educação é de péssimo nível e a saúde pública, um caos.

Diante desse quadro africano, eis que a pauta dos jornais é a ausência de mulheres e negros no ministério ou o fim do Ministério da Cultura! É tudo muito absurdo, chocante. Essa elite da esquerda caviar vive numa bolha, não tem sensibilidade, não enxerga o povo. Quem liga para mulheres ou negros no ministério? De verdade? Não é o povão. Dilma era mulher, tinha várias mulheres em torno, e negros nos infindáveis ministérios inúteis. E daí? Que bem isso fez ao país? Em que isso melhorou a vida de Maria e José, que perdem três horas por dia no trânsito caótico e correm o risco de perder seus empregos?

O Brasil é tocado mediante a pauta de um Gregorio Duvivier da vida, um filhinho de papai que não tem a mais vaga ideia do que importa para a população verdadeira. Somos pautados por Wagner Moura e companhia. Começo a crer que a esquerda tem um ponto, pelos motivos errados: a culpa é da Globo mesmo! Ou melhor: dos artistas e jornalistas que controlam a empresa e suas pautas. O poder dessa gente é desproporcional ao que eles representam do país.

Por que estamos falando de mulheres no ministério ou da Lei Rouanet acabar se precisamos salvar um país todo que está afundando? Por que perdemos tanto tempo falando de cosmética se o Titanic bateu num iceberg e já tem água para todo lado? Por que as feministas, o movimento negro e os artistas engajados, tudo da elite, conseguem impor dessa forma os assuntos “mais importantes” que serão tratados pelos jornais e, por tabela, pelas redes sociais?

Temos um país para resgatar, reconstruir. E ele foi destruído, caso não lembrem, por uma mulher com outras mulheres e também negros, sob o aplauso de muitos desses artistas. Não foi pelo fato de ser mulher, tampouco por ter ministros negros, que toda essa desgraça aconteceu. Isso é o óbvio. Mas como podem ignorar isso para focar, de repente, na falta de mulheres e negros nos ministérios, ou na “cultura”, quando estamos diante de uma catástrofe iminente? Quantos não defenderam a responsável pela tragédia por ser mulher?

O Brasil cansa. E cansa muito. Tem um elefante na sala, quebrando todos os cristais, detonando tudo, e as pessoas estão debatendo se as taças quebradas são verde-azuladas ou azul-esverdeadas. É bizarro! Essa esquerda caviar não tem compaixão, não dá a mínima para os mais pobres. Só pensam em seus privilégios, em suas mamatas. Vivem dentro de suas bolhas, ignorando as verdadeiras pautas da população, especialmente a mais carente.
 
Enquanto aceitarmos a imposição da pauta por essa patota organizada e insensível, não teremos chances de avançar. Dane-se a quantidade de mulheres nos ministérios, Miriam Leitão! Pro inferno com os artistas que só pensam nas tetas estatais para financiar a “cultura”, leia-se um monte de porcaria por aí. Não é isso que importa para o Brasil hoje. O país tem que, primeiro, evitar o caos, depois, iniciar um processo lento e doloroso de reconstrução. E vocês vão mesmo focar no sexo dos anjos?
 
PS: Essa elite que controla as pautas é minúscula, mas muito poderosa. Fala em nome de coletivos, mas representa uma quantidade pequena de gente. Duvida? Vejam o que o ator Sandro Rocha, de “Tropa de Elite”, publicou em sua página de Facebook:
 
Sobre o fim do Ministério da Cultura
Como Artista posso falar: Já foi tarde!!
Só serviu para contribuir com inúmeras MAMATAS de 6 ou 7!!
Para se conseguir aprovar um projeto ou se conhece alguém ou tem que pagar PROPINA!! Eu mesmo desisti várias vezes!!
Uma ilusão!!
Uma farsa!!
Não vai fazer falta e vai ajudar a economizar para o BRASIL!!
Quem está gritando é quem comia desta fonte!!
ACABOU!! Quer ganhar dinheiro?
VAI TRABALHAR VAGABUNDO!!

Pois é: vai trabalhar vagabundo! Ou pelo menos deixe quem trabalha em paz, para que possamos iniciar a reconstrução do país que foi destruído pelos petistas com o apoio desses artistas.
 (*) Economista e consultor.
Nota: Artigo postado em vários sites e blogs.

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